Lição 5 - 26
de janeiro a 2 de fevereiro
Criação e
moralidade
Sábado
à tarde
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Ano
Bíblico: Êx 28, 29
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VERSO PARA MEMORIZAR: “O Senhor Deus lhe deu esta ordem: De
toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem
e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16, 17).
As
pessoas gostam de falar sobre “direitos humanos”. Desde a Magna Carta (1215) à
Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) e às várias
declarações das Nações Unidas, é promovida a ideia de que os seres humanos
possuem certos direitos “inalienáveis”, direitos que ninguém pode,
legitimamente, tirar de nós. Pelo menos teoricamente, eles são nossos em
virtude de sermos humanos.
As perguntas permanecem: Quais são esses direitos? Como devemos determinar o
que eles representam? Esses direitos podem mudar? Em caso afirmativo, de que
forma? Por que devemos, como seres humanos, ter esses direitos?
Em alguns países, por exemplo, as mulheres não tinham “direito” de votar até o
século 20 (algumas nações ainda negam esse direito). No entanto, como um
governo pode conceder às pessoas algo que já é seu “direito inalienável”? São
perguntas difíceis, e suas respostas estão inseparavelmente ligadas à questão
das origens humanas, tema do estudo da lição desta semana.
Domingo
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Ano
Bíblico: Êx 30, 31
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Nossa
dependência do Criador
Gênesis 2:7 descreve Deus criando Adão e apresenta
o homem como ser moral inteligente, não como animal. O texto não diz, mas é
possível imaginar Deus usando as mãos para moldar o pó na forma e tamanho
pretendidos. Poderíamos pensar que o grande Soberano do Universo não Se
inclinaria para sujar as mãos na criação do homem, mas a Bíblia revela o
Criador como Alguém intimamente envolvido com a criação. As Escrituras
registram muitas ocasiões em que Deus, voluntariamente, interagiu com a criação
material. Os exemplos incluem Êxodo 32:15, 16; Lucas 4:40 e João 9:6. Na verdade, a encarnação de
Cristo na humanidade, processo pelo qual Ele interagiu no dia a dia com o mundo
criado de maneira muito semelhante à nossa, refuta a noção de que Deus não
podia Se abaixar para “sujar as mãos” entre a humanidade.
Podemos
perguntar: Que direito Deus tinha de criar regras para Adão e Eva? Compare essa
situação com a de uma criança em uma família. Os pais proveem à criança um lar
e satisfação de necessidades. Eles a amam e têm em mente os melhores interesses
dela. Visto que eles têm maior experiência e sabedoria, se a criança aceitar
suas orientações, será poupada de muito sofrimento. Algumas crianças acham
difícil cumprir ordens, mas é universalmente reconhecido que, enquanto a
criança é dependente dos pais, ela é obrigada a aceitar suas regras. De maneira
semelhante, uma vez que somos sempre dependentes de nosso Pai celestial para a
vida e suas necessidades, sempre é apropriado aceitar a orientação de Deus.
Visto que Ele é o Deus de amor, podemos confiar que Ele sempre proverá o que
precisamos para nosso bem.
2. Como o salmista expressa
nossa dependência de Deus? Que obrigações essa dependência coloca
automaticamente sobre nós, especialmente no que diz respeito à maneira pela
qual tratamos os outros? Sl 95:6, 7; Sl 100
Segunda
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Ano
Bíblico: Êx 32, 33
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À imagem de Deus
O
que é exatamente a “imagem de Deus”? Essa questão tem gerado muita discussão e
as opiniões variam. Mas os versos apresentam alguns indícios sobre a natureza
da ideia. Primeiro, observe que, ter sido feito à imagem de Deus sugere que
parecemos com Deus em determinados aspectos. Um aspecto importante da imagem de
Deus é que Ele deu aos seres humanos o domínio sobre as outras criaturas. Como
Deus é soberano sobre tudo, assim Ele designou aos seres humanos uma parte
dessa soberania, dando-lhes domínio sobre os peixes, aves e animais terrestres.
Note igualmente que Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem” (Gn 1:26,
itálico acrescentado), isto é, uma imagem envolvendo a pluralidade da
Divindade. Então, Ele criou os seres humanos do sexo masculino e feminino. A
imagem de Deus não se expressa plenamente em um indivíduo, mas no
relacionamento. Assim como a Divindade se manifesta em três Pessoas em
relacionamento, também a imagem de Deus nos seres humanos se expressa no
relacionamento entre homem e mulher. A capacidade de formar relacionamentos faz
parte da imagem de Deus. Relacionamentos implicam em responsabilidade e
prestação de contas, o que significa moralidade. Por isso, exatamente nesse
texto temos um forte indício de como a moralidade encontra seu fundamento na
história da criação.
Os
seres humanos têm lutado por milênios com a questão da moralidade. Mesmo antes
de conhecermos o que é a correta moralidade, o fato de sermos seres morais
levanta uma série de questões profundas. Por que, ao contrário dos besouros,
pulgas e até mesmo chimpanzés, os seres humanos têm uma consciência moral, um
conceito que distingue entre o certo e o errado? Como seres feitos
essencialmente de matéria amoral (quarks, gluóns, elétrons e assim por diante)
podem estar cientes de conceitos morais? A resposta pode ser encontrada nos
primeiros capítulos da Bíblia, que revelam que os seres humanos são criaturas
morais feitas “à imagem de Deus.”
Terça
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Ano
Bíblico: Êx 34–36
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Feitos do mesmo sangue
Em Gênesis 2:23, Adão recebeu a tarefa de dar
nome à sua esposa, a quem chamou Havah. Essa palavra está relacionada com o
verbo hebraico hayah, que significa “viver” (os judeus, às vezes, usam uma
expressão semelhante, lehayim [à vida!], usada quando se faz um brinde). A
palavra hebraica para “Eva” (Havah) pode ser traduzida como “doadora de vida”.
O nome de Eva representa o fato de que ela é a ancestral de todos os seres
humanos. Somos todos uma família no sentido mais literal.
Estamos
unidos no sentido de que todos nós descendemos de uma mulher, Eva, e de um
homem, Adão. E Deus é o Pai de todos nós. Esse fato é a base da igualdade
humana. Imagine como seriam diferentes as relações humanas se todas as pessoas
reconhecessem essa verdade importante. Se já precisamos de uma prova de que
somos realmente caídos, e de como o pecado nos prejudicou, temos isso no triste
fato de que os seres humanos, muitas vezes, tratam uns aos outros de maneira
pior do que algumas pessoas tratam os animais.
Muitos
fatores têm dividido a humanidade: política, nacionalidade, etnia, e, claro,
economia. O fator econômico é, sem dúvida, um dos mais importantes (embora
nunca na medida que Karl Marx previu: os trabalhadores do mundo nunca se
uniram; em vez disso, lutaram uns contra os outros com base na sua
nacionalidade). Hoje, como sempre, os pobres e os ricos frequentemente
consideram uns aos outros com desconfiança e desprezo. Quantas vezes esses sentimentos
têm levado à violência, e até mesmo à guerra! As causas da pobreza e a solução
para ela são questões que ainda nos deixam perplexos (Mt 26:11), Mas uma coisa é certa na Palavra
de Deus: ricos ou pobres, todos nós merecemos a dignidade que é nossa em
virtude de nossas origens.
Anos atrás, depois que o darwinismo se tornou moda, alguns justificaram a
exploração dos pobres pelos ricos com base no “darwinismo social”, com o
seguinte raciocínio: Visto que, no mundo natural, o forte domina e explora os
fracos, por que o mesmo princípio não deve ser aplicado na economia? Esse é
outro exemplo de que uma compreensão correta das origens é fundamental para a compreensão
da moralidade.
Quarta
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Ano
Bíblico: Êx 37, 38
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O caráter do nosso Criador
Deus
nos criou à Sua imagem, o que significa, entre outras coisas, que Ele desejou
que tivéssemos um caráter parecido com o Seu. Isto é, devemos ser semelhantes a
Ele, tanto quanto humanamente possível (note: ser como Deus não é a mesma coisa
que aspirar a ser Deus, uma diferença crucial). Para ser como Deus, no sentido
de refletir Seu caráter, devemos ter uma compreensão adequada do que é esse
caráter.
7. O que Jesus ensinou sobre
o caráter de Deus e também sobre o modo pelo qual devemos refletir esse caráter
em nossa vida? Mt 5:44-48
8. O que a parábola do bom samaritano ensina sobre o caráter de Deus e
como ele deve ser refletido na humanidade? Lc 10:29-37; Fp 2:1-8
A
história contada por Jesus envolve dois homens de grupos diferentes e
antagônicos. Mas Jesus mostrou que eles eram próximos. Cada um deles estava
dentro da esfera de responsabilidade do outro, e Deus Se agradou quando as
diferenças foram postas de lado e um tratou o outro com bondade e compaixão.
Que contraste é visto entre os princípios do reino de Deus e os princípios do
governo de Satanás! Deus chama o forte a cuidar do fraco, enquanto os
princípios de Satanás exigem a eliminação dos fracos pelos fortes. Deus criou
um mundo de relacionamentos pacíficos, mas Satanás distorceu as coisas de modo
tão completo que muitos consideram a sobrevivência do mais apto o padrão normal
de conduta.
Se o processo perverso de seleção natural (em que os fortes dominam os fracos)
tivesse sido o meio pelo qual viemos à existência, por que deveríamos agir de
modo diferente? Se aceitarmos esse ponto de vista e promovermos nossos
interesses, em detrimento dos menos “naturalmente selecionados”, deixaremos de
seguir a Deus, e os princípios da natureza, da maneira que Ele ordenou.
De
quais outras maneiras você percebe que a compreensão das nossas origens afeta
nossos conceitos morais?
Quinta
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Ano
Bíblico: Êx 39, 40
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Moralidade
e responsabilidade
9. Examine o sermão de Paulo
em Atenas (At 17:16-31). Siga a linha de raciocínio
que ele usou, observando não somente o início, mas o fim do sermão. O que é tão
importante na conclusão dessa mensagem, especialmente com relação à questão das
origens e da moralidade?
O
sermão de Paulo aos intelectuais de Atenas começou com a criação e terminou com
o juízo. De acordo com Paulo, o Deus que fez o mundo e tudo que nele há
estabeleceu um dia em que julgará o mundo. Ser dotado de moralidade implica
responsabilidade, e todos nós seremos responsáveis pelos nossos atos e nossas
palavras (Ec 12:14; Mt 12:36, 37).
Todos
os seres humanos enfrentarão o juízo. A diferença entre os dois grupos na
parábola de Jesus é a maneira pela qual cada pessoa tratou os que estavam em
necessidade. O Criador está interessado no modo pelo qual Suas criaturas
humanas tratam os semelhantes, em especial os necessitados. Não há lugar no Céu
para o princípio da seleção natural, que é contrária ao caráter do Deus da paz.
A Bíblia nos dá a certeza de que a justiça, tão escassa neste mundo, um dia
será concedida pelo próprio Deus. Além disso, a ideia de juízo implica uma
ordem moral: Por que Deus julgaria, e ainda mais, puniria, se não houvesse
padrões morais pelos quais as pessoas pudessem ser julgadas?
Pense
na realidade e certeza do juízo. Por que, então, o evangelho e a promessa de
salvação em Cristo são tão importantes para que tenhamos segurança no juízo?
Sexta
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Ano
Bíblico: Lv 1–4
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Estudo
adicional
Os
conceitos bíblicos de moralidade são inseparáveis dos conceitos bíblicos sobre
as origens. Reconhecer Adão como o primeiro ser humano refuta a possibilidade
de que quaisquer fósseis tivessem sido ancestrais de Adão ou de outros seres
humanos. De onde, então, esses fósseis vieram? Existem várias outras
possibilidades.
Primeira, os fósseis de humanoides (semelhantes aos seres humanos) podem ter
formas de seres humanos com inteligência normal, mas com padrões de crescimento
diferentes de qualquer ser humano moderno. Uma segunda possibilidade é que os
fósseis podem ter sido degenerados, devido ao seu próprio estilo de vida,
estresse ambiental ou outros fatores. Uma terceira possibilidade é que eles
podem ter resultado de tentativas diretas de Satanás para corromper a criação
de maneiras que não entendemos. Outra possibilidade é que eles não eram seres
humanos, mas semelhantes na sua forma. Visto que não temos evidência direta
para resolver a questão, é melhor evitar ser dogmáticos em nossas especulações.
Os fósseis não vêm com etiquetas fixadas que dizem “Made in China [Feito na
China] 500 milhões de anos atrás”. Nossa compreensão da história da Terra, que
varia muito entre os cientistas, provê um sistema de referência dentro do qual
interpretamos os fósseis, mas não temos prova de nossas interpretações.
Perguntas para reflexão
1. O que aconteceria se não houvesse um Criador que estabelecesse uma ordem
moral sobre a humanidade? De onde viriam os conceitos morais?
2. Como nossa visão de criação influencia nossas opiniões sobre questões atuais
como a eutanásia, clonagem, aborto, etc.?
3. Um cidadão local que dedicava seu tempo para guiar passeios no campo de
concentração nazista de Dachau começava o roteiro falando sobre a teoria da
evolução de Charles Darwin, sugerindo que a teoria de Darwin conduziu ao drama
de Dachau e outros similares. Qual é a lógica óbvia dessa linha de raciocínio?
De que maneiras ela poderia ser defeituosa?
Respostas sugestivas: 1. Eles não deveriam comer da árvore
do conhecimento do bem e do mal. Se dela comessem, morreriam. A desobediência
produz morte. 2. Devemos adorar ao Senhor porque Ele nos criou. Somos Suas
ovelhas. Deus cuida de nós e nos sustenta. Devemos compartilhar a bondade e o
cuidado do Criador. 3. Recebemos o domínio sobre o ambiente e as criaturas da
Terra. 4. O homem, criado à imagem de Deus, não deveria matar nem derramar
sangue de outros seres humanos, porque isso seria contrário ao caráter de Deus.
5. De um só, Deus fez toda a humanidade. Somos todos irmãos, filhos do mesmo
Criador. 6. Quem oprime o pobre insulta o Criador, mas quem tem compaixão do
necessitado honra o Senhor; Deus é o Criador do rico e do pobre. 7. Deus faz o
Sol nascer sobre maus e bons, faz chover sobre justos e injustos. Devemos
refletir a perfeição divina ao amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem.
8. Deus teve compaixão dos feridos e sofredores. Ele enviou Jesus Cristo para
resgatar a humanidade caída no pecado. Cristo foi um servo humilde. Devemos
imitar Sua atitude. 9. Paulo começou elogiando e falando dos pontos em comum
entre sua crença e a dos atenienses. Depois destacou o fato de que Deus é
Criador, soberano sobre a criação e juiz de todos. Deus oferece a todos a
oportunidade de arrependimento. 10. O juízo final. Nossas obras serão julgadas
com base na lei e no caráter de Deus.
ESCOLA SABATINA
Resumo da
Lição 5 – Criação e moralidade
O aluno deverá...
Saber: A importância da criação para a moral
e ética cristãs.
Sentir: A diferença entre a moralidade baseada
na criação e a moralidade baseada na evolução.
Fazer: Aprender a ter uma vida de serviço abnegado,
especialmente para com aqueles sobre os quais exercemos poder.
Esboço
I. Saber: A importância da criação para a moralidade
A. Que diferença a nossa crença sobre as origens faz para a moralidade e a
ética?
B. Qual é o papel do relativismo na ética? Até que ponto a crença na criação
influencia e molda essa discussão?
C. Explique a doutrina da dignidade humana e seu papel na vida cristã.
II. Sentir: Como a criação molda o senso de moralidade
A. O que as diferentes implicações da criação e evolução para a moralidade
significam para mim?
B. Como a minha crença na criação molda minha auto-estima e minha visão do
valor dos outros?
C. Como, por sua vez, essa visão deve me inspirar a tratar as pessoas com quem
entro em contato?
III. Fazer: Uma vida de serviço abnegado
A. Como posso aplicar à minha vida os princípios morais derivados da criação?
B. Quais são algumas das maneiras pelas quais a minha crença na criação pode me
tornar mais altruísta e voltado a servir os outros, especialmente aqueles sobre
os quais eu exerço poder?
Resumo: O que acreditamos sobre as origens tem
importantes implicações morais. A moralidade da criação encoraja a crença em
padrões fixos de certo e errado e nos chama a utilizar o nosso domínio para
servir e proteger aquilo sobre o que temos poder. A evolução, por outro lado,
estabelece o espírito de ostentação do poder pessoal, de exploração e opressão
sobre os fracos, a fim de promover o interesse próprio.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: As
nossas crenças sobre as origens têm importantes implicações morais.
Só para o professor: Enfatize que a crença na criação,
conforme a descrição de Gênesis 1, estabelece a base para um tipo
de moralidade significativamente diferente da moralidade sugerida pela
evolução.
Desde
que Charles Darwin publicou seu tratado sobre a evolução, tem sido discutido se
a evolução tem implicações morais. De modo geral, pouco trabalho erudito foi
feito para investigar essa questão, mas houve agitação popular alegando que o
darwinismo é prejudicial à moralidade e ética judaico-cristãs tradicionais.
Desde 1950, um pequeno, mas crescente número de pensadores instruídos têm sondado
a questão de como a teoria da evolução poderia afetar a ética tradicional.
Julian Huxley argumentou que a moralidade é um produto da evolução e, assim,
"todos os padrões de certo e errado deve, de alguma forma, estar
relacionado ao movimento desse processo [evolução] ao longo do tempo" (T.
H. Huxley e Julian Huxley, Touchstone for Ethics [Teste da Ética: 1893-1943;
New York, Harper and Brothers, 1947, p. 131). Esse argumento mostra que a
cosmovisão evolutiva favorece o relativismo na moral. Essa observação, no
entanto, é apenas o começo do impacto da evolução sobre a moralidade. Na
próxima etapa do Ciclo do Aprendizado, contrastaremos diferentes implicações
morais entre Gênesis 1 e
a teoria de Darwin.
Pergunta de abertura: Que diferença existe entre o
comportamento dos que aplicam os princípios de Gênesis 1 e
o dos que aplicam os princípios evolucionistas?
Compreensão
Só para o professor: A criação fornece os elementos
fundamentais para a moralidade cristã, especialmente o conceito de santidade e
dignidade da pessoa humana. A criação introduz uma ética do poder pessoal que
nos chama a servir em vez de explorar os menos favorecidos do que nós, sejam
seres humanos ou animais.
Comentário
Bíblico
I. A imagem de Deus e o poder da razão
(Recapitule
com a classe Gn 9:4-6.)
Quando Deus ordenou a humanidade a se abster de comer do fruto de uma árvore,
vemos o homem destacado como tendo uma característica ausente nos animais.
Ellen G. White comenta: "A primeira grande lição moral dada a Adão foi a
da abnegação. As rédeas do governo de si mesmo foram colocadas em suas mãos.
Juízo, razão e consciência deviam manter o controle” (The Advent Review and Herald [Revista
e Arauto do Advento],
24 de fevereiro de 1874). Assim, os seres humanos foram distinguidos dos
animais, ao receberem a capacidade única de reconhecer as opções do
livre-arbítrio e avaliá-las com base em um padrão mais elevado do que seus
próprios desejos e necessidades. O relato da criação oferece a base para o
estabelecimento do direito divino de colocar sobre nós exigências fundamentadas
em Sua autoridade.
O cristianismo tem uma longa tradição de igualar a imagem de Deus com o poder
da razão. Um desafio a isso vem do evolucionista James Rachels, que argumenta
que a razão deve ter evoluído gradualmente e, portanto, não é única á
humanidade. Nós meramente temos mais e, por isso, somos diferentes dos animais
apenas quantitativamente. No entanto, parece claro que uma opção melhor do que
apenas a razão pode ser oferecida. Outro evolucionista, Robert Wright,
reconhece que os seres humanos são únicos em natureza, pois somente os seres
humanos possuem um senso moral. Wright descobriu algo importante. Nosso senso
moral é realmente único e ainda reflete o senso moral de Deus. Assim, ter um
senso moral parece constituir a ideia central do que significa ser feito à
imagem de Deus, especialmente quando essa ideia está ligada ao domínio.
Duas questões surgem da ideia de ser feito à imagem de Deus. A primeira é a
santidade da vida humana. Gênesis 9:4-6 protege a vida humana da morte por
meio de animais ou seres humanos porque o homem foi feito à imagem de Deus.
Alguma coisa no fato de ser feito à imagem de Deus fornece uma base para
considerar o assassinato moralmente errado. Assim, a ética judaico-cristã tende
a projetar um nível maior de proteção moral aos seres humanos do que aos não
humanos. Assim, se a casa está sendo incendiada, e podemos salvar APENAS um cão
ou um bebê, escolhemos o bebê como tendo direito a uma proteção maior como um
ser humano à imagem de Deus. Rachels argumenta que a evolução mina a doutrina
da dignidade humana, em parte, ao enfraquecer a ideia de que o homem foi feito
à imagem de Deus. Se a evolução materialista foi o agente da criação, então
Deus não estava ativamente planejando e formando e, assim, não podem existir
seres humanos feitos à Sua imagem.
Podemos construir outro contraste moral entre Gênesis 1 e
a evolução. Na evolução, o interesse próprio é a norma que rege. Os fortes não
ajudam os fracos, mas os oprimem e exploram. Mas na criação antes da queda, não
havia opressão e exploração. Ao contrário, Adão e Eva deviam "servir e
proteger" a natureza, usando seu poder para cuidar dela, não para explorar
("servir e proteger" é uma tradução muito literal do texto hebraico
de Gênesis 2:15).
O domínio humano devia imitar o domínio divino, pelo menos no estilo. Já em Gênesis 1, podemos ver o princípio moral da
abnegação que se esvazia para o bem dos outros, como descrito em Filipenses 2:5-7. Ser criado à imagem de
Deus não é apenas ter domínio e poder de avaliar moralmente as escolhas, mas
significa ter uma vida dedicada à não exploração e ao serviço abnegado ao mundo
que nos rodeia. Explorar qualquer dos filhos de Deus física, sexual ou
emocionalmente é uma atitude darwiniana, que viola a imagem de Deus no
agressor, por mais arruinada que ela já esteja.
Pense nisto: Se dissermos que Deus criou através do
processo evolutivo, como essa visão pode alterar os fundamentos da nossa visão
da dignidade e valor humanos?
Aplicação
Só para o professor: Nossas crenças sobre as origens afeta
a maneira pela qual tomamos decisões agora. A criação nos chama ao serviço
altruísta, enquanto a evolução nos chama a ser um dos mais aptos que
sobrevivem. As perguntas a seguir são planejadas para analisar essas
diferenças.
Perguntas para reflexão
Se uma pessoa vive de forma consistente os princípios de Gênesis 1 ou
da evolução, como pode o criacionista se comportar de modo diferente do
evolucionista:
1. Na vida familiar?
2. Na vida profissional?
3. Na comunidade?
Criatividade
Só para o professor: Esta atividade toma as perguntas
anteriores e as personaliza. Incentive os alunos a pensar no significado dessas
questões para sua vida pessoal. Use a seguinte atividade para encorajar a
introspecção pessoal, mesmo que as respostas não sejam compartilhadas com a
classe.
Atividade para discussão: Como posso ser mais orientado para a
criação, vivendo uma vida de serviço altruísta, partilhando bênçãos com os
outros:
1. No meu lar?
2. Na minha vida profissional?
3. Na minha comunidade?
COMENTÁRIO SEMANAL
Verso para memorizar: “O Senhor DEUS lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim
comerás livremente, mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em
que dela comeres, certamente morrerás” (Gên. 2:16, 17).
Introdução de sábado
à tarde
O
ser humano foi criado à imagem e semelhança do Criador. Isso quer dizer, tem capacidade de tomar decisões de
modo complexo. Os animais também decidem, mas com eles é diferente de como
decidem os seres humanos racionais. Nós, à
semelhança de DEUS, somos
capazes de decidir e de avaliar as repercussões das decisões. Por exemplo, se decidimos fazer uma
viagem, somos capazes de planejar essa viagem para que ela seja a melhor, de
providenciar o que for necessário para que tudo dê certo; somos capazes de
decidir a velocidade do automóvel para evitar o quanto possível os acidentes;
somos capazes de saber que devemos revisar o automóvel, e assim por diante.Sabemos
que decisões têm consequências e temos poder para antecipar essas consequências
e decidir para obter resultados favoráveis e evitar resultados indesejáveis.
Portanto, o ser humano deve
responder pelo que decide.
Se sabemos, por exemplo, que dirigir embriagado é perigoso, que pode resultar
em acidente, e inclusive coloca em risco a vida, então, se agirmos assim,
devemos responder com alguma punição. Ou seja, nem seria necessário haver
alguma lei proibindo dirigir embriagado. Seres racionais deveriam saber que
isso é imprudência. Mas o ser
humano afastou-se de DEUS, e já não tem mais boa noção das consequências de
seus atos. E o afastamento vem aumentando,
portanto, se não houver leis severas e fiscalização contínua, as pessoas
simplesmente dirigirão embriagadas pensando que com elas nada acontece. Chegamos a uma situação tão
degenerada quanto à nossa capacidade de tomar decisões que tendemos a quase
sempre decidir errado, com consequências negativas prontas a se manifestarem.
Assim sendo, somos seres
morais, isto quer dizer, temos a capacidade, por criação, de antecipar os
efeitos de nossas decisões e atos. Mas, degenerados como ficamos pelo efeito do
pecado, muitos seres humanos, a maioria, só focam
no que fazem, não nos efeitos. Muitos só
focam em seus supostos direitos, mas não mais nos deveres nem nas consequências
das suas ações. Estamos, como raça humana, perdendo a
originalidade à imagem e semelhança do Criador. É por isso que o mundo vai de mal
a pior.
Contudo,
nós, os que estamos na igreja verdadeira, ao menos muitos de nós, estamos
procurando ser transformados pelo poder do ESPÍRITO SANTO, nos tornando mais
semelhantes a JESUS, voltando à originalidade de seres morais capazes de
avaliarem seus atos e as repercussões. Estes estão no caminho da salvação.
1. Primeiro dia: Nossa dependência do
Criador
Há
diferenças entre os seres humanos e os animais. Somos parecidos com o Criador e
somos seres morais, que devem ter capacidade de avaliar os resultados dos seus
atos. Por isso também os seres humanos devem responder por atos que criam
problemas à natureza, aos animais, aos outros seres humanos e ao próprio que
agiu de forma incorreta. A conduta
dos animais depende do exemplo do ser humano. Quando
Adão e Eva foram criados, havia um perfeito equilíbrio em toda a criação, e esse
equilíbrio se manteria perpetuamente caso o primeiro casal e seus descendentes
se mantivessem fiéis ao padrão moral instituído por DEUS. Os seres morais têm algo que os demais
não possuem: consciência
ética, que se encontra no caráter.
São capazes de seguir princípios de vida de modo livre e consciente. Por meio
desses princípios são capazes de distinguir entre as decisões convenientes e as
inconvenientes. Portanto, os seres humanos tem algo que DEUS também tem: a capacidade de agir
livremente e de manter essa ação sempre em harmonia com tudo o mais que existe. Este é o
princípio de servir, não de ser servido!
Isto
se perdeu com a entrada do pecado. O ser humano agora tem bem mais propensão a
agir de modo inconveniente, pensando mais em si mesmo que nos outros. Agora
quer levar vantagem, ganhar mais, tomar do outro, dominar sobre o outro. Isso
nada tem a ver com a imagem e semelhança a DEUS, mas sim, a satanás. O trabalho
do ESPÍRITO SANTO é nos recriar gradativamente, segundo desejarmos, como
seríamos se nunca houvéssemos pecado. Então seremos verdadeiros cidadãos do
Reino de DEUS, capazes de amar o próximo como a nós mesmos.
No
princípio, ainda no Jardim do Éden, o casal foi submetido a um teste que só se
poderia aplicar a seres morais. Eles receberam total liberdade de comer dos
frutos de todas as árvores, menos de uma delas, chamada de “árvore do
conhecimento do bem e do mal”. Não havia nada de especial e de tentador nesta
árvore, senão que não devessem comer dela. Ela não os atrairia por algum aroma,
ou por alguma atração forte que devessem resistir; era para simplesmente não
comer e isso era tudo.Mas o que havia de especial estava em Adão e Eva,
a demonstração
da capacidade de obedecer a uma ordem do Criador, obedecer porque O amavam.
A
situação era a seguinte: Eles foram criados seres morais, isto é, com livre
arbítrio que possuíam conhecimento sobre os efeitos de seus atos. Sabiam perfeitamente que sua
vida dependia de sua relação de amor com o Criador, que lhes proveria uma boa
relação de amor entre eles, homem e mulher. Assim teriam condições de vida eterna
e feliz. Só com amor vale a pena viver sempre. Aliás, sem amor não se vive por
muito tempo, cada dia se morre um pouco mais, até que o corpo não suporte mais,
então tudo acaba. Assim como
a vida veio de DEUS, do mesmo modo, um ser criado, para continuar vivendo,
precisa estar ligado a DEUS, para continuar recebendo dEle a vida. A vida se origina somente em DEUS, seja
para o início da vida, seja durante todo o tempo em que se vive. Assim sendo,
sem DEUS ninguém vive plenamente, apenas por um tempo, enquanto envelhece para
morrer.
Se para se viver há
dependência de estar ligado a DEUS, porque dEle vem a vida de cada ser criado,
para morrer basta se desligar de DEUS. E o desligamento só pode ser feito por
separação da criatura com o Criador, e esta separação só há uma maneira de se
obter, por algum tipo de desobediência à Sua vontade, que sempre é boa e
favorável a uma vida feliz. No caso de Adão e Eva havia apenas uma
maneira deles se separarem da fonte de vida, comer daquela árvore. É que eles
desconheciam qualquer outra maneira. Se no Éden vivessem alguns seres humanos
de hoje, logo inventariam muitas outras maneiras de se tornarem mortais, como
por exemplo, inventar uma mentira, ou não santificar o dia de sábado, cortar
árvores, atirar uma pedra num animal, etc. Mas Adão e Eva não sabiam inventar
tais coisas, tinham, portanto, somente como opção de desobediência comer
daquele fruto proibido. Era esta a sua única opção de comprovação de que eram
seres morais, capazes de avaliar seus atos e de escolher entre algo bom e algo
ruim.
Como
descendentes de Adão e Eva, sabemos, com muita dor, o efeito da escolha feita
por eles, naquele trágico dia. Como seres
inteligentes e morais, hoje, deveríamos ser capazes não apenas de avaliar
nossos atos futuros, mas também de entender os atos passados, e entender seus
efeitos, muitos dos quais nós mesmos estamos sofrendo. Quase é de se perguntar: será que a
raça humana já não se distanciou demais para entender a razão de nosso
sofrimento? Certamente não, pois se assim fosse, a porta da graça já se teria
fechado. Se ainda DEUS permite a pregação do evangelho é porque nesse mundo
ainda nem tudo está perdido.
2. Segunda: A imagem
de DEUS
Toda
a natureza foi criada segundo um plano e cada planta ou criatura tem uma
estrutura física definida bem como um comportamento estabelecido. Cada um faz o
que lhe foi planejado pelo Criador. Com o ser humano é diferente. Foi criado à
imagem e semelhança de DEUS, do próprio Criador. E isso quer dizer o quê?
Ser conforme a imagem e
semelhança do Criador quer dizer que temos os traços físicos bem parecidos com
os do Criador e que temos um comportamento intelectual como Ele. Temos o que o Criador também tem, mas
nós somos limitados enquanto Ele é ilimitado. Vamos a alguns exemplos, além dos
traços físicos.
Somos
capazes de planejar para depois executar;
Somos
capazes de seguir princípios de vida e de amor;
Somos
capazes de trabalhar com base no que planejamos;
Somos
capazes de avaliar os efeitos de nossos atos;
Somos
capazes de refletir sobre todo tipo de assunto e de chegar a conclusões;
Somos
capazes de amar e de receber amor, isto quer dizer, de estabelecer um
relacionamento construtivo;
Somos
capazes de aprender indefinidamente e de aperfeiçoar nossas capacidades
intelectuais;
Se
DEUS é capaz de criar vida nós somos capazes de gerar vida;
Somos
capazes de estudar e de entender o funcionamento da natureza e de descobrir as
suas leis;
Atenção,
estas capacidades, e ainda outras, estão se perdendo rapidamente nestes últimos
dias, na medida em que os humanos se distanciam de DEUS.
Portanto, a partir
destas capacidades dadas por DEUS, os vegetais e os animais dependem do ser
humano para existirem. Como aqui entrou o pecado, essas
capacidades, acima, que DEUS nos deu, e mais outras, foram ao longo do tempo se
degenerando. Hoje, apesar de por um lado a ciência ter-se desenvolvido, por
outro lado, pela própria ciência o ser humano está destruindo o planeta. Essa é
uma destruição física e moral. Da destruição física vemos os efeitos
praticamente todos os dias, basta olhar para o clima. Quanto à destruição
moral, vemos a sociedade sofrendo por causa da violência, da imoralidade, das
drogas, da criminalidade, do terrorismo, das guerras, da corrupção, etc. Vemos
a destruição da família por outros costumes estranhos aos motivos da criação.
Tornando-se o ser humano cada vez mais avesso ao casamento entre homem e
mulher, até os animais já vem fazendo o mesmo. De um modo muito poderoso toda a
natureza depende do comportamento dos humanos, assim como estes dependem do
comportamento de DEUS. DEUS continua o mesmo, mas o homem, rebelado, somente
alguns poucos permitindo a transformação, desligou-se da fonte da vida e da
moralidade, e eis os resultados em todos os lugares. Nem a natureza não suporta
mais a ação irresponsável dos seres humanos. Nós, os que queremos ser salvos,
devemos ter consciência da necessidade da transformação para o que seríamos se
nunca tivéssemos pecado, outra vez à imagem e semelhança do Criador.
3. Terça:
Feitos do mesmo sangue
DEUS
criava pelo poder de Sua palavra. Assim fez a luz, preparou os mares, os
continentes e a atmosfera, plantou as ervas e as árvores, criou os pássaros, os
peixes e os animais. Mas o homem e a mulher Ele fez diferente. O homem Ele
moldou com Suas mãos com os elementos da terra e depois soprou de Seu próprio
fôlego em seu nariz, e este passou a ser alma vivente. O que significa esse
modo de DEUS criar o homem? Significa carinho, amor, intimidade. DEUS Se identifica com o
homem; este é a Sua imagem e semelhança. Foi com as mãos, detalhe por detalhe
que o grande Artista revelou Sua perícia e poder, mas também Seus sentimentos.
Depois
de algumas horas, DEUS decidiu pela última parte de Seu trabalho de criação –
Ele foi fazer a mulher. Fez Adão cair em profundo sono, como seria hoje a
anestesia, e lhe fez uma cirurgia tirando uma costela de seu lado esquerdo.
Preencheu aquele lugar como jamais outro seria capaz, deixando-o intacto.
Aquela costela com um pouco de carne tinha vida, a vida era Adão, e viera de
DEUS, que a fez aumentar de tamanho e a transformou, por um processo diferente
de tudo o que tinha feito até o momento, vindo a costela a ser um outro ser
vivo, uma mulher. Podemos ter certeza que ela era linda como jamais se viu algo
igual.
O que significava esta forma
de DEUS agir para criar a primeira mulher? DEUS disse que ela era idônea ao
homem, isto quer dizer, no mesmo nível intelectual. Portanto, nem ele e nem ela
dominariam, mas estariam sempre em acordo e harmonia, isto é, a idoneidade lhes
daria condições de um amar o outro. Atualmente não é mais bem assim. Em
razão da entrada do pecado o homem passou a dominar sobre a mulher. Passou a
valer mais a força física que a sabedoria do intelecto.
Atentemos
bem para esse ponto vital do relacionamento. Ele
não pode ser na base da força, mas a partir da inteligência e da capacidade de
avaliar os atos. JESUS disse que nós deveríamos amar uns aos outros assim
como nos amamos a nós mesmos. Isto quer
dizer que a base para tudo na criação de DEUS é pensar e agir de tal maneira
que sempre o resultado será felicidade em alguma outra pessoa. Por isso que JESUS disse que veio para
servir, não para ser servido. A lógica divina da vida é que vivamos para fazer
outros felizes, sempre!
Por
esse motivo DEUS moldou o corpo de Adão e dele tirou uma parte de seu corpo e
de sua vida para fazer a sua mulher. Ela é
parte de sua vida, carne de sua carne, sangue de seu sangue, vida de sua vida. São, a
rigor, dois seres, mas também um ser só pela intimidade do amor, que liga um
casal de tal maneira que se tornam um em afetos e desejos de felicidade. Isso
significa que a fórmula da felicidade está no amor, que por meio da intimidade
do que DEUS chamou “uma só carne” se amam tanto que serão capazes de duas
coisas incríveis e boas: uma gerar
felicidade no outro, e os dois juntos, gerarem uma nova vida. Esta nova vida virá ao mundo para ser
amada pelo casal, e assim se multiplica o amor, preenchendo a Terra toda.
Mas
o que vemos como realidade? Não é nada disso. Vemos divisões, facções e
competição. É por isso que o verdadeiro cristão, como não canso de escrever e
falar, não ingressa em nenhum esquema que divide, como por exemplo, torcer por
esse ou aquele time de futebol. Nada que
divide é de interesse daqueles que verdadeiramente estão se preparando para
serem salvos, pois eles passam aqui mesmo a viver como é o amor de DEUS. Nada deve
interferir no bom relacionamento entre estas pessoas.
Mas
o pecado cuidou para dividir as pessoas entre si. Hoje as pessoas, quando
encontram um desconhecido, não o veem como irmão, filho da mesma mulher, Eva.
As pessoas querem tirar as coisas umas das outras, querem fazer guerra, querem
ser mais que as outras, e assim por diante. É
evidente que assim não há condições do cultivo do amor, muito menos haverá
felicidade. Por isso o ser humano procura coisas para passar o tempo, como
baladas, festas loucas, esportes radicais, drogas, filmes horríveis,
glutonaria, e muito mais. O
ser humano precisa enganar a sua mente, pensando que é feliz. Mas nós, que
aguardamos a segunda vinda de CRISTO já aprendemos que a vida deve ser bem
diferente, e de fato, se somos autênticos, vivemos pelos princípios do amor que
une, não pelos princípios da competição que divide.
4. Quarta: O caráter
do nosso Criador
O
aspecto mais nobre de semelhança entre DEUS e nós é o caráter. Temos um cérebro
no qual se forma a mente dos pensamentos e do conhecimento. Na mente DEUS nos dotou de
uma capacidade especial, a de seguirmos princípios bons de vida. Um
conjunto de bons princípios de vida formam o que se conhece por caráter, ou
também, sabedoria. É a
capacidade de fazer o bem sempre visando um bom propósito. O
princípio mais nobre de caráter é o amor, aquela capacidade de servirmos aos
outros para que sejamos bem sucedidos no conjunto. E esse é o princípio elementar para
toda e qualquer sociedade com a finalidade de ser construtiva e ser feliz.
O amor sempre foca no outro,
sempre tem por objetivo beneficiar o semelhante, mas nunca esquece a si mesmo. Pelo princípio geral do amor, o
equilíbrio recomenda que se ame a todos, inclusive a nós mesmos, sempre na
mesma medida. Tente imaginar um lar onde todos se amam e todos sempre estão
predispostos a servirem aos outros. É
impossível que num lar assim ocorra um desentendimento, pois desejam servir,
não dominar. Onde entra
o espírito de superioridade, de querer ser mais, de querer mandar nos outros,
aí não pode haver harmonia; sempre haverá desconfiança e desentendimento. Por
isso aqueles que verdadeiramente desejam viver na sociedade perfeita de DEUS,
aqui mesmo deixam de
lado todo espírito de dominação e de superioridade, pois estas coisas nada tem
a ver com o caráter de DEUS.
Aliás,
é bem fácil perceber quem tem realmente desejo de ser como DEUS no caráter ou
de ser como satanás, que só quer dominar. Basta perguntar se torce por algum
time, não importa se de futebol ou outro tipo de esporte. Se ele tem alguma
predileção, não tem o caráter de DEUS, mas de satanás, pois querer ser mais que
o outro nada tem a ver com ser semelhante a DEUS.
Como
é o caráter de DEUS? Segundo os versos bíblicos selecionados pelo autor da
lição, Ele faz vir o Sol e a chuva sobre todos indistintamente, bons e maus.
JESUS morreu por todos, bons e maus. DEUS, a Trindade, serve a todos,
indistintamente. A salvação está disponível a todos.
Já
satanás é como os torcedores de futebol: ele tem seus prediletos e os demais
ele detesta e persegue, se possível, mata. No sistema de satanás a coisa é
terrível. Um bate no outro. Na Teoria do Evolucionismo dizem que o mais forte é
quem vence (como no futebol, acho um contrassenso um adventista do sétimo dia
ser fanático por jogo, e pior se for ministro do evangelho, que deveria ser
exemplo). Eles dizem que na luta entre fortes e fracos é que as raças se
purificam. Se tal coisa, absurda, fosse verdadeira, então a guerra não seria um
mal, mas uma solução. Nesse caso, deveríamos tratar de desencadear logo a Terceira
Guerra Mundial, pois com as armas poderosas que hoje existem, a raça humana
melhoraria sensivelmente… Mas que coisa absurda é esse Evolucionismo!
O
princípio do amor, desdobrado em Dez Mandamentos, é construtivo, mas o
princípio de satanás, que é o ódio, é destrutivo. O impressionante é que
satanás, astuto, conseguiu traduzir esse princípio no mesmo número de
Mandamentos como DEUS fez. Apenas com algumas modificações, e fez uma mistura
para enganar. Satanás sempre age assim: misturar muita coisa boa com alguma
coisa má, e assim consegue levar multidões ao engano. Estas modificações estão
no terceiro mandamento, o da idolatria, que caiu fora; o quarto mandamento que
foi alterado do sábado para o domingo e o décimo, que foi fracionado em dois.
Mas o que torna essas mudanças em princípio de satanás? Ora, não é difícil saber. O
que essas mudanças provocaram foi a ruptura da vinculação de amor com DEUS para
uma vinculação de escravidão a satanás. A idolatria e a santificação do domingo, o dia do não
criador.
Mas os outros mandamentos não
são bons? Sim, eles são bons, porém, estando as pessoas vinculadas ao princípio
do ódio, de nada adianta dizer “não matarás” ou “não furtarás”, pois isso tudo,
e outras coisas ruins mais, serão realizadas, porque o que domina é o
princípio, não o mandamento. Isto quer dizer, se amamos, nem
necessitaria estar escrito “não furtarás” ou “não dirás falso testemunho”, pois
quem ama não faz isso em hipótese alguma.
Nós, servos de DEUS, que
realmente almejamos a Nova Terra, onde reina o amor, devemos aqui mesmo formar
caráter semelhante a JESUS.
“O verdadeiro pesquisador que se esforça por ser semelhante a Jesus na palavra,
na vida e no caráter, contemplará seu Redentor, e, pela contemplação é
transformado à Sua imagem, porque almeja a mesma disposição de Espírito que
havia em Cristo Jesus, e por ela ora” (Testemunhos para Ministros e Obreiros
Evangélicos, págs. 121 e 122).
5. Quinta: Moralidade
e responsabilidade
Somos feitos com consciência
dos efeitos de nossos pensamentos e atos, e portanto, devemos responder por
eles. Mas,
por efeito da moderna educação, que deseduca, vemos hoje uma juventude que quer
seguir seus desejos e não interessa se prejudica outras pessoas. Com poucas
exceções os jovens atuais querem acelerar seus carros em alta velocidade,
fazendo muito barulho, drogados ou bêbados. E ninguém deve se importar com
isso. Querem equipar os carros com som poderoso e assim espalhar suas músicas
para mais de mil metros de distância, eles mesmos prejudicando seu sistema auditivo.
E não interessa se passam em frente a um hospital, escola ou igreja.
Só
os jovens? Não, os adultos também. Há os que querem enriquecer a todo custo,
seja roubando nos impostos, seja passando os clientes para trás, seja mentindo,
seja fazendo alianças estratégicas sempre com interesses de levar vantagem de
alguma maneira. E como brigam com o cônjuge! E como tratam mal seus filhos!
Destroem a natureza e reclamam dos efeitos climáticos. E quando algo de ruim
acontece com eles mesmos, e sempre é assim, DEUS é o culpado. Aprenderam isto
de Adão e Eva: alguém outro sempre deve ter a culpa. Por fim, culpam a DEUS.
Como se pode ter uma sociedade boa para se viver se as pessoas agem assim?
Quem tem a capacidade de
antecipar as consequências de seus pensamentos e atos, pela lógica natural das
coisas, deve também responder por essas consequências, assumindo sua
responsabilidade pelo que acontece a partir delas. Por exemplo, dia 20/12/12 a Presidente
do Brasil sancionou as novas regras da Lei Seca, que endurece o combate ao uso
do álcool na direção por parte dos condutores de veículos automotores. No dia
24/12 soube de um grande acidente em Pernambuco entre um caminhão e uma vã, que
transportava trabalhadores que iriam visitar seus familiares no natal. Vários
morreram. Qual foi a causa do acidente? O motorista do caminhão estava
alcoolizado. Ou esses motoristas respondem mesmo por seus atos, ou poderão
dobrar mais uma vez as multas e pouca coisa irá melhorar; mortes por causa da
bebida com álcool continuarão se sucedendo. Imagine uma lei assim: o motorista
encontrado alcoolizado perde a carteira na hora, paga multa pesada para um
fundo de amparo às vítimas desse tipo de motorista, e ele mesmo, deve pagar
pelo menos parte dos tratamentos de suas vítimas. Tudo com certo equilíbrio
para não castigar a família do mau motorista que geralmente também se torna
vítima. E o principal, uma fiscalização eficaz e não corrupta, que prende e
pune mesmo. Mas porque tanta dureza quanto à carteira de habilitação? Ora,
simples: depois que ele provocou um acidente, e pior ainda, provocou uma ou
mais mortes, só então recolher sua habilitação?
No
reino de DEUS não há espaço para a impunidade. Quem não se arrepende pagará
integralmente pelo que fez. E quem se arrepender, JESUS já fez este pagamento. Porém, alguém teve que arcar com as
consequências dos atos maus. Nada fica
sem que seja alguém responsabilizado, ou como a Bíblia prefere, seja espiado. Sem
esse requisito não há sociedade no Universo que funcione sem se degradar.
6. Aplicação
do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o
santo sábado:
Quando
era criança, conheci uma senhora cujo crâneo era alongado. Do queixo à parte
superior da cabeça era longo, e no restante, mais estreito que o normal. Essa
mulher caminhava pelas ruas, trabalhava e se comunicava como uma pessoa
perfeitamente normal. O que diriam os cientistas de hoje se ela tivesse vivido
há 4 mil anos? Que categoria criariam para ela? Certamente de algum elo
intermediário entre os ser humano atual e outra fase anterior. No entanto, esta
era uma mulher do século XX. Assim já conheci pessoas maravilhosas, gentis,
inteligentes, sorridentes, trabalhadoras, porém, com o corpo todo deformado, e
os membros também. Mas a mente era normal e inteligente como qualquer pessoa. Deve
ter havido algum problema genético, ou outro motivo para que nascesse assim,
mas se trata de um ser de nosso tempo, perfeitamente enquadrado com todos os
demais seres humanos. Alguns nascem pequenos, como os anões, outros ficam muito
altos, outras são pessoas lindas e outras não são bonitas, e muitas tem
defeitos físicos de todos os tipos. Mas nenhuma delas é um elo entre fases da
evolução, todas pertencem ao nosso tempo. Porém, se elas tivessem vivido há
alguns milhares de anos, certamente seriam vistas com o interesse dos
evolucionistas. As pessoas com problemas físicos dos tempos bem antigos por
certo estão servindo a estes interesses. Macacos com defeitos por certo servem
para a mesma finalidade. Que tal se encontrassem os ossos do gigante Golias por
aí? E se ao lado de seus ossos encontrassem os de um ser humano deformado? Que
tipo de história inventariam para explicar o achado?
Tempos
atrás, na Cidade de Santa Maria, RS, cientistas encontraram os restos mortais,
só ossos e junto algumas pedras, panelas de metal, pedaços de madeira, e mais
nada. O que li foi incrível: os cientistas conseguiram com tão pouco descrever
todo o sistema de vida daquelas pessoas, o que faziam, como viviam, como se
alimentavam, seu sistema social, etc. Houve um exercício de criatividade
artística impressionante. Mas o que não fizeram foi convidar outros cientistas
para darem suas versões sobre o achado, sem um saber do outro. Certamente cada
grupo inventaria uma interpretação diferente.
A
Bíblia está sendo coerente em seus relatos ao longo de todos os tempos. A
ciência acerta muitas vezes, mas também erra clamorosamente. Devemos ter
cuidado em que cremos.