sexta-feira, 18 de maio de 2012

Escola Sabatina: Evangelismo e Testemunho - Lição 6 - Evangelismo pessoal e testemunho

 

capala22012

 

Lição 6 de 5 a 12 de maio

 

Evangelismo pessoal e testemunho

 

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Sábado à tarde

Ano Bíblico: 1Cr 13–16

VERSO PARA MEMORIZAR: “‘Vocês são Minhas testemunhas’, declara o Senhor, ‘e Meu servo, a quem escolhi’” (Is 43:10, NVI).

Leituras da semana: At 4:13, 14; Jo 1:37-50; Sl 139; 1Pe 3:1-15; Jo 4:37, 38

Pensamento-chave: Os que têm a alegria da certeza da salvação desejarão levar outros a experimentar o mesmo.

Embora muitas pessoas ouçam a boa notícia acerca de Jesus através das atividades evangelísticas e testemunho corporativo de uma igreja, a influência individual contribui significativamente para o sucesso do programa evangelístico da igreja. Nas últimas décadas, pesquisas têm mostrado que amigos, parentes, vizinhos ou conhecidos (todos sob o poder do Espírito Santo), foram os fatores mais influentes para levar pessoas a entregar o coração a Cristo. Um estudo mostrou que até 83% dos novos membros pesquisados declararam que os amigos, parentes e conhecidos, que eram membros da igreja, tiveram influência significativa na conversão deles. Entre os que participaram de alguma forma de reuniões evangelísticas públicas antes de assumir um compromisso com a igreja, 64% foram convidados por alguém de seu círculo de pessoas próximas.


Nesta semana, consideraremos alguns exemplos bíblicos de redes de relacionamentos sociais, nossa conexão com Jesus e influência pessoal sobre as pessoas próximas a nós.

Domingo

Ano Bíblico: 1Cr 17–20

Meu Deus e eu

Nosso relacionamento pessoal com Jesus influenciará diretamente o sucesso do nosso testemunho em Seu favor. É muito fácil aprender algumas fórmulas de testemunho e evangelismo e tentar promover o trabalho em nossa suposta sabedoria e força. Ainda que Deus possa abençoar nossos esforços, devemos sempre nos lembrar de que a Obra é dEle, e só podemos realizá-la por meio de Seu poder. Queremos apenas transmitir conhecimento (por mais importante que seja o conhecimento), ou desejamos incentivar um relacionamento espiritual vital? E como podemos transmitir aos outros o que não temos por nós mesmos?


Claro, sempre há exemplos de pessoas que, por mais fracas na fé, por mais perto que estejam de vacilar à beira da apostasia e desânimo, ainda são usadas por Deus para levar outros a Jesus. Alguns anos atrás, em uma grande cidade, uma jovem senhora, tendo se filiado à Igreja Adventista do Sétimo Dia, trabalhava incansavelmente para alcançar seu irmão. Anos depois, o irmão foi batizado. Um mês depois, sua irmã abandonou a fé e até hoje continua desprezando a fé. Embora casos como esse aconteçam, o fato é que, quanto mais forte for nossa conexão com Jesus, mais poderosas testemunhas seremos.

1. Que relacionamento Pedro e João tinham com Jesus e o que essa conexão os capacitou a realizar? O que significa o fato de que os membros do Sinédrio “reconheceram que eles haviam estado com Jesus”? Como deve ser a pessoa que tem “estado com Jesus”? At 4:13, 14

A lição é bastante clara. Quando pensamos em nosso campo missionário pessoal, quando avaliamos a maturidade do grão e a necessidade urgente de trabalhadores, precisamos permitir que o Senhor nos atraia para um relacionamento íntimo e poderoso com Ele, uma relação que nos dará o poder que, de outra forma, não teríamos.

Como é sua relação pessoal com o Senhor? Como sua simples presença, sua fala, seus atos, sua maneira de tratar as pessoas, revelam seu relacionamento com Deus? Seja tão honesto com você mesmo quanto possível, ainda que isso seja doloroso.

Segunda

Ano Bíblico: 1Cr 21–24


Meu campo missionário pessoal

Quando Jesus olhou para as multidões, Ele Se compadeceu delas (Mt 9:36). Às vezes podemos pensar que Jesus viu simplesmente a multidão, mas, na realidade, Ele viu cada indivíduo que compunha a multidão. Da mesma forma, devemos perceber os indivíduos nas multidões entre as quais andamos e convivemos. Nossa igreja pode ter consciência dos indivíduos no meio da multidão unicamente quando interagimos individualmente com os que estão em nossa esfera de influência.


Aqueles com quem interagimos pessoalmente em vários níveis de intimidade são, na realidade, nosso campo missionário pessoal. A partir de nossas relações familiares mais íntimas podemos avançar na direção de outros parentes, amigos e conhecidos. Ocasionalmente, outros podem entrar e sair rapidamente da nossa esfera de influência e, por um breve tempo, se tornar parte de nosso campo missionário pessoal.

2. Antes de falar com qualquer pessoa sobre o Messias que havia encontrado, com quem André falou? Por quê? Jo 1:37-42

André havia sido um discípulo de João Batista, e como o ministério de João devia preparar o caminho para Jesus, é compreensível que alguns discípulos de João passassem a seguir Jesus. André ficou tão entusiasmado depois da conversa com Jesus que procurou imediatamente a pessoa mais próxima a ele – o irmão com quem havia passado longas noites de pesca na Galileia.

3. Como as relações interpessoais podem encaminhar pessoas para Jesus? De que forma Filipe respondeu ao ceticismo de Natanael? Que lições podemos tirar dessa história para entender como funciona o testemunho pessoal? Jo 1:43-50

O primeiro movimento para seguir Jesus parece ter ganho impulso através de redes de relacionamentos sociais nas regiões de Cafarnaum e Betsaida. Note que Filipe não argumentou quando Natanael duvidou de que o Messias viria de uma pequena e insignificante aldeia rural. Ele apenas apresentou um simples convite: “Venha e veja”.

Você pode fazer um pouco mais no testemunho aos seus vizinhos? Quanta abnegação será necessária de sua parte para que você seja uma testemunha melhor?

Terça

Ano Bíblico: 1Cr 25–27


Meu potencial pessoal

Quando nossos líderes de ministério pessoal chamam voluntários para que se envolvam no testemunho e evangelismo, muitas vezes pensamos que várias pessoas estão mais qualificadas e têm mais talentos do que nós. Outros parecem mais confiantes e capazes. No entanto, a Bíblia nos revela que Deus não está necessariamente procurando os mais qualificados, e sim, os que estão dispostos a ser usados, sejam quais forem seus dons e talentos. Um bom exemplo disso foi o chamado de Deus a Moisés para libertar Seu povo da escravidão egípcia. Moisés podia ver muitas razões pelas quais outra pessoa poderia estar mais qualificada para fazer o que Deus havia planejado (Êx 3:11; 4:10). Moisés pensava que tinha boas razões para não fazer o que o Senhor lhe havia pedido.


Em resposta ao chamado à ação evangelística, muitos cristãos modernos ecoam algumas das preocupações de Moisés: “Quem sou eu para ser considerado para essa tarefa?”; “E se as pessoas me fizerem algumas perguntas difíceis?”; “Eu não sou um orador suficientemente bom.”


Podemos sorrir de Moisés, porque ele pensava que Deus precisava reconsiderar Sua estratégia de recrutamento de pessoal, mas Deus conhecia o potencial de Moisés e, apesar de seus temores e preocupações pessoais, ele era a pessoa certa para essa tarefa especial.


O chamado de Deus para Moisés liderar o povo nos convence de que Ele nos conhece infinitamente melhor do que nós mesmos. Deus não focaliza nosso desempenho passado, mas nosso potencial pessoal. Cada cristão tem um potencial tremendo para contribuir com a obra do Senhor.


Por outro lado, devemos nos resguardar para não correr de modo presunçoso à frente do Senhor. Embora seja verdade que devemos examinar freqüentemente nosso coração para avaliar onde estamos espiritualmente, precisamos também entender que o coração humano pode ser tendencioso com a auto avaliação. Por isso, é bom pedir que Deus nos examine e mostre nossa verdadeira condição, porque ela influencia nosso potencial.

4. Por que Davi pediu que Deus sondasse seu coração? Que lições aprendemos com esse texto, para nosso testemunho e também para nossa vida? Que conforto, esperança e encorajamento Deus tem para nós? Além disso, o que o Salmo 139diz sobre as mudanças que precisamos fazer na nossa maneira de viver?

Quarta

Ano Bíblico: 1Cr 28, 29


O testemunho de uma vida justa

As ações realmente falam mais alto que palavras? Sim, isso ocorre em grande medida. Por isso, é verdade que, embora uma mensagem possa ser dada por meio de ações sem palavras, mensagem igualmente forte pode ser dada através de palavras sem ações. Mas a mensagem se torna muito mais poderosa quando integra ações e palavras. Alguém alegar que ama a Deus e agir como se não O amasse é hipocrisia, o pior testemunho que pode ser dado quando não há acordo entre profissão e ação.


Coerência fala alto. Embora sua família e amigos possam não estar ouvindo o que você diz, eles o observam para ver se suas palavras estão em harmonia com o que você faz e com sua maneira de viver.

5. O cristão tem potencial para levar os incrédulos a Cristo? De que forma somos orientados a viver? Que poder acompanharia nosso testemunho se vivêssemos assim? De que modo o relacionamento com Cristo afeta nosso testemunho? 1Pe 3:1-15; Mt 5:16

Podemos imaginar o conflito que poderia surgir quando uma mulher pagã aceitasse Jesus como seu Salvador enquanto o marido permanecesse no paganismo. Sua responsabilidade pela salvação dele poderia levá-la a apresentar um espírito crítico e irritante, na medida em que o considerasse parte de seu campo missionário pessoal. Por outro lado, como Pedro sugere, ela poderia ser fiel a Deus, esperar e orar para que sua vida piedosa ganhasse o marido descrente para o Mestre. Em outras palavras, ela poderia permitir que as ações de sua vida diária fossem um testemunho constante e poderoso.


Quando deixamos que a luz de Deus brilhe em nós, reunimos todas as possibilidades de ajudar a conduzir os perdidos para o reino. Os que nos rodeiam não devem apenas ouvir boas palavras, mas devem também ver boas obras, porque assim eles verão o poder de Deus operando através de nós, e o Espírito os levará a reconhecer a realidade e o benefício da presença de Deus na vida. As pessoas devem ser convencidas de que o cristianismo não é apenas um título que reivindicamos, mas também um relacionamento que desfrutamos e que nos capacita. Usar exemplos é um importante método de ensino e, querendo ou não, os cristãos são exemplos. Testemunhamos mais pelo que fazemos e pelo que somos do que por aquilo que dizemos ou professamos crer. Se esse é um pensamento assustador, há razões para isso, não é mesmo?

Quinta

Ano Bíblico: 2Cr 1–4


Contribuição parcial para o programa total

Nesta semana consideramos nosso campo missionário pessoal e nosso potencial para testemunho e evangelismo. Também é importante compreender a verdade de que, visto que a igreja é constituída por todos os membros, o esforço de cada um contribui para o evangelismo global da igreja. Você sabe quais são as estratégias que sua igreja utiliza para levar as pessoas a Jesus? Você é capaz de convidar pessoas de seu campo missionário pessoal para participar de programas e atividades da igreja? Por outro lado, os líderes de evangelismo de sua igreja sabem o que você está fazendo em seu campo missionário pessoal? Eles podem apoiá-lo através da oração e com recursos específicos.

6. Que encorajamento encontramos no fato de que, na obra de evangelismo, uma pessoa semeia e outra colhe os frutos? O que significa isso? Essa verdade já se cumpriu em sua experiência? Jo 4:37, 38

É muito provável que nessa ocasião Jesus estivesse se referindo à semente do evangelho plantada por Ele mesmo, por João Batista, e pela mulher samaritana. Os discípulos estavam colhendo onde outros tinham semeado, e de fato havia chegado o tempo em que semeadores e ceifeiros se alegravam juntos.


Quando Jesus disse que “Um semeia, e outro colhe” (NVI), Ele não estava dizendo que individualmente somos apenas semeadores ou ceifeiros. Embora nossas igrejas provavelmente tenham enfatizado mais os ceifeiros, é verdade que, se não houvesse semeadores, os ceifeiros esperariam em vão pela colheita. Todos nós somos chamados a semear e a colher, e no cenário de toda igreja local, há muitas combinações das atividades de semeadura e colheita. Pode ser que aquilo que semeamos no campo missionário seja colhido em um processo corporativo de colheita da igreja. Também pode ser que a semente que outros semearam seja colhida por nós quando algumas pessoas entrarem em nosso campo missionário pessoal.


Ao considerarmos como cada indivíduo contribui para o todo (
1Co 12:12-27), a agricultura nos lembra de que, mesmo antes que a semente seja semeada, alguém limpou o solo e lavrou a terra.


Evidentemente, semeadura e colheita são partes de um processo que continua depois que a pessoa se uniu ao corpo da igreja. A colheita não deve ser deixada no campo, mas ajuntada no celeiro.

Como você pode se envolver mais no processo de semeadura e colheita em sua igreja? Existem benefícios para sua própria fé quando você trabalha em favor da salvação dos outros?

Sexta

Ano Bíblico: 2Cr 5–7

Estudo adicional

Ainda que não neguemos a importância do conhecimento bíblico e dos procedimentos comprovados de testemunho e evangelismo, devemos ter cuidado para não negligenciar a ênfase na preparação espiritual. O ingrediente essencial para o crescimento espiritual é o Espírito Santo, e, para experimentar o poder do Espírito Santo, devemos permitir que Ele entre em nossa vida.


Quando os cristãos começam a servir seu Deus, se tornam mais conscientes das necessidades espirituais pessoais. Quando solicitam e recebem a presença do Espírito Santo, em plenitude, são capacitados para um ministério contínuo.


A chave é uma entrega constante de nossa vontade a Deus, a disposição diária de morrer para o eu, a contemplação contínua da graça de Cristo e a lembrança incessante do que recebemos em Cristo e do que Ele nos pede em resposta a esse dom.

Perguntas para reflexão


1. Ellen G. White escreveu esta declaração desafiadora: “Nosso êxito não dependerá tanto do saber e realizações, como da habilidade em chegar ao coração das pessoas” (
Obreiros Evangélicos, p. 193). Que ponto importante ela está apresentando? Quantas vezes vemos pessoas rejeitando a poderosa e convincente evidência de nossa mensagem? Muitas vezes a doutrina, não importando se ela é bíblica, lógica, edificante e sensata, não terá impacto sobre a pessoa com o coração fechado. Como chegar ao coração? Neste contexto, quanto mais importante é viver o que professamos, em vez de apenas falar sobre o que acreditamos?


2. Pense na seguinte declaração: “Os últimos raios da luz misericordiosa, a última mensagem de graça a ser dada ao mundo, é uma revelação do caráter do amor divino. Os filhos de Deus devem manifestar Sua glória. Revelarão em sua vida e caráter o que a graça de Deus por eles tem feito” (Ellen G. White,
Parábolas de Jesus, p. 415, 416). Como podemos “manifestar Sua glória” em nossa prática diária? Quantas vezes nas últimas 24 horas você manifestou a glória de Deus em sua vida? Que tipo de testemunho de sua fé seu estilo de vida revela? Como sua igreja pode “manifestar a glória do Senhor”?

Respostas sugestivas: 1. A amizade com Jesus transformou sua vida; realizaram milagres; suas obras eram um sinal de que eles haviam estado com Jesus. 2. Com seu irmão Pedro; por causa dos laços afetivos que poderiam levar seu irmão a ouvir e aceitar Jesus. 3. Jesus chamou Filipe, que era da cidade de André; Filipe chamou Natanael, que duvidou, mas se encontrou com Jesus e passou a crer. 4. Queria conhecer os próprios erros; precisamos ser avaliados, para descobrir o que atrapalha nosso testemunho; Deus quer nos guiar. 5. Sim; devemos ser honestos, mansos e amorosos; isso converteria a muitos; ter Cristo como Senhor nos prepara para testemunhar. 6. Deus usa outras pessoas para completar nosso trabalho; Deus nos usa para completar o trabalho dos outros, tudo para Sua glória.

Resumo da Lição 6 – Evangelismo pessoal e testemunho


Texto-chave:
Isaías 43:10


O aluno deverá...


Conhecer: As razões pelas quais o testemunho pessoal é tão eficaz na salvação das pessoas.


Sentir: Desejo de imitar as atitudes e disposições que Cristo demonstrava para atrair outros a Si.


Fazer: Viver, pela graça de Deus, de maneira que atraia os outros a Cristo.

Esboço


I. Conhecer: O poder pessoal


A. O cônjuge, os amigos e os vizinhos estão em condição de testemunhar sobre as manifestações poderosas de Cristo vivendo em nós.


B. Que tipos de pessoas Deus usou no passado para falar por Ele? O que dava a elas as credenciais para falar em nome de Deus?


C. Que expressão simples a mulher junto ao poço e os discípulos usaram para compartilhar o que tinham encontrado em Cristo?


II. Sentir: Amoroso e cativante


A. Que atitudes de Cristo atraíam as pessoas que buscavam a verdade?


B. Que atitudes devemos ter para conquistar nossos queridos sem pregação nem aborrecimento?


III. Fazer: Ações que falam


A. O que precisamos fazer a fim de nos preparar para dar uma razão da esperança que ilumina nosso caminho?


B. Que tipos de conversas entre nós e nossa família, amigos e vizinhos podem ser usadas pelo Espírito Santo para atrair pessoas a Cristo?


C. Que tipos de ações falam mais alto do que palavras quando refletem nosso relacionamento com Deus?

Resumo: O testemunho pessoal é um convite para que os outros considerem atentamente a diferença que Deus faz em nossa vida.


Ciclo do aprendizado

Motivação


Conceito-chave para o crescimento espiritual: Nosso relacionamento diário com Cristo é a verdadeira base de tudo o que temos para compartilhar.


Só para o professor: Use esta atividade de abertura para ajudar a classe a compartilhar suas experiências diárias com Deus.

Atividade de abertura: Faça as seguintes perguntas: 1. De que promessa bíblica você dependeu especialmente nesta semana? 2. Qual foi a mudança mais importante que Deus realizou em sua vida? 3. Que resposta à oração foi mais significativa para você recentemente? 4. Que bênção especial recebida ultimamente o motiva a louvar o Senhor? 5. Que elemento tem promovido uma mudança decisiva em seu relacionamento com Jesus? 6. Convide os alunos a compartilhar uma recente experiência com Deus que tenha significado muito para eles.


Pense nisto: Pergunte aos alunos o que sentiram ao ouvir o depoimento dos outros. O que essa experiência ensina sobre a simplicidade do testemunho? Em
1 Pedro 3:15 está escrito que é importante estar preparado para dar a razão da esperança que há em nós. Devemos exercitar o testemunho até que o simples ato de falar de nossa experiência e esperança em Deus se torne natural. Isso é um desafio para você?

Compreensão


Só para o professor: Use este estudo para ajudar a classe a analisar como vários personagens da Bíblia influenciaram outros ao compartilhar suas convicções, sua fé e sua esperança.

Comentário Bíblico


I. Estar com Jesus


(Recapitule com a classe
At 4:13, 14.)


Pedro e João foram levados perante o órgão eclesiástico mais poderoso de sua nação. Os dirigentes do Sinédrio – entre os quais estavam os sumos sacerdotes Anás e Caifás, escribas, anciãos e os membros da família do sumo sacerdote – perguntaram qual era o poder pelo qual esses dois homens pregavam e curavam.


Cheio do Espírito Santo, Pedro apresentou uma defesa eloquente. A Bíblia registra que os anciãos fizeram quatro coisas em resposta ao testemunho de Pedro. Em primeiro lugar, eles perceberam a intrepidez de Pedro e João. Eles não poderiam ter percebido isso se Pedro e João não tivessem transmitido seu testemunho. Os dois discípulos não deixaram de falar. Dedicados de modo apaixonado e fiel ao evangelho, eles buscaram compartilhar sua mensagem libertadora, não importando as ameaças à sua vida. No dia anterior, eles haviam pregado destemidamente sobre a ressurreição, e o efeito sobre o povo havia sido tão poderoso que, apesar da prisão pública de Pedro e João na área do templo, "muitos dos que tinham ouvido a mensagem creram" (v. 4, NVI). Prender os dois homens parecia ser a solução perfeita para sufocar o interesse despertado pelo evangelho. Afinal, quem desejaria se unir a um grupo separado que trazia o risco de perda temporal, prisão e possivelmente a morte? Se os saduceus pensavam que prender os discípulos serviria para intimidar as pessoas, a estratégia produziu o efeito contrário, pois "o número dos homens que creram” [chegou] “perto de cinco mil" (v. 4, NVI).


Em segundo lugar, os líderes sabiam que Pedro e João não tinham sido educados nas escolas rabínicas e não tinham recebido treinamento formal na teologia do Antigo Testamento. Em vez disso, eles falaram pela unção do Espírito Santo (
v. 8), salientando a importância daquele que conhecemos acima daquilo que sabemos. Isso não sugere que o conhecimento bíblico e o treinamento adequado não sejam essenciais, porque eles são. Mas, sem a influência do Espírito Santo para abençoar nosso treinamento e esforços, essas coisas, nas palavras do apóstolo Paulo, não significam "nada" (1Co 13:2, 3).


Em terceiro lugar, os dirigentes ficaram maravilhados. Como esses homens incultos, destreinados, falaram com tanta ousadia, autoridade, poder e influência? De onde surgiram essas qualidades?


A resposta, a Bíblia nos diz, foi clara e imediata na mente dos governantes. E isso nos leva ao quarto ponto da resposta dos líderes. Eles compreenderam, sem dúvida, que Pedro e João "haviam estado com Jesus" (
At 4:13). A face de Moisés brilhava quando ele desceu a montanha carregando as tábuas da lei, testemunhando o fato de que ele havia estado em comunhão com o Senhor. Quando passamos tempo com Deus, Ele deixa sinais visíveis da Sua presença em nossa vida para que outros percebam. "Vendo com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário” (v. 14, NVI). Por que isso silenciou os dirigentes? Não havia nenhuma forma pela qual Pedro pudesse ter forjado o milagre. O homem havia sido coxo “desde o ventre de sua mãe" (At 3:2, RC). A coragem com que Pedro e João falaram, apesar de não terem recebido instrução na escola dos rabinos e a cura milagrosa do coxo, foram claras evidências do Espírito Santo em sua vida, apontando de modo incontestável para o fato de que esses dois homens haviam estado com Jesus.


Pense nisto: O que a resposta dos discípulos e a reação dos dirigentes revelam sobre o que significa ter “estado com Jesus"? Assim como a face de Moisés brilhou depois do tempo passado diante de Deus, e o homem coxo foi curado, que sinais visíveis da presença de Deus existem em nossa vida para revelar aos outros que nós também estivemos "com Jesus"?


II. Venham e vejam


(Recapitule com a classe
Jo 1:37-39.)


Uma das primeiras coisas que os primeiros discípulos de Jesus fizeram, como está descrito no primeiro capítulo de João, foi levar outros a Cristo. Esse foi um resultado direto do fato de que Jesus os atraiu a Si mesmo. Como o Senhor disse de Si mesmo a Moisés: "Aquele a quem escolher fará chegar a Si" (
Nm 16:5).


Observe o método de Jesus para fazer discípulos. Quando André e João O seguiram, Cristo Se voltou para eles e perguntou: "O que vocês querem?" (Jo 1:38, NVI). A partir dessa questão bastante simples, aprendemos o valor de buscar avidamente cativar o interesse daqueles que são atraídos para nossa esfera de influência. Observe também a natureza da questão em si. Ela foi direta, sem ser violenta nem arrogante; envolveu um convite, mas sem constrangimento. Implicou também que Jesus realmente estava interessado em ouvir a resposta deles e em conhecê-los pessoalmente.


Em seguida, Jesus os convidou a contemplar Sua vida. Uma vez que o interesse deles foi declarado, Jesus aproveitou a oportunidade, enquanto a chama da curiosidade estava acesa, para convidá-los a ver onde Ele morava. Esse foi um convite para ir e testemunhar em primeira mão Sua vida de abnegação e sacrifício. Jesus era um anfitrião agradável. Generosamente, Ele abriu Sua vida e Seu coração para eles. Isso nos mostra como o Senhor valoriza cada indivíduo e a importância do toque pessoal ao tentar alcançar outra pessoa. A Bíblia diz: "Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com Ele aquele dia” (
Jo 1:39). E a partir desse contato pessoal, Jesus transformou a curiosidade ávida em um genuíno e sincero desejo de se unir ao Seu ministério.


Outra lição valiosa foi revelada ali. André e João se voltaram para Jesus porque estavam procurando o Cordeiro de Deus. Isso significa que eles já O estavam procurando, mas não tiveram a sabedoria para discernir quem era Jesus na multidão em torno de João Batista. Quando o Batista apontou Jesus para eles, sua curiosidade foi despertada o suficiente para que seguissem Jesus.


Há muitos que nos "seguem" em nossa vida diária. Seguem-nos com os olhos e os pensamentos, observando o que dizemos e fazemos e avaliando e julgando nossa vida. Assim como João Batista fez, o Espírito de Deus pode impressionar seu coração a contemplar "o Cordeiro de Deus" (
v. 29) em nós. Eles podem se aproximar de nós, querendo saber mais sobre quem somos, sem perguntar diretamente. Como Jesus, podemos fazer uma pergunta que implique em interesse em suas necessidades. Podemos oferecer-lhes nossa hospitalidade. Perceba também que Jesus, o grande médico e operador de milagres, não realizou nenhum milagre visível a fim de atrair André e João. Ninguém foi curado da lepra, ninguém ressuscitou. A água não foi transformada em vinho a fim de atrair o interesse deles. Nenhum milagre ocorreu, exceto os simples milagres da cortesia, hospitalidade e bondade. Que esperança isso deve dar aos que, por não serem grandes evangelistas ou pregadores, pensam que ninguém se preocuparia em ouvi-los! Apenas um humilde convite foi estendido, um convite que nós também podemos apresentar: Venha, veja por si mesmo!


Pense nisto: Quando os discípulos seguiram o convite para ir e ver e realmente ficaram face a face com Jesus, Ele assumiu Sua parte em iniciar um relacionamento com esses novos conhecidos. O que Ele fez? Que desafios os discípulos enfrentaram enquanto desenvolviam um relacionamento com Cristo? De que forma o método de Jesus de fazer discípulos pode transformar nossos esforços no testemunho pessoal?


Aplicação


Só para o professor: Use esta história para ilustrar como uma vida transformada pode ser uma poderosa testemunha para Deus.

Testemunho de vida: Um pastor contou a história de uma jovem que o procurou em uma reunião campal, profundamente preocupada em salvar seu casamento. Ele sugeriu que ela considerasse, com atitude de oração, a seguinte passagem como seu guia...


"A presença do Pai circundou Cristo e nada Lhe sobreveio sem que o infinito amor permitisse, para a bênção do mundo. Aí estava Sua fonte de conforto, e ela existe para nós. Aquele que está impregnado do Espírito de Cristo, habita em Cristo. O golpe que lhe é dirigido cai sobre o Salvador, que o circunda com Sua presença. Seja o que for que lhe acontecer vem de Cristo. Não precisa resistir ao mal, porque Cristo é sua defesa. Nada lhe pode tocar a não ser pela permissão de nosso Senhor; e todas as coisas que são permitidas "contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8:28, RC; Ellen G. White,
O Maior Discurso de Cristo, p. 71).


Quando o pastor encontrou essa jovem novamente no verão seguinte, ela contou uma história profundamente comovedora. Ela havia começado a acreditar que o comportamento do marido em relação a ela caía primeiramente em Cristo, e como resultado seu casamento começou a melhorar. Não apenas seu marido voltou para a igreja, mas os pais deles também voltaram, tocados pela transformação na vida dela, à medida que ela entregava tudo a Cristo.


Pergunta de aplicação


Como nossa vida pode ser transformada, quando decidimos acreditar que tudo que nos acontece é permitido por Cristo e recai primeiramente sobre Ele? Como essa transformação pode afetar as pessoas com quem nos relacionamos?


Criatividade


Só para o professor: Sugira as seguintes atividades para fazer durante a semana.

1. Planeje uma reunião de testemunhos pessoais para uma sexta-feira à noite, nos lares dos alunos. Peça que cada pessoa conte sobre o evento mais significativo em seu relacionamento com Deus.
2. Com a ajuda dos alunos, faça uma lista das formas pelas quais você pode melhorar o relacionamento com seus vizinhos. Considere a possibilidade de compartilhar alimentos, dar flores e produtos da horta, e cuidar de crianças ou idosos para aliviar a carga de suas famílias.

Evangelismo Pessoal e Testemunho

Pr. Marcelo E. C. Dias


Professor do SALT/UNASP


Doutorando (PhD) em Missiologia pela Universidade Andrews


mecdias@hotmail.com

No comentário da lição 2, vimos que o plano de Deus para a proclamação do evangelho envolve uma parceria com seres humanos imperfeitos que testemunham, tanto individual (lição desta semana) como coletivamente (lição da próxima semana). Por outro lado, a Bíblia também ensina que a resposta ao convite da salvação, em última instância, pertence à esfera individual.


“O sal deve ser misturado com a substância em que é posto; é preciso que penetre nessa substância a fim de conservá-la. Assim, é com o contato pessoal e a convivência que as pessoas são alcançadas pelo poder salvador do evangelho. Não são salvos em massa, mas como indivíduos. A influência pessoal é um poder. Cumpre-nos achegar-nos àqueles a quem desejamos beneficiar” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 36).


O evangelismo público nunca substituirá o evangelismo pessoal. Grandes encontros jamais proverão, por si só, o que é necessário para uma transformação real. Ensino, adoração e encorajamento das grandes reuniões são complementos para as interações individuais, que constituem o contexto único capaz de atender às necessidades individuais e praticar um evangelismo verdadeiramente encarnacional (comentário da lição 5). Nesta semana, o objetivo é tecer algumas considerações sobre essa interação usada pelo Espírito Santo para transformar vidas para a eternidade.

I. O exemplo de Jesus

II.

Apesar das várias pregações a multidões, o ministério de Jesus foi marcado por poderosos encontros pessoais, geralmente com aparência de ocasionais, em que transformações foram visíveis. Jesus desafiou o jovem rico (ver Lc 18:21, 22), convidou Mateus para um relacionamento com Ele (ver Mt 9:9), confortou Maria e Marta (ver Jo 11:23-26), visitou Zaqueu (ver Lc 19:5, 6), Se encontrou com a mulher samaritana junto ao poço (ver Jo 4:4-7), entre outros. Cada vez, Jesus apresentou o evangelho de acordo com as necessidades das pessoas, daí a necessidade de se entender o contexto (Ver o comentário da lição 5).


Em atitude de obediência ao Pai e constante comunhão com Ele, Jesus buscava relacionamentos com todos os tipos de pessoas com o objetivo de servir, curar, ensinar e pregar o evangelho. Pelo fato de conhecer a busca espiritual humana, Jesus logo direcionava a conversa para as questões eternas. Ele apontava para a Palavra de Deus e para Si mesmo como o Messias e, tratando a todos com bondade e cortesia, convidava-os a ser Seus discípulos para sempre.


O contato com a mulher samaritana é provavelmente o melhor exemplo. Ela possuía todas as condições para desconfiar de Jesus. Tratava-se de um homem que era judeu, o encontro era em público, Ele não deveria iniciar uma conversa com ela, pois ela era mulher samaritana e, além disso, estava sozinha. Ela esperava ser ignorada, julgada e desprezada. Confiança para  iniciar um diálogo não era uma atitude natural para aquela mulher.


Jesus começou com o inesperado, ou seja, para quebrar as aquelas barreiras Ele SE colocou em uma posição de necessidade e pediu sua ajuda. Com essa iniciativa, Jesus ganhou a confiança da samaritana, recontou sua história e nela inseriu o Messias como a única solução para a sua vida.


“Se bem que a própria pureza que de Jesus emanava lhe condenasse o pecado, não proferia palavra alguma de acusação, mas falava de Sua graça, que lhe podia renovar a alma” (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 189). Aquela mulher se tornou uma verdadeira discípula e Jesus estabeleceu um modelo de evangelismo pessoal.

II. Preparação

Como tem sido repetido durante o trimestre, o cristão testifica daquilo que conhece e experimenta. Por isso, antes do contato evangelístico, é necessário desenvolver quatro características de uma vida espiritual saudável:

(1) Coração obediente. Tudo começa com um espírito de adoração a Deus e obediência ao Seu mandado. Isso envolve um coração interessado na salvação de todos os filhos de Deus e disposto ao sacrifício por eles; também disposto a permitir que Deus molde a vida do cristão para ser usado como Seu instrumento. Um coração obediente responde à vontade de Deus com disposição para servi-Lo.

(2) Vida na presença do Espírito Santo. A Bíblia deixa claro que o Espírito Santo está diretamente relacionado com a missão da Igreja (ver At 1:8). O relacionamento de submissão dá permissão ao Espírito Santo para trabalhar através dos filhos de Deus. O Espírito Santo capacita e protege aqueles que se engajam nessa batalha espiritual. A vida na presença do Espírito Santo permite que todos os passos da missão sejam guiados por Deus.

(3) Vida de comunicação com Deus. O evangelismo é uma atividade essencialmente espiritual. A comunicação com Deus através da oração alimenta a humildade, conduz à adoração a Deus e intercessão por portas abertas para a missão e por aqueles que receberão o evangelho. A vida de comunicação com Deus torna o cristão autêntico e coerente.

(4) Vida de dedicação ao estudo da Bíblia. O conteúdo do evangelismo está revelado na Bíblia (ver Jo 5:39). Ele deve operar na vida do evangelista antes mesmo de ser compartilhado com os demais. Só assim a testemunha poderá relatar aquilo que tem visto e experimentado no relacionamento com Cristo. A vida de dedicação ao estudo da Bíblia alcança a maturidade e a solidez necessárias para enfrentar os desafios do evangelismo.

III. Lidando com as pessoas

Se o objetivo do evangelismo pessoal é testemunhar, com palavras e atos, a respeito de Cristo, é necessário que, nesse processo de comunicação, duas pessoas estejam envolvidas, ou seja, que haja um relacionamento. Emílio Abdala enfatiza o princípio da amizade indicando que “o método mais eficaz e natural de evangelismo ocorre nos relacionamentos pessoais e familiares” (Plantando Esperança,Ministério Jan/Fev 2011).

a. Construindo pontes. As novas dinâmicas da sociedade no início do século 21 mudaram a maneira pela qual as pessoas se relacionam. A impressão é de que elas estão mais próximas, apesar de estarem mais distantes. Às vezes, isso é uma grande ilusão. No geral, o contato pessoal tem diminuído bastante. Mas o evangelho viaja pelos relacionamentos e, portanto, o “ide” implica em derrubar muros e construir pontes.

Isso nem sempre é fácil, já que muitas pessoas com quem devemos nos relacionar são adeptas de outros valores e princípios, alguns que parecem bem estranhos e até perigosos enquanto que o evangelismo pessoal requer um investimento de tempo, emoções, espiritualidade, etc. O incrível é que as outras pessoas muitas vezes não nos veem como muito mais seguras. Lembre-se de que não existe dicotomia entre ser um amigo genuíno e intencionalmente agir para que alguém se aproxime de Deus.

b. Testemunho coerente. Se por um lado a sociedade não permite tantos contatos pessoais, por outro, a curiosidade humana nunca se armou tanto para observar uns aos outros. As pessoas continuam interessadas em saber como as outras vivem e quais são as melhores soluções para os desafios da vida. Como lidamos com o estresse, com dívidas, como tomamos decisões, como educamos os filhos, como mantemos a saúde, quais são nossas prioridades, como nos relacionamos com nossa comunidade de fé, etc.

Quanto mais anticristão o mundo se torna, maior é a necessidade de testemunhos coerentes que apresentem as limitações da atuação humana e o ilimitado poder de Deus.

c. Orientação divina. Sensibilidade à voz de Deus nos fará interagir com as pessoas certas, nos momentos mais adequados, com as palavras próprias que exaltem a Deus.

IV. O que não é evangelismo pessoal

O risco de deturpações do evangelismo pessoal também está presente. Aqui estão quatro exemplos (Will McRaney Jr., The Art of Personal Evagelism) do que não faz parte do ato de testemunhar:

(1) Julgar. É necessário ter muita sensibilidade na hora do contato missionário porque o papel do cristão não é julgar (isso não aparece na definição de testemunho). O evangelho certamente irá lançar luz sobre o contexto  daquele que o recebe e o Espírito Santo convencerá essa pessoa da transformação necessária. Principalmente nos contatos iniciais, é importante permitir que a graça, o amor, e o perdão de Deus alcancem o coração e respondam às necessidades daquele que recebe o evangelho.

(2) Envergonhar. Os recursos da culpa e da humilhação se apresentam como uma tentação para alguns que desejam impressionar os “pecadores”. Enquanto que a curto prazo esse recurso pode parecer proveitoso, a longo prazo as consequências são geralmente irreparáveis. Entender a distância entre Deus e o ser humano naturalmente fará a pessoa se sentir envergonhada, enquanto que o sacrifício de Cristo devolverá a esperança e a certeza de que há um lugar na família de Deus para aquele que O aceita.

(3) Manipular. O papel do evangelista não é pressionar alguém para se submeter a Deus. A definição de evangelismo (lição 1) envolve o convite para aceitar o evangelho, mas convencer as pessoas sobre a verdade é papel do Espírito Santo. Se esse processo acontecer simplesmente na esfera humana, se tornará uma competição pela melhor técnica de convencimento.

(4) Vencer um debate. A apresentação de argumentos de forma lógica e convincente faz parte do evangelismo, especialmente para aqueles que têm um dom relacionado com a apologética, mas essa não é a função principal da testemunha. Boas perguntas são mais eficientes com alguns tipos de pessoas do que respostas bem elaboradas.

(5) Vender. O evangelho deve ser proclamado, compartilhado, mas não vendido. Obviamente que aqueles que aceitam o evangelho são grandemente beneficiados em todas as esferas da vida, mas esse não pode ser o maior apelo para aceitar Jesus.

V. O meu evangelismo

Nessa separação didática, a última parte do processo é a do compartilhamento do evangelho em quatro etapas:


(1) Contato inicial: Seu interesse não se restringe a um contato único, mas estabelecer uma amizade;


(2) Contar a história: Exemplos de como a verdade transforma a vida de uma pessoa (de preferência a sua) positivamente são essenciais;


(3) Esclarecer a mensagem: Não basta comunicar; é preciso comunicar corretamente; e


(4) Fazer o convite: Seu alvo vai além de uma apresentação sobre o evangelho.


“A influência pessoal é um poder. Quanto mais direto for nosso trabalho em favor de nossos semelhantes, tanto maior será o benefício realizado. ... Devemos entrar em íntimo contato com aqueles por quem trabalhamos, para que, não somente nos ouçam a voz, mas nos apertem a mão, aprendam nossos princípios, e sintam nossa simpatia” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 439).


“Uma boa abordagem é um contato inicial, através de palavras e atos, que estabelece um relacionamento próximo o suficiente para permitir o testemunho por Cristo” (Alvin Reid, Evangelism Handbook, p. 253). Relacionamentos genuínos começam com interesses em comum. São nessas ocasiões que as maiores oportunidades surgem para  estabelecer relacionamentos que abrem portas para o evangelismo. Quantos casos de contatos missionários eu conheço que aconteceram no campo ou na quadra de futebol!


Por isso, ao buscar oportunidades para esses contatos, faça a si mesmo duas perguntas:

1. O que é que eu gosto de fazer?

2. Como posso me aproximar de pessoas que não conhecem Jesus através dessa atividade? Afinal, se você quiser praticar o evangelismo pessoal você precisa conversar com pessoas “do mundo” que estão “perdidas”.

Lembre-se de se aproximar das pessoas com a atitude correta. As pessoas sentem no ar se você realmente se importa com elas. Palavras erradas, respostas incompletas e raciocínios falhos poderão ser relevados se houver sincero interesse. Em quinze minutos de conversa, as pessoas são capazes de descobrir se há verdadeiro interesse por elas, se acreditamos no que estamos falando e se a mão de Deus tem agido em nossa vida. Já dizia o grande pensador da comunicação, Marshall McLuhan, que o meio é a mensagem. O conteúdo da história de Jesus é primordial, mas não se pode esquecer que a comunicação não verbal, o entusiasmo, o verdadeiro interesse e o exemplo também contam.


Como o evangelismo pessoal é uma atividade espiritual guiada pelo Espírito Santo, esteja preparado para a resposta positiva. No primeiro momento, é importante saber ouvir e fazer perguntas que levem a pessoa a abrir o coração. Como uma das maiores dificuldades é o momento de conduzir a conversa para o lado espiritual, é comum o Espírito Santo sugerir caminhos alternativos na conversa que inesperadamente o levem às melhores maneiras de dar seu testemunho (Lc 12:12).


A maneira de se comunicar algo e a maneira pela qual isso é entendido nem sempre são as mesmas. Portanto, os mesmos princípios são aplicáveis para a continuação do diálogo ao esclarecer o evangelho. Paulo menciona sua preocupação nesse sentido (Cl 4:4).


O último momento é o de encorajar as pessoas a tomar a decisão e motivá-las a se unir a você nessa jornada espiritual.

Ilustração
Conta-se a história de um insensível criminoso preso, de quem vários pastores haviam procurado se aproximar. Normalmente, a abordagem incluía explicar a situação do pecador e sua necessidade da graça de Deus para a salvação. Mas isso parecia endurecer o coração daquele detento. Então, um leigo o visitou e se sentou ao seu lado. Ele disse: “Você e eu estamos numa pior, não é verdade?” A identificação com aquele homem o levou aos prantos e à entrega de sua vida a Jesus.


Pensando nessa ênfase do evangelismo pessoal, Rick Richardson redefiniu evangelismo como sendo conversas com amigos de uma jornada espiritual (Reimagining Evangelism, p. 66). Com esse modelo de conversão como uma jornada marcada por eventos e não somente um evento isolado, ele sugere que, ao invés de os cristãos serem como vendedores itinerantes com um alvo, seria melhor que se portassem como guias de viagens de uma jornada espiritual.

 

 

Publicado em 02/05/2012 por LicoesdaBiblia "Vocês são Minhas testemunhas', declara o Senhor, 'e Meu servo, a quem escolhi'" Is 43:10 Com a participação do pastor Jander Oliveira (Tesoureiro daAssociação Mineira Leste , AML) e do pastor Raimundo Gonçalves (Evangelista e diretor de Missão Global da União Sudeste Brasileira)

 

Fontes:

Casa Publicadora Brasileira ( http://www.cpb.com.br/ )

Novo Tempo Lições da Bíblia ( http://novotempo.com/licoesdabiblia/ )

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