A igreja a serviço da humanidade
Sábado
à tarde
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Ano
Bíblico: Rm 5–7
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VERSO PARA MEMORIZAR: “Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve;
para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus,
que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3:14, 15).
Pensamento-chave: “Devemos lembrar que a igreja, enfraquecida e defeituosa
como seja, é o único objeto na Terra a que Cristo concede Sua suprema
consideração” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 396).
Para
muitos, a igreja não é o que costumava ser. Algumas pessoas estão até falando
sobre “um cristianismo sem igreja”, um conceito contraditório. Outros protestam
contra a “religião organizada” (seria melhor a “religião desorganizada”?). A
Bíblia ensina, claramente, sobre a importância da igreja. Não é uma opção, é um
componente fundamental no plano da salvação. Não é de admirar que, à medida que
o grande conflito se desenrola, Satanás trabalhe de modo intenso contra ela,
especialmente porque a igreja é um meio importante pelo qual os pecadores são
colocados em contato com a oferta divina de salvação. A igreja, escreveu Paulo,
é a “casa de Deus”, e a “coluna e baluarte da verdade” (1Tm
3:15). A igreja não é uma invenção humana, ela foi criada por Deus, com o
propósito de trazer os pecadores errantes a um salvífico relacionamento com Ele.
Domingo
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Ano
Bíblico: Rm 8–10
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A
natureza da igreja: parte 1
Quando
falamos sobre a natureza de algo, estamos geralmente interessados em sua
origem, função e propósito. Além de prover várias imagens para descrever a
igreja, a Bíblia usa uma palavra específica em referência a ela, ecclesia, que
significa “chamados” ou “convocados”. Na vida grega secular, essa palavra era
usada principalmente para descrever um grupo de cidadãos que tinham sido
chamados de suas casas para um lugar público, para uma assembleia ou reunião. O
Novo Testamento usa essa palavra nesse sentido geral.
Na tradução grega do Antigo Testamento (Septuaginta), a “congregação” de Israel, especialmente quando reunida diante do Senhor para fins religiosos, é chamada de ecclesia.
Os judeus foram “chamados” para ser o povo especial de Deus, e os primeiros cristãos podem ter usado essa palavra para identificar judeus e gentios que, como recebedores da graça de Deus, haviam sido chamados para ser testemunhas de Cristo. No Novo Testamento, igreja descreve o grupo dos fiéis em todo o mundo. É importante notar que a palavra ecclesia nunca é usada em referência a um edifício em que o culto público é conduzido. Igualmente significativo é que, embora a palavra “sinagoga” originalmente indicasse uma assembleia de pessoas reunidas para uma finalidade específica, os cristãos preferiam usar a palavra ecclesia. No entanto, ambas as palavras indicam que a igreja do Novo Testamento estava em continuidade histórica com a igreja do Antigo Testamento, a “congregação” de Israel (At 7:38).
1. Em termos gerais, a palavra ecclesia indica um
grupo de pessoas chamadas por meio da iniciativa de Deus. Como isso explica o
uso que Paulo fez dessa palavra em três diferentes níveis: (1) a igreja nos
lares (Rm
16:5; 1Co
16:19), (2) a igreja em cidades específicas (1Co
1:2; Gl
1:2), e (3) a igreja em áreas geográficas mais extensas (At
9:31)?
Ecclesia
descreve qualquer grupo de pessoas reunidas que compartilham de um
relacionamento de salvação com Cristo. Isso significa que as congregações não
são apenas uma parte de toda a igreja, mas cada unidade representa o todo.
A igreja é uma só em todo o mundo, mas ao mesmo tempo está presente em cada congregação.
Pense em
sua igreja, que representa a igreja mundial. Que tipos de responsabilidades
isso coloca sobre você, como parte do corpo da igreja, e sobre a própria igreja
local?
Segunda
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Ano
Bíblico: Rm 11–13
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A natureza da igreja: parte 2
Além da
palavra ecclesia, o Novo Testamento descreve a igreja por meio de várias
imagens, que aprofundam a explicação sobre sua natureza e função. Hoje
examinaremos apenas dois conceitos fundamentais: a igreja como povo de Deus e a
igreja como corpo de Cristo.
2. Na Bíblia, o conceito de “povo de Deus” é
aplicado aos filhos de Israel (Dt
14:2). Em 1
Pedro 2:9, o conceito é claramente aplicado aos cristãos. O que isso
significa para nós?
Observe
que, mesmo quando o conceito é aplicado aos cristãos, ele ainda é usado para
descrever a nação de Israel (Lc
1:68; Rm
11:1, 2). Evidentemente, o Novo Testamento aplica o conceito à igreja de
uma forma que sugere continuidade e consumação (Gl
3:29.)
3. Em Romanos
12:5, 1
Coríntios 12:27 e Efésios
1:22, 23, a igreja é descrita como o corpo de Cristo. Como esses textos nos
ajudam a entender melhor a natureza e a função da igreja?
Inúmeras
ideias podem ser encontradas nesses textos. Talvez a mais óbvia seja a unidade
(veja a lição de quarta-feira) que deve ser vista na igreja. Essa é uma ideia
expressa em outras partes do Novo Testamento, especialmente em 1
Coríntios 12, onde Paulo escreveu: “Assim como o corpo é um e tem muitos
membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também
com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um
corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres.
E a
todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o corpo não é um só
membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem
por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não
sou do corpo; nem por isso deixa de o ser. Se todo o corpo fosse olho, onde
estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o olfato?” (1Co
12:12-17).
Algumas
pessoas sofrem do que são conhecidas como doenças autoimunes: seu próprio
sistema imunológico, que deveria proteger o corpo, o ataca. Pense nas
implicações dessa analogia para a igreja como o “corpo de Cristo”.
Terça
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Ano
Bíblico: Rm 14–16
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A missão
da igreja
A
igreja, como “corpo de Cristo” deve fazer o que Cristo faria se ainda estivesse
corporalmente na Terra. É por essa razão que a igreja, como uma “assembleia”,
tem sido chamada para agir. A igreja não tem simplesmente uma missão. A igreja
é missão.
Missão
envolve enviar pessoas para falar em nome de Deus. Foi o que Deus fez com os
profetas de Israel (Jr
7:25) e com os apóstolos (Lc
9:1, 2; 10:1, 9).
Jesus enviou Seus discípulos assim como o Pai O havia enviado (Jo
20:21). A igreja de hoje não pode fazer menos e permanecer fiel à sua
vocação.
Claramente,
o evangelismo é fundamental para a missão da igreja. Ela também existe para a
edificação dos crentes, para a promoção da verdadeira adoração e para se
engajar em questões de interesse social.
Embora a igreja enfrente muitos desafios, um dos mais difíceis é manter um equilíbrio adequado na sua compreensão da missão. Por um lado, seria muito fácil ficar envolvida com a reforma social e com o trabalho para melhorar a sociedade e remediar suas mazelas. Embora esse trabalho seja importante, jamais se deve permitir que ele anule a principal missão da igreja: alcançar os perdidos para Jesus e preparar pessoas para Sua volta. Ao mesmo tempo, também precisamos evitar o extremo de viver como se todas as manchetes de jornal sinalizassem o fim do mundo e, por isso, negligenciar as tarefas básicas da vida diária. Precisamos de sabedoria divina a fim de saber como encontrar o equilíbrio.
Você
está envolvido com a missão da igreja? Você poderia fazer mais do que está
fazendo? Por que é importante para seu crescimento espiritual estar envolvido
com o chamado da Igreja?
Quarta
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Ano
Bíblico: 1Co 1–4
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Unidade da igreja
A
igreja, retratada como os “chamados” por Deus, o “povo de Deus”, o “corpo de
Cristo” e o “santuário do Espírito Santo”, está preparada para o serviço ou
missão. A unidade é essencial para a igreja porque, sem isso ela não pode
cumprir com sucesso sua missão. Não é de admirar que a questão da unidade
estivesse na mente de Cristo perto do fim de Sua vida terrena (Jo
17:21, 22).
6. Jesus orou pela unidade da igreja (Jo
17:21, 22); Paulo exortou os crentes sobre isso (Rm
15:5, 6). De acordo com esses textos, como devemos entender a unidade?
A
unidade pela qual Cristo orou e que Paulo exortou os crentes a alcançar,
claramente envolvia uma união de sentimento, pensamento, ação e muito mais. Não
é uma harmonia conseguida por meio de “engenharia” social, administração diplomática
ou estratégia política. É um dom concedido aos crentes quando Cristo habita no
coração (Jo
17:22, 23) e mantido pelo poder de Deus, o Pai (Jo
17:11).
Não há
dúvida de que todos nós somos diferentes e temos opiniões diferentes sobre
muitas coisas, opiniões que podem, às vezes, dificultar a unidade. Embora
tensões e pressões sejam inevitáveis em todos os níveis da igreja, precisamos
manter uma atitude de humildade, abnegação, e desejar um bem maior do que nós
mesmos. Muitas das divisões que surgem são devidas ao egoísmo, orgulho e ao
desejo de exaltar a si mesmo e as próprias opiniões acima das dos outros.
Nenhum de nós está certo em tudo, nenhum de nós entende todas as coisas
perfeitamente. Sejam quais forem as diferenças inevitáveis que surgirem, se
todos tomarmos diariamente nossa cruz, morrermos diariamente para o eu e
buscarmos diariamente não apenas nosso próprio bem, mas o bem dos outros e o
bem da igreja como um todo, desaparecerão muitos dos problemas com os quais
lutamos e que dificultam a obra.
Em
resumo, a unidade começa com cada um de nós, individualmente, como seguidores
de Cristo, não apenas no nome, mas em uma vida de verdadeira abnegação,
dedicada a uma causa e a um bem maior que nós mesmos.
Quinta
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Ano
Bíblico: 1Co 5–7
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Administração
da igreja
Administrar
significa fazer com que as coisas aconteçam. Isso é verdade em relação à vida
social em geral e é também verdade acerca da vida da igreja. Administrar também
envolve organização, o que significa organizar as coisas para que funcionem em
total harmonia com as normas, regulamentos e estruturas destinadas a facilitar
nossa tarefa. A autoridade é também decisiva para a administração. Na prática,
quem tem autoridade para autorizar as coisas e quem pode ser autorizado a fazer
as coisas? Respostas diferentes a essas questões levaram a diferentes formas de
administração da igreja.
Os adventistas do sétimo dia têm um sistema representativo de administração da igreja. Idealmente, a liderança atua apenas como representante, recebendo autoridade e responsabilidades delegadas pelos membros. Não é suficiente apenas mostrar que um sistema de administração da igreja está fundamentado nas Escrituras; o exercício da autoridade dentro do sistema deve demonstrar sensibilidade aos valores bíblicos.
8. Leia Atos
15:1-29. Que princípios importantes estão envolvidos na organização e
administração da igreja?
Podemos
aprender muitas coisas com esses versos sobre administração da igreja, mas um
ponto deve estar claro: a organização da igreja precisa estar centralizada na
promoção da pregação do evangelho. Biblicamente, a administração da igreja é
tão boa quanto sua promoção da missão e evangelismo.
Precisamos lembrar, também, que embora Cristo exerça Sua autoridade por meio de Sua igreja e seus oficiais nomeados, Ele nunca entregou Seu poder a eles. Ele mantém a liderança da igreja (Ef 1:22). A igreja primitiva estava consciente do fato de que não podia exercer nenhuma autoridade independentemente de Cristo e Sua palavra. Em Atos 15:28, foi importante para a assembleia que sua decisão tivesse parecido boa “ao Espírito Santo”, o verdadeiro representante de Cristo. Os líderes da igreja hoje não podem agir de forma diferente.
9. Quais são as orientações de Cristo sobre o
exercício da autoridade na igreja, em todos os níveis? Mt
20:24-28; 23:8
Você
está disposto a servir aos outros? Pense profundamente sobre seus motivos em
relação ao que você faz na igreja, independentemente de sua posição. Você
gostaria de que seus motivos estivessem em maior harmonia com os princípios
revelados na Palavra?
Sexta
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Ano
Bíblico: 1Co 8–10
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Estudo
adicional
Leia de
Raoul Dederen: “The Church” [A Igreja], p. 538-581, em Raoul Dederen (editor),
Handbook of Seventh-day Adventist Theology [Tratado de Teologia Adventista do
Sétimo Dia]; e de Ellen G. White: Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 361-364: “Não Terás Outros Deuses
Diante de Mim”; Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 455-467: “A Igreja, a
Luz do Mundo”.
“Se um homem confia em seus próprios poderes e procura ter domínio sobre seus irmãos, achando que foi investido de autoridade para fazer de sua vontade o poder dominante, o melhor e único rumo seguro é removê-lo, para que não haja mal maior e para evitar que ele se perca e ponha em perigo a salvação de outros. ... A disposição de mandar sobre a herança de Deus causará reação, a menos que esses homens mudem de atitude. ... A posição de um homem não o torna um jota nem um til maior à vista de Deus; é só o caráter que Deus toma em consideração” (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 362).
Perguntas para reflexão
1. O que você diria a alguém que, acreditando que a igreja é corrupta, decidisse se afastar do corpo e continuar sozinho?
2. Nossa igreja afirma a noção do que tem sido chamado de “sacerdócio de todos os crentes”. O que essa ideia inclui? Que responsabilidades ela nos traz?
3.
Pergunte aos alunos quais são algumas das ameaças potenciais à nossa unidade.
Quais questões causaram divisão na igreja no passado? O que podemos aprender
com o passado que pode ajudar a prevenir coisas semelhantes no futuro?
Respostas sugestivas: 1. (1) a igreja foi chamada para ser separada da sociedade
em geral e reunida nos lares, o ambiente disponível naquele contexto; (2) todas
as casas e congregações em uma cidade ou região representavam uma só igreja,
chamada por Deus; (3) a igreja foi chamada por Deus para crescer como uma única
família, nas casas, cidades, regiões e no mundo. 2. Deus nos escolheu para ser
sacerdócio real, nação santa, Seu povo especial, e para proclamar as virtudes
dAquele que nos chamou das trevas para a luz. 3. Somos muitos, mas fazemos
parte do corpo de Cristo; dependemos uns dos outros; cada um tem uma parte a
fazer, para o benefício do corpo; Cristo é a cabeça desse corpo; quando Cristo
está presente no corpo, a igreja experimenta a plenitude. 4. Orientou a igreja
a fazer discípulos em todas as nações; para isso, é preciso ir, ensinar e
batizar as pessoas; enquanto fazemos essa obra, Ele está conosco. 5. A missão é
edificar o corpo de Cristo; promover a unidade da fé e do conhecimento do Filho
de Deus; elevar o ser humano à semelhança de Cristo; resgatar os perdidos;
pregar o evangelho; curar os doentes; ressuscitar os mortos; expulsar demônios;
visitar órfãos e viúvas; manter a pureza; louvar a graça salvadora de Deus; 6.
Devemos ter unidade semelhante à de Cristo com o Pai; para isso, cada qual
precisa estar unido a Cristo; a unidade é produzida pela paciência e consolação
divinas, e glorifica o Senhor. 7. Dando lugar à gratidão ao nome de Jesus. Em
respeito a esse nome, falaremos a mesma coisa, teremos a mesma disposição
mental, o mesmo parecer, aperfeiçoaremos e consolaremos uns aos outros e
viveremos em paz. 8. Os problemas maiores devem ser levados às instâncias
superiores da liderança; todos devem ser ouvidos; os líderes precisam ser
apoiados por outros líderes, ao defenderem suas convicções; as decisões devem
estar fundamentadas na Palavra. 9. Devemos ter a grandeza de servir às pessoas,
deixando de lado o desejo de supremacia; devemos ter atitude de escravos e não
de superiores; foi isso que Cristo fez; diante do Mestre somos todos iguais.
Resumo da lição 8 – A igreja a
serviço da humanidade
O aluno deverá:
Conhecer: A finalidade e função para a qual a igreja foi designada,
entendendo que Cristo é seu fundamento e cabeça.
Sentir: A importância da unidade entre mente e coração, bem como a diversidade que traz força à família da igreja.
Fazer: Viver os princípios da liderança servidora.
Esboço do aprendizado
I. Conhecer: Chamados à missão
A. Quem é o cabeça da igreja? Que diferença isso faz quando se leva em conta as críticas ao corpo da igreja e seu governo?
B. Como Cristo exemplificou o estilo de liderança e missão que Ele chama a igreja a oferecer?
C. Que funções a igreja cumpre, e como o governo da igreja deve executar essas funções?
II. Sentir: Chamados à unidade
A. Cristo salientava constantemente a unidade entre o Pai e Ele mesmo. Por que é tão importante que Sua igreja promova e experimente a unidade com Deus e de uns com os outros?
B. Como as muitas partes da igreja devem apoiar e fortalecer umas às outras?
III. Fazer: Chamados para o serviço
A. Como os membros da igreja devem seguir o exemplo de liderança servidora de Cristo?
B. Que atos diários de serviço os seguidores de Cristo podem realizar?
Resumo: Cristo é o Cabeça da igreja e serve como o melhor exemplo
de missão, unidade e serviço por meio de Sua vida abnegada neste mundo. Sua
vida foi de perfeita unidade com o Pai, culminando com Sua morte expiatória na
cruz. O que Ele fez oferece salvação aos perdidos e vida vitoriosa a Seus
discípulos.
Ciclo do
aprendizado
MOTIVAÇÃO
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Tornar-se membro da igreja significa envolvimento
individual e corporativo. Portanto, a missão da igreja em buscar os perdidos e
fazer discípulos permanece e é aplicável tanto à missão do membro individual
quanto da igreja mundial.
Só para o professor: A lição desta semana examina a igreja sob os pontos de
vista de sua natureza, missão, unidade e governo, dando-nos assim uma visão
muito clara de sua tarefa de fazer discípulos.
Nesta primeira seção, queremos ligar o conceito global de igreja à experiência real do membro da igreja. Primeiramente, vamos rever a condição singular da Igreja Adventista do Sétimo Dia e seus desafios e, depois, vamos investigar um pouco mais profundamente o que significa pertencer ativamente.
Discussão de abertura: O movimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia de hoje é
algo estimulante. Estamos passando pelo influxo de muitos novos membros em
muitos países. Estamos assistindo a muitos eventos dos últimos dias que ocorrem
diante dos nossos olhos, nos dando evidências de que estamos agora nos
aproximando do momento tão esperado da segunda vinda de Jesus. O advento está
ao nosso alcance, e muitos de nós estamos recordando as profecias bíblicas, bem
como dos escritos do Espírito de Profecia.
A natureza global da Igreja Adventista do Sétimo Dia cria também um belo mosaico de diversidade. Embora a denominação tenha bem mais de um século de idade, seus novos membros trazem nova vida e mantêm ativo o senso de missão.
A comunidade da igreja é composta de pessoas com livre-arbítrio, que vivem suas opções espirituais individual e coletivamente. Para complicar essa diversidade, certas circunstâncias e regiões geográficas evidenciam que, talvez, a influência da cultura atual e os cuidados e ocupações da vida resultaram em um estudo regular da Bíblia abaixo do que se poderia esperar.
Outro desafio para a igreja é a conservação dos membros, tanto em áreas de crescimento rápido como em se tratando de jovens e adultos jovens nos locais mais estabelecidos.
Como, então, vamos continuar a crescer espiritualmente a partir do ponto de vista do indivíduo e da igreja coletiva?
É hora de refletir mais profundamente sobre as relações que partilhamos uns com os outros dentro da estrutura da igreja local. Esses relacionamentos são a chave para o papel da igreja e sua missão.
Atividade: Faça as seguintes perguntas:
1. Em uma frase ou duas, responda: Como você se tornou seguidor de Cristo e membro da igreja?
2. Quem desempenhou um papel fundamental em sua contínua participação ativa na vida da igreja? Como eles influenciaram seu crescimento espiritual e sua caminhada com Cristo?
Comentário
Bíblico
Compreensão
I. Equipando a igreja
O
contexto histórico nos diz que o livro de Efésios é o que chamamos de
"epístola da prisão". Considera-se que foi escrito por Paulo enquanto
ele estava preso. Efésios evidencia que Paulo refletiu muito seriamente sobre
essa nova entidade, a igreja nascente. Nesta epístola, ele se refere à igreja
como o corpo de Cristo, o templo do Espírito Santo e a noiva de Cristo. Nossa
passagem fala, no capítulo 4, sobre a unidade e o propósito da igreja.
Observe os dons dados à igreja, conforme descritos no versículo 11: "E Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres” (NVI).
É muito importante considerar por que Jesus Cristo dá esses dons aos membros individuais que compõem a igreja. Paulo expõe três razões:
Primeira:
(leia v. 12, 13): "Com o fim de preparar os santos para a obra do
ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos
a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade,
atingindo a medida da plenitude de Cristo" (NVI).
Segunda: Paulo trata do processo real de crescimento espiritual. Note os versos 14-16: "O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. DEle todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função" (NVI).
Por último, Paulo se concentra em como os membros da igreja devem agir em conjunto. Observe o versículo 16: "DEle todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função" (NVI).
Essa passagem estabelece o padrão de Paulo, tanto para o membro individual como para a estrutura da igreja corporativa. Refere-se tanto ao processo de crescimento espiritual individual como à missão corporativa da Igreja.
Então, vamos analisar os três propósitos para os dons que Jesus dá à igreja. Primeiramente, equipar é preparar as pessoas para o serviço. Em segundo lugar, alimentar o crescimento espiritual e conhecimento é evitar ser enganados espiritualmente. Finalmente, é para a edificação da igreja.
Esses três objetivos implicam um objetivo tríplice, encontrado no versículo 13: unidade de fé, conhecimento do Filho de Deus e maturidade em Cristo.
A metáfora final de Paulo sobre o corpo abrange brilhantemente sua visão para a Igreja: unidade, maturidade e harmonia. O corpo está unido por ligamentos; dessa forma, está bem construído, trabalhando em harmonia, para promover o crescimento alimentado pelo amor.
Pense nisto: Que metáforas Paulo usa para descrever a igreja? Que
qualidades espirituais essas imagens sugerem sobre a igreja e a relação íntima
que Cristo quer ter conosco?
Para que
finalidade os dons espirituais são dados à igreja? Que metáfora ou imagem
textual Paulo usa para explicar como a igreja deve trabalhar em conjunto como
um todo? Como essa ilustração é usada para englobar a visão de Paulo para a
igreja?
Aplicação
Só para o professor: Esta seção tem é destinada a conectar os objetivos da
estrutura da igreja, descritos na seção anterior, com a aplicação prática à
experiência espiritual da vida do membro da igreja. Como visão geral para a
seguinte reflexão sobre o discipulado, leia com a classe Mateus
28:19, 20.
"Como
nos relacionar uns com os outros e com a estrutura da igreja em geral a fim de
ter a experiência individual e corporativa da igreja que o apóstolo Paulo
define e descreve em Efésios?" Essa pergunta está no cerne do discipulado.
Em Mateus 28:19, vemos as palavras iniciais: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações". Como se fazem discípulos? Os Evangelhos retratam o modelo e método de discipulado, mostrando como Jesus discipulou os 12 homens que escolheu para continuar Seu ministério quando voltasse para o Pai.
O modelo e método que Jesus usou para discipulado não utilizava um currículo ou um programa, mas sim, era um investimento vida a vida de tempo e de relacionamento dentro de uma experiência vivida no processo de discipulado.
A experiência também era fundamental na forma de Jesus instruir Seus discípulos e lhes dar poder para o futuro ministério. Quando compartilhava Sua vida cotidiana de ensino, pregação e cura, essas definições se tornavam verdadeiras aulas práticas para Seus discípulos. Quando Jesus compartilhava com os discípulos a experiência de relacionamento e ministério, ao mesmo tempo, eles estavam se tornando semelhantes a seu Mestre ao ser confrontados com o custo e o compromisso necessários para seguir Jesus.
O discipulado é fundamentalmente um processo relacional. Leroy Eims observa: "Não se pode produzir discípulos em massa. Não podemos deixar cair as pessoas em um 'programa' e ver surgir discípulos no final da linha de produção. Fazer discípulos requer tempo. É necessária atenção pessoal e individual" (The Lost Art of Disciple Making [A Arte Perdida de Fazer Discípulos], Grand Rapids, Michigan: Zondervan, 1978, p. 45, 46).
O método de Jesus de discipulado revela que é um grupo menor que provê o ambiente em que pode haver intercâmbio franco e aberto. Esse contexto faz com que seja possível obter resposta e observação individuais que provocam correção, inspiração e o desejo de se tornar semelhante ao modelo.
É pelo contato próximo, contato vida a vida, que a mudança começa a ocorrer na experiência de vida e compreensão espiritual de um discípulo. Esse processo de crescimento espiritual é chamado de transformação.
Implicações:
Em resposta ao desafio da retenção de membros, deve-se notar que os novos
membros da igreja que fazem parte do relacionamento de discipulado com pelo
menos outros dois membros provavelmente não haverão de deixar a igreja. Em vez
disso, eles experimentam encorajamento, sentem-se equipados e são desafiados a
reproduzir mais discípulos.
É hora de trazer o discipulado à vida diária dos membros da igreja, antigos e novos, partilhando relações intencionais em que sejam investidos tempo e experiência na vida de outros. É uma hora de cultivar juntos o discipulado. É tempo de amadurecer em Cristo. É tempo de se tornar parte da comissão. É tempo de a igreja a cumprir sua missão!
Perguntas indutivas:
1. Com base na passagem de Mateus, como Jesus encorajou, equipou e desafiou Seus discípulos?
2. Que podemos aprender de Seus métodos de discipulado para nossos próprios esforços de fazer discípulos?
Criatividade
Só para o professor: Forneça papel e caneta ou lápis a cada aluno para este
exercício, se possível. Como alternativa, para esta atividade, faça sem
material, mas peça que os alunos escolham alguém por quem orar e, em seguida,
divida a classe em pequenos grupos de dois ou três para orar por essa pessoa e
as pessoas escolhidas pelos outros em seu grupo de oração.
Atividade: Peça que os membros de sua classe anotem o nome de alguém
em sua igreja local por quem gostariam de orar e de continuar investindo tempo
e vida com ele. Eles podem estar dispostos a dar mais um passo, convidando essa
pessoa para uma amizade de discipulado.
Comentários
- Lição 8 – A igreja a serviço da humanidade
Felippe
Amorim - Professor de História, Ensino Básico Iaene e Graduando em Teologia,
Salt-Iaene, 2012
Otoniel
de Lima Ferreira - D.Min. Professor de Evangelismo e Crescimento de Igreja
Salt-Iaene
Introdução
Existem muitos modelos arquitetônicos de igrejas. Há igrejas de diferentes tamanhos e formatos. Certa vez, conheci uma igreja que funcionava em uma casa que havia sido um ponto de venda de drogas. Na África, muitas igrejas funcionam debaixo de árvores.
O que determina que um ambiente se torne uma igreja? Quem se reúne embaixo de uma árvore está em uma igreja? Como posso saber se um prédio é uma igreja ou não? O que é uma igreja?
A igreja
é necessária?
Deus
sempre teve um povo ao longo da história. Nos tempos do Antigo Testamento era o
povo de Israel. Quando Jesus veio à Terra, Sua igreja eram Seus discípulos. O
Apocalipse fala que Deus tem um povo remanescente nos momentos finais da
história do pecado.
No sermão da montanha (Mt 5-7), o Mestre fala de uma comunidade que teria as características dos Seus seguidores.
Embora tenha pronunciado apenas duas vezes a palavra ekklesia (igreja), Jesus fez muitas referências a ela. Existem muitos termos equivalentes nas palavras do Novo Testamento: rebanho, ramos da videira, etc.
Mateus mostra que Cristo tinha a clara intenção de constituir um povo Seu, uma igreja Sua: “Sobre esta pedra edificarei a Minha igreja [...]” (Mt 16:18).
Paulo também falou sobre a igreja de Cristo: “Escrevo-te estas coisas, embora esperando ir ver-te em breve, para que, no caso de eu tardar, saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade” (1Tm 3:14, 15).
“Os cristãos genuínos são testemunhas de Deus no que corresponde ao poder da graça divina e à sabedoria dos propósitos de Deus. Quando deixam de cooperar plenamente com o plano celestial para restaurar no homem a imagem de Deus, indevidamente se atrasa o dia da restauração desta Terra. A menos que o poder de Deus e Seus propósitos se cumpram na vida dos que se chamam Seus filhos, parecerão ser certas as acusações de Satanás (ver Jó 1:9; Patriarcas e Profetas, p. 22). Paulo insiste com os membros da igreja para que reflitam na vida os princípios da verdade que dizem que praticam” (Comentário Bíblico Adventista).
Paulo repetiu esse conceito em Gálatas 2:9: “Quando conheceram a graça que me fora dada, Tiago, Cefas e João, que pareciam ser as colunas, deram a mim e a Barnabé as destras de comunhão, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão”.
As palavras esteio ou baluarte são tradução do grego edráioma e poderiam ser traduzidas também como base, sustento, suporte oufundamento. “A igreja de pessoas redimidas, ocupadas ativamente no programa de restaurar no homem "a imagem de seu Autor" (Ellen G. White, Educação, 15), é uma das principais demonstrações da suprema eficácia da verdade. Não é suficiente um simples assentimento aos princípios da verdade; estes devem se refletir plenamente na vida” (Comentário Bíblico Adventista).
Origem
da palavra
Estudar
a origem da palavra igreja nos ajuda a entender um pouco
melhor esse assunto. “A palavra inglesa para igreja (church) e os termos
cognatos em outras línguas (Kirk em escocês; Kerk em
holandês; e Kirche em Alemão) derivam da palavra grega Kuriakos,
“aquilo que pertence ao Senhor”. Ela traduz geralmente a ekklesia do
Novo Testamento (EK [para fora] e KLESIS [chamar]), termo usado entre os gregos
para designar um grupo de cidadãos reunidos para discutir assuntos de Estado” (Tratado
de Teologia Adventista, p. 602).
Nesse caso, igreja seria um grupo de pessoas separadas do mundo. “Na terminologia cristã, ekklesia designava a “congregação” ou comunidade dos chamados por Deus para sair do mundo e ser Seu povo” (Tratado de Teologia Adventista, p. 602).
Resumindo, a igreja é um grupo de pessoas chamadas para sair do mundo e pertencer exclusivamente a Deus. Portanto, a existência ou não de uma igreja não depende de um prédio. Depende muito mais do propósito pelo qual as pessoas se reúnem em determinado lugar.
Imagens
bíblicas da igreja
A Bíblia
usa diversas metáforas para falar da igreja e cada uma delas nos mostra um
aspecto diferente dela.
Paulo fala da igreja como corpo de Cristo (1Co 12:27). Essa figura nos diz que a igreja deve funcionar de forma harmônica como um corpo. Cada membro exerce a função para a qual foi designado e dessa forma o conjunto funciona bem. Além disso, um corpo só pode ser identificado como tal se estiver unido e essa é também uma característica da igreja.
Outra metáfora bíblica para a igreja é noiva. Em Mateus 25 lemos uma parábola nesse sentido (Mt 25:1). Trata-se de uma cena de um casamento antigo, em que Jesus é representado pelo noivo e a igreja é representada pela noiva. Considerar a igreja como noiva exalta o aspecto do compromisso que deve haver entre a igreja e Jesus.
Encontramos ainda a metáfora da igreja como templo (Ef 2:20-21). O templo era o lugar em que as pessoas sacrificavam e encontravam a salvação por meio da simbologia da morte do cordeiro. Da mesma forma, é na igreja que se apresenta a morte de Cristo como suficiente para nos salvar de nossa condição de perdidos.
Povo de Deus é outra forma pela qual o Novo Testamento se refere à igreja (1Pe 2:9). Essa passagem demonstra o aspecto da exclusividade da igreja em sua relação com Cristo. Não deve haver relacionamento com outro deus no convívio da igreja.
Não devemos deixar de mencionar a igreja como pilar e alicerce da verdade (1Tm 3:15). Este aspecto já foi abordado anteriormente.
A missão
da igreja
Ao longo
das Escrituras podemos perceber Deus enviando pessoas para missões especiais.
Sem dúvida, o maior dos enviados de Deus foi Seu próprio Filho Jesus Cristo (Gl
4:4). Jesus, por Sua vez enviou os doze (Lc 9:1, 2). Cristo também estendeu a
ordem a todos os Seus seguidores de todos os tempos (Mt 28:19, 20).
O Senhor começa com uma palavra simples e profunda: “Ide”. Essa nos dá ideia de movimento. A igreja que estiver estagnada espiritualmente não poderá cumprir a missão. É necessário sair da zona de conforto, deixar o banco da igreja “esfriar” um pouco e partir para o campo de trabalho.
“Quando Abraão foi chamado para se tornar semeador da semente da verdade, foi-lhe ordenado: "Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei" (Gn 12:1). [...] Assim, todos os que são chamados para se unirem a Cristo precisam deixar tudo para segui-Lo. Antigas relações precisam ser cortadas, planos de vida abandonados, esperanças terrenas renunciadas. Com trabalho e lágrimas, na solidão e por sacrifício, a semente deve ser lançada” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 37).
Alguém disse: “A igreja está obesa”. A pessoa estava se referindo ao fato de que muitos cristãos vivem apenas de “consumir” sermões e não fazer nada em favor da obra de Deus. Para não fugir da metáfora, obesidade é causada, entre outras coisas, por falta de atividade física, ou seja, a igreja está “obesa” porque se alimenta, mas fica parada. O pior é que obesidade pode fazer adoecer e até levar à morte. Precisamos de exercícios espirituais com urgência!
O segundo passo da estratégia é: “Fazei discípulos”. Discípulo é aquele que segue o Mestre. Nosso primeiro objetivo em relação àqueles que não conhecem a Cristo é torná-los seguidores dEle. Devemos motivá-los a isso. O apóstolo Paulo nos indica o caminho para influenciar pessoas. “O amor de Cristo nos constrange” (2Co 5:14). O caminho é fazer as pessoas entenderem o imenso amor de Jesus e a dádiva da Salvação. Então, elas O seguirão. A primeira lição é a da justificação pela fé na graça de Deus.
O discípulo não conhece tudo de seu Mestre nos primeiros contatos, mas, entende que deve segui-Lo irrestritamente. Os ensinamentos básicos devem ser passados para o novo converso e o restante ele aprenderá com o tempo: “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4:18).
O próximo passo será é o batismo “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Não é necessário que a pessoa tenha “todo o conhecimento” da Bíblia para dar o passo do batismo. Entre outras, a doutrina da salvação deve ser ensinada, pois do bom entendimento dela deriva uma vida cristã vitoriosa. Quando entendemos o que Deus fez por nós, ficamos tão gratos que desejamos retribuir com obediência irrestrita. As evidências do preparo de uma pessoa para o batismo são: conhecimento da vontade do Mestre e disposição para segui-Lo na prática dessa vontade. Assim, a pessoa aceitará as outras doutrinas bíblicas.
É importante que se conheça as exigências da vida cristã antes do batismo, para que se possa avaliar criteriosamente a decisão que alguém tomará. Porém, o texto bíblico nos sugere que depois do batismo a pessoa crescerá no conhecimento e na prática das doutrinas e normas cristãs. Mesmo após três anos de aulas com Jesus, Seus discípulos ainda não compreendiam bem a cruz e a natureza do reino de Deus. Por que deveríamos exigir um conhecimento perfeito dos que são apenas embriões espirituais? A consolidação do conhecimento virá no decorrer da vida cristã.
O passo seguinte é ensinar “a guardar todas as coisas” ordenadas por Jesus. Após o batismo, a pessoa precisa continuar sendo instruída na Palavra de Deus. Até que aprenda “todas as coisas”. Isso envolve todas as doutrinas bíblicas, como reforma de saúde, regras de vestuário, liturgia e a tarefa de ir.
“[...] De século em século, através de sucessivas gerações, as puras doutrinas do Céu têm sido desdobradas dentro de seus limites. Fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre que Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça, na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações” (Atos dos Apóstolos, p. 12)
“A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que, por meio de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. [...] A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo; e pela igreja será, a seu tempo, manifesta, mesmo aos "principados e potestades nos Céus" (Ef 3:10), a final e ampla demonstração do amor de Deus” (Atos dos Apóstolos, p. 9)
“A igreja de Deus é o recinto de vida santa, plena de variados dons e dotada com o Espírito Santo. Os membros devem encontrar sua felicidade na felicidade daqueles a quem ajudam e abençoam” (Atos dos Apóstolos, p. 12)
“Maravilhosa é a obra que o Senhor Se propõe realizar por intermédio de Sua igreja, a fim de que Seu nome seja glorificado” (Atos dos Apóstolos, p. 13)
Jesus espera que a igreja entenda a importância de se manter unida. Ele mesmo pediu isso ao Pai em Sua oração sacerdotal (Jo 17:21, 23).
Mantendo-se unida e fiel aos ensinamentos de Cristo, a igreja poderá alcançar seu triunfo final quando Jesus retornar à Terra para buscar os Seus fiéis e levá-los às mansões celestiais.