sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

ES - Lição 5 - Criação e moralidade – 1º Trim, 2013





NOVO TEMPO LIÇÕES DA BÍBLIA


Lição 5 - Criação e moralidade










Lição 5 - 26 de janeiro a 2 de fevereiro


Criação e moralidade






Sábado à tarde
Ano Bíblico: Êx 28, 29

VERSO PARA MEMORIZAR: “O Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16, 17).


As pessoas gostam de falar sobre “direitos humanos”. Desde a Magna Carta (1215) à Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) e às várias declarações das Nações Unidas, é promovida a ideia de que os seres humanos possuem certos direitos “inalienáveis”, direitos que ninguém pode, legitimamente, tirar de nós. Pelo menos teoricamente, eles são nossos em virtude de sermos humanos.



As perguntas permanecem: Quais são esses direitos? Como devemos determinar o que eles representam? Esses direitos podem mudar? Em caso afirmativo, de que forma? Por que devemos, como seres humanos, ter esses direitos?



Em alguns países, por exemplo, as mulheres não tinham “direito” de votar até o século 20 (algumas nações ainda negam esse direito). No entanto, como um governo pode conceder às pessoas algo que já é seu “direito inalienável”? São perguntas difíceis, e suas respostas estão inseparavelmente ligadas à questão das origens humanas, tema do estudo da lição desta semana.

Domingo
Ano Bíblico: Êx 30, 31

Nossa dependência do Criador

Gênesis 2:7 descreve Deus criando Adão e apresenta o homem como ser moral inteligente, não como animal. O texto não diz, mas é possível imaginar Deus usando as mãos para moldar o pó na forma e tamanho pretendidos. Poderíamos pensar que o grande Soberano do Universo não Se inclinaria para sujar as mãos na criação do homem, mas a Bíblia revela o Criador como Alguém intimamente envolvido com a criação. As Escrituras registram muitas ocasiões em que Deus, voluntariamente, interagiu com a criação material. Os exemplos incluem Êxodo 32:15, 16; Lucas 4:40 e João 9:6. Na verdade, a encarnação de Cristo na humanidade, processo pelo qual Ele interagiu no dia a dia com o mundo criado de maneira muito semelhante à nossa, refuta a noção de que Deus não podia Se abaixar para “sujar as mãos” entre a humanidade.

1. Que ordem Deus deu a Adão? O que está implícito nessa ordem? Gn 2:16, 17
Podemos perguntar: Que direito Deus tinha de criar regras para Adão e Eva? Compare essa situação com a de uma criança em uma família. Os pais proveem à criança um lar e satisfação de necessidades. Eles a amam e têm em mente os melhores interesses dela. Visto que eles têm maior experiência e sabedoria, se a criança aceitar suas orientações, será poupada de muito sofrimento. Algumas crianças acham difícil cumprir ordens, mas é universalmente reconhecido que, enquanto a criança é dependente dos pais, ela é obrigada a aceitar suas regras. De maneira semelhante, uma vez que somos sempre dependentes de nosso Pai celestial para a vida e suas necessidades, sempre é apropriado aceitar a orientação de Deus. Visto que Ele é o Deus de amor, podemos confiar que Ele sempre proverá o que precisamos para nosso bem.

2. Como o salmista expressa nossa dependência de Deus? Que obrigações essa dependência coloca automaticamente sobre nós, especialmente no que diz respeito à maneira pela qual tratamos os outros? Sl 95:6, 7; Sl 100

Segunda
Ano Bíblico: Êx 32, 33



À imagem de Deus

3. Que atributo especial foi dado apenas aos seres humanos? Gn 1:26-28

O que é exatamente a “imagem de Deus”? Essa questão tem gerado muita discussão e as opiniões variam. Mas os versos apresentam alguns indícios sobre a natureza da ideia. Primeiro, observe que, ter sido feito à imagem de Deus sugere que parecemos com Deus em determinados aspectos. Um aspecto importante da imagem de Deus é que Ele deu aos seres humanos o domínio sobre as outras criaturas. Como Deus é soberano sobre tudo, assim Ele designou aos seres humanos uma parte dessa soberania, dando-lhes domínio sobre os peixes, aves e animais terrestres.



Note igualmente que Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem” (Gn 1:26, itálico acrescentado), isto é, uma imagem envolvendo a pluralidade da Divindade. Então, Ele criou os seres humanos do sexo masculino e feminino. A imagem de Deus não se expressa plenamente em um indivíduo, mas no relacionamento. Assim como a Divindade se manifesta em três Pessoas em relacionamento, também a imagem de Deus nos seres humanos se expressa no relacionamento entre homem e mulher. A capacidade de formar relacionamentos faz parte da imagem de Deus. Relacionamentos implicam em responsabilidade e prestação de contas, o que significa moralidade. Por isso, exatamente nesse texto temos um forte indício de como a moralidade encontra seu fundamento na história da criação.

4. Como a ideia de que os seres humanos foram feitos “à imagem de Deus” está claramente relacionada com o conceito de moralidade? Gn 9:6; Tg 3:9

Os seres humanos têm lutado por milênios com a questão da moralidade. Mesmo antes de conhecermos o que é a correta moralidade, o fato de sermos seres morais levanta uma série de questões profundas. Por que, ao contrário dos besouros, pulgas e até mesmo chimpanzés, os seres humanos têm uma consciência moral, um conceito que distingue entre o certo e o errado? Como seres feitos essencialmente de matéria amoral (quarks, gluóns, elétrons e assim por diante) podem estar cientes de conceitos morais? A resposta pode ser encontrada nos primeiros capítulos da Bíblia, que revelam que os seres humanos são criaturas morais feitas “à imagem de Deus.”

Terça
Ano Bíblico: Êx 34–36



Feitos do mesmo sangue

Em Gênesis 2:23, Adão recebeu a tarefa de dar nome à sua esposa, a quem chamou Havah. Essa palavra está relacionada com o verbo hebraico hayah, que significa “viver” (os judeus, às vezes, usam uma expressão semelhante, lehayim [à vida!], usada quando se faz um brinde). A palavra hebraica para “Eva” (Havah) pode ser traduzida como “doadora de vida”. O nome de Eva representa o fato de que ela é a ancestral de todos os seres humanos. Somos todos uma família no sentido mais literal.

5. Como Paulo vincula a fraternidade de toda a humanidade com a criação? At 17:26; Mt 23:9

Estamos unidos no sentido de que todos nós descendemos de uma mulher, Eva, e de um homem, Adão. E Deus é o Pai de todos nós. Esse fato é a base da igualdade humana. Imagine como seriam diferentes as relações humanas se todas as pessoas reconhecessem essa verdade importante. Se já precisamos de uma prova de que somos realmente caídos, e de como o pecado nos prejudicou, temos isso no triste fato de que os seres humanos, muitas vezes, tratam uns aos outros de maneira pior do que algumas pessoas tratam os animais.

6. De que maneira o livro de Provérbios nos ajuda a entender a ligação entre a moralidade e o fato de que fomos criados por Deus? Pv 14:31; 22:2

Muitos fatores têm dividido a humanidade: política, nacionalidade, etnia, e, claro, economia. O fator econômico é, sem dúvida, um dos mais importantes (embora nunca na medida que Karl Marx previu: os trabalhadores do mundo nunca se uniram; em vez disso, lutaram uns contra os outros com base na sua nacionalidade). Hoje, como sempre, os pobres e os ricos frequentemente consideram uns aos outros com desconfiança e desprezo. Quantas vezes esses sentimentos têm levado à violência, e até mesmo à guerra! As causas da pobreza e a solução para ela são questões que ainda nos deixam perplexos (Mt 26:11), Mas uma coisa é certa na Palavra de Deus: ricos ou pobres, todos nós merecemos a dignidade que é nossa em virtude de nossas origens.



Anos atrás, depois que o darwinismo se tornou moda, alguns justificaram a exploração dos pobres pelos ricos com base no “darwinismo social”, com o seguinte raciocínio: Visto que, no mundo natural, o forte domina e explora os fracos, por que o mesmo princípio não deve ser aplicado na economia? Esse é outro exemplo de que uma compreensão correta das origens é fundamental para a compreensão da moralidade.

Quarta
Ano Bíblico: Êx 37, 38



O caráter do nosso Criador

Deus nos criou à Sua imagem, o que significa, entre outras coisas, que Ele desejou que tivéssemos um caráter parecido com o Seu. Isto é, devemos ser semelhantes a Ele, tanto quanto humanamente possível (note: ser como Deus não é a mesma coisa que aspirar a ser Deus, uma diferença crucial). Para ser como Deus, no sentido de refletir Seu caráter, devemos ter uma compreensão adequada do que é esse caráter.

7. O que Jesus ensinou sobre o caráter de Deus e também sobre o modo pelo qual devemos refletir esse caráter em nossa vida? Mt 5:44-48




8. O que a parábola do bom samaritano ensina sobre o caráter de Deus e como ele deve ser refletido na humanidade? Lc 10:29-37; Fp 2:1-8

A história contada por Jesus envolve dois homens de grupos diferentes e antagônicos. Mas Jesus mostrou que eles eram próximos. Cada um deles estava dentro da esfera de responsabilidade do outro, e Deus Se agradou quando as diferenças foram postas de lado e um tratou o outro com bondade e compaixão.



Que contraste é visto entre os princípios do reino de Deus e os princípios do governo de Satanás! Deus chama o forte a cuidar do fraco, enquanto os princípios de Satanás exigem a eliminação dos fracos pelos fortes. Deus criou um mundo de relacionamentos pacíficos, mas Satanás distorceu as coisas de modo tão completo que muitos consideram a sobrevivência do mais apto o padrão normal de conduta.



Se o processo perverso de seleção natural (em que os fortes dominam os fracos) tivesse sido o meio pelo qual viemos à existência, por que deveríamos agir de modo diferente? Se aceitarmos esse ponto de vista e promovermos nossos interesses, em detrimento dos menos “naturalmente selecionados”, deixaremos de seguir a Deus, e os princípios da natureza, da maneira que Ele ordenou.

De quais outras maneiras você percebe que a compreensão das nossas origens afeta nossos conceitos morais?

Quinta
Ano Bíblico: Êx 39, 40

Moralidade e responsabilidade

9. Examine o sermão de Paulo em Atenas (At 17:16-31). Siga a linha de raciocínio que ele usou, observando não somente o início, mas o fim do sermão. O que é tão importante na conclusão dessa mensagem, especialmente com relação à questão das origens e da moralidade?

O sermão de Paulo aos intelectuais de Atenas começou com a criação e terminou com o juízo. De acordo com Paulo, o Deus que fez o mundo e tudo que nele há estabeleceu um dia em que julgará o mundo. Ser dotado de moralidade implica responsabilidade, e todos nós seremos responsáveis pelos nossos atos e nossas palavras (Ec 12:14; Mt 12:36, 37).

10. Que ensinos bíblicos estão claramente ligados à moralidade? Ap 20:11-13; Mt 25:31-40

Todos os seres humanos enfrentarão o juízo. A diferença entre os dois grupos na parábola de Jesus é a maneira pela qual cada pessoa tratou os que estavam em necessidade. O Criador está interessado no modo pelo qual Suas criaturas humanas tratam os semelhantes, em especial os necessitados. Não há lugar no Céu para o princípio da seleção natural, que é contrária ao caráter do Deus da paz.



A Bíblia nos dá a certeza de que a justiça, tão escassa neste mundo, um dia será concedida pelo próprio Deus. Além disso, a ideia de juízo implica uma ordem moral: Por que Deus julgaria, e ainda mais, puniria, se não houvesse padrões morais pelos quais as pessoas pudessem ser julgadas?

Pense na realidade e certeza do juízo. Por que, então, o evangelho e a promessa de salvação em Cristo são tão importantes para que tenhamos segurança no juízo?

Sexta
Ano Bíblico: Lv 1–4

Estudo adicional

Os conceitos bíblicos de moralidade são inseparáveis dos conceitos bíblicos sobre as origens. Reconhecer Adão como o primeiro ser humano refuta a possibilidade de que quaisquer fósseis tivessem sido ancestrais de Adão ou de outros seres humanos. De onde, então, esses fósseis vieram? Existem várias outras possibilidades.



Primeira, os fósseis de humanoides (semelhantes aos seres humanos) podem ter formas de seres humanos com inteligência normal, mas com padrões de crescimento diferentes de qualquer ser humano moderno. Uma segunda possibilidade é que os fósseis podem ter sido degenerados, devido ao seu próprio estilo de vida, estresse ambiental ou outros fatores. Uma terceira possibilidade é que eles podem ter resultado de tentativas diretas de Satanás para corromper a criação de maneiras que não entendemos. Outra possibilidade é que eles não eram seres humanos, mas semelhantes na sua forma. Visto que não temos evidência direta para resolver a questão, é melhor evitar ser dogmáticos em nossas especulações. Os fósseis não vêm com etiquetas fixadas que dizem “Made in China [Feito na China] 500 milhões de anos atrás”. Nossa compreensão da história da Terra, que varia muito entre os cientistas, provê um sistema de referência dentro do qual interpretamos os fósseis, mas não temos prova de nossas interpretações.

Perguntas para reflexão



1. O que aconteceria se não houvesse um Criador que estabelecesse uma ordem moral sobre a humanidade? De onde viriam os conceitos morais?



2. Como nossa visão de criação influencia nossas opiniões sobre questões atuais como a eutanásia, clonagem, aborto, etc.?



3. Um cidadão local que dedicava seu tempo para guiar passeios no campo de concentração nazista de Dachau começava o roteiro falando sobre a teoria da evolução de Charles Darwin, sugerindo que a teoria de Darwin conduziu ao drama de Dachau e outros similares. Qual é a lógica óbvia dessa linha de raciocínio? De que maneiras ela poderia ser defeituosa?

Respostas sugestivas: 1. Eles não deveriam comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se dela comessem, morreriam. A desobediência produz morte. 2. Devemos adorar ao Senhor porque Ele nos criou. Somos Suas ovelhas. Deus cuida de nós e nos sustenta. Devemos compartilhar a bondade e o cuidado do Criador. 3. Recebemos o domínio sobre o ambiente e as criaturas da Terra. 4. O homem, criado à imagem de Deus, não deveria matar nem derramar sangue de outros seres humanos, porque isso seria contrário ao caráter de Deus. 5. De um só, Deus fez toda a humanidade. Somos todos irmãos, filhos do mesmo Criador. 6. Quem oprime o pobre insulta o Criador, mas quem tem compaixão do necessitado honra o Senhor; Deus é o Criador do rico e do pobre. 7. Deus faz o Sol nascer sobre maus e bons, faz chover sobre justos e injustos. Devemos refletir a perfeição divina ao amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem. 8. Deus teve compaixão dos feridos e sofredores. Ele enviou Jesus Cristo para resgatar a humanidade caída no pecado. Cristo foi um servo humilde. Devemos imitar Sua atitude. 9. Paulo começou elogiando e falando dos pontos em comum entre sua crença e a dos atenienses. Depois destacou o fato de que Deus é Criador, soberano sobre a criação e juiz de todos. Deus oferece a todos a oportunidade de arrependimento. 10. O juízo final. Nossas obras serão julgadas com base na lei e no caráter de Deus.



ESCOLA SABATINA






Resumo da Lição 5 – Criação e moralidade



Texto-chave: Gênesis 9:4-6



O aluno deverá...



Saber: A importância da criação para a moral e ética cristãs.
Sentir: A diferença entre a moralidade baseada na criação e a moralidade baseada na evolução.



Fazer: Aprender a ter uma vida de serviço abnegado, especialmente para com aqueles sobre os quais exercemos poder.



Esboço



I. Saber: A importância da criação para a moralidade



A. Que diferença a nossa crença sobre as origens faz para a moralidade e a ética?



B. Qual é o papel do relativismo na ética? Até que ponto a crença na criação influencia e molda essa discussão?



C. Explique a doutrina da dignidade humana e seu papel na vida cristã.



II. Sentir: Como a criação molda o senso de moralidade



A. O que as diferentes implicações da criação e evolução para a moralidade significam para mim?



B. Como a minha crença na criação molda minha auto-estima e minha visão do valor dos outros?



C. Como, por sua vez, essa visão deve me inspirar a tratar as pessoas com quem entro em contato?



III. Fazer: Uma vida de serviço abnegado



A. Como posso aplicar à minha vida os princípios morais derivados da criação?



B. Quais são algumas das maneiras pelas quais a minha crença na criação pode me tornar mais altruísta e voltado a servir os outros, especialmente aqueles sobre os quais eu exerço poder?



Resumo: O que acreditamos sobre as origens tem importantes implicações morais. A moralidade da criação encoraja a crença em padrões fixos de certo e errado e nos chama a utilizar o nosso domínio para servir e proteger aquilo sobre o que temos poder. A evolução, por outro lado, estabelece o espírito de ostentação do poder pessoal, de exploração e opressão sobre os fracos, a fim de promover o interesse próprio.



Ciclo do aprendizado



Motivação



Conceito-chave para o crescimento espiritual: As nossas crenças sobre as origens têm importantes implicações morais.



Só para o professor: Enfatize que a crença na criação, conforme a descrição de Gênesis 1, estabelece a base para um tipo de moralidade significativamente diferente da moralidade sugerida pela evolução.

Desde que Charles Darwin publicou seu tratado sobre a evolução, tem sido discutido se a evolução tem implicações morais. De modo geral, pouco trabalho erudito foi feito para investigar essa questão, mas houve agitação popular alegando que o darwinismo é prejudicial à moralidade e ética judaico-cristãs tradicionais. Desde 1950, um pequeno, mas crescente número de pensadores instruídos têm sondado a questão de como a teoria da evolução poderia afetar a ética tradicional.



Julian Huxley argumentou que a moralidade é um produto da evolução e, assim, "todos os padrões de certo e errado deve, de alguma forma, estar relacionado ao movimento desse processo [evolução] ao longo do tempo" (T. H. Huxley e Julian Huxley, Touchstone for Ethics [Teste da Ética: 1893-1943; New York, Harper and Brothers, 1947, p. 131). Esse argumento mostra que a cosmovisão evolutiva favorece o relativismo na moral. Essa observação, no entanto, é apenas o começo do impacto da evolução sobre a moralidade. Na próxima etapa do Ciclo do Aprendizado, contrastaremos diferentes implicações morais entre Gênesis 1 e a teoria de Darwin.



Pergunta de abertura: Que diferença existe entre o comportamento dos que aplicam os princípios de Gênesis 1 e o dos que aplicam os princípios evolucionistas?



Compreensão



Só para o professor: A criação fornece os elementos fundamentais para a moralidade cristã, especialmente o conceito de santidade e dignidade da pessoa humana. A criação introduz uma ética do poder pessoal que nos chama a servir em vez de explorar os menos favorecidos do que nós, sejam seres humanos ou animais.

Comentário Bíblico



I. A imagem de Deus e o poder da razão
(Recapitule com a classe Gn 9:4-6.)



Quando Deus ordenou a humanidade a se abster de comer do fruto de uma árvore, vemos o homem destacado como tendo uma característica ausente nos animais. Ellen G. White comenta: "A primeira grande lição moral dada a Adão foi a da abnegação. As rédeas do governo de si mesmo foram colocadas em suas mãos. Juízo, razão e consciência deviam manter o controle” (The Advent Review and Herald [Revista e Arauto do Advento], 24 de fevereiro de 1874). Assim, os seres humanos foram distinguidos dos animais, ao receberem a capacidade única de reconhecer as opções do livre-arbítrio e avaliá-las com base em um padrão mais elevado do que seus próprios desejos e necessidades. O relato da criação oferece a base para o estabelecimento do direito divino de colocar sobre nós exigências fundamentadas em Sua autoridade.



O cristianismo tem uma longa tradição de igualar a imagem de Deus com o poder da razão. Um desafio a isso vem do evolucionista James Rachels, que argumenta que a razão deve ter evoluído gradualmente e, portanto, não é única á humanidade. Nós meramente temos mais e, por isso, somos diferentes dos animais apenas quantitativamente. No entanto, parece claro que uma opção melhor do que apenas a razão pode ser oferecida. Outro evolucionista, Robert Wright, reconhece que os seres humanos são únicos em natureza, pois somente os seres humanos possuem um senso moral. Wright descobriu algo importante. Nosso senso moral é realmente único e ainda reflete o senso moral de Deus. Assim, ter um senso moral parece constituir a ideia central do que significa ser feito à imagem de Deus, especialmente quando essa ideia está ligada ao domínio.



Duas questões surgem da ideia de ser feito à imagem de Deus. A primeira é a santidade da vida humana. Gênesis 9:4-6 protege a vida humana da morte por meio de animais ou seres humanos porque o homem foi feito à imagem de Deus. Alguma coisa no fato de ser feito à imagem de Deus fornece uma base para considerar o assassinato moralmente errado. Assim, a ética judaico-cristã tende a projetar um nível maior de proteção moral aos seres humanos do que aos não humanos. Assim, se a casa está sendo incendiada, e podemos salvar APENAS um cão ou um bebê, escolhemos o bebê como tendo direito a uma proteção maior como um ser humano à imagem de Deus. Rachels argumenta que a evolução mina a doutrina da dignidade humana, em parte, ao enfraquecer a ideia de que o homem foi feito à imagem de Deus. Se a evolução materialista foi o agente da criação, então Deus não estava ativamente planejando e formando e, assim, não podem existir seres humanos feitos à Sua imagem.



Podemos construir outro contraste moral entre Gênesis 1 e a evolução. Na evolução, o interesse próprio é a norma que rege. Os fortes não ajudam os fracos, mas os oprimem e exploram. Mas na criação antes da queda, não havia opressão e exploração. Ao contrário, Adão e Eva deviam "servir e proteger" a natureza, usando seu poder para cuidar dela, não para explorar ("servir e proteger" é uma tradução muito literal do texto hebraico de Gênesis 2:15).



O domínio humano devia imitar o domínio divino, pelo menos no estilo. Já em Gênesis 1, podemos ver o princípio moral da abnegação que se esvazia para o bem dos outros, como descrito em Filipenses 2:5-7. Ser criado à imagem de Deus não é apenas ter domínio e poder de avaliar moralmente as escolhas, mas significa ter uma vida dedicada à não exploração e ao serviço abnegado ao mundo que nos rodeia. Explorar qualquer dos filhos de Deus física, sexual ou emocionalmente é uma atitude darwiniana, que viola a imagem de Deus no agressor, por mais arruinada que ela já esteja.



Pense nisto: Se dissermos que Deus criou através do processo evolutivo, como essa visão pode alterar os fundamentos da nossa visão da dignidade e valor humanos?



Aplicação



Só para o professor: Nossas crenças sobre as origens afeta a maneira pela qual tomamos decisões agora. A criação nos chama ao serviço altruísta, enquanto a evolução nos chama a ser um dos mais aptos que sobrevivem. As perguntas a seguir são planejadas para analisar essas diferenças.



Perguntas para reflexão



Se uma pessoa vive de forma consistente os princípios de Gênesis 1 ou da evolução, como pode o criacionista se comportar de modo diferente do evolucionista:



1. Na vida familiar?



2. Na vida profissional?



3. Na comunidade?



Criatividade



Só para o professor: Esta atividade toma as perguntas anteriores e as personaliza. Incentive os alunos a pensar no significado dessas questões para sua vida pessoal. Use a seguinte atividade para encorajar a introspecção pessoal, mesmo que as respostas não sejam compartilhadas com a classe.

Atividade para discussão: Como posso ser mais orientado para a criação, vivendo uma vida de serviço altruísta, partilhando bênçãos com os outros:



1. No meu lar?



2. Na minha vida profissional?



3. Na minha comunidade?



COMENTÁRIO SEMANAL



Verso para memorizar: “O Senhor DEUS lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gên. 2:16, 17).

Introdução de sábado à tarde

O ser humano foi criado à imagem e semelhança do Criador. Isso quer dizer, tem capacidade de tomar decisões de modo complexo. Os animais também decidem, mas com eles é diferente de como decidem os seres humanos racionais. Nós, à semelhança de DEUS, somos capazes de decidir e de avaliar as repercussões das decisões. Por exemplo, se decidimos fazer uma viagem, somos capazes de planejar essa viagem para que ela seja a melhor, de providenciar o que for necessário para que tudo dê certo; somos capazes de decidir a velocidade do automóvel para evitar o quanto possível os acidentes; somos capazes de saber que devemos revisar o automóvel, e assim por diante.Sabemos que decisões têm consequências e temos poder para antecipar essas consequências e decidir para obter resultados favoráveis e evitar resultados indesejáveis.

Portanto, o ser humano deve responder pelo que decide. Se sabemos, por exemplo, que dirigir embriagado é perigoso, que pode resultar em acidente, e inclusive coloca em risco a vida, então, se agirmos assim, devemos responder com alguma punição. Ou seja, nem seria necessário haver alguma lei proibindo dirigir embriagado. Seres racionais deveriam saber que isso é imprudência. Mas o ser humano afastou-se de DEUS, e já não tem mais boa noção das consequências de seus atos. E o afastamento vem aumentando, portanto, se não houver leis severas e fiscalização contínua, as pessoas simplesmente dirigirão embriagadas pensando que com elas nada acontece. Chegamos a uma situação tão degenerada quanto à nossa capacidade de tomar decisões que tendemos a quase sempre decidir errado, com consequências negativas prontas a se manifestarem.
Assim sendo, somos seres morais, isto quer dizer, temos a capacidade, por criação, de antecipar os efeitos de nossas decisões e atos. Mas, degenerados como ficamos pelo efeito do pecado, muitos seres humanos, a maioria, só focam no que fazem, não nos efeitos. Muitos só focam em seus supostos direitos, mas não mais nos deveres nem nas consequências das suas ações. Estamos, como raça humana, perdendo a originalidade à imagem e semelhança do Criador. É por isso que o mundo vai de mal a pior.

Contudo, nós, os que estamos na igreja verdadeira, ao menos muitos de nós, estamos procurando ser transformados pelo poder do ESPÍRITO SANTO, nos tornando mais semelhantes a JESUS, voltando à originalidade de seres morais capazes de avaliarem seus atos e as repercussões. Estes estão no caminho da salvação.
  
1.      Primeiro dia:  Nossa dependência do Criador

Há diferenças entre os seres humanos e os animais. Somos parecidos com o Criador e somos seres morais, que devem ter capacidade de avaliar os resultados dos seus atos. Por isso também os seres humanos devem responder por atos que criam problemas à natureza, aos animais, aos outros seres humanos e ao próprio que agiu de forma incorreta. A conduta dos animais depende do exemplo do ser humano. Quando Adão e Eva foram criados, havia um perfeito equilíbrio em toda a criação, e esse equilíbrio se manteria perpetuamente caso o primeiro casal e seus descendentes se mantivessem fiéis ao padrão moral instituído por DEUS. Os seres morais têm algo que os demais não possuem: consciência ética, que se encontra no caráter. São capazes de seguir princípios de vida de modo livre e consciente. Por meio desses princípios são capazes de distinguir entre as decisões convenientes e as inconvenientes. Portanto, os seres humanos tem algo que DEUS também tem: a capacidade de agir livremente e de manter essa ação sempre em harmonia com tudo o mais que existe. Este é o princípio de servir, não de ser servido!

Isto se perdeu com a entrada do pecado. O ser humano agora tem bem mais propensão a agir de modo inconveniente, pensando mais em si mesmo que nos outros. Agora quer levar vantagem, ganhar mais, tomar do outro, dominar sobre o outro. Isso nada tem a ver com a imagem e semelhança a DEUS, mas sim, a satanás. O trabalho do ESPÍRITO SANTO é nos recriar gradativamente, segundo desejarmos, como seríamos se nunca houvéssemos pecado. Então seremos verdadeiros cidadãos do Reino de DEUS, capazes de amar o próximo como a nós mesmos.

No princípio, ainda no Jardim do Éden, o casal foi submetido a um teste que só se poderia aplicar a seres morais. Eles receberam total liberdade de comer dos frutos de todas as árvores, menos de uma delas, chamada de “árvore do conhecimento do bem e do mal”. Não havia nada de especial e de tentador nesta árvore, senão que não devessem comer dela. Ela não os atrairia por algum aroma, ou por alguma atração forte que devessem resistir; era para simplesmente não comer e isso era tudo.Mas o que havia de especial estava em Adão e Eva, a demonstração da capacidade de obedecer a uma ordem do Criador, obedecer porque O amavam.

A situação era a seguinte: Eles foram criados seres morais, isto é, com livre arbítrio que possuíam conhecimento sobre os efeitos de seus atos. Sabiam perfeitamente que sua vida dependia de sua relação de amor com o Criador, que lhes proveria uma boa relação de amor entre eles, homem e mulher. Assim teriam condições de vida eterna e feliz. Só com amor vale a pena viver sempre. Aliás, sem amor não se vive por muito tempo, cada dia se morre um pouco mais, até que o corpo não suporte mais, então tudo acaba. Assim como a vida veio de DEUS, do mesmo modo, um ser criado, para continuar vivendo, precisa estar ligado a DEUS, para continuar recebendo dEle a vida. A vida se origina somente em DEUS, seja para o início da vida, seja durante todo o tempo em que se vive. Assim sendo, sem DEUS ninguém vive plenamente, apenas por um tempo, enquanto envelhece para morrer.

Se para se viver há dependência de estar ligado a DEUS, porque dEle vem a vida de cada ser criado, para morrer basta se desligar de DEUS. E o desligamento só pode ser feito por separação da criatura com o Criador, e esta separação só há uma maneira de se obter, por algum tipo de desobediência à Sua vontade, que sempre é boa e favorável a uma vida feliz. No caso de Adão e Eva havia apenas uma maneira deles se separarem da fonte de vida, comer daquela árvore. É que eles desconheciam qualquer outra maneira. Se no Éden vivessem alguns seres humanos de hoje, logo inventariam muitas outras maneiras de se tornarem mortais, como por exemplo, inventar uma mentira, ou não santificar o dia de sábado, cortar árvores, atirar uma pedra num animal, etc. Mas Adão e Eva não sabiam inventar tais coisas, tinham, portanto, somente como opção de desobediência comer daquele fruto proibido. Era esta a sua única opção de comprovação de que eram seres morais, capazes de avaliar seus atos e de escolher entre algo bom e algo ruim.

Como descendentes de Adão e Eva, sabemos, com muita dor, o efeito da escolha feita por eles, naquele trágico dia. Como seres inteligentes e morais, hoje, deveríamos ser capazes não apenas de avaliar nossos atos futuros, mas também de entender os atos passados, e entender seus efeitos, muitos dos quais nós mesmos estamos sofrendo. Quase é de se perguntar: será que a raça humana já não se distanciou demais para entender a razão de nosso sofrimento? Certamente não, pois se assim fosse, a porta da graça já se teria fechado. Se ainda DEUS permite a pregação do evangelho é porque nesse mundo ainda nem tudo está perdido.

2.      Segunda: A imagem de DEUS

Toda a natureza foi criada segundo um plano e cada planta ou criatura tem uma estrutura física definida bem como um comportamento estabelecido. Cada um faz o que lhe foi planejado pelo Criador. Com o ser humano é diferente. Foi criado à imagem e semelhança de DEUS, do próprio Criador. E isso quer dizer o quê?
Ser conforme a imagem e semelhança do Criador quer dizer que temos os traços físicos bem parecidos com os do Criador e que temos um comportamento intelectual como Ele. Temos o que o Criador também tem, mas nós somos limitados enquanto Ele é ilimitado. Vamos a alguns exemplos, além dos traços físicos.
Somos capazes de planejar para depois executar;
Somos capazes de seguir princípios de vida e de amor;
Somos capazes de trabalhar com base no que planejamos;
Somos capazes de avaliar os efeitos de nossos atos;
Somos capazes de refletir sobre todo tipo de assunto e de chegar a conclusões;
Somos capazes de amar e de receber amor, isto quer dizer, de estabelecer um relacionamento construtivo;
Somos capazes de aprender indefinidamente e de aperfeiçoar nossas capacidades intelectuais;
Se DEUS é capaz de criar vida nós somos capazes de gerar vida;
Somos capazes de estudar e de entender o funcionamento da natureza e de descobrir as suas leis;
Atenção, estas capacidades, e ainda outras, estão se perdendo rapidamente nestes últimos dias, na medida em que os humanos se distanciam de DEUS.
Portanto, a partir destas capacidades dadas por DEUS, os vegetais e os animais dependem do ser humano para existirem. Como aqui entrou o pecado, essas capacidades, acima, que DEUS nos deu, e mais outras, foram ao longo do tempo se degenerando. Hoje, apesar de por um lado a ciência ter-se desenvolvido, por outro lado, pela própria ciência o ser humano está destruindo o planeta. Essa é uma destruição física e moral. Da destruição física vemos os efeitos praticamente todos os dias, basta olhar para o clima. Quanto à destruição moral, vemos a sociedade sofrendo por causa da violência, da imoralidade, das drogas, da criminalidade, do terrorismo, das guerras, da corrupção, etc. Vemos a destruição da família por outros costumes estranhos aos motivos da criação. Tornando-se o ser humano cada vez mais avesso ao casamento entre homem e mulher, até os animais já vem fazendo o mesmo. De um modo muito poderoso toda a natureza depende do comportamento dos humanos, assim como estes dependem do comportamento de DEUS. DEUS continua o mesmo, mas o homem, rebelado, somente alguns poucos permitindo a transformação, desligou-se da fonte da vida e da moralidade, e eis os resultados em todos os lugares. Nem a natureza não suporta mais a ação irresponsável dos seres humanos. Nós, os que queremos ser salvos, devemos ter consciência da necessidade da transformação para o que seríamos se nunca tivéssemos pecado, outra vez à imagem e semelhança do Criador.

3.      Terça: Feitos do mesmo sangue

DEUS criava pelo poder de Sua palavra. Assim fez a luz, preparou os mares, os continentes e a atmosfera, plantou as ervas e as árvores, criou os pássaros, os peixes e os animais. Mas o homem e a mulher Ele fez diferente. O homem Ele moldou com Suas mãos com os elementos da terra e depois soprou de Seu próprio fôlego em seu nariz, e este passou a ser alma vivente. O que significa esse modo de DEUS criar o homem? Significa carinho, amor, intimidade. DEUS Se identifica com o homem; este é a Sua imagem e semelhança. Foi com as mãos, detalhe por detalhe que o grande Artista revelou Sua perícia e poder, mas também Seus sentimentos.

Depois de algumas horas, DEUS decidiu pela última parte de Seu trabalho de criação – Ele foi fazer a mulher. Fez Adão cair em profundo sono, como seria hoje a anestesia, e lhe fez uma cirurgia tirando uma costela de seu lado esquerdo. Preencheu aquele lugar como jamais outro seria capaz, deixando-o intacto. Aquela costela com um pouco de carne tinha vida, a vida era Adão, e viera de DEUS, que a fez aumentar de tamanho e a transformou, por um processo diferente de tudo o que tinha feito até o momento, vindo a costela a ser um outro ser vivo, uma mulher. Podemos ter certeza que ela era linda como jamais se viu algo igual.

O que significava esta forma de DEUS agir para criar a primeira mulher? DEUS disse que ela era idônea ao homem, isto quer dizer, no mesmo nível intelectual. Portanto, nem ele e nem ela dominariam, mas estariam sempre em acordo e harmonia, isto é, a idoneidade lhes daria condições de um amar o outro. Atualmente não é mais bem assim. Em razão da entrada do pecado o homem passou a dominar sobre a mulher. Passou a valer mais a força física que a sabedoria do intelecto.

Atentemos bem para esse ponto vital do relacionamento. Ele não pode ser na base da força, mas a partir da inteligência e da capacidade de avaliar os atos. JESUS disse que nós deveríamos amar uns aos outros assim como nos amamos a nós mesmos. Isto quer dizer que a base para tudo na criação de DEUS é pensar e agir de tal maneira que sempre o resultado será felicidade em alguma outra pessoa. Por isso que JESUS disse que veio para servir, não para ser servido. A lógica divina da vida é que vivamos para fazer outros felizes, sempre!
Por esse motivo DEUS moldou o corpo de Adão e dele tirou uma parte de seu corpo e de sua vida para fazer a sua mulher. Ela é parte de sua vida, carne de sua carne, sangue de seu sangue, vida de sua vida. São, a rigor, dois seres, mas também um ser só pela intimidade do amor, que liga um casal de tal maneira que se tornam um em afetos e desejos de felicidade. Isso significa que a fórmula da felicidade está no amor, que por meio da intimidade do que DEUS chamou “uma só carne” se amam tanto que serão capazes de duas coisas incríveis e boas: uma gerar felicidade no outro, e os dois juntos, gerarem uma nova vida. Esta nova vida virá ao mundo para ser amada pelo casal, e assim se multiplica o amor, preenchendo a Terra toda.

Mas o que vemos como realidade? Não é nada disso. Vemos divisões, facções e competição. É por isso que o verdadeiro cristão, como não canso de escrever e falar, não ingressa em nenhum esquema que divide, como por exemplo, torcer por esse ou aquele time de futebol. Nada que divide é de interesse daqueles que verdadeiramente estão se preparando para serem salvos, pois eles passam aqui mesmo a viver como é o amor de DEUS. Nada deve interferir no bom relacionamento entre estas pessoas.

Mas o pecado cuidou para dividir as pessoas entre si. Hoje as pessoas, quando encontram um desconhecido, não o veem como irmão, filho da mesma mulher, Eva. As pessoas querem tirar as coisas umas das outras, querem fazer guerra, querem ser mais que as outras, e assim por diante. É evidente que assim não há condições do cultivo do amor, muito menos haverá felicidade. Por isso o ser humano procura coisas para passar o tempo, como baladas, festas loucas, esportes radicais, drogas, filmes horríveis, glutonaria, e muito mais. O ser humano precisa enganar a sua mente, pensando que é feliz. Mas nós, que aguardamos a segunda vinda de CRISTO já aprendemos que a vida deve ser bem diferente, e de fato, se somos autênticos, vivemos pelos princípios do amor que une, não pelos princípios da competição que divide.

4.      Quarta: O caráter do nosso Criador

O aspecto mais nobre de semelhança entre DEUS e nós é o caráter. Temos um cérebro no qual se forma a mente dos pensamentos e do conhecimento. Na mente DEUS nos dotou de uma capacidade especial, a de seguirmos princípios bons de vida. Um conjunto de bons princípios de vida formam o que se conhece por caráter, ou também, sabedoria. É a capacidade de fazer o bem sempre visando um bom propósito. O princípio mais nobre de caráter é o amor, aquela capacidade de servirmos aos outros para que sejamos bem sucedidos no conjunto. E esse é o princípio elementar para toda e qualquer sociedade com a finalidade de ser construtiva e ser feliz.

O amor sempre foca no outro, sempre tem por objetivo beneficiar o semelhante, mas nunca esquece a si mesmo. Pelo princípio geral do amor, o equilíbrio recomenda que se ame a todos, inclusive a nós mesmos, sempre na mesma medida. Tente imaginar um lar onde todos se amam e todos sempre estão predispostos a servirem aos outros. É impossível que num lar assim ocorra um desentendimento, pois desejam servir, não dominar. Onde entra o espírito de superioridade, de querer ser mais, de querer mandar nos outros, aí não pode haver harmonia; sempre haverá desconfiança e desentendimento. Por isso aqueles que verdadeiramente desejam viver na sociedade perfeita de DEUS, aqui mesmo deixam de lado todo espírito de dominação e de superioridade, pois estas coisas nada tem a ver com o caráter de DEUS.

Aliás, é bem fácil perceber quem tem realmente desejo de ser como DEUS no caráter ou de ser como satanás, que só quer dominar. Basta perguntar se torce por algum time, não importa se de futebol ou outro tipo de esporte. Se ele tem alguma predileção, não tem o caráter de DEUS, mas de satanás, pois querer ser mais que o outro nada tem a ver com ser semelhante a DEUS.

Como é o caráter de DEUS? Segundo os versos bíblicos selecionados pelo autor da lição, Ele faz vir o Sol e a chuva sobre todos indistintamente, bons e maus. JESUS morreu por todos, bons e maus. DEUS, a Trindade, serve a todos, indistintamente. A salvação está disponível a todos.

Já satanás é como os torcedores de futebol: ele tem seus prediletos e os demais ele detesta e persegue, se possível, mata. No sistema de satanás a coisa é terrível. Um bate no outro. Na Teoria do Evolucionismo dizem que o mais forte é quem vence (como no futebol, acho um contrassenso um adventista do sétimo dia ser fanático por jogo, e pior se for ministro do evangelho, que deveria ser exemplo). Eles dizem que na luta entre fortes e fracos é que as raças se purificam. Se tal coisa, absurda, fosse verdadeira, então a guerra não seria um mal, mas uma solução. Nesse caso, deveríamos tratar de desencadear logo a Terceira Guerra Mundial, pois com as armas poderosas que hoje existem, a raça humana melhoraria sensivelmente… Mas que coisa absurda é esse Evolucionismo!

O princípio do amor, desdobrado em Dez Mandamentos, é construtivo, mas o princípio de satanás, que é o ódio, é destrutivo. O impressionante é que satanás, astuto, conseguiu traduzir esse princípio no mesmo número de Mandamentos como DEUS fez. Apenas com algumas modificações, e fez uma mistura para enganar. Satanás sempre age assim: misturar muita coisa boa com alguma coisa má, e assim consegue levar multidões ao engano. Estas modificações estão no terceiro mandamento, o da idolatria, que caiu fora; o quarto mandamento que foi alterado do sábado para o domingo e o décimo, que foi fracionado em dois. Mas o que torna essas mudanças em princípio de satanás? Ora, não é difícil saber. O que essas mudanças provocaram foi a ruptura da vinculação de amor com DEUS para uma vinculação de escravidão a satanás. A idolatria e a santificação do domingo, o dia do não criador.

Mas os outros mandamentos não são bons? Sim, eles são bons, porém, estando as pessoas vinculadas ao princípio do ódio, de nada adianta dizer “não matarás” ou “não furtarás”, pois isso tudo, e outras coisas ruins mais, serão realizadas, porque o que domina é o princípio, não o mandamento. Isto quer dizer, se amamos, nem necessitaria estar escrito “não furtarás” ou “não dirás falso testemunho”, pois quem ama não faz isso em hipótese alguma.

Nós, servos de DEUS, que realmente almejamos a Nova Terra, onde reina o amor, devemos aqui mesmo formar caráter semelhante a JESUS. “O verdadeiro pesquisador que se esforça por ser semelhante a Jesus na palavra, na vida e no caráter, contemplará seu Redentor, e, pela contemplação é transformado à Sua imagem, porque almeja a mesma disposição de Espírito que havia em Cristo Jesus, e por ela ora” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 121 e 122).

5.      Quinta: Moralidade e responsabilidade

Somos feitos com consciência dos efeitos de nossos pensamentos e atos, e portanto, devemos responder por eles. Mas, por efeito da moderna educação, que deseduca, vemos hoje uma juventude que quer seguir seus desejos e não interessa se prejudica outras pessoas. Com poucas exceções os jovens atuais querem acelerar seus carros em alta velocidade, fazendo muito barulho, drogados ou bêbados. E ninguém deve se importar com isso. Querem equipar os carros com som poderoso e assim espalhar suas músicas para mais de mil metros de distância, eles mesmos prejudicando seu sistema auditivo. E não interessa se passam em frente a um hospital, escola ou igreja.

Só os jovens? Não, os adultos também. Há os que querem enriquecer a todo custo, seja roubando nos impostos, seja passando os clientes para trás, seja mentindo, seja fazendo alianças estratégicas sempre com interesses de levar vantagem de alguma maneira. E como brigam com o cônjuge! E como tratam mal seus filhos! Destroem a natureza e reclamam dos efeitos climáticos. E quando algo de ruim acontece com eles mesmos, e sempre é assim, DEUS é o culpado. Aprenderam isto de Adão e Eva: alguém outro sempre deve ter a culpa. Por fim, culpam a DEUS. Como se pode ter uma sociedade boa para se viver se as pessoas agem assim?

Quem tem a capacidade de antecipar as consequências de seus pensamentos e atos, pela lógica natural das coisas, deve também responder por essas consequências, assumindo sua responsabilidade pelo que acontece a partir delas. Por exemplo, dia 20/12/12 a Presidente do Brasil sancionou as novas regras da Lei Seca, que endurece o combate ao uso do álcool na direção por parte dos condutores de veículos automotores. No dia 24/12 soube de um grande acidente em Pernambuco entre um caminhão e uma vã, que transportava trabalhadores que iriam visitar seus familiares no natal. Vários morreram. Qual foi a causa do acidente? O motorista do caminhão estava alcoolizado. Ou esses motoristas respondem mesmo por seus atos, ou poderão dobrar mais uma vez as multas e pouca coisa irá melhorar; mortes por causa da bebida com álcool continuarão se sucedendo. Imagine uma lei assim: o motorista encontrado alcoolizado perde a carteira na hora, paga multa pesada para um fundo de amparo às vítimas desse tipo de motorista, e ele mesmo, deve pagar pelo menos parte dos tratamentos de suas vítimas. Tudo com certo equilíbrio para não castigar a família do mau motorista que geralmente também se torna vítima. E o principal, uma fiscalização eficaz e não corrupta, que prende e pune mesmo. Mas porque tanta dureza quanto à carteira de habilitação? Ora, simples: depois que ele provocou um acidente, e pior ainda, provocou uma ou mais mortes, só então recolher sua habilitação?

No reino de DEUS não há espaço para a impunidade. Quem não se arrepende pagará integralmente pelo que fez. E quem se arrepender, JESUS já fez este pagamento. Porém, alguém teve que arcar com as consequências dos atos maus. Nada fica sem que seja alguém responsabilizado, ou como a Bíblia prefere, seja espiado. Sem esse requisito não há sociedade no Universo que funcione sem se degradar.

6.      Aplicação do estudo  Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

Quando era criança, conheci uma senhora cujo crâneo era alongado. Do queixo à parte superior da cabeça era longo, e no restante, mais estreito que o normal. Essa mulher caminhava pelas ruas, trabalhava e se comunicava como uma pessoa perfeitamente normal. O que diriam os cientistas de hoje se ela tivesse vivido há 4 mil anos? Que categoria criariam para ela? Certamente de algum elo intermediário entre os ser humano atual e outra fase anterior. No entanto, esta era uma mulher do século XX. Assim já conheci pessoas maravilhosas, gentis, inteligentes, sorridentes, trabalhadoras, porém, com o corpo todo deformado, e os membros também. Mas a mente era normal e inteligente como qualquer pessoa. Deve ter havido algum problema genético, ou outro motivo para que nascesse assim, mas se trata de um ser de nosso tempo, perfeitamente enquadrado com todos os demais seres humanos. Alguns nascem pequenos, como os anões, outros ficam muito altos, outras são pessoas lindas e outras não são bonitas, e muitas tem defeitos físicos de todos os tipos. Mas nenhuma delas é um elo entre fases da evolução, todas pertencem ao nosso tempo. Porém, se elas tivessem vivido há alguns milhares de anos, certamente seriam vistas com o interesse dos evolucionistas. As pessoas com problemas físicos dos tempos bem antigos por certo estão servindo a estes interesses. Macacos com defeitos por certo servem para a mesma finalidade. Que tal se encontrassem os ossos do gigante Golias por aí? E se ao lado de seus ossos encontrassem os de um ser humano deformado? Que tipo de história inventariam para explicar o achado?
Tempos atrás, na Cidade de Santa Maria, RS, cientistas encontraram os restos mortais, só ossos e junto algumas pedras, panelas de metal, pedaços de madeira, e mais nada. O que li foi incrível: os cientistas conseguiram com tão pouco descrever todo o sistema de vida daquelas pessoas, o que faziam, como viviam, como se alimentavam, seu sistema social, etc. Houve um exercício de criatividade artística impressionante. Mas o que não fizeram foi convidar outros cientistas para darem suas versões sobre o achado, sem um saber do outro. Certamente cada grupo inventaria uma interpretação diferente.

A Bíblia está sendo coerente em seus relatos ao longo de todos os tempos. A ciência acerta muitas vezes, mas também erra clamorosamente. Devemos ter cuidado em que cremos.