sábado, 30 de março de 2013

ES - Lição 1 - Adultério espiritual (Oseias) – 2º Trim, 2013






Lição 1 - Adultério espiritual (Oseias)

30 de março a 6 de abril







Sábado à tarde
Ano Bíblico: 1Sm 24–27 



VERSO PARA MEMORIZAR:


“Semearei Israel para Mim na terra e compadecer-Me-ei da Desfavorecida; e a Não-Meu-Povo direi: Tu és o Meu povo! Ele dirá: Tu és o meu Deus!” (Os 2:23).



Leituras da Semana:

Pensamento-chave: Mesmo em meio ao adultério espiritual e ao juízo divino, o amor de Deus por Seu povo nunca vacila.

O profeta Oseias ministrou no fim de um período muito próspero da história de Israel, pouco antes da queda nacional diante dos assírios em 722 a.C. Naquele tempo, o povo escolhido de Deus já não adorava somente ao Senhor, mas também servia a Baal, um deus cananeu.


Sendo o primeiro dos profetas menores, o livro de Oseias aborda a questão central da proclamação profética durante aquele tempo de apostasia: Continuava Deus amando Israel, apesar da prostituição espiritual? Ainda mantinha Seu propósito para a nação, apesar dos pecados dela e do juízo vindouro?


A história pessoal de Oseias e a profecia estão inseparavelmente ligadas em seu livro. Assim como o profeta havia perdoado a esposa infiel e estava disposto a levá-la de volta, Deus estava disposto a fazer o mesmo por Seu povo.


O que podemos aprender com a experiência de Oseias e a maneira pela qual o Senhor lidou com o rebelde Israel?




Domingo
Ano Bíblico: 1Sm 28–31



Uma estranha ordem

“Quando, pela primeira vez, falou o Senhor por intermédio de Oseias, então, o Senhor lhe disse: Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição, porque a terra se prostituiu, desviando-se do Senhor. Foi-se, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim, e ela concebeu e lhe deu um filho” (Os 1:2, 3).

Durante séculos, os estudantes da Bíblia têm debatido a natureza dessa ordem, fazendo perguntas, como: Gômer era uma prostituta ou apenas uma esposa infiel? Ela era imoral antes de seu casamento com Oseias, ou somente depois se tornou infiel?


Não sabemos ao certo. Uma coisa, porém, é certa: Quando o Senhor falou a Oseias e por meio dele, queria desviar a atenção das pessoas da história de Oseias para a história do Seu amor por Israel. Visto que Gômer era israelita, a história de seu casamento com o profeta se mistura com a história da aliança divina com Israel.


Há paralelos importantes entre a história de Oseias e a experiência de Deus com Israel. Em nível humano, Gômer foi infiel a Oseias. Em nível espiritual, Israel foi infiel a Deus. Assim como a imoralidade de Gômer feriu o coração de seu marido, a idolatria de Israel entristeceu o coração de Deus. Oseias foi chamado a suportar tristeza de coração e rompimento do casamento. Ele deve ter sofrido indignação e vergonha públicas. No entanto, quanto mais ele experimentava a infidelidade de Gômer, mais profunda era sua compreensão da tristeza e frustração de Deus com Israel.

1. Muitas vezes, Deus pediu que outros profetas fizessem algo além da pregação. Como a maneira divina de lidar com Seu povo foi simbolizada pelas ações dos profetas? Is 20:1-6; Jr 27:1-7; Ez 4:1-6

Que tipo de testemunho você dá não apenas por suas palavras, mas também por suas ações? Que aspectos de sua vida revelam que você é não apenas uma boa pessoa, mas um seguidor de Jesus?




Segunda
Ano Bíblico: 2Sm 1–4 



Traição espiritual

Quando Gômer, esposa de Oseias, cometeu adultério, ele sofreu a agonia da traição, humilhação e vergonha. Aos vizinhos e amigos que viram sua dor, Oseias transmitiu uma mensagem divina por meio de palavras e ações: Israel, a esposa de Deus, era igual a Gômer. O povo escolhido estava cometendo adultério espiritual.


O profeta Jeremias comparou os israelitas infiéis a uma prostituta que vivia com muitos amantes, apesar de tudo o que Deus havia provido para eles (Jr 3:1). De forma semelhante, o profeta Ezequiel chamou o idólatra Israel de “mulher adúltera”, que se havia afastado de seu verdadeiro marido (Ez 16:32). Por essa razão, a idolatria na Bíblia é vista como adultério espiritual.

2. Que advertência é dada em Oseias 2:8-13? Estamos em perigo de fazer essencialmente a mesma coisa?

A expressão “o trigo, e o vinho, e o óleo” também é usada em Deuteronômio 7:12-14 para descrever produtos básicos que as pessoas desfrutavam em abundância, de acordo com as promessas de Deus dadas por intermédio de Moisés. No tempo de Oseias, as pessoas eram tão ingratas para com Deus, tão envolvidas com o mundo, que estavam apresentando essas dádivas divinas aos seus falsos ídolos. Isso nos adverte a não utilizar as dádivas recebidas do Senhor tendo em vista objetivos diferentes daquele para o qual elas foram planejadas – Seu serviço (Mt 6:24).


“Como Deus considera nossa ingratidão e falta de apreciação por Suas bênçãos? Quando vemos alguém desprezar ou usar mal nossas dádivas, nosso coração e nossas mãos se fecham contra essa pessoa. Mas os que recebem as dádivas misericordiosas de Deus, dia após dia e ano após ano empregam mal Suas bênçãos e negligenciam as pessoas por quem Cristo deu Sua vida. Os meios que Ele emprestou para sustentar Sua causa e construir Seu reino são investidos em casas e terras, desperdiçados com o orgulho e satisfação própria, e o Doador é esquecido” (Ellen G. White, Advent Review and Sabbath Herald [Revista do Advento e Arauto do Sábado], 7 dezembro de 1886).

Você acha fácil usar as dádivas recebidas de Deus de forma egoísta, ou até mesmo de maneira idólatra? Na prática, como podemos evitar esse pecado?




Terça
Ano Bíblico: 2Sm 5–7 



Promessa de restauração

3. Leia Oseias 2. Qual é a mensagem principal de Deus para Seu povo nesse texto? Como o evangelho é revelado nesse capítulo?

A mensagem de Oseias apresenta a profunda verdade do constante amor de Deus por um povo indigno. O capítulo 2 contém um longo discurso do Senhor sobre a apostasia de Israel, que é então comparada com esse amor infalível. Após a punição, o marido guiará a esposa em uma viagem ao deserto, onde eles se casarão novamente.


Assim, o capítulo termina com a descrição de um tempo futuro, depois do juízo, quando Deus atrairá Israel para amá-Lo como antes (Os 2:12-15). Os animais selvagens não mais devorarão as vinhas e figueiras da esposa, mas se tornarão parceiros na nova aliança (Os 2:18). Além disso, cada filho receberá um novo nome, revelando novamente a vontade divina de curar e perdoar as transgressões passadas de Seu povo.

4. Deus oferece gratuitamente o perdão dos pecados. Qual é o custo do perdão para Deus? Qual foi o custo pessoal dessa lição para Oseias? Os 3:1, 2

Crescendo como homem em Israel, Oseias estava destinado a desfrutar de uma condição privilegiada naquela sociedade patriarcal. Mas esse privilégio vinha com uma grande responsabilidade. No antigo Israel, o homem tinha que fazer um tremendo esforço para perdoar e receber de volta a esposa infiel, além da aceitação dos filhos gerados por outro homem. Ficar com a esposa, esses filhos e, assim, sofrer a rejeição social deve ter sido uma das mais difíceis experiências da vida.


Oseias, porém, “comprou-a” de volta. Deus, em certo sentido, fez a mesma coisa pela humanidade, mas o custo foi a morte de Jesus na cruz. Somente olhando para a cruz podemos obter um quadro muito mais claro do preço que Deus pagou para nos resgatar da ruína que o pecado causou.


  
Quarta
Ano Bíblico: 2Sm 8–10 

  
Acusação contra Israel

Oseias 4:1-3 apresenta Deus como Aquele que traz uma acusação ou uma questão jurídica (hebraico rîb) contra Israel. A nação escolhida era culpada diante de seu Deus porque o povo não havia conseguido viver de acordo com os termos da aliança. Verdade, misericórdia e conhecimento de Deus deviam ser as qualidades do relacionamento entre Israel e Ele. De acordo com Oseias 2:18-20, esses são dons que Deus concede ao Seu povo na renovação da aliança.


Devido ao pecado, porém, a vida de Israel foi destituída desses dons da graça. Os crimes listados por Oseias tinham levado a nação à beira da anarquia. Os líderes religiosos, sacerdotes e profetas, tiveram parte na deterioração da vida de Israel naquele momento e foram responsabilizados por isso. Eles tinham grande responsabilidade. Se não enfrentassem os abusos e não condenassem os atos de injustiça, seriam condenados por Deus.


No Antigo Testamento, a adoração de ídolos era considerada o pecado mais grave porque negava o papel do Senhor Deus na vida da nação e do indivíduo. Devido ao clima seco, as chuvas nas terras de Israel eram questão de vida ou morte. Os israelitas chegaram a acreditar que suas bênçãos, como a vivificante chuva, provinham de Baal. Por isso, construíram santuários para deuses estrangeiros e começaram a misturar imoralidade com adoração.


Ao mesmo tempo, a injustiça social se alastrava na terra. As classes ricas em Israel exploravam os camponeses a fim de conseguir pagar tributo à Assíria. Muitos recorriam à fraude e ao engano (Os 12:7, 8). Foi em virtude dessas coisas que o período anteriormente pacífico e próspero se tornou um momento de turbulência política e social. O país estava à beira do caos total.


“Pobres homens ricos, professando servir a Deus, são dignos de piedade. Enquanto professam conhecer ao Senhor, eles O negam em suas obras. Quão grandes são suas trevas! (Mt 6:23). Afirmam ter fé na verdade, mas suas obras não correspondem à sua religião. O amor às riquezas os torna egoístas, exigentes e arrogantes. Riqueza é poder, e frequentemente o amor a ela corrompe e neutraliza tudo o que é nobre e divino no ser humano” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 682).

5. Leia Tiago 5:1-7. Como essas palavras se encaixam com a verdade presente expressa nas mensagens dos três anjos de Apocalipse 14:6-12? Seja qual for nossa posição financeira, como podemos nos proteger contra os perigos que o dinheiro sempre apresenta aos seguidores de Cristo?



Quinta
Ano Bíblico: 1Sm 17–19 

  
Chamado ao arrependimento

“A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3).
O nome Oseias em hebraico significa “o Senhor salva”, e está relacionado com os nomes Josué, Isaías e até mesmo Jesus. O profeta chama o povo a rejeitar o pecado e encontrar refúgio no Senhor seu Deus, porque Ele é seu Criador e Redentor. O propósito do juízo divino era lembrar aos pecadores que sua vida e força provinham dAquele a quem eles deviam voltar. Por isso, mesmo em meio a todas as advertências e pronunciamentos de juízo, o livro de Oseias apresenta os temas do arrependimento humano e do perdão divino.


O profeta exortou a nação, que estava perecendo no pecado por “falta [do] conhecimento” (Os 4:6), a continuar conhecendo plenamente a Deus e a viver em harmonia com Seus princípios eternos. Foi a falta de conhecimento de Deus que levou o povo à rebelião e acabou resultando no juízo.


Em contrapartida, por meio da fé e obediência eles poderiam conhecer o Senhor. Esse conhecimento pode ser próximo e íntimo. É precisamente por isso que o casamento é um símbolo do tipo de relacionamento que o Senhor deseja ter conosco.
Por isso também a vida cristã é principalmente um relacionamento com o Deus vivo. Por essa razão, o Senhor chama as pessoas para conhecê-Lo e seguir Sua vontade.


O problema do pecado trouxe uma terrível separação entre Deus e a humanidade. Mas, pela morte de Jesus na cruz, um caminho foi feito para que caminhemos lado a lado com o Senhor. Podemos, de fato, conhecê-Lo por nós mesmos.

6. Qual é a diferença entre saber coisas a respeito de Deus e conhecer a Deus? Como essa diferença se reflete na nossa vida prática? Se alguém lhe perguntasse: “Como posso conhecer a Deus?”, o que você responderia? O que as seguintes passagens ensinam sobre a importância de “conhecer o Senhor”? Êx 33:12, 13; Jr 9:23, 24; Dn 11:32; 1Jo 2:4.

  
Sexta
Ano Bíblico: 2Sm 13, 14 

  
Estudo adicional

Com o tempo, Oseias tomou conhecimento do fato de que seu destino pessoal era um espelho do sofrimento divino, que sua tristeza ecoava a tristeza de Deus. Nesse sofrimento semelhante, como ato de solidariedade com a aflição divina, o profeta provavelmente tivesse visto o significado do casamento que tinha contraído por ordem divina [...]


“Somente vivendo na própria vida o que o divino Esposo de Israel experimentou, o profeta foi capaz de sentir compaixão pela situação divina. O casamento foi uma lição, uma ilustração, em vez de símbolo ou sacramento” (Abraham J. Heschel, Os Profetas; Massachussets, Prince Press, 2001, p. 56).


“Em linguagem simbólica, Oseias pôs perante as dez tribos o plano de Deus de restauração em favor de toda pessoa penitente que se unisse com Sua igreja na Terra, as bênçãos asseguradas a Israel nos dias de sua lealdade a Ele na terra prometida. Referindo-se a Israel como aquele a quem Ele ansiava mostrar misericórdia, o Senhor declarou: “Eis que Eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito” (Os 2:14, 15; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 298).

Perguntas para reflexão

1. Costumamos pensar que idolatria é se curvar a estátuas. De que forma a idolatria pode ser algo muito mais sutil e enganoso do que isso?


2. O que significa conhecer a Deus? Se você diz que “conhece o Senhor”, o que quer dizer com isso? Como esse conhecimento é adquirido?


3. Alguns teólogos antigos argumentaram que Deus é impassível, isto é, Ele não sente angústia nem prazer devido às ações de outros seres, como os seres humanos. O que pode levar as pessoas a defender essa posição? Por que devemos rejeitar essa ideia?


4. Pense no elevado preço da nossa redenção. O que isso nos diz sobre nosso valor diante de Deus? 

Respostas sugestivas: 1. Isaías andou nu e descalço para ilustrar o que ocorreria com os prisioneiros egípcios e etíopes e para advertir Israel a não depender do Egito; Jeremias fez jugos e correias para usar e enviar às nações, indicando que Nabucodonosor subjugaria os povos; Ezequiel desenhou a cidade de Jerusalém em um tijolo, pôs cerco sobre ela e se deitou sobre a iniquidade de Israel e Judá. 2. O povo de Deus sofreria por causa da idolatria, ao atribuir aos falsos deuses as bênçãos concedidas pelo Senhor. 3. Deus desejava restaurar a felicidade de Seu povo infiel e levá-lo à reconciliação com seu Criador. 4. Para Deus, o perdão custou a morte de Seu Filho; para Oseias, custou a vergonha diante da sociedade e um preço pago ao amante da mulher adúltera. 5. Tiago advertiu contra as riquezas obtidas por meio da injustiça, motivada pelo egoísmo e adoração ao ser humano; o Apocalipse adverte contra a falsa adoração, que resulta em injustiça e opressão, em contraste com a adoração ao Deus verdadeiro, Criador e Mantenedor da vida. 6. A diferença está na comunhão com Deus, que nos leva a cumprir Sua vontade. Podemos conhecer a Deus pelo estudo da Bíblia, oração e testemunho. Essa foi a experiência de Moisés, João, Daniel e Jeremias.



ESCOLA SABATINA





Pensamento-chave: Mesmo em meio ao adultério espiritual e ao juízo divino, o amor de Deus por Seu povo nunca vacila.

O profeta Oseias ministrou no fim de um período muito próspero da história de Israel, pouco antes da queda nacional diante dos assírios em 722 a.C. Naquele tempo, o povo escolhido de Deus já não adorava somente ao Senhor, mas também servia a Baal, um deus cananeu.


Sendo o primeiro dos profetas menores, o livro de Oseias aborda a questão central da proclamação profética durante aquele tempo de apostasia: Continuava Deus amando Israel, apesar da prostituição espiritual? Ainda mantinha Seu propósito para a nação, apesar dos pecados dela e do juízo vindouro?


A história pessoal de Oseias e a profecia estão inseparavelmente ligadas em seu livro. Assim como o profeta havia perdoado a esposa infiel e estava disposto a levá-la de volta, Deus estava disposto a fazer o mesmo por Seu povo.


O que podemos aprender com a experiência de Oseias e a maneira pela qual o Senhor lidou com o rebelde Israel?




Ciclo do Aprendizado



Uma estranha ordem

“Quando, pela primeira vez, falou o Senhor por intermédio de Oseias, então, o Senhor lhe disse: Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição, porque a terra se prostituiu, desviando-se do Senhor. Foi-se, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim, e ela concebeu e lhe deu um filho” (Os 1:2, 3).

Durante séculos, os estudantes da Bíblia têm debatido a natureza dessa ordem, fazendo perguntas, como: Gômer era uma prostituta ou apenas uma esposa infiel? Ela era imoral antes de seu casamento com Oseias, ou somente depois se tornou infiel?


Não sabemos ao certo. Uma coisa, porém, é certa: Quando o Senhor falou a Oseias e por meio dele, queria desviar a atenção das pessoas da história de Oseias para a história do Seu amor por Israel. Visto que Gômer era israelita, a história de seu casamento com o profeta se mistura com a história da aliança divina com Israel.


Há paralelos importantes entre a história de Oseias e a experiência de Deus com Israel. Em nível humano, Gômer foi infiel a Oseias. Em nível espiritual, Israel foi infiel a Deus. Assim como a imoralidade de Gômer feriu o coração de seu marido, a idolatria de Israel entristeceu o coração de Deus. Oseias foi chamado a suportar tristeza de coração e rompimento do casamento. Ele deve ter sofrido indignação e vergonha públicas. No entanto, quanto mais ele experimentava a infidelidade de Gômer, mais profunda era sua compreensão da tristeza e frustração de Deus com Israel.

1. Muitas vezes, Deus pediu que outros profetas fizessem algo além da pregação. Como a maneira divina de lidar com Seu povo foi simbolizada pelas ações dos profetas? Is 20:1-6; Jr 27:1-7; Ez 4:1-6

Que tipo de testemunho você dá não apenas por suas palavras, mas também por suas ações? Que aspectos de sua vida revelam que você é não apenas uma boa pessoa, mas um seguidor de Jesus?


COMENTÁRIO BÍBLICO

Traição espiritual

Quando Gômer, esposa de Oseias, cometeu adultério, ele sofreu a agonia da traição, humilhação e vergonha. Aos vizinhos e amigos que viram sua dor, Oseias transmitiu uma mensagem divina por meio de palavras e ações: Israel, a esposa de Deus, era igual a Gômer. O povo escolhido estava cometendo adultério espiritual.


O profeta Jeremias comparou os israelitas infiéis a uma prostituta que vivia com muitos amantes, apesar de tudo o que Deus havia provido para eles (Jr 3:1). De forma semelhante, o profeta Ezequiel chamou o idólatra Israel de “mulher adúltera”, que se havia afastado de seu verdadeiro marido (Ez 16:32). Por essa razão, a idolatria na Bíblia é vista como adultério espiritual.

2. Que advertência é dada em Oseias 2:8-13? Estamos em perigo de fazer essencialmente a mesma coisa?

A expressão “o trigo, e o vinho, e o óleo” também é usada em Deuteronômio 7:12-14 para descrever produtos básicos que as pessoas desfrutavam em abundância, de acordo com as promessas de Deus dadas por intermédio de Moisés. No tempo de Oseias, as pessoas eram tão ingratas para com Deus, tão envolvidas com o mundo, que estavam apresentando essas dádivas divinas aos seus falsos ídolos. Isso nos adverte a não utilizar as dádivas recebidas do Senhor tendo em vista objetivos diferentes daquele para o qual elas foram planejadas – Seu serviço (Mt 6:24).


“Como Deus considera nossa ingratidão e falta de apreciação por Suas bênçãos? Quando vemos alguém desprezar ou usar mal nossas dádivas, nosso coração e nossas mãos se fecham contra essa pessoa. Mas os que recebem as dádivas misericordiosas de Deus, dia após dia e ano após ano empregam mal Suas bênçãos e negligenciam as pessoas por quem Cristo deu Sua vida. Os meios que Ele emprestou para sustentar Sua causa e construir Seu reino são investidos em casas e terras, desperdiçados com o orgulho e satisfação própria, e o Doador é esquecido” (Ellen G. White, Advent Review and Sabbath Herald [Revista do Advento e Arauto do Sábado], 7 dezembro de 1886).

Você acha fácil usar as dádivas recebidas de Deus de forma egoísta, ou até mesmo de maneira idólatra? Na prática, como podemos evitar esse pecado?


COMENTÁRIOS






Sumário



Lição 1 - Adultério espiritual (Oseias)
30 de março a 6 de abril





é formado em teologia pelo Unasp Campus 2 e atualmente exerce a função de pastor distrital no bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, RS.



sIntrodução



Um dos grandes desafios para o leitor bíblico moderno é tornar relevante o que está sendo lido. Como um livro escrito há mais de 2500 anos pode me ajudar em meu relacionamento com Deus? Essa é, sem dúvida, a inquietação de muitos alunos das unidades da Escola Sabatina de norte a sul do Brasil. Ao longo deste trimestre estudaremos os profetas menores. Cada um dos comentários estará dividido em três partes: 1) O mundo do profeta: as condições políticas, econômicas, religiosas dos seus dias, entre outras informações; 2) A mensagem do profeta: as ênfases de cada um desses homens; 3) A relevância da sua mensagem.


Os dois primeiros tópicos nos ajudam a entender melhor o livro. No último demonstraremos como sua mensagem ainda é relevante para a nossa sociedade, mais de dois milênios depois de sua composição.


Creio que há muito a ser apreendido com o livro do profeta Oseias. Os israelitas não se importavam mais com Deus naquela ocasião. Por isso, eles começaram a buscar diversas maneiras alternativas de adoração, principalmente dos cultos cananeus. Não é difícil encontrar uma correspondência entre essa situação e o que vemos hoje em nosso país. É surpreendente notar como uma simples, mas bem sólida fé em Deus e em Sua palavra, é descartável para um grande número de pessoas. Envolvimento em reuniões espíritas, participação em oferendas para Iemanjá, aquisição de estatuetas de elefantes indianos e consultas a um pai de santo, por exemplo, são práticas naturais para uma boa parte da população. O nome disso é sincretismo religioso. As crenças básicas da fé cristã não são mais suficientes para essas pessoas. Para um público semelhante a esse, Oseias escreveu com o objetivo de alertar para o vazio proporcionado por tais práticas e relevar o intenso amor de Deus pelos Seus filhos. Era também propósito do profeta comunicar ao povo o poderoso amor de Deus que tem capacidade para restaurar a vida de alguém envolto nesse tipo de adultério espiritual.



sAmpliação

  

Sabemos muito pouco a respeito de Oseias. Seu nome está relacionado com o verbo hebraico yasha, cujos significados são salvar, libertar, socorrer. Como foi destacado pelo autor da lição, este é o verbo que está por detrás de importantes nomes bíblicos como Josué, Isaías e, especialmente, Jesus. No próprio nome do profeta, Deus já havia deixado claro qual era Sua intenção para com a nação de Israel. Salvá-los do horrendo vazio provocado pela idolatria a deuses estrangeiros, especialmente Baal.


O ministério do profeta Oseias provavelmente foi iniciado por volta do ano 755 a.C. e se estendeu até 715 a.C, cobrindo o período do reinado do rei Jeroboão II, em Israel e dos reis Uzias, Jotão, Acazias e Ezequias, no território de Judá. Economicamente, o reino de Israel, sob a guia de Jeroboão II, caminhava em uma boa direção. Guerras contra as cidades de Damasco e Hamath, ambas localizadas na Síria, foram vencidas pelos israelitas. Os territórios de Moabe a Amon foram colocados sob o controle de Jeroboão, proporcionando muitos tributos que agora eram colocados nas mãos dos nobres da sociedade (2Rs 14:23-28).


Porém, espiritualmente a situação era outra. Naquele território, a adoração a Yahweh (nome sagrado de Deus traduzido como Senhor em nossas versões bíblicas) estava totalmente sendo ofuscado com manifestações religiosas para o deus cananeu Baal. Quem era essa divindade? Graças aos diversos tabletes cuneiformes descobertos nas ruínas de Ugarite, moderna Ras Shamra, na Síria, podemos apresentar sólidas evidências não apenas de como os pagãos o viam, mas como eles o adoravam. Por exemplo, nos textos ugaríticos que contêm as narrativas a respeito de Baal, descobrimos que ele mantinha relações sexuais com sua mãe, Asherah, sua irmã, Anat, e sua filha, Pidray, que também era sua esposa. Quando Baal foi morto por seu rival Mot (o deus morte) e estava no submundo, ele encontrou uma vaca, com a qual teve um intercurso sexual. Dessa relação repugnante, um filho foi gerado. Estamos falando de incesto e zoofilia como parte da religião de um povo!


No texto chamado “Mito de Baal”, as divindades ‘Ilu’ e ‘Anatu’ lamentaram a morte do divino Baal raspando suas peles com pedras afiadas, cortando suas faces com lâminas e mutilando seus próprios corpos. Quando Baal era adorado, os cananeus também desfiguravam seus corpos em rituais de luto na tentativa de invocar suas divindades. É exatamente isso que lemos em 1 Reis 18:28, quando os profetas de Baal o invocaram diante do desafio lançado pelo profeta Elias.


Outra prática comum na adoração a Baal eram os rituais de fertilidade. Os israelitas se envolveram nesse tipo de atividade, como pode ser visto em Oseias 4:13, 14. As ‘meretrizes’ mencionadas no texto eram prostitutas comuns. Já as ‘prostitutas cultuais’ trabalhavam nos santuários e atuavam como parceiras de homens nas suas atividades sexuais que eram parte importante naquele tipo de ritual religioso.
Altares pagãos eram construídos no topo de montanhas, e esses ritos de fertilidade envolvendo imoralidades sexuais eram realizados debaixo de carvalhos, que por sua vez eram considerados sagrados. Vale ressaltar que a prostituição era um símbolo da idolatria na mentalidade dos autores do Antigo Testamento (cf. Êx 34:14, 15; Lv 17:7).


Em suma, Israel, o povo escolhido por Deus, havia se tornado uma caricatura de uma depravada nação pagã da pior espécie. É para essa audiência que o livro de Oseias foi primeiramente escrito. Como esse livro será estudado por duas semanas, apresento a seguir a estrutura e os principais assuntos dessa composição. Após isso, demonstraremos como esse conteúdo pode ser relevante para o cristão e, consequentemente, seu aluno na unidade da Escola Sabatina.


Uma estrutura resumida da obra de Oseias pode ser apresentada da seguinte forma:

1. O casamento de Oseias (1–3)


2. A mensagem de Oseias (4–14)


2.1. A infidelidade de Israel (4:1–6:3)


2.2. A punição de Israel (6:4–10:15)


2.3. Deus é fiel (11–14)

A primeira lição se concentrou nos capítulos 1–4. Já a seguinte, cobrirá o restante do livro. Portanto, descreveremos abaixo os pontos principais da mensagem do profeta Oseias.


A fidelidade, misericórdia e amor de Deus: Quem sabe seja nessa obra que podemos apreciar de maneira mais dramática o desejo que Deus tem pelo Seu povo (1:2; 2:19; 6:6; 10:12; 12:16). O comportamento de Oseias, um distinto servo de Deus, deve ter chamado a atenção daqueles que viviam ao seu redor. Muitos devem tê-lo questionado: “Como um puro e distinto profeta de Deus pode amar uma infiel e promíscua mulher como Gômer?” Usando a lógica semítica de responder uma pergunta utilizando outra, Oseias diria: “Como um Deus santo e puro pode amar uma infiel e promíscua nação como Israel?”


Mesmo diante da humilhação de uma traição, Oseias estava disposto a ter Gômer novamente. O fato de ter que comprá-la para poder levá-la para casa sugere que, ou ela estava endividada, ou então havia se tornado uma escrava. Essa última alternativa é apoiada pelo fato de Oseias pagar 15 moedas de prata (shekels ou shekalim), o que era a metade do preço de um escravo. O restante do pagamento veio na forma de 330 litros de cevada (a medida ‘ômer e meio’ mencionada em Oseias 3:2). É provável que isso fosse tudo o que o profeta tinha para efetuar o pagamento. De um modo chocante para a audiência de Oseias, o amor de Deus pela nação de Israel estava sendo demonstrado. A parte mais ofendida ainda estava disposta a demonstrar amor.


Conosco não é diferente. Ao olharmos para trás, e vermos o próprio Deus Se tornando um simples judeu e levando sobre Si os pecados da humanidade numa cruz, é impossível não enxergar o constante amor de Deus. Acredito que o autor do hino “Sublime Amor”
(HA 31) captou muito bem essa ideia quando escreveu:


Se em tinta o mar se transformasse,


E em papel o céu também,


E a pena ágil deslizasse,


Dizendo o que esse amor contém,


Daria fim ao grande mar,


Ao esse amor descrever,


E o céu seria mui pequeno


Pra tal relato conter.

É paradoxal o fato de que Deus tem revelado Seu amor e, ao mesmo tempo, ser impossível compreendermos toda a sua profundidade.


Julgamento pelo pecado: Embora o amor de Deus seja relevado nessa obra, não pode ser tomado como garantia de que os pecados cometidos por Israel seriam deixados impunes. Historicamente, sabemos muito bem o que houve com o reino de Israel nesse período. A nação entrou em colapso total que resultou na sua destruição e exílio pelos assírios, em 722 a.C. Na ocasião, o rei assírio Salmanaser V sitiou a capital Samaria por três anos e a conquistou. A infidelidade da nação resultou na sua punição (7:16; 8:14; 9:3, 6, 17; 11:15). Trataremos mais do assunto do julgamento de Deus no livro de Oseias no comentário da próxima semana.


Arrependimento e restauração: O tema do arrependimento e restauração é recorrente no livro de Oseias (1:10, 11; 2:14-23; 3:5; 11:10, 11; 14:4-7). Permita-me apresentar um dos vários exemplos do chamado divino ao arrependimento de Israel. Em Oseias 2:15, lemos que Deus desejava transformar o vale de Acor em uma porta de esperança. Para um israelita bem familiarizado com as histórias do Antigo Testamento, essa frase não passou despercebida. Nos dias de Josué, a triste história do pecado de Acã, momentos depois da conquista de Jericó, teve seu fim nesse local (Js 7, 8). O vale de Acor era símbolo do fracasso de Israel no início de sua trajetória rumo à terra prometida. Dessa forma, Deus estava prometendo transformar os fracassos passados de Israel em vitórias. O convite para o arrependimento não tinha apenas como objetivo um futuro em paz num relacionamento com Yahweh, mas também viver em paz com os erros do passado.


É necessário criarmos uma ponte entre o mundo de Oseias no 8º século a.C. e o século 21. Como apresentar esses assuntos com relevância para os alunos de sua unidade? Gostaria de propor duas aplicações:

1ª) O amor de Deus é necessário para a humanidade. John Lennon foi quem escreveu a canção “Imagine”, lançada em 1975. Nela, o ex-Beatle leva seus ouvintes a imaginarem um mundo sem Céu, inferno, religião e, consequentemente, sem Deus. No entanto, viver dessa forma seria assustador. Nenhuma filosofia concede tanto valor para o ser humano como o cristianismo. O naturalismo filosófico e o evolucionismo, simplesmente vão nos mostrar que somos fruto do tempo, da matéria e do acaso. Não somos um mero acidente cósmico. Por outro lado, o Deus bíblico nos criou à Sua imagem e semelhança (Gn 1:26) e nos considera indivíduos. O que isso significa? A palavra ‘indivíduo’ vem de um termo em latim cujo significado é “aquilo que não é divisível”. Somos únicos aos olhos de Deus. Por mais que alguém tenha sido rejeitado por sua família, Deus não o rejeita. Se alguém fracassou diante de Deus, Sua mão é oferecida para erguer aquele que é precioso aos Seus olhos. É por isso que o amor de Deus é necessário para a humanidade que, assim como Israel na época de Oseias, está entrando em colapso.

2º) A restauração que Deus pode fazer na vida de alguém. Permita-me compartilhar uma história que ilustra muito bem o conceito de arrependimento e restauração relatado no livro de Oseias. Jim Bakker, apresentador do programa evangélico PTL Club (Praise the Lord Club), foi um dos grandes nomes entre os evangelistas televisos norte-americanos, durante a década de 1980. Como pregador da teologia da prosperidade, seu carisma e argumentação eram capazes de levantar mais de 1 milhão de dólares em uma semana. No entanto, o apresentador se deparou com os horrores dos seus pecados mais secretos. Diversas acusações de fraude foram confirmadas. Entre elas, um cheque de US$ 279,000 para sua secretária Jessica Hahn manter silêncio sobre um envolvimento sexual que eles tiveram em um hotel na Flórida. Após esse escândalo ser trazido a público, Bakker renunciou ao seu ministério e foi preso.


Uma de suas atividades na prisão era o desagradável ato de limpar os vasos sanitários das celas. Um dia, enquanto fazia esse serviço, um dos guardas veio até ele dizendo que um visitante o aguardava. Bakker disse para dispensá-lo, pois não queria ver ninguém. O guarda insistiu dizendo que era importante. Então, com vestes sujas e despido de todo orgulho que um ser humano poderia ter, o prisioneiro se dirigiu até o local em que o visitante se encontrava. Foi então que ele avistou ninguém menos que Billy Graham, o grande nome do movimento evangélico do século passado. Sem cerimônias, Graham deu um forte abraço no seu amigo, Jim Bakker, que nesse momento não pôde conter as lágrimas.


Todo ser humano após um fracasso de qualquer natureza sente o desejo de ser amparado. Mais do que isso, ele sente o desejo de uma nova oportunidade para fazer diferente. Por isso, concluo com as palavras de um poema anônimo que por alguns anos tem falado ao meu coração:

“Ele veio até minha escrivaninha com lábios trêmulos, / a lição havia sido terminada. / ‘Você tem uma folha em branco para mim, querido mestre? / Eu errei nesta, não está adequada.’ Peguei seu papel todo sujo e manchado / e dei a ele um novo, com todo o cuidado / E falei ao seu coração com esperança, / ‘Faça melhor desta vez, minha criança.’


“Eu fui até o trono com o coração trêmulo; / o dia havia terminado. / ‘Você tem um dia novo para mim, querido Mestre? / Eu estraguei este, não está adequado.’ Ele pegou meu dia, todo sujo e manchado / e deu-me um novo, com todo o cuidado. / E para meu coração Ele falou com esperança, / ‘Faça melhor desta vez, minha criança.’”



1. William F. Albright, Yahweh and the Gods of Canaan: A Historical Analysis of Two Contrasting Faiths (Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 1968), p. 126.


2. Harry A. Hoffner Jr., “Incest, Sodomy and Bestiality in the Ancient Near East”, in Orient and Occident: Essays Presented to Cyrus H. Gordon on the Occasion of His Sixty-fifth Birthday, ed. Harry A. Hoffner, Jr. (Neukirchen Vluyn, Germany: Neukirchener Verlag, 1973), p. 82.


3. NIV Archaeological Study Bible, p. 516.


4. Autor anônimo, “A New Leaf”, in James G. Lawson, The Best Loved Religious Poems (Grand Rapids, MI: Fleming H. Revell, 1961). Traduzido por Marina Garner Assis.






Sikberto Marks

Verso para memorizar: “Semearei Israel para Mim na terra e compadecer-Me-ei da Desfavorecida; e a Não-Meu-Povo direi: Tu és Meu povo! Ele dirá: Tu és meu DEUS!” (Os. 2:23).

Introdução de sábado à tarde

A nação que DEUS havia escolhido em Abrão, depois Abraão, formou-se a partir do neto Jacó. Dele nasceram 12 homens dos quais DEUS formou as doze tribos de Israel (embora de um desses filhos não resultasse tribo, mas de dois filhos de José resultassem duas tribos, completando as 12). Depois do período de escravidão no Egito, a nação já era bem grande para os moldes daqueles tempos. Deveriam ser mais ou menos uns 2 milhões de pessoas ao todo.
Já situados na Terra Prometida, tiveram reis. O primeiro foi Saul, um desastre. O segundo foi Davi, guerreiro que unificou o país numa só nação e a libertou de seus inimigos. Estava tudo pronto para o cumprimento das profecias de DEUS, e de fato, elas estavam em andamento. Territorialmente chegaram às dimensões previstas. Mas Salomão, rei sucessor de Davi, que deveria ser voltado para a dimensão espiritual, de um certo tempo em diante tornou-se idólatra. Deixou de educar seus filhos, especialmente Roboão, o herdeiro do trono, nos princípios divinos. Esse nasceu na riqueza e não entendia o povo. Sob o governo de Roboão, por volta de 931 a. C., a nação se dividiu em duas. Duas tribos ficaram com Roboão, sob o nome de Reino de Judá, cuja capital era Jerusalém, onde estava o templo do Senhor. As demais formaram um novo reino, o chamado Reino do Norte, ou Israel, capital Sequem, sob o rei Jeroboão, inimigo de Salomão e de seu filho Roboão. É a esse Reino do Norte que se refere o profeta Oseias. Esse reino nunca teve um rei voltado para DEUS. Mas DEUS sempre enviou profetas, até que não fosse mais possível, e veio a Assíria e acabou com o reino, que nunca mais se restabeleceu. Judá, mais tarde foi destruído por Nabucodonosor, mas se restabeleceu. Jeroboão, vendo que o povo iria adorar em Jerusalém, capital do Reino de Judá, decidiu sem consultar o Senhor, construir dois centros de adoração em Betel e Dan, a dois bezerros que ele mandou fabricar. Esse reino começou mal e continuou assim até que foi totalmente desmantelado.

1.  Primeiro dia:  Uma estranha ordem

A situação e infidelidade da nação de Israel, sempre a partir de seus reis, era dramática. Já começou mal desde o início. O primeiro rei, como vimos, construiu dois centros de culto, e ali ofereciam adoração a bezerros de ouro. E não houve rei em Israel, como acontecia em Judá, que ouvisse a voz de algum profeta de DEUS e a seguisse.
Nos tempos do profeta Oseias a situação era tão degenerada que DEUS deu uma ordem incrivelmente dura ao seu profeta. Imagine a situação. O profeta era para sair pelas ruas e encontrar uma prostituta.Deveria propor casamento com ela, e o pior, ter filhos com ela. E o coitado do profeta fez exatamente isso. Escolheu Gômer, mulher que se vendia pelas ruas a homens levianos. Ela vivia disso.
Vamos imaginar a situação. Não sabemos se o profeta era solteiro ao DEUS lhe propor isso. Possivelmente sim, pois se fosse casado, DEUS mesmo estaria dando um mau exemplo de infidelidade conjugal por meio do profeta.
Fico a imaginar. Tenho minha esposa, a ‘frau’ Dulce, sempre absolutamente fiel. Que privilégio para um homem ter uma esposa fiel, ou para uma mulher, ter um marido fiel. Os dois sendo fiéis, que maravilha de lar pode desenvolver-se ali. Como é bom ser feliz com quem se ama e se confia totalmente. Mas aquele profeta não teve essa sorte, ele foi determinado por DEUS a se casar com uma mulher que tinha certeza não lhe daria felicidade. Filhos com ela não viriam do amor. E haveria o risco dela ter filhos com outros homens, como fazem cachorros e gatos. Era assim que se retratava a situação da nação toda. Tal como o profeta se sentia com aquela esposa, que fugia com outros homens, assim Se sentia DEUS com a nação que Ele tirou do Egito, lugar de prostituição espiritual. Mas Israel queria continuar nessa prostituição, adorando deuses que não são capazes de coisa alguma, imaginados e feitos pelos próprios adoradores.
“Com as mais severas reprovações, Deus buscou despertar a nação impenitente para a realidade do iminente perigo de sua completa destruição. Por intermédio de Oseias e Amós Ele enviou às dez tribos mensagem após mensagem, exigindo amplo e completo arrependimento, e ameaçando-os com calamidades como resultado da contínua transgressão. “Lavrastes a impiedade”, declarou Oseias, “segastes a perversidade, e comestes o fruto da mentira; porque confiaste no teu caminho, na multidão dos teus valentes. Portanto entre o teu povo se levantará um grande tumulto e todas as tuas fortalezas serão destruídas. … O rei de Israel de madrugada será totalmente destruído.” Ose. 10:13-15” (Profetas e Reis, 279-280).

2. Segunda: Traição espiritual

Vamos imaginando, com a mente e os sentimentos. Oséias na verdade libertou a prostituta de seu mundo imundo. Deu-lhe um lar. Tinha um marido. Tinha renda, proteção e se lhe abria um caminho de felicidade. E que se destaque quem era esse marido: um profeta de DEUS. Hoje muitas moças desejam casar com um teologando. É um privilégio, sem dúvida. Mas aquela prostituta foi escolhida por um profeta. E mais, a escolha foi determinada por DEUS. Pode alguém, de sã consciência, não valorizar tal escolha? Pode uma mulher simplesmente desconsiderar ser a bendita criatura desse mundo a ter como marido um profeta de DEUS? Pois Gômer, esposa de Oséias, saía em busca de outros homens. Pode um povo não valorizar a escolha por DEUS, para ser Seu povo, e ir-se após deuses mortos de outros povos depravados? Como se sentia Oséias assim se sentia DEUS.

Que homens eram esses, desejados por Gômer em lugar de Oseias? Não eram outros profetas, nem poderiam ser. Eram os tais homens da vida, como ela. Sem compromisso com nada, apenas para sentir prazer momentâneo, lá ia ela atrás daqueles homens, que só queriam, por momentos, sentir seu corpo, mais nada. Como é que se pode explicar uma situação assim? Quanta ingratidão! Isso se chama traição.

Com que sentimentos os que conheciam o profeta se referiam a ele. Aliás, o profeta era conhecido dos cidadãos da nação. Como falavam essas pessoas? Logo o profeta de DEUS ter escolhido essa mulher! E logo ela, ser infiel a um marido profeta! Diriam os gaúchos: “mas que barbaridade tchê!” Era algo inexplicável. Perplexidade geral com o que estava acontecendo com o profeta.
Mas foi então que o profeta falou: “vocês todos estão fazendo a mesma coisa com DEUS. Assim como eu estou sofrendo, DEUS também está.” Foi Ele quem ordenou a casar com ela para ilustrar a dor que Ele sente por meio da dor que eu estou passando, por causa dela.

Essa foi uma ilustração não somente falada pelo profeta, mas vivida por ele. Assim se retratava a situação dramática de Israel: Um DEUS que os havia libertado do Egito, e agora se tornou uma nação correndo atrás de deuses que são nada. Toda falsa adoração é adultério espiritual.
Atualmente as nações do mundo estão recebendo informações sobre a verdadeira adoração. Bem logo o povo de DEUS dará a última advertência ao mundo. E todos escolherão pela fidelidade a DEUS, ou pela idolatria, das mais diversas espécies.

3.   Terça: Promessa de restauração

DEUS queria ver seu povo feliz, progredindo e dando bom testemunho às outras nações. Ele queria uma nação santa, isto é, ligada a Ele e desligada do mundo mau, mas atraindo as outras nações para DEUS. O que conseguiu? Uma nação, no caso Israel, que deixou DEUS de lado, e se apaixonou para ídolos sem sentido. Ídolos de matéria morta, feitos por outros seres humanos, que queriam ganhar algo com isso, dinheiro, fama ou que queriam manipular as pessoas. Nada diferente de nossos dias.
“Nas Escrituras, o caráter sagrado e permanente da relação entre Cristo e Sua igreja é representado pela união matrimonial. O Senhor uniu a Si o Seu povo, por meio de um concerto solene, prometendo-lhe ser seu Deus, enquanto o povo se comprometia a ser unicamente dEle. Disse o Senhor: “E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias.” Ose. 2:19. E noutro lugar: “Eu vos desposarei.” Jer. 3:14. E Paulo emprega a mesma figura no Novo Testamento, quando diz: “Porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.” II Cor. 11:2.

“A infidelidade da igreja para com Cristo, permitindo que sua confiança e afeição dEle se desviem, e consentindo que o amor às coisas mundanas ocupe a alma, é comparada com a violação do voto conjugal. O pecado de Israel, afastando-se do Senhor, é apresentado sob esta figura; e o maravilhoso amor de Deus, que assim desprezam, é descrito de maneira tocante: “Dei-te juramento, e entrei em concerto contigo, diz o Senhor Jeová, e tu ficaste sendo Minha.” “E foste formosa em extremo, e foste próspera, até chegares a ser rainha. E correu a tua fama entre as nações, por causa da tua formosura, pois era perfeita, por causa da Minha glória que Eu tinha posto sobre ti. … Mas confiaste na tua formosura, e te corrompeste por causa da tua fama.” “Como a mulher se aparta aleivosamente do seu companheiro, assim aleivosamente te houveste comigo, ó casa de Israel, diz o Senhor”; “como a mulher adúltera que, em lugar de seu marido, recebe os estranhos.” Ezeq. 16:8, 13-15 e 32; Jer. 3:20” (O Grande Conflito, 381 e 382).

O que DEUS quer de nós hoje? Quer a fidelidade completa, entrega total. Isso significa desligamento total daquilo que concorre com DEUS. JESUS Se entregou totalmente por nós na cruz, do mesmo modo, nos quer por inteiro, para nos transformar e nos tornar seus filhos a enviar ao mundo e concluir o trabalho de advertência aos demais. Ele quer uma igreja fiel, isenta de comprometimentos com a moderna idolatria. Estamos como naqueles dias, atraídos aos atuais ídolos do mundo, mas a igreja já está dando uma resposta correta, por meio do reavivamento e reforma, já em andamento. Essa é uma atividade orientada pela igreja, mas compete a cada membro fazê-la individualmente. “Temos esperança de ver toda a igreja reavivada? Tal tempo nunca há de vir. Há na igreja pessoas não convertidas, e que não se unirão em fervorosa, prevalecente oração. … Precisamos orar mais, e falar menos” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, 122, grifo nosso). Cada um tome a sua decisão pessoal e ande em frente, com DEUS, conhecendo-O e sendo transformado por Ele. Estamos nos últimos dias.

4.      Quarta: Acusação contra Israel

Israel, ao separar-se da tribo de Judá e formar outro reino, nessa atitude demonstrou fraqueza. Aqui podemos entender algo relevante. Por vezes, atualmente, líderes não são como DEUS deseja. E isso pode ser visto facilmente por todos que pensam e prestam atenção. E o que fazem muitos membros? Escandalizam-se e abandonam a igreja. E com eles acontece o que conhecemos em relação a Israel: afastam-se de DEUS, adotam o mundo e fracassam na vida espiritual. Essa decisão foi racional? Foi inteligente? Até que chegue uma provação intransponível, como foi a Assíria para Israel, que acabou com a nação, e seu povo desapareceu nas brumas da história. Judá, que enfim, permaneceu ao lado de um mau rei, o filho de Salomão Roboão, experimentou outro destino. Teve muitos reis maus, mas também teve outros reis bons, e deles é que nasceu JESUS, não de alguma tribo de Israel, que nos tempos de JESUS há séculos não mais existia.

Em nossos dias há escândalos da parte de muitos de nossos líderes. É na música, é com seus filhos, é com suas esposas, é com eles mesmos, é no uso do poder, e alguns até mentindo descaradamente. Mas como sempre, há outros líderes que permanecem fiéis, apesar destes maus exemplos que finalmente serão expulsos, na sacudidura. Serão os líderes que permanecerem fiéis, e os membros que também fizerem isso, que concluirão a obra nesta Terra, assim como o Salvador não veio de Israel, mas de Judá. A salvação veio por meio de uma das tribos do antigo povo de DEUS, que no momento decisivo, quando um rei não era a melhor escolha, no caso Roboão.Essa tribo decidiu permanecer fiel a seu rei que os consolidou, Davi, do qual se disse que nunca deixaria de haver descendente para ser rei. Pois o último descendente foi JESUS CRISTO, o eterno rei, a ocupar o trono de Davi, que o próprio Senhor lhe havia dado. Esse descendente está agora por voltar, como Rei de todos que confiam nEle.

Um detalhe importante que os habitantes que formaram o Reino do Norte não consideraram: foi a Davi que DEUS disse que sempre haveria um sucessor para o trono. Jeroboão, rei do Reino do Norte não era descendente de Davi. Aí vem a pergunta: como é que eles seguiram um homem que não era filho de Davi? Eles mesmo disseram que não queriam nada com Davi (I Reis 12:16), e isso foi o mesmo que dizer: não queremos nada com JESUS CRISTO, descendente de Davi! E no tempo de JESUS, o povo disse algo parecido: não queremos JESUS, queremos Barrabás, e o nosso rei é Cesar.

Israel, por meio de seus líderes, resolveu seguir ídolos. São coisas mortas, produzidos por seres humanos. Isso era uma ofensa ridícula e radical contra DEUS, negando que ser Ele capaz de conduzir a nação e que não fora Ele a tirá-los do Egito. Criam que eram os ídolos que os abençoavam com chuvas e fartas colheitas. Por esse comportamento, caíram no mais abjeto estilo de vida, uns explorando os outros, brigando entre si, desconfiando uns dos outros, a nação empobrecendo e se enfraquecendo diante dos inimigos. A situação estava chegando ao nível do caos total. A catástrofe veio por meio de um país, a Assíria, povo idólatra que se tornou mais forte que a nação que deveria ser de DEUS. Foi a infidelidade e a prostituição espiritual que os deixou assim.

“A visão dada a Isaías representa a condição do povo de Deus nos últimos dias. Têm o privilégio de ver pela fé a obra que está sendo levada no santuário celestial. … À medida que olham pela fé no interior do lugar santíssimo, e veem a obra de Cristo no santuário celestial, percebem que são um povo de impuros lábios – um povo cujos lábios muitas vezes falaram vaidades, e cujos talentos não foram santificados e empregados para a glória de Deus. Podem muito bem desesperar ao contrastarem sua fraqueza e indignidade com a pureza e encanto do glorioso caráter de Cristo. Se, porém, como Isaías, receberem a viva impressão que Deus deseja produzir no coração, se se humilharem diante de Deus, há esperança para eles. O arco da promessa está acima do trono, e a obra dada a Isaías será executada neles” (A Fé Pela Qual Eu Vivo, MM, 1959, 190).

5.      Quinta: Chamado ao arrependimento

“A vida é esta: que Te conheçam a Ti, o único DEUS verdadeiro, e a JESUS CRISTO, a quem enviaste” (João 17:3).
Israel caiu como nação. Teve maus líderes. Toda organização é o que são seus líderes. A história comprova e a pesquisa científica também. Nações desapareceram ou se reergueram por meio de líderes. Empresas e outras organizações também. E no caso do povo de DEUS, essa é uma verdade ainda mais acentuada. E nas igrejas também. Não são os pastores de devem se queixar dos membros, mas estes dos pastores, se a igreja vai mal. Está comprovado que mais de 90% do desempenho de qualquer organização depende da liderança superior.
No passado, e mais intensamente em Israel, sempre houve conflito entre os profetas de um lado e os reis e sacerdotes de outro. No tempo de JESUS foi assim. Os profetas, com raríssimas exceções, foram sempre pessoas humildes e simples, fiéis a DEUS. Mas os reis e sacerdotes nem sempre. Muitos viviam no luxo e na abundância. Seguiam rumo próprio, e erravam demais. E o povo sempre escolhe o líder que mais lhe favorece para maior liberdade quanto a seguir o mundo. O que o povo em geral deseja é seguir a idolatria, e se um líder não se importa, o povo o seguirá mais facilmente que outro líder que deseje o bem do povo. Sempre foi assim e ainda é assim em nossos dias. O povo quer viver conforme o mundo, e se líderes liberais permitirem, facilmente a realidade será contrária ao que DEUS deseja. E a igreja se torna fraca pela prostituição com o mundo. A igreja precisa de líderes decididos a serem fiéis a DEUS, e serem exemplos nesse sentido. Corre por aí que ministros também são humanos, portanto podem errar. É verdade, mas muitos erram demais e em aspectos ridículos. Por exemplo, assistir luta livre, já é demais. Necessitamos de homens e mulheres, como diz EGW, que se enquadrem no seguinte perfil: “A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, 57).
O povo, hoje, na igreja, não sabe o que é pecado e o que não é. Como no antigo Israel, não tem conhecimento para distinguir. É preciso que alguém leve o povo a estudar, a ler e buscar entendimento. Oseias disse que o povo ia perecendo por falta de conhecimento (Oseias 4:6). E essa é a nossa situação hoje. Quantos de nós estudam a Bíblia diariamente? Quantos estudam os livros de EGW? Quantos estudam as lições da Escola Sabatina? Quantos fazem cultos domésticos? Isso seria o mínimo.
Mas ter conhecimento sobre DEUS não é suficiente. Também devemos andar com Ele, como Enoque. É ter conhecimento sobre DEUS, e desenvolver conhecimento com DEUS, por meio da comunhão diária. É assim que seremos transformados. Satanás conhece sobre DEUS mais que todos os humanos juntos, mas vai se perdendo. Diferentes de satanás, nós devemos viver com Ele,todos os dias. Para isso, devemos fazer os cultos domésticos, como a igreja ensina. Isso é bom, traz felicidade e crescimento espiritual. Então utilizaremos o conhecimento para ensinar a outros. E assim nos fortaleceremos recebendo mais luz do alto, e nos tornaremos verdadeiras fortalezas espirituais.

6.      Aplicação do estudo  Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

“Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito. E naquele dia, diz o SENHOR, tu me chamarás: Meu marido; e não mais me chamarás: Meu senhor. E da sua boca tirarei os nomes dos Baalins, e não mais se lembrará desses nomes. E naquele dia farei por eles aliança com as feras do campo, e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e da terra quebrarei o arco, e a espada, e a guerra, e os farei deitar em segurança. E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias. E desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao SENHOR” (Oseias 2:14-20).

A experiência do profeta Oseias é uma amostra do que DEUS sofre por causa de Seu povo, ao longo de todos os tempos. DEUS não pode ser visto como um ser frio, sem sentimentos. Ele deve ser visto como no trecho de Oseias, acima, desejoso de que Seu povo, que hoje somos nós, voltemos a Ele. Quanta tristeza DEUS passa por nossa causa. A pergunta é: como se faz para ensinar o povo a viver como DEUS deseja? Alguém poderia explicar isso? Outra pergunta é: como faço eu para ver meus pontos fracos? Pode-se ver nos outros práticas flagrantemente em desacordo com a vontade de DEUS. Mas como fazer para ver tais coisas flagrantes em mim mesmo? Essas são duas questões que ainda clamam por respostas.

Hoje é tempo de pregar e de ensinar, dentro e fora da igreja. “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na Sua vinda e no Seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (II Timóteo 4:1-5).