segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ES – Lição 6 - Vitória sobre as forças do mal – 4º Trim, 2012





NOVO TEMPO - Lições da Bíblia










Lição 6 de 3 a 10 de novembro

Vitória sobre as forças do mal




Sábado à tarde
Ano Bíblico: Jo 14, 15

VERSO PARA MEMORIZAR: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio dAquele que nos amou” (Rm 8:37).


Pensamento-chave: Em Cristo, temos a vitória sobre todas as forças que nos oprimem.

Em algumas partes do mundo, a religião é basicamente uma fonte de poder, que pode ser visto como nada mais além de uma forma de ajudar alguém a enfrentar os desafios da vida diária. A noção cristã de salvação do pecado, por exemplo, é estranha para muitas religiões tradicionais. Nesses lugares, o cristianismo corre o risco de ser visto principalmente como um meio de ajudar a resolver os problemas da vida cotidiana.

Embora haja, naturalmente, muitas vantagens práticas em um estilo de vida cristão, devemos sempre lembrar que o cristianismo tem uma perspectiva “espiritual”. O cristianismo percebe outra dimensão da realidade, além do mundo material. Ambos os domínios são importantes, e são habitados por forças opostas. Devemos ser muito gratos pelas promessas de vitória para nós em ambos os reinos.

Lembremos que a narrativa abrangente do grande conflito entre Cristo e Satanás precisa ser o pano de fundo para nossa compreensão do mundo e do nosso lugar nele. Em meio a esse conflito, o cristianismo não abandona seus adeptos à mercê das forças contrárias. Pelo contrário, em Cristo, temos a promessa da vitória sobre essas forças.

Domingo
Ano Bíblico: Jo 16–18

Um cenário para nossa vitória

O cristão não teria esperança de vitória sobre as forças do mal, a menos que fosse preparado um cenário para isso. No estudo da semana passada ficou claro que Cristo, por Sua morte na cruz e ressurreição, venceu todos os tipos de “poderes” malignos e impiedosos. Num sentido muito real, a exposição e o despojamento desses poderes colocaram um limite para eles. O fato de que os “poderes” foram subjugados prepara o cenário para a vitória do cristão.

1. Estude Efésios 1:18-22. Paulo ora pela iluminação dos olhos dos cristãos de Éfeso. De acordo com Paulo, o que Cristo realizou por nós? Como podemos entender essas palavras no contexto do grande conflito? O que nos é prometido ali? Como trazer para a realidade essas promessas?

Paulo orou para que uma nova e profunda iluminação acompanhasse o cristão. Quando isso acontece, sua vida é preenchida com a esperança cristã. O cristão conhecerá seus privilégios como herdeiro de Deus, e experimentará o poder de Deus, tão grande quanto o poder que ressuscitou Jesus.

2. Quais promessas podemos suplicar em nossas lutas contra forças superiores a nós? Ef 1:20-22

Como consequência da crucificação e ressurreição de Cristo, todas as coisas, incluindo os principados e potestades, funcionam em sujeição a Ele. O palco está verdadeiramente preparado para nossas vitórias individuais sobre tudo que nos oprime espiritualmente.

Leia os versos para hoje. O que você pode tirar deles para sua vida, sejam quais forem as lutas que enfrenta? Pense no que é dito ali e o que nos é prometido em Cristo. Como isso pode deixar de ser mera teologia e se tornar realidade para nós?

Segunda
Ano Bíblico: Jo 19–21

Esperança de vitória

Não é apenas o cenário que está pronto para a vitória do cristão sobre as forças do mal: a Bíblia explicitamente nos dá a esperança de vitória sobre elas.

3. Que razões Paulo apresenta para que o cristão olhe confiantemente o futuro? Que promessas e palavras de encorajamento ele menciona? Como podemos levá-las além da teologia, além de algo que parece bom, e viver de acordo com esses ensinamentos da Palavra de Deus? Rm 8:26-39

Romanos 8:29, 30 tem sido um campo de batalha para as discussões sobre predestinação. Mas a passagem realmente ocorre no contexto de uma grande promessa. Paulo dá pelo menos duas razões sólidas para que o cristão confie no Senhor. Em primeiro lugar, o Espírito nos ajuda em nossas aflições e “gemidos”. Em segundo lugar, de acordo com o propósito eterno de Deus, todas as coisas, incluindo as aflições, contribuem para o bem-estar final do cristão (não importando a dificuldade humana para perceber isso no momento). Confiar no Senhor nas dificuldades é, de fato, um componente essencial do que significa viver pela fé e não pela vista.

Os versos 29, 30 são a forma pela qual Paulo justifica a confiança expressa no verso 28. Nesses versos, ele mostra como é desenvolvido o propósito de Deus para aqueles que O amam, um propósito que inclui todos os processos da salvação.

4. Qual é o clímax do argumento de Paulo para impulsionar a confiança do cristão? Rm 8:31-34 (Considere especialmente overso 31. No contexto do grande conflito, que lição podemos tirar desse verso para nossa experiência?)

Romanos 8:35-39 apresenta uma série de entidades sobre as quais o cristão pode ser vitorioso. Observe que os “principados e potestades” estão incluídos na lista. A total abrangência da lista de Paulo indica que não há nada no Universo que o cristão não possa vencer graças a Jesus.

Terça
Ano Bíblico: At 1–3

Cristãos versus Satanás

5. Que promessa é dada a quem resiste ao diabo? Como podemos resistir a uma força muito mais poderosa do que nós?Tg 4:7; Dt 4:4

O cristão não é uma vítima indefesa, à mercê do diabo (você percebe aqui, também, por que é tão importante compreender a realidade literal de Satanás e dos anjos caídos?). Mas o cristão não é chamado tanto a se levantar em oposição ao diabo quanto a tomar uma posição contra ele. A palavra traduzida como “resisti” é o termo grego anthistemi, que significa “tomar uma posição contra algo”. A atitude que o cristão toma faz com que o diabo fuja. Essa atitude tem que ser de entrega total a Jesus, o único que tem o poder de fazer com que o diabo fuja de nós.

6. Que promessa é dada ao cristão diante de um inimigo descrito como um “leão que ruge procurando alguém para devorar”? Como podemos entender o texto de Tiago? 1Pe 5:6-10; Ef 4:27; 6:11

Pedro escreveu essas palavras para admoestar cristãos que estavam sofrendo perseguição. Obviamente, ele sabia que por trás da perseguição que seus leitores estavam sofrendo estava o inimigo, Satanás. O apóstolo os admoestou a resistir ao diabo. Ali Pedro usa a palavra anthistemi, assim como Tiago, mas acrescenta o modificador stereoi (forte ou firmemente). Assim, ele sugere que o diabo pode fugir daqueles que apresentam uma atitude firme, semelhante a uma rocha, contra seus ataques. Uma atitude covarde não será suficiente. De acordo com Pedro, mesmo que sejamos firmes, o sofrimento ainda pode durar algum tempo. Mas o próprio Deus irá aperfeiçoar (restaurar), firmar, fortificar e fundamentar o cristão (1Pe 5:10).

Mesmo com todas essas promessas, não foi prometido que estaremos livres do sofrimento, não é verdade? Qual cristão não conhece a realidade do sofrimento? Que diferença fundamental deve fazer a fé em meio às tristezas e dor?

Quarta
Ano Bíblico: At 4–6

Exemplos de vitória

Até aqui, temos visto reveladas na Bíblia a esperança e as promessas da vitória que o cristão pode ter. Além disso, também temos registrados exemplos reais de vitórias cristãs sobre as forças do mal. Começamos com o exemplo do ministério dos primeiros discípulos que Jesus enviou.

7. Qual foi a tarefa dada aos discípulos? Qual é a relação entre essa obra e o grande conflito? O que isso diz aos discípulos modernos, chamados a pregar sobre Jesus? Mt 10:1-8; Mc 6:7, 12, 13; Lc 9:1, 2; Lc 10:1-20

É interessante notar que, assim como Jesus enviou os doze discípulos para proclamar o evangelho da vinda do reino de Deus, Ele considerou importante dar a eles poder sobre demônios e espíritos imundos. Isso não é surpreendente, porque a adequada pregação do evangelho envolve necessariamente a exposição de tais poderes. A manifestação desses “poderes” devia ser esperada quando o evangelho fosse proclamado. Por isso, a necessidade de dar aos discípulos poder sobre eles. Certamente, as forças do mal se manifestaram quando os doze pregaram por toda parte; porém, muitos demônios e forças do mal foram expulsos.

Tanto quanto podemos ver pelos registros, Jesus não incumbiu, em termos específicos, os 70 discípulos de expulsar demônios (Lc 10:9). No entanto, esse foi o aspecto da missão que mais parece ter animado os discípulos (Lc 10:17). Com alegria os 70 relataram que, enquanto pregavam o evangelho do reino, os demônios se submetiam a eles. Assim, entenderam que o poder de Jesus, operando por meio deles, havia tornado possível essa vitória sobre o inimigo.

Embora muita coisa possa ser discutida e debatida sobre esses textos e a forma como devem ser compreendidos hoje, o ponto importante é que os cristãos, chamados a proclamar o evangelho ao mundo, precisam do poder de Cristo para realizar essa obra.

Leia Lucas 10:20. Que ponto importante devemos tirar das palavras de Jesus? Como Sua resposta nos mostra o que deve ser importante em nossa vida? Como podemos ter certeza de que mantemos essa ênfase correta?

Quinta
Ano Bíblico: At 7–9

Exemplos de vitória (livro de Atos)

Os exemplos de vitórias sobre as forças demoníacas considerados na lição de ontem aconteceram nos dias em que Jesus estava na Terra. Porém, elas não ficaram restritas a esse período. No livro de Atos, encontramos as vitórias contínuas dos seguidores de Jesus sobre as forças demoníacas.

Evidentemente, isso não deve nos surpreender, pois Jesus prometeu enviar o Espírito Santo para estar com Seus seguidores, quando Ele partisse (por exemplo, João 14:16).

Ao mesmo tempo, também, como bem sabemos, o grande conflito entre Cristo e Satanás, embora resolvido na cruz, ainda deve ser travado até o fim dos tempos. Assim, os seguidores de Cristo, mesmo depois de Sua partida, deviam estar envolvidos no conflito, especialmente quando procurassem cumprir a comissão evangélica.

8. Que exemplos temos de vitórias sobre as forças do mal? Que lição podemos aprender com eles para o nosso contexto de evangelismo e testemunho?


Atos 16:14-18 relata um caso incomum. Quando a jovem escrava mencionou o “Deus Altíssimo”, suas palavras expressaram uma grande verdade. Paulo, porém, não quis aceitar as palavras dela. Ele percebeu o que estava realmente acontecendo. Os poderes sobrenaturais que ela havia manifestado, e que traziam lucro para seus senhores, não eram do Senhor. Quando ela clamou que esses homens eram “servos do Deus Altíssimo”, não estava falando sobre o verdadeiro Deus, mas, provavelmente, acerca de um deus cananeu que também era chamado Elyon (o Altíssimo). Com muita facilidade, por meio do uso de certos termos comuns, o erro poderia ter comprometido grandemente a verdade.

Leia novamente Atos 5:12-16, e a parte impressionante sobre as pessoas esperando “que, ao passar Pedro, ao menos a sua sombra se projetasse nalguns deles”. Que advertência isso deve trazer aos que trabalham para o Senhor, especialmente quando seu trabalho é considerado “bem-sucedido”?

Sexta
Ano Bíblico: At 10–12

Estudo adicional

Leia de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 662-680: “Não se Turbe o Vosso Coração”; Fé e Obras, p. 93: “Apossando-se da Justiça de Cristo”; Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 310: “Ciência e Revelação”.

“Jesus obteve a vitória por meio da submissão e fé em Deus, e mediante o apóstolo, Ele nos diz: ‘Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós’ (Tg 4:7, 8, RC). Não podemos nos salvar do poder do tentador; ele venceu a humanidade, e quando tentamos resistir em nossa própria força, nos tornamos presa de seus ardis; mas ‘torre forte é o nome do Senhor; para ela correrá o justo, e estará em alto retiro’ (Pv 18:10, RC). Satanás treme e foge diante da mais débil alma que se refugia nesse nome poderoso” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 130, 131).

“Há cristãos que pensam e falam demais sobre o poder de Satanás. Pensam em seu adversário, oram a seu respeito, falam nele, e ele avulta mais e mais em sua imaginação. É certo que Satanás é um ser poderoso, mas, graças a Deus, temos um forte Salvador, que expulsou do Céu o maligno. Satanás se regozija quando engrandecemos sua força. Por que não falar em Jesus? Por que não exaltar Seu poder e Seu amor? (Ibid., p. 490, 491).

Perguntas para reflexão

1. Considere alguns dos exemplos desta semana que mostram as vitórias reveladas na Bíblia. Vemos coisas similares acontecendo hoje? Existe algo que podemos fazer para ver mais desses exemplos?

2. O que significa aproximar-se de Deus? Pergunte aos alunos o que significa, como podemos praticar, e o que acontece quando nos aproximamos de Deus.
3. Imagine que você é Pedro, e as pessoas querem apenas se aproximar de sua sombra. Qual seria seu sentimento? Qual seria sua única segurança em uma situação como essa?

Respostas sugestivas: 1. Por Sua morte e ressurreição, Ele conquistou para nós uma herança gloriosa. Jesus venceu o autor da morte, bem como todos os seus poderes, para nos livrar de suas garras; precisamos abrir os olhos para essa esperança. 2. Cristo é o cabeça da igreja, nosso líder; Ele venceu a morte, intercede por nós no Céu e vencerá todos os poderes humanos e sobrenaturais para nos defender. 3. O Espírito intercede por nós, em nossa fraqueza; todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus; o Senhor planejou que fôssemos parecidos com Ele; Deus nos chamou para o perdão, santificação e glorificação; nada nem ninguém poderão impedir nossa vitória ao lado de Cristo. 4. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”; Se Deus nos deu Cristo, por que deixaria de nos dar todas as outras coisas? Se Deus perdoa, quem pode condenar? 5. Ele fugirá de nós; o segredo é se apegar a Deus. 6. Se nos humilharmos e lançarmos sobre o Senhor nossa ansiedade, Ele nos exaltará e cuidará de nós; precisamos ser sóbrios e vigilantes, resistindo ao inimigo com fé firme; quando nos revestimos das armas da luz, as trevas fogem de nós. 7. A tarefa dos discípulos era expulsar demônios, curar doenças, ressuscitar mortos, buscar as ovelhas perdidas de Israel, pregar o evangelho, preparar o caminho de Jesus e orar para que Deus enviasse mais ceifeiros para Sua seara; essa tarefa estava em conflito direto com as forças do mal; essa deve ser a nossa tarefa hoje. 8. At 5:12-16: os apóstolos faziam maravilhas e a igreja crescia; At 3:1-11: a cura do coxo na porta do templo;At 16:14-18: a conversão de Lídia e a libertação da jovem com espírito de adivinhação.



ESCOLA SABATINA


Resumo da lição 6: Vitória sobre as forças do mal









Texto-chave: Romanos 8:37

O aluno deverá...

Conhecer: A base sobre a qual os seguidores de Cristo podem experimentar a vitória sobre o maligno.

Sentir: Que o poder de Cristo está disponível até ao mais débil de Seus seguidores que, pelo arrependimento e pela fé, confiam em Sua proteção e força.

Fazer: Submeter-se a Deus, aproximar-se dEle e permanecer em Sua força, resistindo às ciladas do diabo.

Esboço do aprendizado

I. Conhecer: Certeza da vitória

A. Que exemplos bíblicos demonstram como os seguidores de Cristo têm sido vitoriosos sobre o diabo?

B. Como os cristãos podem se beneficiar das promessas de Deus para obter poder e vitória nos momentos de tentação?

II. Sentir: Esperança perfeita

A. Como Cristo venceu Satanás? De maneira idêntica, como os seguidores de Cristo podem utilizar os mesmos meios para alcançar a vitória?

B. Como os filhos de Deus podem confiar na capacidade de Cristo de oferecer todo o poder de que necessitam para resistir ao maligno? Que esperança e alegria essa certeza oferece?

III. Fazer: Resistir como uma rocha

A. O que os cristãos devem fazer a fim de resistir aos ataques do diabo?

B. Quem deve ser o principal foco de atenção quando os problemas envolvem o filho de Deus?

C. Que promessas de poder e vitória podem ser buscadas diariamente?

Resumo: Pela submissão a Deus e fé no Pai, Cristo alcançou a vitória sobre Satanás. Da mesma forma, quando Seus seguidores buscam o poder de Deus para vencer a tentação pela submissão à vontade de Deus e pela fé em Sua Palavra, até o mais fraco de Seus filhos é vitorioso.

Ciclo do aprendizado

MOTIVAÇÃO

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A morte de Cristo na cruz oferece esperança de uma vida reconciliada com Deus e também estende a vitória ao crente sobre as forças do mal.

Só para o professor: O estudo desta semana se detém sobre os principados e potestades do mal em relação às promessas e exemplos bíblicos de vitória. Estes últimos são testemunhas do fato de que, com o poder de Jesus Cristo, a vitória sobre as forças do mal é possível.

Seu objetivo no Passo 1 é incentivar os alunos a pensar mais profundamente sobre as vitórias espirituais que já foram alcançadas em sua vida. Este é um momento para buscar esperança e encorajamento ao recordar a obra de Deus e Suas promessas cumpridas em seu favor.

Para esta seção, você vai precisar de um quadro de giz ou prancheta que seja visível a todos os membros de sua classe. (Alternativamente, se não houver um quadro-negro, registre a atividade de abertura em um pedaço de papel ou simplesmente comente o assunto com a classe.)

Atividade de abertura: Trace uma linha no meio de seu quadro ou prancheta. No alto da coluna da esquerda escreva as palavras "Principados e Potestades" e na coluna da direita escreva a palavra "Vitórias".

Agora, peça que os membros da classe se lembrem de sua vida anterior à conversão ou batismo. Contra que eles estavam lutando, em termos espirituais? Faça uma lista dessas coisas na coluna "Principados e Potestades".

Neste ponto, peça que os membros se lembrem do poder de Deus em sua vida e como esse poder se transformou em vitória. Escreva as respostas na coluna "Vitórias".

Pergunta para consideração:

Como as minhas respostas influenciam minha esperança de vitória sobre as forças do mal hoje?

Compreensão
Só para o professor: Só para o professor: Ninguém sofreu mais do que Jesus. O sofrimento, como parte da vida cristã, é mais bem compreendido no contexto da vida de personagens bíblicos, como Cristo e Paulo, que passaram por perseguição, sofrimento e adversidade, enquanto viviam sua fé.

Desde o Gênesis até o Apocalipse, as Escrituras expõem as consequências do pecado e do ataque aberto ao povo de Deus pelos instrumentos da iniquidade. Mesmo assim, muitas vezes, nos esquecemos e questionamos nossas circunstâncias difíceis e, portanto, precisamos constantemente ser lembrados das promessas das Escrituras de que, em Cristo, é possível viver vitoriosamente em meio ao sofrimento.

O objetivo desta seção é refletir mais profundamente sobre os temas do sofrimento e das dificuldades na vida dos seguidores de Cristo, bem como refletir na esperança e vitória que se tornaram possíveis pela fé.

Leia todas as passagens bíblicas e incentive os membros de sua classe a ler em diferentes versões da Bíblia para melhor compreensão do significado do texto.

Comentário Bíblico

I. Vida e sofrimento de Cristo

No primeiro texto, 1 Pedro 4:12-19, o apóstolo Pedro observa, nos versículos 12 e 13: "Amados, não se surpreendam com o fogo que surge entre vocês para os provar, como se algo estranho lhes estivesse acontecendo. Mas alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria" (NVI).

Escrevendo nos tempos apostólicos, Pedro, o discípulo, sabia em primeira mão que a identificação com Jesus haveria naturalmente de resultar em perseguição e sofrimento. Para os irmãos e irmãs em Cristo que, atualmente, vivem em regiões e condições em que ocorrem muito poucas perseguições e provações como resultado de ser seguidores de Cristo, é uma surpresa quando a adversidade e o sofrimento inesperado ocorre em sua vida.

Observe cuidadosamente os esclarecimentos e comentários de Pedro (1Pe 5:8-11.) Sobre o tema do sofrimento, como diz a paráfrase de A Bíblia Viva: "Cuidado, cuidado com os ataques de Satanás, seu grande inimigo. Ele anda em derredor como um leão faminto, que ruge, procurando alguma vítima para rasgar. Fiquem firmes quando ele atacar. Confiem no Senhor e lembrem-se de que outros cristãos de todo o mundo também estão passando por esses sofrimentos" (v. 8, 9).

Portanto, o sofrimento deve ser uma ocorrência esperada na vida dos cristãos, visto que têm um inimigo comum. No entanto, igualmente importante é a promessa de vitória que Pedro partilha com os seguidores de Cristo nos versículos 10 e 11: "O sofrimento não vai durar para sempre. Não na presença de um Deus generoso, que tem grandes planos para nós em Cristo, planos eternos e gloriosos! Ele vai conservá-los unidos e firmes para sempre. Deus tem a última palavra. Sim, Ele a tem" (A Mensagem).

Agora, volte a atenção a 1 Pedro 5:6, 7. Observe que as palavras de Pedro oferecem grande conforto e orientação nos momentos de provas e aflição: "Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele os exalte no tempo devido. Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês" (NVI).

Pense nisto: Peça que os membros de sua classe façam uma paráfrase de 1 Pedro 5:6, 7. O que esse versículo nos diz sobre Deus?

II. Mantendo a eternidade a vista
(Leia com os membros da classe 2 Coríntios 4:7-17.)

O apóstolo Paulo é um exemplo excepcional de sofrimento por Cristo; tendo experimentado várias formas de sofrimento, ele é uma voz de autoridade sobre os assuntos de fé, sofrimento e vitória em Cristo.

Observe cuidadosamente os contrastes que ele faz nos versos 8 e 9. Ele fala de ser pressionado em todos os sentidos, mas não desanimado; intensamente perplexo, mas não desesperado; perseguido, mas não abandonado por Deus; abatido, mas não destruído.

Observe a palavra sempre no versículo 10. Essa palavra dá a evidência de que Paulo sofreu esse tipo de sofrimento como uma experiência diária habitual no curso de sua vida e ministério. Observe, nos versos 10 e 11, como o apóstolo Paulo mantém em vista a vida e a morte de Jesus em relação a sua própria experiência espiritual.

Como Paulo foi capaz de suportar e viver sob tanto sofrimento intenso e constante? Leia novamente os versículos 13 e 14. "Está escrito: ‘Cri, por isso falei’. Com esse mesmo espírito de fé nós também cremos e, por isso, falamos, porque sabemos que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus dentre os mortos, também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará com vocês" (NVI).

Paulo tinha olhos da fé que viam a vida de uma ampla perspectiva eterna e não pela perspectiva momentânea de curto prazo. Essa lente espiritual dava a Paulo uma atitude de generosidade, como está expressa no verso 15: "Tudo isso é para o bem de vocês, para que a graça, que está alcançando um número cada vez maior de pessoas, faça que transbordem as ações de graças para a glória de Deus" (NVI).

É nos versos 16-18 que Paulo expõe sua fé em grande abundância e coloca o sofrimento em seu devido lugar. "Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno" (NVI).

Portanto, Paulo testemunha sobre a importância de focar nossa atenção sobre as realidades eternas. Por isso, ele nos mostra como pôr em seu contexto adequado as reais circunstâncias atuais, o sofrimento e as aflições, tendo em conta "uma glória eterna que pesa mais do que todos eles".

Pense nisto: Como Paulo se absteve de desanimar em face de suas contínuas lutas diárias? Como o fato de ter em mente a vida e a morte de Jesus nos ajuda a suportar a aflição em nossa jornada espiritual?

Aplicação
Só para o professor: Este exercício irá proporcionar a oportunidade de trabalhar com os temas do poder adversário, o poder de Deus, sofrimento e vitória. Por favor, reserve tempo suficiente para ler a narrativa das Escrituras e elaborar as respostas.

Você vai precisar de papel e lápis ou caneta para cada membro da classe. Você também vai precisar de um quadro de giz ou prancheta que possam ser vistos pelos membros de sua classe. Faça quatro colunas e escreva os seguintes títulos em cada coluna:

Quem (listar os personagens da história);

O que eles fizeram;

Como eles reagiram verbalmente;

Que implicações você encontra para sua vida em vista do sofrimento e da vitória?
(Alternativamente, se você não tiver as fontes disponíveis, basta dividir a classe em grupos e discutir as respostas às perguntas mencionadas acima).

Atividade: Divida sua classe (idealmente) em grupos de 3-5 pessoas. Já os membros de pequenos grupos devem se revezar na leitura de Atos 5:12-42. Então, devem anotar as respostas às perguntas mencionadas em sua prancheta.

Quando os membros de seu grupo terminarem o trabalho nessa passagem, devem se reunir novamente e partilhar suas respostas.

Criatividade

Só para o professor: É importante analisar e avaliar o que aprendemos ao expressar criativamente as ideias espirituais que tocaram nosso coração e nossa vida. Vale a pena reconhecer de quão grande alcance são os exemplos e palavras das pessoas retratadas nas Escrituras – como continuam a inspirar, estimular e contribuir para nosso crescimento espiritual e nossa fé. Esse entendimento é necessário para viver de forma vitoriosa em Cristo.

Atividade: Organize os membros de sua classe em duplas e peça-lhes que criem e escrevam (se houver material) uma conversa imaginária com Pedro e os outros apóstolos. Peça-lhes que comecem essa conversa com as palavras: "Pedro e os apóstolos, hoje você fortaleceram a minha fé da seguinte forma: ... "


COMENTÁRIO

Lição 6 – Vitória sobre as forças do mal


Carlos T. Timm, Graduando em Teologia 2012,
Otoniel de Lima Ferreira, D. Min. e Everton Cardoso.
Professor de Evangelismo e Crescimento de Igreja.SALT, IAENE

Introdução

Diante das mais diversas situações, podemos ter uma certeza: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?” (Rm 8:35). Paulo afirmou que somos mais que vencedores (8:37), mas vencedores sobre quais dificuldades? A resposta está no verso 35: tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo ou espada. Todas essas circunstâncias podem tentar nos afastar do amor de Cristo. Porém, se O amamos seremos mais que vencedores. É possível enfrentar todas as adversidades da vida, pois “tudo posso nAquele que me fortalece” (Fp 4:13).

Ellen G. White comenta acerca de um poder disponível ao cristão: “A pregação do evangelho foi confiada a homens falíveis e não aos anjos. É manifesto que o poder que opera através das fraquezas da humanidade é o poder de Deus e somos assim animados a crer que o poder que auxilia os outros, tão fracos como nós, pode ajudar-nos também” (O Desejado de Todas as Nações, p. 297).

O palco para nossa vitória

O desejo de vencer é algo que faz parte do ser humano. Entretanto, somente com a intervenção divina o homem pode ser vencedor. Essa intervenção foi consumada no sacrifício de Cristo. Pela morte e ressurreição de Jesus, o homem foi habilitado a vencer. Em Efésios 1:18-22, Paulo falou sobre os olhos do coração serem iluminados, o que na verdade aponta para seu desejo de que as pessoas conseguissem enxergar a salvação oferecida a cada um deles. Para Paulo, os que creem em Cristo têm o poder de Sua grandeza, tornando-se assim vitoriosos.

Entretanto, essa vitória que vem mediante o poder de Cristo não significa que o homem possa ser salvo por seus méritos. Ao contrário, mesmo com a vitória oferecida por Jesus, necessitamos exclusivamente de Cristo. Ellen G. White diz: “Quem procura alcançar o Céu por suas próprias obras, guardando a lei, tenta uma impossibilidade. O homem não pode ser salvo sem a obediência, mas suas obras não devem provir de si mesmo: Cristo deve operar nele o querer e o efetuar, segundo Sua boa vontade. Se o ser humano pudesse ser salvo por suas obras, ele teria algo em si mesmo, pelo qual se alegrar. O esforço que o homem faz em suas próprias forças para obter a salvação é representado pela oferta de Caim. Tudo que o homem pode fazer sem Cristo é poluído pelo egoísmo e pelo pecado. Mas o que é motivado pela fé é aceitável a Deus. Quando procuramos alcançar o Céu pelos méritos de Cristo, alcançamos progresso. Olhando para Jesus, autor e consumador de nossa fé, podemos prosseguir de força em força, de vitória em vitória, pois por meio de Cristo a graça de Deus operou nossa salvação completa” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 363, 364).

Esperança de vitória

O texto de Romanos 8:29, 30 é utilizado para defender o conceito calvinista de predestinação: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”. Olhando para esse verso sem analisar outros textos que tratam do mesmo assunto, é possível até certo ponto nos confundirmos. Consideremos alguns pontos que aclaram essa passagem:

Em primeiro lugar, olhemos o verso anterior: “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito” (Rm 8:28). Paulo estava falando sobre os que foram predestinados, a saber, aqueles que aceitarama Cristo e que agora estão predestinados a serem conforme à Sua imagem. João 3:16 é mais claro ainda ao afirmar que “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Se houvesse predestinação de acordo com o conceito corrente de que já estão determinados os que se perderão (não importando quão bons sejam) e os que se salvarão (não importando sua maneira corrupta de proceder), então Cristo teria morrido somente por aqueles que foram predestinados à salvação, o que não está de acordo com João 3. O evangelista deixou claro que Jesus morreu por todos, e que todos têm a chance de crer e ser salvos.

Ellen G. White diz: “A todos predestinou Deus para serem ‘conformes à imagem de Seu Filho’ (Rm 8:29). Devemos manifestar ao mundo o longânimo amor de Cristo, Sua santidade, mansidão, misericórdia e verdade” (O Desejado de Todas as Nações, p. 827).

Cristo escolheu todos para que fossem salvos, não fazendo distinção de raça, cor, etnia, nação, idade, sexo. Somos todos filhos do Pai celeste. Ao morrer na cruz, Ele estendeu a oportunidade de salvação a todos, pois Seu sacrifício foi por toda a humanidade. “Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o Seu amor para com todos [...] Ele nos salvou [...]” (Tito 3:4).

Cristãos versus Satanás

É interessante o verso de Tiago 4:7: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Nele encontramos duas ordens e uma consequência. Primeiro: sujeitar-nos a Deus. Sujeitar-se não é algo que gostamos de fazer. O natural do ser humano é querer estar por cima de tudo e de todos. Mas o que pode ser definido como sujeitar-se a Deus? Cristo ofereceu-nos um parâmetro, ao dizer: “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11:29). Ser submisso implica tomar o jugo, andar com Cristo, fazer Sua vontade, enfim, se colocar diante dEle com todos os seus préstimos.

E não para por aí. Tiago continua dizendo que é preciso resistir ao diabo. Ele não diz que devemos lutar com ele nem brigar. Cristo sabe que não podemos vencer Satanás, mas afirma que devemos resistir, porque Ele luta por nós. Ao nos sujeitarmos a Cristo estamos automaticamente ganhando um protetor, que nos livrará das garras de Satanás. Por isso, o texto afirma que o inimigo fugirá: não do homem comum, mas de um homem que está sujeito a Jesus.

Exemplos de vitória

Um dos grandes exemplos de vitória foi quando Jesus enviou os setenta com a missão de pregar o evangelho. Tão logo os discípulos voltaram, se puseram a contar as maravilhas que tinham realizado, curas, milagres, e que até os demônios se lhes submeteram (Lc 9:2; Mt 10:8; Mc 6:13).

Ellen G. White comenta: “Chamando os doze para junto de Si, Jesus lhes ordenou que fossem dois a dois pelas cidades e aldeias. Nenhum foi mandado sozinho, mas irmão em companhia de irmão, amigo ao lado de amigo. Assim se poderiam auxiliar e animar mutuamente, aconselhando-se entre si e orando um com o outro, a força de um suprindo a fraqueza do outro. De idêntica maneira, Ele enviou posteriormente os setenta. Era o desígnio do Salvador que os mensageiros do evangelho assim se associassem. Teria muito mais êxito a obra evangélica em nossos dias, fosse esse exemplo mais estritamente seguido” (O Desejado de Todas as Nações, p. 350).

De igual forma temos a oportunidade de receber o Espírito Santo e trabalhar por Cristo na proclamação do evangelho, um privilégio para todos os que desejarem ser vitoriosos em Cristo Jesus.

Exemplos de vitória (livro de Atos)

O livro de Atos (5:12-16) relata que muitos sinais e prodígios eram realizados pelos discípulos, todavia é importante ressaltar uma peculiaridade entre eles: a unidade entre todos. O texto bíblico afirma que eles cresciam cada vez mais em número, tanto de homens quanto de mulheres, realizando curas com os doentes que eram levados pelos cristãos da época.

Pedro e João encontraram um aleijado que lhes pediu algo, mas eles o curaram em nome de Jesus (At 3:1-11). Eles não fizeram somente curas. O livro de Atos (16:14-18) relata que Paulo expulsou um demônio de uma mulher em nome de Jesus. Todas essas histórias mostram o poder do Espírito Santo, prometido pelo próprio Jesus aos seus seguidores (Jo 14:16).

“Sob a sábia direção dos apóstolos, que trabalhavam unidos no poder do Espírito Santo, a obra confiada aos mensageiros do evangelho se havia desenvolvido rapidamente. A igreja se ampliava de contínuo, e esse crescimento em membros representava constante aumento de trabalho para os que tinham responsabilidades” (Atos dos Apóstolos, p. 88).

Conclusão

Aprendemos que podemos vencer o mal somente pelos méritos de Cristo. Contudo, para que isso acontecesse foi necessário que Ele deixasse um cenário montado a fim de que a vitória sobre o inimigo fosse possível.

Temos esperança nAquele que é mais que vencedor, pois Jesus Se sacrificou para que pudéssemos obter a vitória. Se nos sujeitarmos a Cristo de modo completo, Ele poderá lutar por nós, o que resultará em vitória! Aqueles que se entregaram ao Salvador tiveram a vida transformada e influenciaram a vida de muitas outras pessoas.



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