domingo, 13 de janeiro de 2013

ES - Lição 3 - A criação concluída – 1º Trim, 2013







NOVO TEMPO LIÇÕES DA BÍBLIA - Lição 3 


A criação concluída










Lição 3 de 12 a 19 de janeiro

A criação concluída





Sábado à tarde
Ano Bíblico: Gn 37–39

VERSO PARA MEMORIZAR: “Havendo Deus terminado no dia sétimo a Sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito” (Gn 2:2).

Leituras da semana: Gn 1; Sl 8:3; Rm 8:19-22; Lv 11:14-22; Gn 2:1-3; Mc 2:28

A lição desta semana considera a breve descrição bíblica dos últimos três dias da criação e do repouso do sábado. Essa descrição é encontrada em Gênesis 1–2:1-3, mas existem numerosas referências a ela em outras partes das Escrituras. Um dos aspectos mais impressionantes do relato da criação é sua divisão em dias de criação. Por que o Senhor escolheu criar o ciclo de tempo de sete dias que chamamos de semana?

As Escrituras não respondem diretamente, mas podemos procurar indícios. Talvez o mais importante seja o próprio sábado, que reserva um momento especial para a comunhão entre Deus e a humanidade. Pode ser que Deus tenha estabelecido a semana para proporcionar um período de tempo adequado para o trabalho comum, mas com um período regular de tempo separado como lembrete de nosso relacionamento com Ele (
Mc 2:28). Isso ajudaria os seres humanos a lembrar que Deus é o verdadeiro provedor e que somos totalmente dependentes dEle.

Seja qual for a razão, é evidente que o relato de Gênesis revela uma criação realizada com grande cuidado e propósito. Nada foi deixado ao acaso.

Domingo
Ano Bíblico: Gn 40–42

Sol, Lua e estrelas

1. Que ações são mencionadas no quarto dia da criação? Como devemos entender isso, especialmente em face da nossa atual compreensão do mundo físico? Gn 1:14-19

O quarto dia provavelmente tenha sido mais debatido do que qualquer dos outros seis dias da criação. Se o Sol foi criado no quarto dia, como foram produzidos os ciclos diários dos três primeiros dias? Por outro lado, se o Sol já existia, o que aconteceu no quarto dia?

A incerteza sobre os eventos do quarto dia da criação não surge de uma contradição lógica, mas de uma pluralidade de possibilidades. Uma possibilidade é a de que o Sol tenha sido criado no quarto dia, e a luz para os três primeiros dias tenha vindo da presença de Deus ou de outra fonte, como uma supernova. 
Apocalipse 21:23 se harmoniza com essa ideia, visto que o Sol não será necessário na cidade celestial, porque Deus estará ali. Uma segunda possibilidade é a de que as funções do Sol, da Lua e das estrelas tenham sido designadas nesse momento.

O 
Salmo 8:3 parece concordar com essa visão. O estudioso hebreu John C. Collins escreveu que o texto hebraico de Gênesis 1:14 pode permitir qualquer uma dessas duas possibilidades (veja John C. Collins, Genesis 1–4: A Linguistic, Litterary, and Theological Commentary [Gênesis 1–4: Um Comentário Linguístico, Literário e Teológico]; Phillipsburg, New Jersey; P & R Publishing Co., 2006, p. 57).

Uma terceira possibilidade é a de que o Sol já existisse, mas estivesse obscurecido por nuvens ou poeira vulcânica e não fosse visível ou totalmente funcional até o quarto dia. Essa possibilidade pode ser comparada com a condição do planeta Vênus, em que uma situação semelhante ocorre hoje.

O texto não parece apoiar claramente nem excluir nenhuma dessas interpretações, embora isso não impeça a manifestação de fortes opiniões sobre o tema. É provavelmente uma boa regra não dar a uma questão mais significação do que aquela que a Bíblia apresenta, e devemos reconhecer que nossa compreensão é limitada. Esse reconhecimento, especialmente na área da criação, não devia ser tão difícil de aceitar. Afinal, pense em quantos mistérios científicos existem atualmente, ou seja, eles estão aí para a investigação da ciência experimental, mas ainda permanecem mistérios. Algo encoberto tão longe no passado não seria muito mais misterioso?

Segunda
Ano Bíblico: Gn 43–45

Criação das aves e animais marinhos

2. Existe evidência bíblica para uma criação feita de modo aleatório? Gn 1:20-23

As águas e a atmosfera foram povoadas no quinto dia da criação. Muitos viram a relação entre o segundo e o quinto dia da criação. As águas foram separadas pela atmosfera no segundo dia, e ambas foram cheias de criaturas viventes no quinto dia. Os eventos da criação parecem ter ocorrido em uma sequência que reflete um padrão intencional, mostrando o cuidado e organização da atividade de Deus. Em outras palavras, nada no relato da criação oferece algum espaço para o acaso.

Note que tanto as criaturas das águas quanto as do ar são mencionadas no plural, indicando que uma diversidade de organismos foi criada no quinto dia. Cada ser criado foi abençoado com a capacidade de ser fecundo e se multiplicar. A diversidade estava presente desde o princípio. Não houve um único ancestral a partir do qual todas as outras espécies surgiram, mas cada espécie parece ter sido dotada com a possibilidade de produzir variedades de indivíduos. Por exemplo, mais de 400 espécies identificadas se desenvolveram a partir do pombo comum (http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_pigeon_breeds; acessado em 13/08/2012). Pelo menos 27 espécies de peixe-dourado são conhecidas. Aparentemente, Deus deu a cada uma de Suas criaturas o potencial de produzir grande variedade de descendentes diferentes, somando-se à diversidade da criação.

No 
verso 21, Deus viu que as criaturas que Ele havia feito eram boas. Isso indica que elas foram bem projetadas, eram atrativas aos olhos, livres de defeitos, e participavam harmoniosamente do propósito da criação.

Poucos seres vivos despertam mais nossa imaginação e admiração do que as aves. Elas são criaturas maravilhosamente planejadas. Suas penas são leves, mas fortes; rijas, mas flexíveis. As partes de uma pena de voo são mantidas juntas por complexos conjuntos de minúsculos filamentos que proveem uma amarração forte, mas leve. O pulmão de uma ave é projetado de modo a obter oxigênio quando inala e também quando exala. Isso proporciona o elevado nível de oxigênio necessário para um voo potente. Esse resultado é conseguido pela presença de bolsas de ar em alguns dos ossos. Essas bolsas atuam para manter o fluxo de oxigênio e, ao mesmo tempo, para tornar mais leve o corpo da ave, fazendo com que seja mais fácil manter e controlar o voo. As aves foram incrivelmente formadas.

Com tudo isso em mente, leia Mateus 10:29-31. Que conforto você pode encontrar nessas palavras?

Terça
Ano Bíblico: Gn 46, 47

Criação dos animais terrestres

De acordo com Gênesis 1:24-31, os animais terrestres e os seres humanos foram criados no sexto dia. Assim como existe uma correlação entre o segundo e o quinto dia, uma correlação também é vista entre a separação da terra e do mar, no terceiro dia, e a povoação da terra no sexto dia. Isso lembra novamente a sequência ordenada e intencional dos eventos da criação, coerente com um Deus de ordem (compare com 1Co 14:33).

Assim como aconteceu com as criaturas criadas no quinto dia, o texto indica que uma pluralidade de espécies foi criada no sexto dia da criação. Também foi criada uma diversidade de animais selvagens, rebanhos domésticos e répteis.

Não há um ancestral único de todos os animais terrestres. Em vez disso, Deus criou muitas linhagens distintas e separadas.

Note a expressão “segundo a sua espécie”, ou expressões semelhantes em 
Gênesis 1:11, 21, 24, 25. Alguns tentam usar essa expressão para apoiar a ideia de “espécies” fixas, uma ideia tirada da filosofia grega. Os antigos gregos pensavam que cada indivíduo fosse uma expressão imperfeita de um ideal imutável, conhecido como uma espécie. No entanto, a fixidez das espécies não é compatível com o ensinamento bíblico de que toda a natureza sofre com a maldição do pecado (Rm 8:19-22). Sabemos que as espécies mudaram, como expressam as maldições de Gênesis 3 (Ellen G. White escreveu sobre a “tríplice maldição” sobre a Terra – após a queda, após o pecado de Caim e depois do Dilúvio), e como pode ser visto nos parasitas e predadores que causam tanto sofrimento e violência. O significado da expressão “segundo a sua espécie” é mais bem compreendido quando se analisa o contexto em que ela foi usada.

3. Como a expressão “segundo a sua espécie”, ou uma expressão equivalente é aplicada em outros textos bíblicos? Como esses exemplos nos ajudam a entender essa expressão em Gênesis 1? Gn 6:20; 7:14; Lv 11:14-22

A expressão “segundo a sua espécie”, ou equivalente, não deve ser interpretada como uma regra de reprodução. Ao contrário, ela se refere ao fato de que havia diversos tipos de criaturas envolvidas nas respectivas histórias. Algumas traduções da Bíblia usam a expressão “de vários tipos”, que parece mais fiel ao contexto. Em vez de se referir à fixidez das espécies, a expressão se refere à diversidade de criaturas criadas no sexto dia. Desde o tempo da criação, tem havido muitos tipos de plantas e animais.

Quarta
Ano Bíblico: Gn 48–50

Trabalho acabado

Depois que a obra da criação foi concluída em seis dias (estudaremos a criação da humanidade posteriormente), encontramos a primeira menção bíblica ao sétimo.

4. Leia Gênesis 2:1-3. Observe especialmente o verso 1, que enfatiza a conclusão de tudo o que Deus tinha feito. Por que isso é tão importante em nossa compreensão do significado do sétimo dia?

Nesse texto, o termo hebraico para descanso é Shabat, intimamente relacionado com a palavra sábado. Ele indica a cessação do trabalho após a conclusão de um projeto. Deus não estava cansado nem com necessidade de repouso. Ele havia terminado Sua obra de criação; então, parou. A bênção especial de Deus repousa sobre o sétimo dia. O sábado não é apenas “abençoado”, mas também “santificado”, o que transmite a ideia de ser separado e especialmente dedicado ao Senhor. Assim, Deus deu um significado especial ao sábado no contexto do relacionamento entre Ele e os seres humanos.

5. De acordo com Jesus, qual é o propósito do sábado? Mc 2:27, 28

Observe que o sábado não foi feito porque Deus tivesse uma necessidade, mas porque o homem tinha uma necessidade, para a qual Deus fez provisão. No fim dessa primeira semana, Deus descansou de Seus atos de criação e dedicou Seu tempo ao relacionamento com Suas criaturas. Os seres humanos necessitavam de comunhão com seu Criador a fim de entender seu lugar no Universo. Imagine a alegria e admiração que Adão e Eva experimentaram à medida que conversavam com Deus e contemplavam o mundo feito por Ele. A sabedoria dessa provisão para o descanso se tornou ainda mais evidente depois do pecado. Precisamos do descanso sabático, para que não percamos a visão de Deus e para que não sejamos envolvidos pelo materialismo e excesso de trabalho.

Deus nos ordena dedicar um sétimo de nossa vida para a lembrança do ato de criação. O que isso deve nos dizer sobre a importância desse princípio? Como você pode aprender a ter uma experiência mais profunda e mais rica com o Senhor ao descansar no sábado como Ele fez?

Quinta
Ano Bíblico: Êx 1–4

O dia literal

6. Quais são os componentes dos dias da criação? Alguma coisa nos versos indica que esses não foram dias literais de 24 horas? Gn 1:5, 8, 31

A natureza dos dias da criação tem sido objeto de muita discussão. Alguns questionaram se esses foram dias normais ou se podem representar períodos de tempo muito mais longos. A descrição que o texto faz dos dias da criação responde a essa questão. Os dias são compostos por tarde (período escuro) e manhã (período de luz) e são numerados sucessivamente. Isto é, os dias são apresentados de uma forma que mostra muito claramente que eles têm a mesma forma dos dias que temos hoje, uma noite e uma manhã, um período de escuridão e um período de luz. É difícil ver como a declaração poderia ser mais clara ou explícita na descrição dos dias semanais. A repetida expressão “Houve tarde e manhã” enfatiza o aspecto literal de cada dia.

7. Que indicação temos de que todos os sete dias da semana da criação foram dias literais? Lv 23:3

Os antigos hebreus não tinham dúvida quanto à natureza do dia de sábado. Era um dia de duração normal, mas trazia uma bênção especial de Deus. Observe a comparação explícita da semana de seis dias de trabalho do Senhor com nossa semana de trabalho de seis dias, e a comparação correspondente do dia de descanso para Deus e para nós (veja também Êx 20:9, 11). Até mesmo muitos estudiosos que rejeitam a ideia de que esses foram dias literais costumam admitir que os escritores da Bíblia entendiam que o texto se referia a dias literais.

Muito importante para nosso relacionamento com Deus é nossa confiança nEle e em Sua Palavra. Se não podemos confiar na Palavra de Deus, em algo tão fundamental e tão explicitamente afirmado como a criação de Gênesis em seis dias literais, a respeito do que podemos confiar nEle?

Sexta
Ano Bíblico: Êx 5–8

Estudo adicional

Alguns apelam para textos como o Salmo 90:4 e 2 Pedro 3:8 ao argumentar que cada dia da criação na verdade representa mil anos. Essa conclusão não é sugerida pelo texto nem resolve o problema criado por aqueles que pensam que esses dias representam bilhões de anos.

Além disso, se os dias em Gênesis representassem longos períodos, poderíamos esperar encontrar uma sucessão no registro fóssil que coincidisse com a sucessão dos organismos vivos criados nos sucessivos seis “dias” da criação. Assim, os primeiros fósseis devem ser plantas, que foram criadas no terceiro “dia.” Em seguida devem ser os primeiros animais aquáticos e os animais do ar. Finalmente, devemos encontrar os primeiros animais terrestres. O registro fóssil não corresponde a essa sequência. Criaturas da água vêm antes que as plantas, e criaturas terrestres vêm antes das criaturas do ar. As árvores fósseis, primeiros frutos e plantas com flores aparecem depois de todos esses outros grupos. O único ponto de semelhança é que os seres humanos aparecem por último em ambos os relatos.

“Cada dia consecutivo da criação […] consistiu de tarde e manhã, como todos os outros dias que se seguiram” (Ellen G. White, 
Patriarcas e Profetas, p. 112).

“Mas a suposição dos incrédulos, de que a realização dos eventos da primeira semana exigiu sete períodos extensos e indefinidos, atinge diretamente o fundamento do sábado do quarto mandamento. Ela torna indefinido e obscuro o que Deus deixou muito claro. É o pior tipo de infidelidade, pois para muitos que professam crer no relato da criação, essa é uma infidelidade disfarçada” (Ellen G. White, Spiritual Gifts [Dons Espirituais], v. 3, p. 91).

Perguntas para reflexão

1. Por que é importante entender que a ciência, mesmo com todo o bem que ela faz, ainda tem muitas limitações?

2. Tudo que a ciência tem para estudar é um mundo caído, muito diferente, em muitos aspectos, da criação original. Por que é importante manter essa verdade sempre diante de nós?

Respostas sugestivas: 1. Deus estabeleceu o Sol, a Lua e as estrelas para separar o dia da noite e para marcar estações, dias e anos, bem como para iluminar a Terra. Não sabemos se a luz dos primeiros três dias da criação foi a luz do Sol, ou outro tipo de luz, mas isso para Deus não teria sido um problema. 2. Não, porque Deus ordenou que as águas e o firmamento se enchessem de criaturas viventes de variadas espécies, planejadas com muita criatividade. 3. O termo “espécie” se refere aos tipos básicos a partir dos quais se desenvolveram as subespécies identificadas atualmente. Isso mostra que Deus criou uma diversidade de “espécies” desde o princípio. 4. Em Sua obra, Deus não deixou nada incompleto. Ele criou tudo. O sábado é um tempo separado para celebrar a conclusão da perfeita criação de Deus. 5. O sábado foi feito por causa do homem, para benefício físico e espiritual da humanidade. 6. Noite e dia, parte escura e parte clara. Os versos indicam que esses dias foram literais, cada um deles tendo 24 horas. 7. Devemos trabalhar durante seis dias e no sétimo, descansar. Trata-se da semana literal, com dias literais.


ESCOLA SABATINA





Resumo da Lição 3 – A criação concluída

Texto-chave: Gênesis 1

O aluno deverá...

Conhecer: As evidências textuais que mostram que Gênesis 1 foi escrito como uma narrativa histórica.

Sentir: A importância das diferentes maneiras de abordar o texto bíblico.

Fazer: Abordar o texto bíblico com base no próprio texto da Bíblia, sem utilizar ideias não bíblicas na interpretação.

Esboço
I. Conhecer: A autenticidade histórica de Gênesis 1

A. Algumas pessoas questionam se o gênero literário de 
Gênesis 1 é narrativa histórica ou algo mais simbólico, tal como poesia. Que evidências em Gênesis 1 ajudam a responder essa pergunta?

B. Como a palavra hebraica para "dia" ajuda a responder essa pergunta?

C. Como a construção hebraica vav consecutivo (que significa "mas" ou "e") ajuda a responder a essa pergunta?

II. Sentir: Reverência ao abordar a Palavra
A. Por que a maneira de abordar o texto bíblico é tão importante?

B. Como podemos cultivar um sentimento de reverência e temor a Deus em nossa abordagem do texto bíblico?

III. Fazer: Interpretando as Escrituras com as Escrituras
A. Como você pode melhor abordar o texto bíblico sem corromper a mensagem com ideias externas?

B. Como você pode abordar e interpretar a Bíblia com base em seu próprio texto?

Resumo: Nossa maneira de abordar a história da criação dá o tom da nossa abordagem em relação ao restante da Bíblia. Métodos de reinterpretação, concebidos para tornar o livro de Gênesis mais agradável à mente moderna, às vezes mostram semelhanças com relação ao modo pelo qual alguns cristãos reinterpretam o texto bíblico para tornar o sábado mais aceitável para uma sociedade orientada para o domingo. A interpretação bíblica não deve ser conduzida ou influenciada pelo desejo humano, mas deve permitir que a Bíblia interprete a si mesma.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Como tratamos o texto bíblico?

A Escritura deve interpretar a si mesma, ou devemos introduzir ideias da sociedade moderna, a fim de tornar a mensagem mais agradável?

Só para o professor: Sua tarefa é ajudar os alunos a compreenderem a importância da correta interpretação das Escrituras para sua fé e crescimento espiritual.

Nossa maneira de abordar um texto pode ter um grande impacto sobre o significado da mensagem recebida. Como a maneira de abordar o texto de Gênesis 1 afeta a sua mensagem para nós?

Se tratássemos os textos, e-mails e cartas de nossos cônjuges ou colegas de trabalho com a mesma indiferença ou desprezo com que alguns tratam o texto de 
Gênesis 1, o que aconteceria com nosso casamento e carreira profissional? Jesus levantou uma questão semelhante, quando perguntou: "Qual pai, entre vocês, se o filho lhe pedir ume peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? (Lc 11:11, 12, NVI). Se acreditamos que Deus inspirou as mensagens dos autores bíblicos, até que ponto podemos usar a criatividade na tarefa de interpretar Gênesis 1? Os dias de Gênesis 1 devem ser reinterpretados da forma que o pai, na ilustração de Jesus, "reinterpretou" um peixe por uma cobra? Ou devemos procurar evidências internas quanto à maneira correta de compreender Gênesis 1?

Atividade de abertura: Você já pensou que havia comunicado algo de maneira muito clara, mas descobriu que o destinatário fez uma interpretação muito criativa, para deixar de lado o seu objetivo pretendido? Como você se sentiu diante dessa interpretação criativa de sua mensagem?

Compreensão

Só para o professor: Gênesis 1 provê um caso de teste útil e conveniente para examinar a questão da maneira de abordar e interpretar o texto bíblico.

Comentário Bíblico

Fatos flexíveis versus verdade fixa: o desafio da evolução à crença na criação recente (Recapitule com a classe Gn 1.)

Criacionistas da Terra jovem tratam Gênesis 1 como um franco relato histórico que mostra como Deus fez o mundo em seis dias literais, consecutivos e contíguos. A teoria científica atual apresenta dificuldades para essa visão. Como resultado, alguns cristãos tentar resolver essa dissonância.

Uma alternativa nega a inspiração das Escrituras, relegando histórias, tais como 
Gênesis 1, ao status de relíquias do passado pré-científico da humanidade. Embora admitam que o autor de Gênesis pretendesse ensinar uma semana da criação literal, em sete dias, eles afirmam que o autor estava cientificamente errado. Outros tentam afirmar tanto a inspiração das Escrituras quanto a autoridade da teoria científica atual. Uma tática frequente é afirmar que Gênesis 1 é um tipo de gênero literário diferente da narrativa histórica, permitindo a compreensão dos dias da criação como não literais e em harmonia com cronologias longas. No entanto, ao olhar para o próprio texto, encontramos desafios a tais afirmações.

Primeiro, quando a palavra hebraica para dia (yom) aparece no Antigo Testamento com um número ordinal (primeiro, segundo, etc.), a combinação sempre representa um dia literal. Além disso, a presença das palavras tarde e manhã em Gênesis 1, torna difícil fugir do óbvio: o autor claramente pretendia que entendêssemos o relato basicamnete como uma história cronológica com dias reais.

Segundo, há uma construção hebraica chamada de "vav consecutivo", que é uma característica da narrativa histórica hebraica (vav é uma conjunção que geralmente equivale a "e" ou "mas" em inglês. O vav consecutivo é usado em uma história que relata uma sequência de eventos consecutivos nas narrativas históricas.)

Todas as histórias clássicas em Gênesis, incluindo o Dilúvio e o sacrifício de Isaque, estão generosamente potilhadas com vav consecutivos. Por outro lado, vav consecutivos são raramente usados em gêneros poéticos, como Salmos e literatura sapiencial. Visto que Gênesis 1 emprega mais de quarenta vav consecutivos, temos forte evidência de que o autor sentia que estava escrevendo uma narrativa histórica. Mas por que isso poderia ser importante?

Reinterpretações de 
Gênesis 1 tentam tornar a história da criação mais agradável para a mente moderna, em detrimento da leitura óbvia do texto, levantando questões sobre a autoridade bíblica. Sendo assim, há alguma semelhança com as tentativas de reinterpretar o claro significado do sábado, especialmente o aspecto do sétimo dia, a fim de tornar um dos mandamentos de Deus mais aceitável a uma sociedade orientada para o domingo. Os defensores da ideia de que o relato ´bíblico é "literal-mas-errado" imitam o método do catolicismo medieval, que admitiu que a Bíblia ensina o sábado do sétimo dia, mas alegou que havia uma autoridade maior do que a Escritura, permitindo a mudança de interpretação. E outros cristãos, tentando afirmar a autoridade bíblica e ao mesmo tempo a dimensão do sétimo dia do sábado, introduzem diversas reinterpretações textuais semelhantes às atuais tentativas de reinterpretar Gênesis 1. Os que tentam afirmar a autoridade do texto enquanto tentam prover uma reinterpretação mais agradável podem ter mais dificuldade em reconhecer o sentido claro do texto do que os que abertamente negam a inspiração e autoridade da Bíblia.

Pense nisto: O conhecimento científico está sempre sujeito à correção e, portanto, nunca é fixo e absoluto. Por outro lado, cremos que Deus e, consequentemente, Sua Palavra, são eternamente verdadeiros e imutáveis. Considere a ironia nessa questão: por que alguns cristãos invertem os conceitos, tratando o conhecimento científico flexível como verdade fixa e absoluta, enquanto tratam as Escrituras como relativa e passível de revisão? Embora esse tipo de tratamento pareça um ataque à autoridade das Escrituras, o que a resposta a essa questão revela sobre o que está realmente sob ataque?

Aplicação

Só para o professor: Grande parte da lição desta semana depende do conceito dos princípios de interpretação. Como devemos abordar o texto? Temos permitido que as Escrituras ofereçam as normas e regras de interpretação, ou devemos introduzir outras ideias, especialmente de nossa própria cultura e época para nos ajudar a compreender melhor o texto? A maneira de responder a essas questões tem grandes implicações para o significado da autoridade bíblica na vida do aluno.

Perguntas para reflexão

Nossa lição examina as conexões entre 
Gênesis 1 e Jó, Salmos, os profetas hebreus e os ensinamentos de Jesus.

1. Em 
Gênesis 1, que evidências você vê no texto que nos mostram a intenção do autor quanto à maneira pela qual devemos entender a história?

2. Como sua abordagem interpretativa de 
Gênesis 1 afetam a sua abordagem interpretativa para outras áreas do ensino bíblico, especialmente quando essas áreas estão em conflito com o estilo de vida e ideias modernos?

3. Por que é importante aceitar 
Gênesis 1 de acordo com seus próprios termos, em vez de misturar o texto bíblico com ideias externas?

Criatividade

Só para o professor: Esta é uma última oportunidade de enfatizar para a sua classe a importância de permitir que a Escritura interprete a si mesma.

Atividade: Compare e contraste as maneiras pelas quais as pessoas tentam deixar de lado a historicidade da criação com as formas pelas quais alguns tentam deixar de lado os elementos da verdade sobre o sábado ou acerca da natureza do homem. Que semelhanças você vê nas maneiras pelas quais o texto bíblico é tratado? Existem diferenças entre essas maneiras? O que isso nos ensina sobre a importância da maneira correta de abordar o texto das Escrituras?

COMENTARIOS

Lição 3 – A criação concluída

Michelson Borges: jornalista pela UFSC e mestre em teologia pelo Unasp
Nahor Neves de Souza Jr., geólogo pela Unesp e doutor em engenharia pela USP

Introdução

Ideia central 1: A Bíblia não deixa claro se a fonte de luz do primeiro dia da semana da criação era o Sol, o próprio Deus ou uma supernova, por exemplo. Também não fica claro se Deus trouxe o Sol e a Lua à existência no quarto dia ou “apenas” os revelou para um observador na Terra. O fato é que desde o primeiro dia da criação já houve tarde e manhã, o que tornam necessárias a rotação do planeta e uma fonte de luz. A menção à criação das estrelas parece ser uma frase parentética, sugerindo que elas tenham sido criadas antes do sistema solar ou da Terra. Assim como os planetas, as luas e as estrelas revelam planejamento e ordem. Na Terra, os seres criados também revelam as digitais do Criador. Basta pensar, por exemplo, na engenharia do voo, no sonar dos golfinhos ou mesmo na tremenda quantidade de informação complexa e específica contida no DNA.

Ideia central 2: Em Sua sabedoria e soberania, Deus decidiu realizar a criação em sete dias literais de 24 horas, ciclo que permanece até hoje, independentemente de quaisquer movimentos astronômicos, como os que determinam os dias, os meses e os anos. No fim dessa semana está o sábado – presente de Deus para o ser humano (Mc 2:27), que deve ser usado para aprofundar a relação criatura-Criador. Se a semana da criação não tivesse sido composta de dias literais de 24 horas, o próprio mandamento do sábado (Êx 20:8-11) perderia o sentido, já que ele serve para lembrar que Deus criou o mundo exatamente em seis dias. Aliás, nas Escrituras, a palavra yom (“dia”) invariavelmente significa um período literal de 24 horas, quando precedida por um numeral, o que ocorre 150 vezes no Antigo Testamento. É claro que Deus poderia ter criado a vida neste mundo em seis mil anos ou em seis segundos, mas a revelação bíblica deixa claro que Ele escolheu criar em seis dias e “descansar” no sétimo. Ponto final.

Para refletir
1. Que luz foi aquela criada no primeiro dia da semana da criação? E quanto ao Sol, à Lua e às estrelas, mencionados apenas no quarto dia?

2. De que forma os seres criados revelam as digitais do Criador?

3. Qual é o propósito do sábado e que evidências temos de que os dias da criação tinham 24 horas, como hoje?

Ampliação

Acaso ou planejamento?

A extraordinária capacidade criativa e mantenedora do ser humano – criado à imagem e semelhança do Criador – se manifesta de modo especial quando ele procura imitar os complexos sistemas ordenados da natureza. Nesse sentido, seria interessante destacar alguns conceitos fundamentais (sistemas homólogos e sistemas automatizados), válidos tanto para interpretar biologicamente a natureza, como também para reconhecer as muitas similaridades apresentadas pelos artefatos humanos.

Determinadas partes de veículos motorizados podem ser homólogas. Assim, na figura 1, são apresentados quatro diferentes tipos de veículos (transporte terrestre, aéreo e marítimo), cujas estruturas homólogas se encontram destacadas no centro da ilustração: rodas e hélices acionadas por um eixo constituem os elementos que promovem a movimentação dos respectivos veículos. Um segundo exemplo de artefatos humanos pode ser fornecido por uma típica linha de produção em série, vinculada à automação e à informática (figura 2). Nas linhas de montagem robotizadas de veículos automotivos, atualmente se verificam várias etapas de fabricação em que a atuação humana direta (manutenção do processo) não é visível. Para o leigo, a referida sequência contínua de operações assume ares de pura “magia”.

Figura 1


Figura 2

No âmbito da biologia comparada, os sistemas homólogos são frequentemente representados pelos membros de locomoção ilustrados no centro da figura 3. Os correspondentes mamíferos (ambiente terrestre, aéreo e marinho), evidentemente, são infinitamente mais complexos se comparados com os veículos motorizados da figura 1.  Quando nos referimos à automação, os sistemas automatizados da natureza se destacam de maneira extraordinária. O fantástico desenvolvimento do ser humano (figura 4), desde o zigoto até a fase adulta (com seu extraordinário cérebro), constitui uma das maravilhas da natureza, ainda não totalmente compreendida. O mais impressionante é que esse processo se perpetua de maneira contínua e extremamente eficaz, mediante a reprodução.

Figura 3


Figura 4

Paralelamente (considerando-se os automotivos), seria algo impressionante admitirmos a possibilidade de que todas as etapas de determinada produção em série fossem perfeitamente automatizadas. Poderíamos, finalmente, idealizar uma situação mais perfeita (ou utópica): os referidos veículos terem, durante sua vida útil, a capacidade fantástica de autorreparação e de autorreprodução, sem a interferência humana. Na verdade, os precários sistemas automatizados, identificados nos artefatos humanos (apresentam estruturas extremamente simplificadas), têm duração limitada, necessitam de contínua reparação, não se reproduzem... A lista de limitações é enorme, quando comparamos os sistemas robotizados com a complexidade dos organismos.

No entanto, em todas as conquistas tecnológicas, destaca-se a mente humana, com sua excepcional inteligência, criatividade e extraordinário espírito idealizador e empreendedor, capaz de conceber, planejar, executar e aperfeiçoar projetos com propósitos bem definidos. O desejo de otimizar determinado processo é inerente à natureza humana. A máquina ou mecanismo ideal seria aquele capaz de funcionar perfeita e eternamente (moto-perpétuo). Entretanto, qualquer mecanismo perfeitamente autossustentável (moto-contínuo) transgride as leis da termodinâmica, portanto, algo inconcebível no âmbito da existência humana. Assim, os artefatos humanos aqui considerados (veículos motorizados), por mais perfeitos que tenham sido projetados (ou criados), sem manutenção, um dia deixarão de funcionar.

Por um lado, sabemos que os complexos artefatos e os arrojados empreendimentos do século 21, produzidos em série ou exclusivos – automóveis, aviões, computadores, megaconstruções, naves espaciais, etc., apontam para projetos minuciosamente desenvolvidos pela genial mente humana. Esses mesmos produtos das realizações do ser humano podem ainda ser classificados em grandes grupos, sendo que os produtos de cada grupo guardam notáveis semelhanças entre si. Por outro lado, seria óbvio admitir que o complexo e prodigioso cérebro humano tenha sido também planejado e criado com os demais seres (com suas respectivas peculiaridades), conservando, igualmente, semelhanças entre si (homologias, analogias, embriologia comparada, etc.).

Usando honestamente a razão, somos induzidos a admitir que tanto os artefatos humanos quanto os sistemas naturais evocam intencionalidade, propósito e planejamento. Ou seja, se um veículo aponta, inevitavelmente, para seu criador, um extraordinário projetista que também fornece um manual de utilização e manutenção, muito mais o ser humano, infinitamente mais complexo, com sua prodigiosa mente criativa, reflete a obra-prima de um poderoso e genial Projetista, Criador e Mantenedor, que nos presenteou com o Manual dos manuais: a Bíblia.

Finalmente, as semelhanças estruturais (homologias) ou funcionais (analogias), entre outras similitudes observadas nos seres vivos e estudadas pela biologia comparada, apontam muito mais convincentemente para um Originador incomum do que propriamente para uma origem comum. Nesse caso, o Planejador teve liberdade para combinar Suas soluções construtivas. Quando os principais grupos de animais (níveis taxonômicos superiores) são comparados, o grau de congruência morfológica e bioquímica revela muito mais razões funcionais vinculadas à existência de um projeto original ou plano estrutural básico, do que supostas alterações macroevolutivas que teriam ocorrido ao acaso (árvores filogenéticas imaginárias).

Assim, quer olhemos para as maravilhas do Universo ou para as evidências de design inteligente nos seres criados, uma coisa não podemos deixar de concluir: projetos assim tão bem elaborados dependem de um Projetista muito poderoso e inteligente. O acasodefinitivamente não constitui uma resposta racional para a origem do extraordinário mundo natural que nos rodeia.

Conclusões

– A frase rítmica “e houve tarde e manhã” provê uma definição para o “dia” da criação. E se o “dia” da criação se constitui de tarde e manhã, é, portanto, literal. O termo hebraico para “tarde” (‘ereb) abrange toda a parte escura do dia (ver dia/noite em Gn 1:14). O termo correspondente, “manhã” (em hebraico bqer) representa a parte clara do dia. “Tarde e manhã” é, portanto, uma expressão temporal que define cada dia da criação como literal. Não pode significar nada mais.

– As palavras usadas nos Dez Mandamentos deixam claro que o “dia” da criação é literal, composto por 24 horas, e demonstram que o ciclo semanal é uma ordenança temporal da criação. Aliás, como explicar a origem do ciclo semanal, se não pela criação em seis dias literais seguidos do repouso do sétimo dia? A semana não está vinculada a nenhum movimento ou fenômeno astronômico, como os dias (rotação da Terra), os anos (translação) e os meses. A palavra divina, que promulga a santidade do sábado, toma os seis dias da criação como sequenciais, cronológicos e literais. Dizer o contrário, portanto, é ir contra o contexto literário de Gênesis e contra o Criador.

– A criação da vegetação ocorreu no terceiro dia (ver Gn 1:11, 12). Grande parte dessa vegetação parece ter necessitado de insetos para a polinização. Mas os insetos só foram criados no quinto dia (v. 20). Se a sobrevivência desses tipos de plantas, que necessitam de insetos e outros animais para a polinização, dependesse deles para a reprodução, então haveria um sério problema se o “dia” da criação significasse “era”. Ainda mais: a teoria dos dias-eras exigiria um longo período de iluminação e outro de escuridão para cada uma das supostas épocas. Isso, é claro, seria fatal tanto para as plantas quanto para os animais. Os dias da criação devem ser entendidos como literais e não como representando longos períodos de tempo. Argumentar em contrário é forçar o texto bíblico a dizer o que não diz.

– Leia sobre maravilhas relacionadas com seres alados (aqui e aqui) e com animais terrestres (aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).

– Leia o texto “Hormônios: orquestra afinada” (aqui).

– Gênesis 2:1-3 apresenta a conclusão da obra criativa de Deus. Para celebrar e recordar esse evento, Deus estabeleceu o sábado. Os seres humanos também costumam construir monumentos para recordar grandes feitos e acontecimentos. Um monumento é um memorial comemorativo no espaço. O sábado é um memorial no tempo. Não é o simples marco de uma construção qualquer; é o memorial da origem da vida, o monumento comemorativo da criação. Ao separarmos o sétimo dia da semana para fins religiosos (culto a Deus, auxílio aos necessitados, contato com a natureza), estamos reconhecendo o Senhor como o Todo-poderoso Criador do Universo. E o sábado é mais do que um simples repouso físico. É, antes de tudo, uma pausa para um contato mais íntimo com Deus, de tal maneira que as outras atividades ficam para depois.

Assista ao esboço em vídeo desta lição.
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Sikberto Marks

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2013
Tema geral do trimestre: Origens / Estudo nº 03 –  A criação concluída / Semana de   12 a 19 de janeiro / Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí – RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original

www.cristoembrevevira.com.br - marks@unijui.edu.br – Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

Verso para memorizar:  “Havendo DEUS terminado no dia sétimo a Sua obra, que fizera,descansou nesse dia de toda a Sua obra que havia feito” (Gên. 2:2).

Introdução de sábado à tarde

Nos últimos três dias DEUS foi fazendo coisas mais importantes e complexas: as que davam significado a toda criação. No terceiro dia, Ele já havia criado a vida vegetal. No quinto e sexto dias, Ele criou vida animal na Terra. Passou a haver movimento. Antes dessa vida animal, no quarto dia, Ele criou a luz própria para o planeta, a do Sol, e o reflexo de luz pela lua. Mas a vida complexa veio no final da criação: a do ser humano, homem e mulher, criados à semelhança do próprio Criador. Isso é impressionante! Um ser parecido ao próprio Criador. Portanto, quanto mais para o final da criação, mais importante era o que DEUS fazia. É importante entender que a mulher foi o Seu último ato de criação. Ele realmente colocou sensibilidade e beleza em Seu último ato! Por último, Ele instituiu o sétimo dia daquela semana da criação como um dia especial. Nele não criou nada, apenas descansou, isto é, refletiu sobre o que fizera, pois havia um propósito em tudo o que fez. Ele, Adão e Eva, passaram esse dia juntos. Era esse um dia especial, concebido para uma atividade especial.

Estudemos bem o conteúdo desta semana, pois ele é essencial para entendermos os propósitos da criação.

1.      Primeiro dia:  Sol, Lua e estrelas

Antes de mais nada, uma explicação. O título de hoje ficou estranho. Ele diz “Primeiro dia: Sol, Lua e estrelas.” Mas aqui primeiro dia dignifica o dia da semana que estamos estudando algo sobre o quarto dia da criação.

Pois bem, estamos já no quarto dia da obra de DEUS. Já havia luz, atmosfera, continentes e mares, relva, ervas e árvores. Agora, no quarto dia, acontece algo para nós aparentemente contraditório. É contraditório porque é feito por DEUS, que é infinitamente mais inteligente que nós. Muitas vezes nossas compreensões sobre os atos de pessoas muito inteligentes nos surpreendem, quanto mais no caso de DEUS. A questão é a seguinte: se DEUS criou a luz no primeiro dia, como se explica a criação do Sol, estrelas e lua no quarto dia? Veja bem o que a Bíblia diz em relação ao primeiro dia. Ela afirma que DEUS criou a luz, não que Ele tenha criado o Sol e as estrelas e a Lua.Assim como a Terra, estes corpos celestes já existiam antes da criação da vida aqui. A Bíblia não afirma assim, mas é óbvio porque em Gên. 1:1 diz que DEUS criou o céu e a Terra no princípio, e deixou esta Terra, por uns tempos para nós desconhecidos, sem forma e vazia. Ele não teria criado só a Terra e no quarto dia da criação na Terra, criado algo fora dela, que seria o resto do Universo. Isso sim, não faz sentido algum. Ora, se foi criada a luz no primeiro dia, sem vínculo com algum corpo celeste, logo esta luz não provinha de alguma estrela como o Sol. E se for assim que se deve entender esse escrito da Bíblia, só resta uma única fonte para tal luz, o próprio DEUS. E há na Bíblia margem para se entender desta forma. Em Apoc. 21:23 diz que na Nova Jerusalém, onde estará o trono de DEUS, não haverá necessidade nem de Sol nem de Lua, porque a luz que vem de DEUS iluminará a cidade. Não diz que lá não haverá nem Sol nem Lua, mas que eles não seriam necessários. Portanto, nos três primeiros dias, parece bem evidente que a luz vinha de DEUS, nos tempos certos, isto é na parte da manhã (dia) de cada dia, e deixava escuro o planeta na parte da tarde (noite).

O que teria havido, então, no quarto dia? Também não temos uma explicação completa, mas a Bíblia diz que ouve a criação do Sol e da Lua. Ela se refere a dois grandes luzeiros, um para governar o dia, o Sol, outro para governar a noite, a Lua, que reflete a luz do Sol. Portanto, fica evidente que nos três dias anteriores, a noite aqui era absolutamente escura, nem mesmo se viam estrelas. Agora, do quarto dia em diante, a Terra recebia luz de seu próprio sistema estelar, tinha a sua estrela em chamas para lhe alumiar e aquecer, e tinha a lua para dar alguma claridade à noite, e como sabemos, definir a duração de cada mês.

Se o Sol e a Lua, assim como a Terra, já existiam antes da criação em nosso planeta, como se explica não haver luz aqui, vinda deles, nos três primeiros dias? Também a isto não temos respostas, mas podemos supor e esperar a explicação do próprio Criador. Hipóteses podemos ter, o que não devemos fazer é criar polêmica em torno delas, um defendendo uma coisa, outro outra coisa, e assim se formarem divisões entre nós. Se outros comentaristas apresentarem outras possibilidades, então tudo bem, desde que não atribuam a satanás alguma coisa da criação.

Há pelo menos duas possibilidades quanto ao estabelecimento do Sol e da Lua. Uma que o Sol já ardia em fogo, outra que não. Se for a primeira hipótese a verdadeira, então por alguma razão a luz não atingia a Terra. Talvez houvesse um cinturão de nuvens entre o Sol e a Terra. Nesse caso, nem mesmo se veriam as estrelas distantes. A outra hipótese é que o Sol, apagado, tenha sido, junto com as estrelas, incendiado no quarto dia, e assim a Lua tenha começado a refletir a sua luz. Qual dessas possibilidades tem maior chance de ser verdadeira? Não se faz ideia, e não é importante agora saber. Uma coisa é certa, temos matéria para estudar após a segunda vinda. Essa é uma matéria bem cativante, entender como DEUS criou tudo, e os porquês de ter criado da maneira como criou.

2.      Segunda: Criação das aves e animais marinhos

Chegamos ao quinto dia. Até aqui vemos que DEUS seguia um plano lógico. No primeiro dia Ele proclamou seu poder para criar, fazendo aparecer luz sem depender de uma fonte senão Ele mesmo. DEUS criava e demonstrava poder e inteligência, por apenas ter de pensar, isto é, fazer o plano do que seria criado, e determinar pela palavra que isso surgisse.

No segundo dia Ele providenciou a atmosfera e separou a terra da água, providenciando partes secas e partes com água. Nesse dia a Terra passou a ter forma, isto é, se poderia desenhar um mapa para o planeta. Antes não se poderia, pois ela era coberta com água. Agora havia atmosfera, continentes e mares. Tudo era criado numa sequência lógica.

No terceiro dia DEUS enfeitou a Terra criando os gramados, as plantas médias e as grandes, como as árvores. Agora a Terra estava ficando bonita, tinha forma e estava coberta de cores e vida. No quarto dia DEUS deu independência de luz à Terra, providenciando a luz do Sol e da Lua. Agora Ele, DEUS, durante o dia, poderia ausentar-se da Terra que ela continuaria tendo sua luz e seu calor, itens necessários para a vida.
Então sim, vem o quinto dia. Esse era um grande dia, o maior até aqui, mas não o maior de todos. DEUS povoou os extremos da Terra, isto é, a atmosfera com aves e as águas com peixes. Nisso Ele também demonstrou poder inimaginável, ou seja, tanto havia seres viventes que podiam voar quando os que podiam nadar. Para isso Ele teve que planejar bem, pois o sistema de vida de um é radicalmente oposto ao do outro, por exemplo, com relação a respiração, mas também com relação ao deslocamento. Uns precisam asas, outros nadadeiras. O Criador demonstrou que é capaz de lidar com os extremos de uma maneira perfeitamente normal. Para Ele não há limites. Desde as maiores profundezas do mar até as maiores alturas, Ele, se desejar, pode colocar seres vivos onde lhe der vontade. Ele é criativo e encontra soluções para todas as possibilidades de Sua imaginação. Isso requer diversidade, seres diferentes habitando lugares diferentes. E para tirar toda a monotonia, pois DEUS gosta do belo, Ele não criou apenas algumas poucas espécies de aves e peixes, mas milhares. E esses seres podem variar ao longo do tempo em suas gerações formando mudanças interessantes, com novas variedades atraentes. Ao longo dos tempos, ao natural, haveria novidades na criação. DEUS não criou a vida para que os descendentes fossem como cópias fiéis de seus pais. Podem ser parecidos, mas são elegantemente diferentes.
Esse é o DEUS que criou tudo por aqui. Ele colocou leis inteligentes, leis que não poderiam ter vindo pela ação do acaso e muito menos por meio dos seres lutando entre si. A luta e o conflito nada aperfeiçoam senão destroem. É o planejamento inteligente que gera harmonia, lógica e estabilidade com beleza.

3.      Terça: Criação dos animais terrestres

No estudo de hoje chegamos ao sexto dia. O que foi que DEUS criou neste dia? Os animais terrestres e o ser humano. Ele o fez com potencial de diversidade. Ao longo dos tempos, ao natural, pelas leis da genética, surgem novas variações dentro de cada espécie. Mas não surgem novas espécies, não surgem animais que antes não existiram. Do casal inicial de Adão e Eva surgiram, por exemplo, as três grandes raças humanas, os negros, os brancos e os amarelos. O termo raça humana está tendo cada vez menos credibilidade no meio científico. De qualquer forma, a maior probabilidade é que as três grandes características raciais tenham surgido com os três filhos de Noé. E se foi assim, possivelmente já houvesse nos descendentes de Adão e Eva a possibilidade de diferenciação racial. Hoje temos misturas raciais entre os humanos, formando um matiz de cores de pele e de cabelo, bem como formatos do corpo muito interessantes. A raça humana é bem variada, o que a deixa bonita e exclui a monótona igualdade entre todos.

DEUS criou todas as coisas para serem variadas, para terem beleza e servirem para algo prático. Geneticamente os animais terrestres são muito parecidos ao ser humano; as aves ficam mais distantes e os répteis e peixes mais ainda. Os macacos, por exemplo, têm um código genético bem parecido ao dos seres humanos. Pudera, eles são fisicamente um tanto próximos. Mas isso não quer dizer que o ser humano teve como ancestral um macaco. E a gradativa diferenciação genética entre os animais não prova evolução entre eles. Mais fácil é admitir que houve uma inteligência infinita que criou todas as coisas com tal afinidade, porque atualmente não se constatam mudanças que façam surgir novas espécies. Aliás, tais mudanças não podem ser provadas nem mesmo nos tempos passados.

Algumas perguntas que ficam para se fazer a DEUS, após sermos salvos. O que se modificou em nosso código genético no dia da queda de Adão e Eva? E como isso afetou os animais e as plantas? Tais mudanças teriam ocorrido quando houve o pronunciamento das novas condições de vida na Terra, as maldições que DEUS determinou em razão do pecado? Ou foi apenas a perda da ligação íntima de amor entre os seres vivos e DEUS? São questões interessantes, mas que hoje apenas devem nos causar curiosidade. Um dia estudaremos essas questões em bases sólidas; hoje ainda não necessitamos dessas respostas. O que necessitamos hoje é saber como salvar nossa vida.

4.      Quarta: Trabalho acabado

Das muitas coisas que podemos aprender da criação de DEUS, uma delas, bastante importante, é o planejamento. Tudo o que fizermos sem planejamento demora mais, cometem-se mais erros e acaba custando mais. Pessoalmente tenho por costume planejar a semana. Imprimo uma folha ofício com 5 colunas, uma para cada dia útil, com algumas partes já pré-planejadas. Outras partes planejo para o mês, outras para a semana e outras para cada dia, antes de qualquer atividade. Na medida em que vou cumprindo as atividades, vou marcando. Como é bom chegar ao final do dia e ver tudo marcado, e avaliar, e poder dizer: com a graça de DEUS, hoje foi feito um bom trabalho! DEUS também fez assim. Ele tinha um plano para cada dia, e ao final de cada dia Ele avaliava e concluía dizendo que ficou bom.
DEUS havia planejado a semana da criação. Ele seguiu o Seu planejamento. Já estava previsto o que faria cada dia, e a razão de descansar, abençoar e santificar o sétimo dia. A raça humana é fruto de um inteligente planejamento com um propósito supremo: encher este planeta de vida, beleza e felicidade.
Porque DEUS criou o sábado? Qual a razão de ter descansado nesse dia? De o ter abençoado e santificado? Porque DEUS diferenciou tanto o dia de sábado? E se foi Ele quem estabeleceu o sábado com esses atributos especiais, alguém outro poderia alterar essa decisão? Estaria DEUS, por exemplo, hoje santificando o domingo? Estaria DEUS hoje obedecendo a mandamento de homens? Se sim, então, que DEUS seria Ele, que até a criatura manda nEle?
DEUS criou o sábado por causa do ser humano. Havia uma necessidade para criar o sábado. O ser humano, para ser feliz, necessitava cultivar o amor acima de todas as coisas. E o amor é DEUS, portanto, o ser humano necessitava de momentos de intimidade com DEUS, Seu Criador, momentos em que nada mais dividisse a atenção, senão o amor a DEUS. Essa sempre foi a finalidade do sábado. Atenção, o sábado tem a ver com uma relação com o Criador, por isso este mandamento inicia assim: “lembra-te do sábado…” e depois diz, “porque em seis dias criou DEUS…”. Resumindo, lembra-te do sábado para não te esqueceres de teu Criador!
Então, porque o descanso nesse dia? Esse descanso temos que entender no contexto da perfeição, onde ninguém se cansa fisicamente. O descanso quer dizer o que o próprio mandamento dado por meio de Moisés diz, isto é, mais detalhado para as novas circunstâncias de grande pecaminosidade (seres perfeitos entendem com bem maior facilidade como se obedece o amor, não há necessidade de dizer diretamente a eles que não matem, não roubem, etc.). O mandamento diz que não façamos nenhum trabalho para nós nesse dia, e isso é parte do descanso. O descanso se completa com a outra parte, da comunhão com O Criador, que costumo chamar de intimidade com o amor.
E porque razão o sábado é o sétimo dia? Por que DEUS trabalhou durante seis dias, e no sétimo não trabalhou, mas descansou? Ora, isso é bem simples de entender. Alguém pode inaugurar alguma coisa sem ter concluído? Muitos políticos fazem isto, já presenciei! Mas só se pode declarar concluída uma obra que de fato está completa! Questionemos mais: não serve o primeiro dia para descanso? Vamos à lógica das coisas. O primeiro dia foi um dia de trabalho. Nele DEUS criou algo, foi a luz, e fez separação entre luz e trevas, e determinou a duração do dia e da noite. Esse é um dia de criação, portanto, nesse dia o Criador não descansou. E nem poderia descansar nesse dia pois nada ainda havia criado antes dele. Tal dia não serve para o descanso. Logo, fica bem evidente que esse não é um dia para se descansar, mas para se trabalhar. Fica claro que nesse dia se inicia o trabalho da semana, portanto, de todos, é o dia menos indicado para o descanso. Assim devem pensar todos aqueles que se denominam cristãos. Não serve nenhum outro dia da semana, porque em todos eles DEUS trabalhou. Só no sexto dia Ele completou a Sua obra, para então sim, descansar no dia seguinte, o sétimo dia. Ele só não trabalhou no sétimo dia, portanto, pelo raciocínio da inteligência, que DEUS nos deu, sem muito esforço cai por terra a santificação do domingo. Ele não é mais santo que qualquer outro dia, por ter DEUS nele trabalhado, e até iniciado o Seu trabalho. Acrescentemos ainda que DEUS, além do descanso, só abençoou e santificou o sétimo dia da semana, e com este dia, encerrou a semana da criação. Isso é simples de entender se a pessoa se entregar ao poder do ESPÍRITO SANTO, em menos de um minuto essa questão estará entendida.
O sábado é o dia de se cultivar a felicidade por meio da intimidade com DEUS, que é amor. Isso foi determinado por DEUS, não por um inimigo de DEUS. O domingo sim, esse foi estabelecido por um imperador pagão, de um Império Pagão. Ele foi estabelecido por Constantino que dominava o Império Romano, onde se adorava o Sol, cujo dia, no paganismo, é exatamente o domingo.

5.      Quinta: O dia literal

O fenômeno da guerra, que é a desinformação, está sempre presente em todas as guerras. A mentira é uma estratégia muito utilizada. Faz parte do arsenal para enganar o lado oposto. Em todas as guerras a desinformação sempre foi utilizada por todos os comandantes, exceto por um: DEUS.
Com relação às nossas origens o inimigo de DEUS também se valeu desta estratégia. Um dos assuntos-foco de mentiras é a origem da raça humana. Qualquer explicação serve, desde que não seja a da Bíblia. Por exemplo, o Evolucionismo diz que havia uma bola, chamam de “ovo cósmico”. De onde esse ovo veio não se sabe. Ele esquentou muito e explodiu, formando com o tempo as galáxias com suas estrelas e astros. Muito mais tarde, em nosso planeta Terra, formou-se espontaneamente a vida, que evoluiu até o nosso estado atual. Se assim fosse, então atualmente, bem mais que naqueles tempos idos, deveríamos estar evoluindo para uma sociedade melhor, mas o que se verifica é o contrário. Afinal, se já tivéssemos evoluído no passado, se com a evolução já tivéssemos alcançado um estágio bem mais próximo da perfeição, porque, quando estamos por alcançar a perfeição, a nossa evolução passa a retroceder, para se direcionar ao caos? Essa é uma teoria bem esquisita.
Entre o Evolucionismo e o Criacionismo inventaram explicações intermediárias. É para acomodar o Criacionismo ao Evolucionismo. Uma dessas explicações é relativa aos dias da semana da criação. Não seriam dias literais, mas longas eras, milhões de anos quem sabe.
Mas o que podemos deduzir do relato Bíblico não permite tal interpretação. A Bíblia é bem clara, basta ler no livro do Gênesis. Em cada dia houve tarde e manhã. Não é possível existir tarde e manhã em milhares ou milhões de anos. A Bíblia numera que “houve o primeiro dia” e assim por diante, o segundo, o terceiro, etc. Não é compatível cada dia ter um número, e até o sétimo dia ter um nome, sábado, se fossem longos períodos de tempo. E a Bíblia apresenta a criação como feita em uma semana literal, sendo o sétimo dia o último daquela semana. Até hoje ainda existem os dias e as semanas.
Ora, quem tem poder para criar pela Sua Palavra usaria longas eras para criar, se pode fazer instantaneamente?
Afinal, quais seriam as razões de inimigos combaterem a explicação bíblica da literalidade dos dias da criação? Simples entender. Combater a explicação da ação de DEUS, minimizar o amor de DEUS, pois seria Ele um ser que cria e abandona Sua criatura. Criou para a própria criatura evoluir, assim não teria criado na perfeição.
Também serve para minimizar o conceito de pecado, dizendo que na verdade as coisas estão melhorando, não piorando. Isso resulta numa espécie de descrédito em relação a DEUS, fazendo com que as pessoas se entreguem aos cuidados de suas próprias capacidades intelectuais. E é exatamente assim que o mundo funciona hoje, como se DEUS não existisse, ou como se Ele fosse um Ser distante e ausente, o mesmo que não existir.
Também serve para tirar do dia de sábado a sua importância. Se a origem fosse como dizem, a semana teria aparecido em alguma época na história, sem nenhuma vinculação com o descanso de DEUS, nem a bênção nem a santificação. Portanto, a Lei de DEUS seria uma invenção num dado momento da história, ou teria sido dada aos judeus por meio de Moisés sem a participação de DEUS. Ou seja, sem o relato bíblico até o plano da salvação vai por água abaixo, e perde o sentido. Aliás, até o nascimento e morte de JESUS não fariam sentido, pois, sem ter havido o pecado de Adão e Eva, e se evoluímos, porque necessitaríamos de um Salvador? E se DEUS estivesse assim tão distante, Ele jamais teria enviado JESUS, Seu Filho, para nos salvar. Logo, Aquele que pregaram na cruz não seria o Messias enviado, mas um herói humano qualquer, cujos ossos estariam enterrados em algum lugar em Jerusalém.
O relato da criação conforme a Bíblia, é a base para toda fé dos cristãos, que o próprio cristianismo, em grande parte, está combatendo. Afinal, é compreensível, pois aqui na Terra estamos em guerra.

6.      Aplicação do estudo

Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

Na sua opinião, qual o ponto mais visado pelo inimigo para ser atacado? Nem precisa pensar muito, é certo que se trata do sábado. A troca do sábado pelo domingo é a ação mais estratégica de satanás. Sendo o sábado o dia da intimidade entre a criatura e o Criador, se ele não for observado, rompe-se o elo que liga a essa intimidade. E se o povo santificar o domingo, ou ao menos folgar nesse dia, pois, afinal, nem mesmo é possível santificar um dia que DEUS não tornou santo, esse povo assim se desligará do Criador, e se ligará ao não criador. Essa é a questão dramática, que bem poucos percebem. Veja bem o seguinte: o sétimo dia é claramente o dia do Criador, por vários motivos. Um que foi Ele, o Criador, quem estabeleceu esse dia, que descansou nesse dia, o abençoou e santificou. E em lugar algum na Bíblia, a única Palavra confiável de DEUS, Ele disse que mudaria o dia de descanso solene. Tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, só se veem relatos de santificação do sábado, jamais do domingo. Na realidade, a mudança foi feita, como todos devem saber, por um imperador do Império Romano, que além de não ser DEUS, nem mesmo cristão era, e nunca foi. Sua conversão, mesmo que tenha havido, o que é muito duvidoso, também não lhe creditaria para fazer tal mudança, em algo que foi estabelecido por DEUS, o Criador, em Sua honra, pelo benefício do ser humano. Seres inteligentes devem se perguntar: um cristão genuíno faria alguma mudança na Lei estabelecida por DEUS? Só mesmo um imperador arrogante que quer vantagens políticas por uma unidade com os cristãos faria isso.
O domingo temos que descrever como o dia do não criador, porque antes dele não houve criação alguma. Aliás, antes do primeiro dia da criação, nem mesmo houve dia. Por outro lado, antes do sétimo dia da criação, tudo o que aqui existe já havia sido criado por DEUS. Assim sendo, o sétimo dia é o que reverencia o Criador, mas o primeiro, o domingo, só consegue reverenciar a satanás, que não é criador de coisa alguma, a não ser dos muitos problemas que aqui nesta terra enfrentamos.
Enfim, cada um escolhe a quem seguir.

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escrito entre  05 e 11/12/2012 / revisado em  18/12/2012 / corrigido por Jair Bezerra.






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