Lição 1 -
Adultério espiritual (Oseias)
30 de março a 6 de abril
VERSO PARA MEMORIZAR:
“Semearei Israel para Mim na
terra e compadecer-Me-ei da Desfavorecida; e a Não-Meu-Povo direi: Tu és o Meu povo! Ele dirá: Tu és o meu Deus!” (Os
2:23).
Leituras da Semana:
Pensamento-chave: Mesmo em meio ao adultério espiritual e ao
juízo divino, o amor de Deus por Seu povo nunca vacila.
O profeta Oseias ministrou no fim
de um período muito próspero da história de Israel, pouco antes da queda
nacional diante dos assírios em 722 a.C. Naquele tempo, o povo escolhido de
Deus já não adorava somente ao Senhor, mas também servia a Baal, um deus
cananeu.
Sendo o primeiro dos profetas menores, o livro de Oseias aborda a questão
central da proclamação profética durante aquele tempo de apostasia: Continuava
Deus amando Israel, apesar da prostituição espiritual? Ainda mantinha Seu
propósito para a nação, apesar dos pecados dela e do juízo vindouro?
A história pessoal de Oseias e a profecia estão inseparavelmente ligadas em seu
livro. Assim como o profeta havia perdoado a esposa infiel e estava disposto a
levá-la de volta, Deus estava disposto a fazer o mesmo por Seu povo.
O que podemos aprender com a experiência de Oseias e a maneira pela qual o
Senhor lidou com o rebelde Israel?
Uma estranha ordem
“Quando, pela primeira vez, falou
o Senhor por intermédio de Oseias, então, o Senhor lhe disse: Vai, toma uma
mulher de prostituições e terás filhos de prostituição, porque a terra se
prostituiu, desviando-se do Senhor. Foi-se, pois, e tomou a Gômer, filha de
Diblaim, e ela concebeu e lhe deu um filho” (Os 1:2, 3).
Durante séculos, os estudantes da
Bíblia têm debatido a natureza dessa ordem, fazendo perguntas, como: Gômer era
uma prostituta ou apenas uma esposa infiel? Ela era imoral antes de seu
casamento com Oseias, ou somente depois se tornou infiel?
Não sabemos ao certo. Uma coisa, porém, é certa: Quando o Senhor falou a Oseias
e por meio dele, queria desviar a atenção das pessoas da história de Oseias
para a história do Seu amor por Israel. Visto que Gômer era israelita, a
história de seu casamento com o profeta se mistura com a história da aliança
divina com Israel.
Há paralelos importantes entre a história de Oseias e a experiência de Deus com
Israel. Em nível humano, Gômer foi infiel a Oseias. Em nível espiritual, Israel
foi infiel a Deus. Assim como a imoralidade de Gômer feriu o coração de seu
marido, a idolatria de Israel entristeceu o coração de Deus. Oseias foi chamado
a suportar tristeza de coração e rompimento do casamento. Ele deve ter sofrido
indignação e vergonha públicas. No entanto, quanto mais ele experimentava a
infidelidade de Gômer, mais profunda era sua compreensão da tristeza e
frustração de Deus com Israel.
Que tipo de testemunho você dá
não apenas por suas palavras, mas também por suas ações? Que aspectos de sua
vida revelam que você é não apenas uma boa pessoa, mas um seguidor de Jesus?
Traição espiritual
Quando Gômer, esposa de Oseias,
cometeu adultério, ele sofreu a agonia da traição, humilhação e vergonha. Aos
vizinhos e amigos que viram sua dor, Oseias transmitiu uma mensagem divina por
meio de palavras e ações: Israel, a esposa de Deus, era igual a Gômer. O povo
escolhido estava cometendo adultério espiritual.
O profeta Jeremias comparou os israelitas infiéis a uma prostituta que vivia
com muitos amantes, apesar de tudo o que Deus havia provido para eles (Jr
3:1). De forma semelhante, o profeta Ezequiel chamou o idólatra Israel de
“mulher adúltera”, que se havia afastado de seu verdadeiro marido (Ez
16:32). Por essa razão, a idolatria na Bíblia é vista como adultério
espiritual.
2.
Que advertência é dada em Oseias
2:8-13? Estamos em perigo de fazer essencialmente a mesma coisa?
A expressão “o trigo, e o vinho,
e o óleo” também é usada em Deuteronômio
7:12-14 para descrever
produtos básicos que as pessoas desfrutavam em abundância, de acordo com as
promessas de Deus dadas por intermédio de Moisés. No tempo de Oseias, as
pessoas eram tão ingratas para com Deus, tão envolvidas com o mundo, que
estavam apresentando essas dádivas divinas aos seus falsos ídolos. Isso nos
adverte a não utilizar as dádivas recebidas do Senhor tendo em vista objetivos
diferentes daquele para o qual elas foram planejadas – Seu serviço (Mt
6:24).
“Como Deus considera nossa ingratidão e falta de apreciação por Suas bênçãos?
Quando vemos alguém desprezar ou usar mal nossas dádivas, nosso coração e
nossas mãos se fecham contra essa pessoa. Mas os que recebem as dádivas
misericordiosas de Deus, dia após dia e ano após ano empregam mal Suas bênçãos
e negligenciam as pessoas por quem Cristo deu Sua vida. Os meios que Ele
emprestou para sustentar Sua causa e construir Seu reino são investidos em
casas e terras, desperdiçados com o orgulho e satisfação própria, e o Doador é
esquecido” (Ellen G. White, Advent Review and Sabbath Herald [Revista do
Advento e Arauto do Sábado], 7 dezembro de 1886).
Você acha fácil usar as dádivas
recebidas de Deus de forma egoísta, ou até mesmo de maneira idólatra? Na
prática, como podemos evitar esse pecado?
Promessa de restauração
3.
Leia Oseias
2. Qual é a mensagem principal de Deus para Seu povo nesse texto? Como o
evangelho é revelado nesse capítulo?
A mensagem de Oseias apresenta a
profunda verdade do constante amor de Deus por um povo indigno. O capítulo 2
contém um longo discurso do Senhor sobre a apostasia de Israel, que é então
comparada com esse amor infalível. Após a punição, o marido guiará a esposa em
uma viagem ao deserto, onde eles se casarão novamente.
Assim, o capítulo termina com a descrição de um tempo futuro, depois do juízo,
quando Deus atrairá Israel para amá-Lo como antes (Os
2:12-15). Os animais selvagens não mais devorarão as vinhas e figueiras da
esposa, mas se tornarão parceiros na nova aliança (Os
2:18). Além disso, cada filho receberá um novo nome, revelando novamente a
vontade divina de curar e perdoar as transgressões passadas de Seu povo.
4.
Deus oferece gratuitamente o perdão dos pecados. Qual é o custo do perdão para
Deus? Qual foi o custo pessoal dessa lição para Oseias? Os
3:1, 2
Crescendo como homem em Israel,
Oseias estava destinado a desfrutar de uma condição privilegiada naquela
sociedade patriarcal. Mas esse privilégio vinha com uma grande
responsabilidade. No antigo Israel, o homem tinha que fazer um tremendo esforço
para perdoar e receber de volta a esposa infiel, além da aceitação dos filhos
gerados por outro homem. Ficar com a esposa, esses filhos e, assim, sofrer a
rejeição social deve ter sido uma das mais difíceis experiências da vida.
Oseias, porém, “comprou-a” de volta. Deus, em certo sentido, fez a mesma coisa
pela humanidade, mas o custo foi a morte de Jesus na cruz. Somente olhando para
a cruz podemos obter um quadro muito mais claro do preço que Deus pagou para
nos resgatar da ruína que o pecado causou.
Acusação contra Israel
Oseias
4:1-3 apresenta Deus como
Aquele que traz uma acusação ou uma questão jurídica (hebraico rîb) contra
Israel. A nação escolhida era culpada diante de seu Deus porque o povo não
havia conseguido viver de acordo com os termos da aliança. Verdade,
misericórdia e conhecimento de Deus deviam ser as qualidades do relacionamento
entre Israel e Ele. De acordo com Oseias
2:18-20, esses são dons que Deus concede ao Seu povo na renovação da
aliança.
Devido ao pecado, porém, a vida de Israel foi destituída desses dons da graça.
Os crimes listados por Oseias tinham levado a nação à beira da anarquia. Os
líderes religiosos, sacerdotes e profetas, tiveram parte na deterioração da
vida de Israel naquele momento e foram responsabilizados por isso. Eles tinham
grande responsabilidade. Se não enfrentassem os abusos e não condenassem os
atos de injustiça, seriam condenados por Deus.
No Antigo Testamento, a adoração de ídolos era considerada o pecado mais grave
porque negava o papel do Senhor Deus na vida da nação e do indivíduo. Devido ao
clima seco, as chuvas nas terras de Israel eram questão de vida ou morte. Os
israelitas chegaram a acreditar que suas bênçãos, como a vivificante chuva,
provinham de Baal. Por isso, construíram santuários para deuses estrangeiros e
começaram a misturar imoralidade com adoração.
Ao mesmo tempo, a injustiça social se alastrava na terra. As classes ricas em
Israel exploravam os camponeses a fim de conseguir pagar tributo à Assíria.
Muitos recorriam à fraude e ao engano (Os
12:7, 8). Foi em virtude dessas coisas que o período anteriormente pacífico
e próspero se tornou um momento de turbulência política e social. O país estava
à beira do caos total.
“Pobres homens ricos, professando servir a Deus, são dignos de piedade.
Enquanto professam conhecer ao Senhor, eles O negam em suas obras. Quão grandes
são suas trevas! (Mt
6:23). Afirmam ter fé na verdade, mas suas obras não correspondem à sua
religião. O amor às riquezas os torna egoístas, exigentes e arrogantes. Riqueza
é poder, e frequentemente o amor a ela corrompe e neutraliza tudo o que é nobre
e divino no ser humano” (Ellen G. White, Testemunhos
para a Igreja, v. 2, p. 682).
5.
Leia Tiago
5:1-7. Como essas palavras se encaixam com a verdade presente expressa nas
mensagens dos três anjos de Apocalipse
14:6-12? Seja qual for nossa posição financeira, como podemos nos proteger
contra os perigos que o dinheiro sempre apresenta aos seguidores de Cristo?
Chamado ao arrependimento
“A vida eterna é esta: que Te
conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo
17:3).
O nome Oseias em hebraico
significa “o Senhor salva”, e está relacionado com os nomes Josué, Isaías e até
mesmo Jesus. O profeta chama o povo a rejeitar o pecado e encontrar refúgio no
Senhor seu Deus, porque Ele é seu Criador e Redentor. O propósito do juízo
divino era lembrar aos pecadores que sua vida e força provinham dAquele a quem
eles deviam voltar. Por isso, mesmo em meio a todas as advertências e pronunciamentos
de juízo, o livro de Oseias apresenta os temas do arrependimento humano e do
perdão divino.
O profeta exortou a nação, que estava perecendo no pecado por “falta [do]
conhecimento” (Os 4:6), a continuar conhecendo plenamente a Deus e a viver em
harmonia com Seus princípios eternos. Foi a falta de conhecimento de Deus que
levou o povo à rebelião e acabou resultando no juízo.
Em contrapartida, por meio da fé e obediência eles poderiam conhecer o Senhor.
Esse conhecimento pode ser próximo e íntimo. É precisamente por isso que o
casamento é um símbolo do tipo de relacionamento que o Senhor deseja ter
conosco.
Por isso também a vida cristã é principalmente um relacionamento com o Deus
vivo. Por essa razão, o Senhor chama as pessoas para conhecê-Lo e seguir Sua
vontade.
O problema do pecado trouxe uma terrível separação entre Deus e a humanidade.
Mas, pela morte de Jesus na cruz, um caminho foi feito para que caminhemos lado
a lado com o Senhor. Podemos, de fato, conhecê-Lo por nós mesmos.
6.
Qual é a diferença entre saber coisas a respeito de Deus e conhecer a Deus?
Como essa diferença se reflete na nossa vida prática? Se alguém lhe
perguntasse: “Como posso conhecer a Deus?”, o que você responderia? O que as
seguintes passagens ensinam sobre a importância de “conhecer o Senhor”? Êx
33:12, 13; Jr
9:23, 24; Dn 11:32; 1Jo
2:4.
Estudo adicional
Com o tempo, Oseias tomou
conhecimento do fato de que seu destino pessoal era um espelho do sofrimento
divino, que sua tristeza ecoava a tristeza de Deus. Nesse sofrimento
semelhante, como ato de solidariedade com a aflição divina, o profeta
provavelmente tivesse visto o significado do casamento que tinha contraído por
ordem divina [...]
“Somente vivendo na própria vida o que o divino Esposo de Israel experimentou,
o profeta foi capaz de sentir compaixão pela situação divina. O casamento foi
uma lição, uma ilustração, em vez de símbolo ou sacramento” (Abraham J.
Heschel, Os Profetas; Massachussets, Prince Press, 2001, p. 56).
“Em linguagem simbólica, Oseias pôs perante as dez tribos o plano de Deus de
restauração em favor de toda pessoa penitente que se unisse com Sua igreja na
Terra, as bênçãos asseguradas a Israel nos dias de sua lealdade a Ele na terra
prometida. Referindo-se a Israel como aquele a quem Ele ansiava mostrar
misericórdia, o Senhor declarou: “Eis que Eu a atrairei, e a levarei para o
deserto, e lhe falarei ao coração. E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de
Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de sua mocidade, e
como no dia em que subiu da terra do Egito” (Os 2:14, 15; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 298).
Perguntas
para reflexão
1. Costumamos pensar que
idolatria é se curvar a estátuas. De que forma a idolatria pode ser algo muito
mais sutil e enganoso do que isso?
2. O que significa conhecer a Deus? Se você diz que “conhece o Senhor”, o que
quer dizer com isso? Como esse conhecimento é adquirido?
3. Alguns teólogos antigos argumentaram que Deus é impassível, isto é, Ele não
sente angústia nem prazer devido às ações de outros seres, como os seres
humanos. O que pode levar as pessoas a defender essa posição? Por que devemos
rejeitar essa ideia?
4. Pense no elevado preço da nossa redenção. O que isso nos diz sobre nosso
valor diante de Deus?
Respostas
sugestivas: 1. Isaías andou nu e descalço
para ilustrar o que ocorreria com os prisioneiros egípcios e etíopes e para
advertir Israel a não depender do Egito; Jeremias fez jugos e correias para
usar e enviar às nações, indicando que Nabucodonosor subjugaria os povos;
Ezequiel desenhou a cidade de Jerusalém em um tijolo, pôs cerco sobre ela e se
deitou sobre a iniquidade de Israel e Judá. 2. O povo de Deus sofreria por
causa da idolatria, ao atribuir aos falsos deuses as bênçãos concedidas pelo
Senhor. 3. Deus desejava restaurar a felicidade de Seu povo infiel e levá-lo à
reconciliação com seu Criador. 4. Para Deus, o perdão custou a morte de Seu
Filho; para Oseias, custou a vergonha diante da sociedade e um preço pago ao
amante da mulher adúltera. 5. Tiago advertiu contra as riquezas obtidas por
meio da injustiça, motivada pelo egoísmo e adoração ao ser humano; o Apocalipse
adverte contra a falsa adoração, que resulta em injustiça e opressão, em
contraste com a adoração ao Deus verdadeiro, Criador e Mantenedor da vida. 6. A
diferença está na comunhão com Deus, que nos leva a cumprir Sua vontade.
Podemos conhecer a Deus pelo estudo da Bíblia, oração e testemunho. Essa foi a
experiência de Moisés, João, Daniel e Jeremias.
ESCOLA SABATINA
Pensamento-chave: Mesmo em meio ao
adultério espiritual e ao juízo divino, o amor de Deus por Seu povo nunca
vacila.
O profeta Oseias ministrou no fim de um
período muito próspero da história de Israel, pouco antes da queda nacional
diante dos assírios em 722 a.C. Naquele tempo, o povo escolhido de Deus já não
adorava somente ao Senhor, mas também servia a Baal, um deus cananeu.
Sendo o primeiro dos profetas menores, o livro de Oseias aborda a questão
central da proclamação profética durante aquele tempo de apostasia: Continuava
Deus amando Israel, apesar da prostituição espiritual? Ainda mantinha Seu
propósito para a nação, apesar dos pecados dela e do juízo vindouro?
A história pessoal de Oseias e a profecia estão inseparavelmente ligadas em seu
livro. Assim como o profeta havia perdoado a esposa infiel e estava disposto a
levá-la de volta, Deus estava disposto a fazer o mesmo por Seu povo.
O que podemos aprender com a experiência de Oseias e a maneira pela qual o
Senhor lidou com o rebelde Israel?
Uma estranha ordem
“Quando, pela primeira vez, falou o Senhor
por intermédio de Oseias, então, o Senhor lhe disse: Vai, toma uma mulher de
prostituições e terás filhos de prostituição, porque a terra se prostituiu,
desviando-se do Senhor. Foi-se, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim, e ela
concebeu e lhe deu um filho” (Os 1:2, 3).
Durante séculos, os estudantes da Bíblia têm
debatido a natureza dessa ordem, fazendo perguntas, como: Gômer era uma
prostituta ou apenas uma esposa infiel? Ela era imoral antes de seu casamento
com Oseias, ou somente depois se tornou infiel?
Não sabemos ao certo. Uma coisa, porém, é certa: Quando o Senhor falou a Oseias
e por meio dele, queria desviar a atenção das pessoas da história de Oseias
para a história do Seu amor por Israel. Visto que Gômer era israelita, a
história de seu casamento com o profeta se mistura com a história da aliança
divina com Israel.
Há paralelos importantes entre a história de Oseias e a experiência de Deus com
Israel. Em nível humano, Gômer foi infiel a Oseias. Em nível espiritual, Israel
foi infiel a Deus. Assim como a imoralidade de Gômer feriu o coração de seu
marido, a idolatria de Israel entristeceu o coração de Deus. Oseias foi chamado
a suportar tristeza de coração e rompimento do casamento. Ele deve ter sofrido
indignação e vergonha públicas. No entanto, quanto mais ele experimentava a
infidelidade de Gômer, mais profunda era sua compreensão da tristeza e
frustração de Deus com Israel.
Que tipo de testemunho você dá não apenas por
suas palavras, mas também por suas ações? Que aspectos de sua vida revelam que
você é não apenas uma boa pessoa, mas um seguidor de Jesus?
COMENTÁRIO BÍBLICO
Traição espiritual
Quando Gômer, esposa de Oseias, cometeu
adultério, ele sofreu a agonia da traição, humilhação e vergonha. Aos vizinhos
e amigos que viram sua dor, Oseias transmitiu uma mensagem divina por meio de
palavras e ações: Israel, a esposa de Deus, era igual a Gômer. O povo escolhido
estava cometendo adultério espiritual.
O profeta Jeremias comparou os israelitas infiéis a uma prostituta que vivia
com muitos amantes, apesar de tudo o que Deus havia provido para eles (Jr
3:1). De forma semelhante, o profeta Ezequiel chamou o idólatra Israel de
“mulher adúltera”, que se havia afastado de seu verdadeiro marido (Ez
16:32). Por essa razão, a idolatria na Bíblia é vista como adultério
espiritual.
2. Que
advertência é dada em Oseias 2:8-13? Estamos em perigo de fazer essencialmente
a mesma coisa?
A expressão “o trigo, e o vinho, e o óleo”
também é usada em Deuteronômio
7:12-14 para descrever
produtos básicos que as pessoas desfrutavam em abundância, de acordo com as promessas
de Deus dadas por intermédio de Moisés. No tempo de Oseias, as pessoas eram tão
ingratas para com Deus, tão envolvidas com o mundo, que estavam apresentando
essas dádivas divinas aos seus falsos ídolos. Isso nos adverte a não utilizar
as dádivas recebidas do Senhor tendo em vista objetivos diferentes daquele para
o qual elas foram planejadas – Seu serviço (Mt
6:24).
“Como Deus considera nossa ingratidão e falta de apreciação por Suas bênçãos?
Quando vemos alguém desprezar ou usar mal nossas dádivas, nosso coração e
nossas mãos se fecham contra essa pessoa. Mas os que recebem as dádivas
misericordiosas de Deus, dia após dia e ano após ano empregam mal Suas bênçãos
e negligenciam as pessoas por quem Cristo deu Sua vida. Os meios que Ele
emprestou para sustentar Sua causa e construir Seu reino são investidos em
casas e terras, desperdiçados com o orgulho e satisfação própria, e o Doador é
esquecido” (Ellen G. White, Advent Review and Sabbath Herald [Revista do
Advento e Arauto do Sábado], 7 dezembro de 1886).
Você acha fácil usar as dádivas recebidas de
Deus de forma egoísta, ou até mesmo de maneira idólatra? Na prática, como
podemos evitar esse pecado?
COMENTÁRIOS
Sumário
Lição 1 - Adultério espiritual (Oseias)
|
30 de março a 6 de abril
|
é formado em teologia pelo
Unasp Campus 2 e atualmente exerce a função de pastor distrital no bairro
Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, RS.
|
Um dos grandes desafios para o
leitor bíblico moderno é tornar relevante o que está sendo lido. Como um livro
escrito há mais de 2500 anos pode me ajudar em meu relacionamento com Deus?
Essa é, sem dúvida, a inquietação de muitos alunos das unidades da Escola
Sabatina de norte a sul do Brasil. Ao longo deste trimestre estudaremos os
profetas menores. Cada um dos comentários estará dividido em três partes: 1) O
mundo do profeta: as condições políticas, econômicas, religiosas dos seus dias,
entre outras informações; 2) A mensagem do profeta: as ênfases de cada um
desses homens; 3) A relevância da sua mensagem.
Os dois primeiros tópicos nos ajudam a entender melhor o livro. No último demonstraremos
como sua mensagem ainda é relevante para a nossa sociedade, mais de dois
milênios depois de sua composição.
Creio que há muito a ser apreendido com o livro do profeta Oseias. Os
israelitas não se importavam mais com Deus naquela ocasião. Por isso, eles
começaram a buscar diversas maneiras alternativas de adoração, principalmente
dos cultos cananeus. Não é difícil encontrar uma correspondência entre essa
situação e o que vemos hoje em nosso país. É surpreendente notar como uma
simples, mas bem sólida fé em Deus e em Sua palavra, é descartável para um
grande número de pessoas. Envolvimento em reuniões espíritas, participação em
oferendas para Iemanjá, aquisição de estatuetas de elefantes indianos e
consultas a um pai de santo, por exemplo, são práticas naturais para uma boa
parte da população. O nome disso é sincretismo religioso. As crenças básicas da
fé cristã não são mais suficientes para essas pessoas. Para um público
semelhante a esse, Oseias escreveu com o objetivo de alertar para o vazio proporcionado
por tais práticas e relevar o intenso amor de Deus pelos Seus filhos. Era
também propósito do profeta comunicar ao povo o poderoso amor de Deus que tem
capacidade para restaurar a vida de alguém envolto nesse tipo de adultério
espiritual.
Sabemos muito pouco a respeito de
Oseias. Seu nome está relacionado com o verbo hebraico yasha,
cujos significados são salvar, libertar, socorrer. Como foi destacado pelo
autor da lição, este é o verbo que está por detrás de importantes nomes
bíblicos como Josué, Isaías e, especialmente, Jesus. No próprio nome do
profeta, Deus já havia deixado claro qual era Sua intenção para com a nação de
Israel. Salvá-los do horrendo vazio provocado pela
idolatria a deuses estrangeiros, especialmente Baal.
O ministério do profeta Oseias provavelmente foi iniciado por volta do ano 755
a.C. e se estendeu até 715 a.C, cobrindo o período do reinado do rei Jeroboão
II, em Israel e dos reis Uzias, Jotão, Acazias e Ezequias, no território de
Judá. Economicamente, o reino de Israel, sob a guia de Jeroboão II, caminhava
em uma boa direção. Guerras contra as cidades de Damasco e Hamath, ambas
localizadas na Síria, foram vencidas pelos israelitas. Os territórios de Moabe
a Amon foram colocados sob o controle de Jeroboão, proporcionando muitos
tributos que agora eram colocados nas mãos dos nobres da sociedade (2Rs
14:23-28).
Porém, espiritualmente a situação era outra. Naquele território, a adoração a Yahweh (nome sagrado de Deus traduzido como
Senhor em nossas versões bíblicas) estava totalmente sendo ofuscado com
manifestações religiosas para o deus cananeu Baal. Quem era essa divindade?
Graças aos diversos tabletes cuneiformes descobertos nas ruínas de Ugarite,
moderna Ras Shamra, na Síria, podemos apresentar sólidas evidências não apenas
de como os pagãos o viam, mas como eles o adoravam. Por exemplo, nos textos
ugaríticos que contêm as narrativas a respeito de Baal, descobrimos que ele
mantinha relações sexuais com sua mãe, Asherah, sua irmã, Anat, e sua filha,
Pidray, que também era sua esposa. Quando Baal foi morto por seu rival Mot (o
deus morte) e estava no submundo, ele encontrou uma vaca, com a qual teve um
intercurso sexual. Dessa relação repugnante, um filho foi gerado. Estamos
falando de incesto e zoofilia como parte da religião de um povo!
No texto chamado “Mito de Baal”, as divindades ‘Ilu’ e
‘Anatu’ lamentaram a morte do divino Baal raspando suas peles com pedras
afiadas, cortando suas faces com lâminas e mutilando seus próprios corpos.
Quando Baal era adorado, os cananeus também desfiguravam seus corpos em rituais
de luto na tentativa de invocar suas divindades. É exatamente isso que lemos em
1 Reis 18:28, quando os profetas de Baal o invocaram diante do desafio lançado
pelo profeta Elias.
Outra prática comum na adoração a Baal eram os rituais de fertilidade. Os
israelitas se envolveram nesse tipo de atividade, como pode ser visto em Oseias
4:13, 14. As ‘meretrizes’ mencionadas no texto eram prostitutas comuns. Já as
‘prostitutas cultuais’ trabalhavam nos santuários e atuavam como parceiras de
homens nas suas atividades sexuais que eram parte importante naquele tipo de
ritual religioso.
Altares pagãos eram construídos
no topo de montanhas, e esses ritos de fertilidade envolvendo imoralidades
sexuais eram realizados debaixo de carvalhos, que por sua vez eram considerados
sagrados. Vale ressaltar que a prostituição era um símbolo da idolatria na
mentalidade dos autores do Antigo Testamento (cf. Êx 34:14, 15; Lv 17:7).
Em suma, Israel, o povo escolhido por Deus, havia se tornado uma caricatura de
uma depravada nação pagã da pior espécie. É para essa audiência que o livro de
Oseias foi primeiramente escrito. Como esse livro será estudado por duas
semanas, apresento a seguir a estrutura e os principais assuntos dessa
composição. Após isso, demonstraremos como esse conteúdo pode ser relevante
para o cristão e, consequentemente, seu aluno na unidade da Escola Sabatina.
Uma estrutura resumida da obra de
Oseias pode ser apresentada da seguinte forma:
1. O casamento de Oseias (1–3)
2. A mensagem de Oseias (4–14)
2.1. A infidelidade de Israel (4:1–6:3)
2.2. A punição de Israel (6:4–10:15)
2.3. Deus é fiel (11–14)
A primeira lição se concentrou
nos capítulos 1–4. Já a seguinte, cobrirá o restante do livro. Portanto,
descreveremos abaixo os pontos principais da mensagem do profeta Oseias.
A fidelidade, misericórdia e
amor de Deus: Quem
sabe seja nessa obra que podemos apreciar de maneira mais dramática o desejo
que Deus tem pelo Seu povo (1:2; 2:19; 6:6; 10:12; 12:16). O comportamento de
Oseias, um distinto servo de Deus, deve ter chamado a atenção daqueles que
viviam ao seu redor. Muitos devem tê-lo questionado: “Como um puro e distinto
profeta de Deus pode amar uma infiel e promíscua mulher como Gômer?” Usando a
lógica semítica de responder uma pergunta utilizando outra, Oseias diria: “Como
um Deus santo e puro pode amar uma infiel e promíscua nação como Israel?”
Mesmo diante da humilhação de uma traição, Oseias estava disposto a ter Gômer
novamente. O fato de ter que comprá-la para poder levá-la para casa sugere que,
ou ela estava endividada, ou então havia se tornado uma escrava. Essa última
alternativa é apoiada pelo fato de Oseias pagar 15 moedas de prata (shekels ou shekalim), o
que era a metade do preço de um escravo. O restante do pagamento veio na forma
de 330 litros de cevada (a medida ‘ômer e meio’ mencionada em Oseias 3:2). É
provável que isso fosse tudo o que o profeta tinha para efetuar o pagamento. De
um modo chocante para a audiência de Oseias, o amor de Deus pela nação de
Israel estava sendo demonstrado. A parte mais ofendida ainda estava disposta a
demonstrar amor.
Conosco não é diferente. Ao olharmos para trás, e vermos o próprio Deus Se
tornando um simples judeu e levando sobre Si os pecados da humanidade numa
cruz, é impossível não enxergar o constante amor de Deus. Acredito que o autor
do hino “Sublime Amor”
(HA 31) captou muito bem essa
ideia quando escreveu:
Se em tinta o mar se transformasse,
E em papel o céu também,
E a pena ágil deslizasse,
Dizendo o que esse amor contém,
Daria fim ao grande mar,
Ao esse amor descrever,
E o céu seria mui pequeno
Pra tal relato conter.
É paradoxal o fato de que Deus
tem revelado Seu amor e, ao mesmo tempo, ser impossível compreendermos toda a
sua profundidade.
Julgamento pelo pecado: Embora o amor de Deus seja relevado
nessa obra, não pode ser tomado como garantia de que os pecados cometidos por
Israel seriam deixados impunes. Historicamente, sabemos muito bem o que houve
com o reino de Israel nesse período. A nação entrou em colapso total que
resultou na sua destruição e exílio pelos assírios, em 722 a.C. Na ocasião, o
rei assírio Salmanaser V sitiou a capital Samaria por três anos e a conquistou.
A infidelidade da nação resultou na sua punição (7:16; 8:14; 9:3, 6, 17;
11:15). Trataremos mais do assunto do julgamento de Deus no livro de Oseias no
comentário da próxima semana.
Arrependimento e
restauração: O
tema do arrependimento e restauração é recorrente no livro de Oseias (1:10, 11;
2:14-23; 3:5; 11:10, 11; 14:4-7). Permita-me apresentar um dos vários exemplos
do chamado divino ao arrependimento de Israel. Em Oseias 2:15, lemos que Deus
desejava transformar o vale de Acor em uma porta
de esperança. Para um israelita bem familiarizado com as histórias
do Antigo Testamento, essa frase não passou despercebida. Nos dias de Josué, a
triste história do pecado de Acã, momentos depois da conquista de Jericó, teve
seu fim nesse local (Js 7, 8). O vale de Acor era símbolo do fracasso de Israel
no início de sua trajetória rumo à terra prometida. Dessa forma, Deus estava
prometendo transformar os fracassos passados de Israel em vitórias. O convite
para o arrependimento não tinha apenas como objetivo um futuro em paz num
relacionamento com Yahweh, mas também viver
em paz com os erros do passado.
É necessário criarmos uma ponte
entre o mundo de Oseias no 8º século a.C. e o século 21. Como apresentar esses
assuntos com relevância para os alunos de sua unidade? Gostaria de propor duas
aplicações:
1ª) O amor de Deus é necessário
para a humanidade. John
Lennon foi quem escreveu a canção “Imagine”, lançada em 1975. Nela, o ex-Beatle
leva seus ouvintes a imaginarem um mundo sem Céu, inferno, religião e,
consequentemente, sem Deus. No entanto, viver dessa forma seria assustador.
Nenhuma filosofia concede tanto valor para o ser humano como o cristianismo. O
naturalismo filosófico e o evolucionismo, simplesmente vão nos mostrar que
somos fruto do tempo, da matéria e do acaso. Não somos um mero acidente
cósmico. Por outro lado, o Deus bíblico nos criou à Sua imagem e semelhança (Gn
1:26) e nos considera indivíduos. O que isso significa? A palavra ‘indivíduo’
vem de um termo em latim cujo significado é “aquilo que não é divisível”. Somos
únicos aos olhos de Deus. Por mais que alguém tenha sido rejeitado por sua
família, Deus não o rejeita. Se alguém fracassou diante de Deus, Sua mão é
oferecida para erguer aquele que é precioso aos Seus olhos. É por isso que o
amor de Deus é necessário para a humanidade que, assim como Israel na época de
Oseias, está entrando em colapso.
2º) A restauração que Deus pode
fazer na vida de alguém. Permita-me
compartilhar uma história que ilustra muito bem o conceito de arrependimento e
restauração relatado no livro de Oseias. Jim Bakker, apresentador do programa
evangélico PTL Club (Praise the Lord Club), foi um dos
grandes nomes entre os evangelistas televisos norte-americanos, durante a
década de 1980. Como pregador da teologia da prosperidade, seu carisma e
argumentação eram capazes de levantar mais de 1 milhão de dólares em uma
semana. No entanto, o apresentador se deparou com os horrores dos seus pecados
mais secretos. Diversas acusações de fraude foram confirmadas. Entre elas, um
cheque de US$ 279,000 para sua secretária Jessica Hahn manter silêncio sobre um
envolvimento sexual que eles tiveram em um hotel na Flórida. Após esse
escândalo ser trazido a público, Bakker renunciou ao seu ministério e foi
preso.
Uma de suas atividades na prisão era o desagradável ato de limpar os vasos
sanitários das celas. Um dia, enquanto fazia esse serviço, um dos guardas veio
até ele dizendo que um visitante o aguardava. Bakker disse para dispensá-lo,
pois não queria ver ninguém. O guarda insistiu dizendo que era importante.
Então, com vestes sujas e despido de todo orgulho que um ser humano poderia
ter, o prisioneiro se dirigiu até o local em que o visitante se encontrava. Foi
então que ele avistou ninguém menos que Billy Graham, o grande nome do
movimento evangélico do século passado. Sem cerimônias, Graham deu um forte
abraço no seu amigo, Jim Bakker, que nesse momento não pôde conter as lágrimas.
Todo ser humano após um fracasso de qualquer natureza sente o desejo de ser amparado.
Mais do que isso, ele sente o desejo de uma nova oportunidade para fazer
diferente. Por isso, concluo com as palavras de um poema anônimo que por alguns
anos tem falado ao meu coração:
“Ele veio até minha escrivaninha
com lábios trêmulos, / a lição havia sido terminada. / ‘Você tem uma folha em
branco para mim, querido mestre? / Eu errei nesta, não está adequada.’ Peguei
seu papel todo sujo e manchado / e dei a ele um novo, com todo o cuidado / E
falei ao seu coração com esperança, / ‘Faça melhor desta vez, minha criança.’
“Eu fui até o trono com o coração trêmulo; / o dia havia terminado. / ‘Você tem
um dia novo para mim, querido Mestre? / Eu estraguei este, não está adequado.’
Ele pegou meu dia, todo sujo e manchado / e deu-me um novo, com todo o cuidado.
/ E para meu coração Ele falou com esperança, / ‘Faça melhor desta vez, minha
criança.’”
1. William F. Albright, Yahweh and the Gods of Canaan: A
Historical Analysis of Two Contrasting Faiths (Winona Lake,
IN: Eisenbrauns, 1968), p. 126.
2. Harry A. Hoffner Jr., “Incest, Sodomy and Bestiality in the Ancient Near
East”, in Orient and
Occident: Essays Presented to Cyrus H. Gordon on the Occasion of His
Sixty-fifth Birthday, ed. Harry A. Hoffner, Jr. (Neukirchen Vluyn,
Germany: Neukirchener Verlag, 1973), p. 82.
3. NIV Archaeological Study
Bible, p. 516.
4. Autor anônimo, “A New Leaf”, in James G. Lawson, The
Best Loved Religious Poems (Grand
Rapids, MI: Fleming H. Revell, 1961). Traduzido por Marina Garner
Assis.
Sikberto Marks
Verso para memorizar: “Semearei
Israel para Mim na terra e compadecer-Me-ei da Desfavorecida; e a Não-Meu-Povo
direi: Tu és Meu povo! Ele dirá: Tu és meu DEUS!” (Os. 2:23).
Introdução de sábado à tarde
A nação que DEUS havia escolhido em Abrão,
depois Abraão, formou-se a partir do neto Jacó. Dele nasceram 12 homens dos
quais DEUS formou as doze tribos de Israel (embora de um desses filhos não
resultasse tribo, mas de dois filhos de José resultassem duas tribos,
completando as 12). Depois do período de escravidão no Egito, a nação já era
bem grande para os moldes daqueles tempos. Deveriam ser mais ou menos uns 2
milhões de pessoas ao todo.
Já situados na Terra Prometida, tiveram reis.
O primeiro foi Saul, um desastre. O segundo foi Davi, guerreiro que unificou o
país numa só nação e a libertou de seus inimigos. Estava tudo pronto para o
cumprimento das profecias de DEUS, e de fato, elas estavam em andamento.
Territorialmente chegaram às dimensões previstas. Mas Salomão, rei sucessor de
Davi, que deveria ser voltado para a dimensão espiritual, de um certo tempo em
diante tornou-se idólatra. Deixou de educar seus filhos, especialmente Roboão,
o herdeiro do trono, nos princípios divinos. Esse nasceu na riqueza e não
entendia o povo. Sob o governo de Roboão, por volta de 931 a. C., a nação se
dividiu em duas. Duas tribos ficaram com Roboão, sob o nome de Reino de Judá,
cuja capital era Jerusalém, onde estava o templo do Senhor. As demais formaram
um novo reino, o chamado Reino do Norte, ou Israel, capital Sequem, sob o rei
Jeroboão, inimigo de Salomão e de seu filho Roboão. É a esse Reino do Norte que
se refere o profeta Oseias. Esse reino nunca teve um rei voltado para DEUS. Mas
DEUS sempre enviou profetas, até que não fosse mais possível, e veio a Assíria
e acabou com o reino, que nunca mais se restabeleceu. Judá, mais tarde foi
destruído por Nabucodonosor, mas se restabeleceu. Jeroboão, vendo que o povo
iria adorar em Jerusalém, capital do Reino de Judá, decidiu sem consultar o
Senhor, construir dois centros de adoração em Betel e Dan, a dois bezerros que
ele mandou fabricar. Esse reino começou mal e continuou assim até que foi
totalmente desmantelado.
1. Primeiro dia: Uma estranha
ordem
A situação e infidelidade da nação de Israel,
sempre a partir de seus reis, era dramática. Já começou mal desde o início. O
primeiro rei, como vimos, construiu dois centros de culto, e ali ofereciam
adoração a bezerros de ouro. E não houve rei em Israel, como acontecia em Judá,
que ouvisse a voz de algum profeta de DEUS e a seguisse.
Nos tempos do profeta Oseias a situação era
tão degenerada que DEUS deu uma ordem incrivelmente dura ao seu profeta.
Imagine a situação. O profeta era para sair pelas ruas e encontrar uma
prostituta.Deveria propor casamento com ela, e o pior, ter filhos com ela. E o coitado do profeta fez exatamente
isso. Escolheu Gômer, mulher que se vendia pelas ruas a homens levianos. Ela
vivia disso.
Vamos imaginar a situação. Não sabemos se o
profeta era solteiro ao DEUS lhe propor isso. Possivelmente sim, pois se fosse
casado, DEUS mesmo estaria dando um mau exemplo de infidelidade conjugal por
meio do profeta.
Fico a imaginar. Tenho minha esposa, a ‘frau’
Dulce, sempre absolutamente fiel. Que privilégio para um homem ter uma esposa
fiel, ou para uma mulher, ter um marido fiel. Os
dois sendo fiéis, que maravilha de lar pode desenvolver-se ali. Como é bom ser feliz com quem se ama e
se confia totalmente. Mas aquele profeta não teve essa sorte, ele foi
determinado por DEUS a se casar com uma mulher que tinha certeza não lhe daria
felicidade. Filhos com ela não viriam do amor. E haveria o risco dela ter
filhos com outros homens, como fazem cachorros e gatos. Era assim que se
retratava a situação da nação toda. Tal
como o profeta se sentia com aquela esposa, que fugia com outros homens, assim
Se sentia DEUS com a nação que Ele tirou do Egito, lugar de prostituição
espiritual. Mas Israel queria
continuar nessa prostituição, adorando deuses que não são capazes de coisa
alguma, imaginados e feitos pelos próprios adoradores.
“Com as mais severas reprovações, Deus buscou
despertar a nação impenitente para a realidade do iminente perigo de sua
completa destruição. Por intermédio de Oseias e Amós Ele enviou às dez tribos
mensagem após mensagem, exigindo amplo e completo arrependimento, e
ameaçando-os com calamidades como resultado da contínua transgressão.
“Lavrastes a impiedade”, declarou Oseias, “segastes a perversidade, e comestes
o fruto da mentira; porque confiaste no teu caminho, na multidão dos teus
valentes. Portanto entre o teu povo se levantará um grande tumulto e todas as tuas
fortalezas serão destruídas. … O rei de Israel de madrugada será totalmente
destruído.” Ose. 10:13-15” (Profetas e Reis, 279-280).
2. Segunda: Traição espiritual
Vamos imaginando, com a mente e os
sentimentos. Oséias na verdade libertou a prostituta de seu mundo imundo.
Deu-lhe um lar. Tinha um marido. Tinha renda, proteção e se lhe abria um
caminho de felicidade. E que se
destaque quem era esse marido: um
profeta de DEUS. Hoje muitas moças desejam casar com um
teologando. É um privilégio, sem dúvida. Mas
aquela prostituta foi escolhida por um profeta. E mais, a escolha foi determinada por DEUS. Pode alguém, de sã consciência, não valorizar tal escolha? Pode uma mulher simplesmente
desconsiderar ser a bendita criatura desse mundo a ter como marido um profeta
de DEUS? Pois Gômer, esposa de
Oséias, saía em busca de outros homens. Pode
um povo não valorizar a escolha por DEUS, para ser Seu povo, e ir-se após
deuses mortos de outros povos depravados? Como
se sentia Oséias assim se sentia DEUS.
Que homens eram esses, desejados por Gômer em
lugar de Oseias? Não eram outros profetas, nem poderiam ser. Eram os tais
homens da vida, como ela. Sem compromisso com nada, apenas para sentir prazer
momentâneo, lá ia ela atrás daqueles homens, que só queriam, por momentos,
sentir seu corpo, mais nada. Como é que se pode explicar uma situação assim?
Quanta ingratidão! Isso se chama traição.
Com que sentimentos os que conheciam o
profeta se referiam a ele. Aliás, o profeta era conhecido dos cidadãos da
nação. Como falavam essas pessoas? Logo o profeta de DEUS ter escolhido essa
mulher! E logo ela, ser infiel a um marido profeta! Diriam os gaúchos: “mas que
barbaridade tchê!” Era algo inexplicável. Perplexidade geral com o que estava
acontecendo com o profeta.
Mas foi então que o profeta falou: “vocês
todos estão fazendo a mesma coisa com DEUS. Assim como eu estou sofrendo, DEUS
também está.” Foi Ele quem ordenou a casar com ela para ilustrar a dor que Ele
sente por meio da dor que eu estou passando, por causa dela.
Essa foi uma ilustração não somente falada
pelo profeta, mas vivida por ele. Assim se retratava a situação dramática de
Israel: Um DEUS que os havia libertado do Egito, e agora se tornou uma nação
correndo atrás de deuses que são nada. Toda falsa adoração é adultério
espiritual.
Atualmente as nações do mundo estão recebendo
informações sobre a verdadeira adoração. Bem logo o povo de DEUS dará a última
advertência ao mundo. E todos escolherão pela fidelidade a DEUS, ou pela
idolatria, das mais diversas espécies.
3. Terça: Promessa de restauração
DEUS queria ver seu povo feliz, progredindo e
dando bom testemunho às outras nações. Ele
queria uma nação santa, isto é, ligada a Ele e desligada do mundo mau, mas
atraindo as outras nações para DEUS. O
que conseguiu? Uma nação, no
caso Israel, que deixou DEUS de lado, e se apaixonou para ídolos sem sentido.
Ídolos de matéria morta, feitos por outros seres humanos, que queriam ganhar
algo com isso, dinheiro, fama ou que queriam manipular as pessoas. Nada
diferente de nossos dias.
“Nas Escrituras, o caráter sagrado e
permanente da relação entre Cristo e Sua igreja é representado pela união
matrimonial. O Senhor uniu a Si o Seu povo, por meio de um concerto solene,
prometendo-lhe ser seu Deus, enquanto o povo se comprometia a ser unicamente
dEle. Disse o Senhor: “E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei
comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias.” Ose.
2:19. E noutro lugar: “Eu vos desposarei.” Jer. 3:14. E Paulo emprega a mesma figura
no Novo Testamento, quando diz: “Porque vos tenho preparado para vos apresentar
como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.” II Cor. 11:2.
“A infidelidade da igreja para com Cristo,
permitindo que sua confiança e afeição dEle se desviem, e consentindo que o
amor às coisas mundanas ocupe a alma, é comparada com a violação do voto
conjugal. O pecado de Israel, afastando-se do Senhor, é apresentado sob esta
figura; e o maravilhoso amor de Deus, que assim desprezam, é descrito de
maneira tocante: “Dei-te juramento, e entrei em concerto contigo, diz o Senhor
Jeová, e tu ficaste sendo Minha.” “E foste formosa em extremo, e foste
próspera, até chegares a ser rainha. E correu a tua fama entre as nações, por
causa da tua formosura, pois era perfeita, por causa da Minha glória que Eu
tinha posto sobre ti. … Mas confiaste na tua formosura, e te corrompeste por
causa da tua fama.” “Como a mulher se aparta aleivosamente do seu companheiro,
assim aleivosamente te houveste comigo, ó casa de Israel, diz o Senhor”; “como
a mulher adúltera que, em lugar de seu marido, recebe os estranhos.” Ezeq.
16:8, 13-15 e 32; Jer. 3:20” (O Grande Conflito, 381 e 382).
O que DEUS quer de nós hoje? Quer a fidelidade completa, entrega
total. Isso significa
desligamento total daquilo que concorre com DEUS. JESUS Se entregou
totalmente por nós na cruz, do mesmo modo, nos quer por inteiro, para nos
transformar e nos tornar seus filhos a enviar ao mundo e concluir o trabalho de
advertência aos demais. Ele quer uma igreja fiel, isenta de comprometimentos
com a moderna idolatria. Estamos como naqueles dias, atraídos aos atuais ídolos
do mundo, mas a igreja já está dando uma resposta correta, por meio do
reavivamento e reforma, já em andamento. Essa é uma atividade orientada pela
igreja, mas compete a cada membro fazê-la individualmente. “Temos esperança de
ver toda a igreja reavivada? Tal
tempo nunca há de vir. Há na igreja pessoas não convertidas, e que não se
unirão em fervorosa, prevalecente oração. … Precisamos orar mais, e falar menos”
(Mensagens Escolhidas, vol. 1, 122, grifo nosso). Cada um tome a sua decisão
pessoal e ande em frente, com DEUS, conhecendo-O e sendo transformado por Ele.
Estamos nos últimos dias.
4. Quarta: Acusação contra Israel
Israel, ao separar-se da tribo de Judá e
formar outro reino, nessa atitude demonstrou fraqueza. Aqui podemos entender
algo relevante. Por vezes, atualmente, líderes não são como DEUS deseja. E isso
pode ser visto facilmente por todos que pensam e prestam atenção. E o que fazem
muitos membros? Escandalizam-se e abandonam a igreja. E com eles acontece o que
conhecemos em relação a Israel: afastam-se de DEUS, adotam o mundo e fracassam
na vida espiritual. Essa decisão foi racional? Foi inteligente? Até que chegue
uma provação intransponível, como foi a Assíria para Israel, que acabou com a
nação, e seu povo desapareceu nas brumas da história. Judá, que enfim,
permaneceu ao lado de um mau rei, o filho de Salomão Roboão, experimentou outro
destino. Teve muitos reis maus, mas também teve outros reis bons, e deles é que
nasceu JESUS, não de alguma tribo de Israel, que nos tempos de JESUS há séculos
não mais existia.
Em nossos dias há escândalos da parte de
muitos de nossos líderes. É na música, é com seus filhos, é com suas esposas, é
com eles mesmos, é no uso do poder, e alguns até mentindo descaradamente. Mas
como sempre, há outros líderes que permanecem fiéis, apesar destes maus
exemplos que finalmente serão expulsos, na sacudidura. Serão os líderes que permanecerem
fiéis, e os membros que também fizerem isso, que concluirão a obra nesta Terra, assim como o
Salvador não veio de Israel, mas de Judá. A
salvação veio por meio de uma das tribos do antigo povo de DEUS, que no momento
decisivo, quando um rei não era a melhor escolha, no caso Roboão.Essa tribo
decidiu permanecer fiel a seu rei que os consolidou, Davi, do qual se disse que
nunca deixaria de haver descendente para ser rei. Pois o último descendente foi JESUS
CRISTO,
o eterno rei, a ocupar o trono de Davi, que o próprio Senhor lhe havia dado.
Esse descendente está agora por voltar, como Rei de todos que confiam nEle.
Um detalhe importante que os habitantes que
formaram o Reino do Norte não consideraram: foi a Davi que DEUS disse que sempre haveria
um sucessor para o trono. Jeroboão, rei do Reino do Norte não era descendente de Davi. Aí vem a pergunta:
como é que eles seguiram um homem que não era filho de Davi? Eles mesmo
disseram que não queriam nada com Davi (I Reis 12:16), e isso foi o mesmo que
dizer: não queremos nada com JESUS CRISTO, descendente de Davi! E no tempo de
JESUS, o povo disse algo parecido: não queremos JESUS, queremos Barrabás, e o
nosso rei é Cesar.
Israel, por
meio de seus líderes, resolveu seguir ídolos. São coisas mortas, produzidos
por seres humanos. Isso era
uma ofensa ridícula e radical contra DEUS, negando que ser Ele capaz de
conduzir a nação e que não fora Ele a tirá-los do Egito. Criam que eram os
ídolos que os abençoavam com chuvas e fartas colheitas. Por esse comportamento,
caíram no mais abjeto estilo de vida, uns explorando os outros, brigando entre
si, desconfiando uns dos outros, a nação empobrecendo e se enfraquecendo diante
dos inimigos. A situação estava chegando ao nível do caos total. A catástrofe
veio por meio de um país, a Assíria, povo idólatra que se tornou mais forte que
a nação que deveria ser de DEUS. Foi a infidelidade e a prostituição espiritual
que os deixou assim.
“A visão dada a Isaías representa a condição
do povo de Deus nos últimos dias. Têm o privilégio de ver pela fé a obra que
está sendo levada no santuário celestial. … À medida que olham pela fé no
interior do lugar santíssimo, e veem a obra de Cristo no santuário celestial,
percebem que são um povo de impuros lábios – um povo cujos lábios muitas vezes
falaram vaidades, e cujos talentos não foram santificados e empregados para a
glória de Deus. Podem muito bem desesperar ao contrastarem sua fraqueza e
indignidade com a pureza e encanto do glorioso caráter de Cristo. Se, porém,
como Isaías, receberem a viva impressão que Deus deseja produzir no coração, se
se humilharem diante de Deus, há esperança para eles. O arco da promessa está
acima do trono, e a obra dada a Isaías será executada neles” (A Fé Pela Qual Eu
Vivo, MM, 1959, 190).
5. Quinta: Chamado ao arrependimento
“A vida é esta: que Te conheçam a Ti, o único DEUS
verdadeiro, e a JESUS CRISTO, a quem enviaste” (João 17:3).
Israel caiu como nação. Teve maus líderes. Toda organização é o que são seus
líderes. A história comprova e a pesquisa científica também. Nações desapareceram ou se reergueram
por meio de líderes. Empresas e
outras organizações também. E no caso do povo de DEUS, essa é uma verdade ainda
mais acentuada. E nas igrejas também. Não
são os pastores de devem se queixar dos membros, mas estes dos pastores, se a
igreja vai mal. Está comprovado que mais de 90% do desempenho de qualquer
organização depende da liderança superior.
No passado, e mais intensamente em Israel,
sempre houve conflito entre os profetas de um lado e os reis e sacerdotes de
outro. No tempo de JESUS foi assim. Os
profetas, com raríssimas exceções, foram sempre pessoas humildes e simples,
fiéis a DEUS. Mas os reis e
sacerdotes nem sempre. Muitos viviam no luxo e na abundância. Seguiam rumo
próprio, e erravam demais. E o
povo sempre escolhe o líder que mais lhe favorece para maior liberdade quanto a
seguir o mundo. O que o povo em
geral deseja é seguir a idolatria, e se um líder não se importa, o povo o
seguirá mais facilmente que outro líder que deseje o bem do povo. Sempre foi
assim e ainda é assim em nossos dias. O
povo quer viver conforme o mundo, e se líderes liberais permitirem, facilmente
a realidade será contrária ao que DEUS deseja. E a igreja se torna fraca pela
prostituição com o mundo. A igreja
precisa de líderes decididos a serem fiéis a DEUS, e serem exemplos nesse
sentido. Corre por aí que ministros também são humanos, portanto podem errar. É
verdade, mas muitos erram demais e em aspectos ridículos. Por exemplo, assistir
luta livre, já é demais. Necessitamos de homens e mulheres, como diz EGW, que
se enquadrem no seguinte perfil: “A maior necessidade do mundo é a de homens –
homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam
verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome
exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao
pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus”
(Educação, 57).
O povo, hoje, na igreja, não sabe o que é
pecado e o que não é. Como no antigo Israel, não tem conhecimento para
distinguir. É preciso que alguém leve o povo a estudar, a ler e buscar
entendimento. Oseias disse que o
povo ia perecendo por falta de conhecimento (Oseias 4:6). E essa
é a nossa situação hoje. Quantos de nós estudam a Bíblia diariamente? Quantos
estudam os livros de EGW? Quantos estudam as lições da Escola Sabatina? Quantos
fazem cultos domésticos? Isso seria o mínimo.
Mas ter conhecimento sobre DEUS não é
suficiente. Também devemos andar
com Ele, como Enoque. É ter conhecimento sobre DEUS, e desenvolver
conhecimento com DEUS, por meio da comunhão
diária. É assim que seremos transformados.
Satanás conhece sobre DEUS mais que todos os humanos juntos, mas vai se
perdendo. Diferentes de satanás, nós devemos viver
com Ele,todos os dias. Para isso, devemos fazer os cultos
domésticos, como a igreja ensina. Isso é bom, traz felicidade e crescimento
espiritual. Então utilizaremos
o conhecimento para ensinar a outros. E assim nos fortaleceremos recebendo
mais luz do alto, e nos tornaremos verdadeiras fortalezas espirituais.
6. Aplicação do estudo – Sexta-feira,
dia da preparação para o santo sábado:
“Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei
para o deserto, e lhe falarei ao coração. E lhe darei as suas vinhas dali, e o
vale de Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de sua
mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito. E naquele dia, diz o
SENHOR, tu me chamarás: Meu marido; e não mais me chamarás: Meu senhor. E da
sua boca tirarei os nomes dos Baalins, e não mais se lembrará desses nomes. E
naquele dia farei por eles aliança com as feras do campo, e com as aves do céu,
e com os répteis da terra; e da terra quebrarei o arco, e a espada, e a guerra,
e os farei deitar em segurança. E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei
comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias. E
desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao SENHOR” (Oseias 2:14-20).
A experiência do profeta Oseias é uma amostra
do que DEUS sofre por causa de Seu povo, ao longo de todos os tempos. DEUS não
pode ser visto como um ser frio, sem sentimentos. Ele deve ser visto como no
trecho de Oseias, acima, desejoso de que Seu povo, que hoje somos nós, voltemos
a Ele. Quanta tristeza DEUS passa por nossa causa. A pergunta é: como se faz
para ensinar o povo a viver como DEUS deseja? Alguém poderia explicar isso?
Outra pergunta é: como faço eu para ver meus pontos fracos? Pode-se ver nos
outros práticas flagrantemente em desacordo com a vontade de DEUS. Mas como
fazer para ver tais coisas flagrantes em mim mesmo? Essas são duas questões que
ainda clamam por respostas.
Hoje é tempo de pregar e de ensinar, dentro e
fora da igreja. “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo,
que há de julgar os vivos e os mortos, na Sua vinda e no Seu reino, que pregues
a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com
toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã
doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme
as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando
às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um
evangelista, cumpre o teu ministério” (II Timóteo 4:1-5).