Sábado à tarde
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Ano Bíblico: Gn 37–39
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VERSO PARA
MEMORIZAR: “Havendo Deus terminado no
dia sétimo a Sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a Sua obra que
tinha feito” (Gn 2:2).
A lição desta semana considera a breve descrição bíblica dos
últimos três dias da criação e do repouso do sábado. Essa descrição é
encontrada em Gênesis 1–2:1-3, mas existem numerosas
referências a ela em outras partes das Escrituras. Um dos aspectos mais
impressionantes do relato da criação é sua divisão em dias de criação. Por que
o Senhor escolheu criar o ciclo de tempo de sete dias que chamamos de semana?
As Escrituras não respondem diretamente, mas podemos procurar indícios. Talvez o mais importante seja o próprio sábado, que reserva um momento especial para a comunhão entre Deus e a humanidade. Pode ser que Deus tenha estabelecido a semana para proporcionar um período de tempo adequado para o trabalho comum, mas com um período regular de tempo separado como lembrete de nosso relacionamento com Ele (Mc 2:28). Isso ajudaria os seres humanos a lembrar que Deus é o verdadeiro provedor e que somos totalmente dependentes dEle.
Seja qual for a razão, é evidente que o relato de Gênesis revela uma criação realizada com grande cuidado e propósito. Nada foi deixado ao acaso.
Domingo
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Ano Bíblico: Gn 40–42
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Sol, Lua e estrelas
1. Que ações são
mencionadas no quarto dia da criação? Como devemos entender isso, especialmente
em face da nossa atual compreensão do mundo físico? Gn
1:14-19
O quarto dia provavelmente tenha sido mais debatido do que
qualquer dos outros seis dias da criação. Se o Sol foi criado no quarto dia,
como foram produzidos os ciclos diários dos três primeiros dias? Por outro
lado, se o Sol já existia, o que aconteceu no quarto dia?
A incerteza sobre os eventos do quarto dia da criação não surge de uma contradição lógica, mas de uma pluralidade de possibilidades. Uma possibilidade é a de que o Sol tenha sido criado no quarto dia, e a luz para os três primeiros dias tenha vindo da presença de Deus ou de outra fonte, como uma supernova. Apocalipse 21:23 se harmoniza com essa ideia, visto que o Sol não será necessário na cidade celestial, porque Deus estará ali. Uma segunda possibilidade é a de que as funções do Sol, da Lua e das estrelas tenham sido designadas nesse momento.
O Salmo 8:3 parece concordar com essa visão. O estudioso hebreu John C. Collins escreveu que o texto hebraico de Gênesis 1:14 pode permitir qualquer uma dessas duas possibilidades (veja John C. Collins, Genesis 1–4: A Linguistic, Litterary, and Theological Commentary [Gênesis 1–4: Um Comentário Linguístico, Literário e Teológico]; Phillipsburg, New Jersey; P & R Publishing Co., 2006, p. 57).
Uma terceira possibilidade é a de que o Sol já existisse, mas estivesse obscurecido por nuvens ou poeira vulcânica e não fosse visível ou totalmente funcional até o quarto dia. Essa possibilidade pode ser comparada com a condição do planeta Vênus, em que uma situação semelhante ocorre hoje.
O texto não parece apoiar claramente nem excluir nenhuma dessas interpretações, embora isso não impeça a manifestação de fortes opiniões sobre o tema. É provavelmente uma boa regra não dar a uma questão mais significação do que aquela que a Bíblia apresenta, e devemos reconhecer que nossa compreensão é limitada. Esse reconhecimento, especialmente na área da criação, não devia ser tão difícil de aceitar. Afinal, pense em quantos mistérios científicos existem atualmente, ou seja, eles estão aí para a investigação da ciência experimental, mas ainda permanecem mistérios. Algo encoberto tão longe no passado não seria muito mais misterioso?
Segunda
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Ano Bíblico: Gn 43–45
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Criação das aves e animais marinhos
As águas e a atmosfera foram povoadas no quinto dia da criação.
Muitos viram a relação entre o segundo e o quinto dia da criação. As águas
foram separadas pela atmosfera no segundo dia, e ambas foram cheias de
criaturas viventes no quinto dia. Os eventos da criação parecem ter ocorrido em
uma sequência que reflete um padrão intencional, mostrando o cuidado e
organização da atividade de Deus. Em outras palavras, nada no relato da criação
oferece algum espaço para o acaso.
Note que tanto as criaturas das águas quanto as do ar são mencionadas no plural, indicando que uma diversidade de organismos foi criada no quinto dia. Cada ser criado foi abençoado com a capacidade de ser fecundo e se multiplicar. A diversidade estava presente desde o princípio. Não houve um único ancestral a partir do qual todas as outras espécies surgiram, mas cada espécie parece ter sido dotada com a possibilidade de produzir variedades de indivíduos. Por exemplo, mais de 400 espécies identificadas se desenvolveram a partir do pombo comum (http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_pigeon_breeds; acessado em 13/08/2012). Pelo menos 27 espécies de peixe-dourado são conhecidas. Aparentemente, Deus deu a cada uma de Suas criaturas o potencial de produzir grande variedade de descendentes diferentes, somando-se à diversidade da criação.
No verso 21, Deus viu que as criaturas que Ele havia feito eram boas. Isso indica que elas foram bem projetadas, eram atrativas aos olhos, livres de defeitos, e participavam harmoniosamente do propósito da criação.
Poucos seres vivos despertam mais nossa imaginação e admiração do que as aves. Elas são criaturas maravilhosamente planejadas. Suas penas são leves, mas fortes; rijas, mas flexíveis. As partes de uma pena de voo são mantidas juntas por complexos conjuntos de minúsculos filamentos que proveem uma amarração forte, mas leve. O pulmão de uma ave é projetado de modo a obter oxigênio quando inala e também quando exala. Isso proporciona o elevado nível de oxigênio necessário para um voo potente. Esse resultado é conseguido pela presença de bolsas de ar em alguns dos ossos. Essas bolsas atuam para manter o fluxo de oxigênio e, ao mesmo tempo, para tornar mais leve o corpo da ave, fazendo com que seja mais fácil manter e controlar o voo. As aves foram incrivelmente formadas.
Terça
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Ano Bíblico: Gn 46, 47
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Criação dos animais terrestres
De acordo com Gênesis 1:24-31, os animais terrestres e
os seres humanos foram criados no sexto dia. Assim como existe uma correlação
entre o segundo e o quinto dia, uma correlação também é vista entre a separação
da terra e do mar, no terceiro dia, e a povoação da terra no sexto dia. Isso
lembra novamente a sequência ordenada e intencional dos eventos da criação,
coerente com um Deus de ordem (compare com 1Co 14:33).
Assim como aconteceu com as criaturas criadas no quinto dia, o texto indica que uma pluralidade de espécies foi criada no sexto dia da criação. Também foi criada uma diversidade de animais selvagens, rebanhos domésticos e répteis.
Não há um ancestral único de todos os animais terrestres. Em vez disso, Deus criou muitas linhagens distintas e separadas.
Note a expressão “segundo a sua espécie”, ou expressões semelhantes em Gênesis 1:11, 21, 24, 25. Alguns tentam usar essa expressão para apoiar a ideia de “espécies” fixas, uma ideia tirada da filosofia grega. Os antigos gregos pensavam que cada indivíduo fosse uma expressão imperfeita de um ideal imutável, conhecido como uma espécie. No entanto, a fixidez das espécies não é compatível com o ensinamento bíblico de que toda a natureza sofre com a maldição do pecado (Rm 8:19-22). Sabemos que as espécies mudaram, como expressam as maldições de Gênesis 3 (Ellen G. White escreveu sobre a “tríplice maldição” sobre a Terra – após a queda, após o pecado de Caim e depois do Dilúvio), e como pode ser visto nos parasitas e predadores que causam tanto sofrimento e violência. O significado da expressão “segundo a sua espécie” é mais bem compreendido quando se analisa o contexto em que ela foi usada.
3. Como a
expressão “segundo a sua espécie”, ou uma expressão equivalente é aplicada em
outros textos bíblicos? Como esses exemplos nos ajudam a entender essa
expressão em Gênesis 1? Gn
6:20; 7:14; Lv 11:14-22
A expressão “segundo a sua espécie”, ou equivalente, não deve ser
interpretada como uma regra de reprodução. Ao contrário, ela se refere ao fato
de que havia diversos tipos de criaturas envolvidas nas respectivas histórias. Algumas
traduções da Bíblia usam a expressão “de vários tipos”, que parece mais fiel ao
contexto. Em vez de se referir à fixidez das espécies, a expressão se refere à
diversidade de criaturas criadas no sexto dia. Desde o tempo da criação, tem
havido muitos tipos de plantas e animais.
Quarta
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Ano Bíblico: Gn 48–50
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Trabalho acabado
Depois que a obra da criação foi concluída em seis dias
(estudaremos a criação da humanidade posteriormente), encontramos a primeira
menção bíblica ao sétimo.
4. Leia Gênesis
2:1-3. Observe especialmente o verso 1,
que enfatiza a conclusão de tudo o que Deus tinha feito. Por que isso é tão
importante em nossa compreensão do significado do sétimo dia?
Nesse texto, o termo hebraico para descanso é Shabat, intimamente
relacionado com a palavra sábado. Ele indica a cessação do trabalho após a
conclusão de um projeto. Deus não estava cansado nem com necessidade de
repouso. Ele havia terminado Sua obra de criação; então, parou. A bênção
especial de Deus repousa sobre o sétimo dia. O sábado não é apenas “abençoado”,
mas também “santificado”, o que transmite a ideia de ser separado e
especialmente dedicado ao Senhor. Assim, Deus deu um significado especial ao
sábado no contexto do relacionamento entre Ele e os seres humanos.
Observe que o sábado não foi feito porque Deus tivesse uma
necessidade, mas porque o homem tinha uma necessidade, para a qual Deus fez
provisão. No fim dessa primeira semana, Deus descansou de Seus atos de criação
e dedicou Seu tempo ao relacionamento com Suas criaturas. Os seres humanos
necessitavam de comunhão com seu Criador a fim de entender seu lugar no
Universo. Imagine a alegria e admiração que Adão e Eva experimentaram à medida
que conversavam com Deus e contemplavam o mundo feito por Ele. A sabedoria
dessa provisão para o descanso se tornou ainda mais evidente depois do pecado.
Precisamos do descanso sabático, para que não percamos a visão de Deus e para
que não sejamos envolvidos pelo materialismo e excesso de trabalho.
Deus nos ordena dedicar um sétimo de nossa vida para a lembrança
do ato de criação. O que isso deve nos dizer sobre a importância desse
princípio? Como você pode aprender a ter uma experiência mais profunda e mais
rica com o Senhor ao descansar no sábado como Ele fez?
Quinta
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Ano Bíblico: Êx 1–4
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O dia literal
6. Quais são os
componentes dos dias da criação? Alguma coisa nos versos indica que esses não
foram dias literais de 24 horas? Gn
1:5, 8, 31
A natureza dos dias da criação tem sido objeto de muita discussão.
Alguns questionaram se esses foram dias normais ou se podem representar
períodos de tempo muito mais longos. A descrição que o texto faz dos dias da
criação responde a essa questão. Os dias são compostos por tarde (período
escuro) e manhã (período de luz) e são numerados sucessivamente. Isto é, os
dias são apresentados de uma forma que mostra muito claramente que eles têm a
mesma forma dos dias que temos hoje, uma noite e uma manhã, um período de
escuridão e um período de luz. É difícil ver como a declaração poderia ser mais
clara ou explícita na descrição dos dias semanais. A repetida expressão “Houve
tarde e manhã” enfatiza o aspecto literal de cada dia.
Os antigos hebreus não tinham dúvida quanto à natureza do dia de
sábado. Era um dia de duração normal, mas trazia uma bênção especial de Deus.
Observe a comparação explícita da semana de seis dias de trabalho do Senhor com
nossa semana de trabalho de seis dias, e a comparação correspondente do dia de
descanso para Deus e para nós (veja também Êx
20:9, 11). Até mesmo muitos estudiosos que rejeitam a
ideia de que esses foram dias literais costumam admitir que os escritores da
Bíblia entendiam que o texto se referia a dias literais.
Muito importante para nosso relacionamento com Deus é nossa
confiança nEle e em Sua Palavra. Se não podemos confiar na Palavra de Deus, em
algo tão fundamental e tão explicitamente afirmado como a criação de Gênesis em
seis dias literais, a respeito do que podemos confiar nEle?
Sexta
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Ano Bíblico: Êx 5–8
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Estudo adicional
Alguns apelam para textos como o Salmo 90:4 e 2 Pedro 3:8 ao argumentar que cada dia da criação na verdade representa mil
anos. Essa conclusão não é sugerida pelo texto nem resolve o problema criado
por aqueles que pensam que esses dias representam bilhões de anos.
Além disso, se os dias em Gênesis representassem longos períodos, poderíamos esperar encontrar uma sucessão no registro fóssil que coincidisse com a sucessão dos organismos vivos criados nos sucessivos seis “dias” da criação. Assim, os primeiros fósseis devem ser plantas, que foram criadas no terceiro “dia.” Em seguida devem ser os primeiros animais aquáticos e os animais do ar. Finalmente, devemos encontrar os primeiros animais terrestres. O registro fóssil não corresponde a essa sequência. Criaturas da água vêm antes que as plantas, e criaturas terrestres vêm antes das criaturas do ar. As árvores fósseis, primeiros frutos e plantas com flores aparecem depois de todos esses outros grupos. O único ponto de semelhança é que os seres humanos aparecem por último em ambos os relatos.
“Cada dia consecutivo da criação […] consistiu de tarde e manhã, como todos os outros dias que se seguiram” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 112).
“Mas a suposição dos incrédulos, de que a realização dos eventos da primeira semana exigiu sete períodos extensos e indefinidos, atinge diretamente o fundamento do sábado do quarto mandamento. Ela torna indefinido e obscuro o que Deus deixou muito claro. É o pior tipo de infidelidade, pois para muitos que professam crer no relato da criação, essa é uma infidelidade disfarçada” (Ellen G. White, Spiritual Gifts [Dons Espirituais], v. 3, p. 91).
Perguntas para
reflexão
1. Por que é importante entender que a ciência, mesmo com todo o bem que ela faz, ainda tem muitas limitações?
2. Tudo que a ciência tem para estudar é um mundo caído, muito diferente, em muitos aspectos, da criação original. Por que é importante manter essa verdade sempre diante de nós?
Respostas
sugestivas: 1. Deus estabeleceu o Sol,
a Lua e as estrelas para separar o dia da noite e para marcar estações, dias e
anos, bem como para iluminar a Terra. Não sabemos se a luz dos primeiros três
dias da criação foi a luz do Sol, ou outro tipo de luz, mas isso para Deus não
teria sido um problema. 2. Não, porque Deus ordenou que as águas e o firmamento
se enchessem de criaturas viventes de variadas espécies, planejadas com muita
criatividade. 3. O termo “espécie” se refere aos tipos básicos a partir dos
quais se desenvolveram as subespécies identificadas atualmente. Isso mostra que
Deus criou uma diversidade de “espécies” desde o princípio. 4. Em Sua obra,
Deus não deixou nada incompleto. Ele criou tudo. O sábado é um tempo separado
para celebrar a conclusão da perfeita criação de Deus. 5. O sábado foi feito
por causa do homem, para benefício físico e espiritual da humanidade. 6. Noite
e dia, parte escura e parte clara. Os versos indicam que esses dias foram
literais, cada um deles tendo 24 horas. 7. Devemos trabalhar durante seis dias
e no sétimo, descansar. Trata-se da semana literal, com dias literais.
O aluno deverá...
Conhecer: As evidências textuais que mostram que Gênesis 1 foi escrito como uma narrativa histórica.
Sentir: A importância das diferentes maneiras de abordar o texto bíblico.
Fazer: Abordar o texto bíblico com base no próprio texto da Bíblia, sem utilizar ideias não bíblicas na interpretação.
A. Algumas pessoas questionam se o gênero literário de Gênesis 1 é narrativa histórica ou algo mais simbólico, tal como poesia. Que evidências em Gênesis 1 ajudam a responder essa pergunta?
B. Como a palavra hebraica para "dia" ajuda a responder essa pergunta?
C. Como a construção hebraica vav consecutivo (que significa "mas" ou "e") ajuda a responder a essa pergunta?
II. Sentir: Reverência ao abordar a Palavra
A. Por que a maneira de abordar o texto bíblico é tão importante?
B. Como podemos cultivar um sentimento de reverência e temor a Deus em nossa abordagem do texto bíblico?
III. Fazer: Interpretando as Escrituras com as Escrituras
A. Como você pode melhor abordar o texto bíblico sem corromper a mensagem com ideias externas?
B. Como você pode abordar e interpretar a Bíblia com base em seu próprio texto?
Resumo: Nossa maneira de abordar a história da criação dá o tom da nossa abordagem em relação ao restante da Bíblia. Métodos de reinterpretação, concebidos para tornar o livro de Gênesis mais agradável à mente moderna, às vezes mostram semelhanças com relação ao modo pelo qual alguns cristãos reinterpretam o texto bíblico para tornar o sábado mais aceitável para uma sociedade orientada para o domingo. A interpretação bíblica não deve ser conduzida ou influenciada pelo desejo humano, mas deve permitir que a Bíblia interprete a si mesma.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Como tratamos o texto bíblico?
A Escritura deve interpretar a si mesma, ou devemos introduzir
ideias da sociedade moderna, a fim de tornar a mensagem mais agradável?
Só para o professor: Sua tarefa é ajudar os alunos a compreenderem a importância da correta interpretação das Escrituras para sua fé e crescimento espiritual.
Nossa maneira de abordar um texto pode ter um grande impacto sobre
o significado da mensagem recebida. Como a maneira de abordar o texto de Gênesis 1 afeta a sua mensagem para nós?
Se tratássemos os textos, e-mails e cartas de nossos cônjuges ou colegas de trabalho com a mesma indiferença ou desprezo com que alguns tratam o texto de Gênesis 1, o que aconteceria com nosso casamento e carreira profissional? Jesus levantou uma questão semelhante, quando perguntou: "Qual pai, entre vocês, se o filho lhe pedir ume peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? (Lc 11:11, 12, NVI). Se acreditamos que Deus inspirou as mensagens dos autores bíblicos, até que ponto podemos usar a criatividade na tarefa de interpretar Gênesis 1? Os dias de Gênesis 1 devem ser reinterpretados da forma que o pai, na ilustração de Jesus, "reinterpretou" um peixe por uma cobra? Ou devemos procurar evidências internas quanto à maneira correta de compreender Gênesis 1?
Atividade de abertura: Você já pensou que havia comunicado algo de maneira muito clara, mas descobriu que o destinatário fez uma interpretação muito criativa, para deixar de lado o seu objetivo pretendido? Como você se sentiu diante dessa interpretação criativa de sua mensagem?
Compreensão
Só para o professor: Gênesis 1 provê um caso de teste útil e conveniente para examinar a questão da maneira de abordar e interpretar o texto bíblico.
Comentário Bíblico
Fatos flexíveis versus verdade fixa: o desafio da evolução à crença na criação recente (Recapitule com a classe Gn 1.)
Criacionistas da Terra jovem tratam Gênesis 1 como um franco relato histórico que mostra como Deus fez o mundo em seis dias literais, consecutivos e contíguos. A teoria científica atual apresenta dificuldades para essa visão. Como resultado, alguns cristãos tentar resolver essa dissonância.
Uma alternativa nega a inspiração das Escrituras, relegando histórias, tais como Gênesis 1, ao status de relíquias do passado pré-científico da humanidade. Embora admitam que o autor de Gênesis pretendesse ensinar uma semana da criação literal, em sete dias, eles afirmam que o autor estava cientificamente errado. Outros tentam afirmar tanto a inspiração das Escrituras quanto a autoridade da teoria científica atual. Uma tática frequente é afirmar que Gênesis 1 é um tipo de gênero literário diferente da narrativa histórica, permitindo a compreensão dos dias da criação como não literais e em harmonia com cronologias longas. No entanto, ao olhar para o próprio texto, encontramos desafios a tais afirmações.
Primeiro, quando a palavra hebraica para dia (yom) aparece no Antigo Testamento com um número ordinal (primeiro, segundo, etc.), a combinação sempre representa um dia literal. Além disso, a presença das palavras tarde e manhã em Gênesis 1, torna difícil fugir do óbvio: o autor claramente pretendia que entendêssemos o relato basicamnete como uma história cronológica com dias reais.
Segundo, há uma construção hebraica chamada de "vav consecutivo", que é uma característica da narrativa histórica hebraica (vav é uma conjunção que geralmente equivale a "e" ou "mas" em inglês. O vav consecutivo é usado em uma história que relata uma sequência de eventos consecutivos nas narrativas históricas.)
Todas as histórias clássicas em Gênesis, incluindo o Dilúvio e o sacrifício de Isaque, estão generosamente potilhadas com vav consecutivos. Por outro lado, vav consecutivos são raramente usados em gêneros poéticos, como Salmos e literatura sapiencial. Visto que Gênesis 1 emprega mais de quarenta vav consecutivos, temos forte evidência de que o autor sentia que estava escrevendo uma narrativa histórica. Mas por que isso poderia ser importante?
Reinterpretações de Gênesis 1 tentam tornar a história da criação mais agradável para a mente moderna, em detrimento da leitura óbvia do texto, levantando questões sobre a autoridade bíblica. Sendo assim, há alguma semelhança com as tentativas de reinterpretar o claro significado do sábado, especialmente o aspecto do sétimo dia, a fim de tornar um dos mandamentos de Deus mais aceitável a uma sociedade orientada para o domingo. Os defensores da ideia de que o relato ´bíblico é "literal-mas-errado" imitam o método do catolicismo medieval, que admitiu que a Bíblia ensina o sábado do sétimo dia, mas alegou que havia uma autoridade maior do que a Escritura, permitindo a mudança de interpretação. E outros cristãos, tentando afirmar a autoridade bíblica e ao mesmo tempo a dimensão do sétimo dia do sábado, introduzem diversas reinterpretações textuais semelhantes às atuais tentativas de reinterpretar Gênesis 1. Os que tentam afirmar a autoridade do texto enquanto tentam prover uma reinterpretação mais agradável podem ter mais dificuldade em reconhecer o sentido claro do texto do que os que abertamente negam a inspiração e autoridade da Bíblia.
Pense nisto: O conhecimento científico está sempre sujeito à correção e, portanto, nunca é fixo e absoluto. Por outro lado, cremos que Deus e, consequentemente, Sua Palavra, são eternamente verdadeiros e imutáveis. Considere a ironia nessa questão: por que alguns cristãos invertem os conceitos, tratando o conhecimento científico flexível como verdade fixa e absoluta, enquanto tratam as Escrituras como relativa e passível de revisão? Embora esse tipo de tratamento pareça um ataque à autoridade das Escrituras, o que a resposta a essa questão revela sobre o que está realmente sob ataque?
Aplicação
Só para o professor: Grande parte da lição desta semana depende do conceito dos princípios de interpretação. Como devemos abordar o texto? Temos permitido que as Escrituras ofereçam as normas e regras de interpretação, ou devemos introduzir outras ideias, especialmente de nossa própria cultura e época para nos ajudar a compreender melhor o texto? A maneira de responder a essas questões tem grandes implicações para o significado da autoridade bíblica na vida do aluno.
Nossa lição examina as conexões entre Gênesis 1 e Jó, Salmos, os profetas hebreus e os ensinamentos de Jesus.
1. Em Gênesis 1, que evidências você vê no texto que nos mostram a intenção do autor quanto à maneira pela qual devemos entender a história?
2. Como sua abordagem interpretativa de Gênesis 1 afetam a sua abordagem interpretativa para outras áreas do ensino bíblico, especialmente quando essas áreas estão em conflito com o estilo de vida e ideias modernos?
3. Por que é importante aceitar Gênesis 1 de acordo com seus próprios termos, em vez de misturar o texto bíblico com ideias externas?
Criatividade
Só para o professor: Esta é uma última oportunidade de enfatizar para a sua classe a importância de permitir que a Escritura interprete a si mesma.
Atividade: Compare e contraste as maneiras pelas quais as pessoas tentam
deixar de lado a historicidade da criação com as formas pelas quais alguns
tentam deixar de lado os elementos da verdade sobre o sábado ou acerca da
natureza do homem. Que semelhanças você vê nas maneiras pelas quais o texto
bíblico é tratado? Existem diferenças entre essas maneiras? O que isso nos
ensina sobre a importância da maneira correta de abordar o texto das Escrituras?
COMENTARIOS
Lição
3 – A criação concluída
Michelson Borges: jornalista pela UFSC e
mestre em teologia pelo Unasp
Nahor Neves de Souza Jr., geólogo pela Unesp e doutor em engenharia pela USP
Nahor Neves de Souza Jr., geólogo pela Unesp e doutor em engenharia pela USP
Introdução
Ideia central 1: A Bíblia não deixa claro se a fonte de
luz do primeiro dia da semana da criação era o Sol, o próprio Deus ou uma
supernova, por exemplo. Também não fica claro se Deus trouxe o Sol e a Lua à
existência no quarto dia ou “apenas” os revelou para um observador na Terra. O
fato é que desde o primeiro dia da criação já houve tarde e manhã, o que tornam
necessárias a rotação do planeta e uma fonte de luz. A menção à criação das
estrelas parece ser uma frase parentética, sugerindo que elas tenham sido
criadas antes do sistema solar ou da Terra. Assim como os planetas, as luas e
as estrelas revelam planejamento e ordem. Na Terra, os seres criados também
revelam as digitais do Criador. Basta pensar, por exemplo, na engenharia do
voo, no sonar dos golfinhos ou mesmo na tremenda quantidade de informação
complexa e específica contida no DNA.
Ideia central 2: Em Sua sabedoria e soberania, Deus
decidiu realizar a criação em sete dias literais de 24 horas, ciclo que
permanece até hoje, independentemente de quaisquer movimentos astronômicos,
como os que determinam os dias, os meses e os anos. No fim dessa semana está o sábado
– presente de Deus para o ser humano (Mc 2:27), que deve ser usado para
aprofundar a relação criatura-Criador. Se a semana da criação não tivesse sido
composta de dias literais de 24 horas, o próprio mandamento do sábado (Êx
20:8-11) perderia o sentido, já que ele serve para lembrar que Deus criou o
mundo exatamente em seis dias. Aliás, nas Escrituras, a palavra yom (“dia”)
invariavelmente significa um período literal de 24 horas, quando precedida por
um numeral, o que ocorre 150 vezes no Antigo Testamento. É claro que Deus
poderia ter criado a vida neste mundo em seis mil anos ou em seis segundos, mas
a revelação bíblica deixa claro que Ele escolheu criar em seis dias e
“descansar” no sétimo. Ponto final.
Para refletir
1. Que luz foi aquela criada no primeiro
dia da semana da criação? E quanto ao Sol, à Lua e às estrelas, mencionados
apenas no quarto dia?
2. De que forma os seres criados revelam as digitais do Criador?
3. Qual é o propósito do sábado e que evidências temos de que os dias da criação tinham 24 horas, como hoje?
Ampliação
Acaso ou
planejamento?
A
extraordinária capacidade criativa e mantenedora do ser humano – criado à
imagem e semelhança do Criador – se manifesta de modo especial quando ele
procura imitar os
complexos sistemas ordenados da natureza. Nesse sentido, seria interessante
destacar alguns conceitos fundamentais (sistemas homólogos e sistemas
automatizados), válidos tanto para interpretar biologicamente a natureza, como
também para reconhecer as muitas similaridades apresentadas pelos artefatos
humanos.
Determinadas
partes de veículos motorizados podem ser homólogas. Assim, na figura 1, são
apresentados quatro diferentes tipos de veículos (transporte terrestre, aéreo e
marítimo), cujas estruturas homólogas se encontram destacadas no centro da
ilustração: rodas e hélices acionadas por um eixo constituem os elementos que
promovem a movimentação dos respectivos veículos. Um segundo exemplo de
artefatos humanos pode ser fornecido por uma típica linha de produção em série,
vinculada à automação e à informática (figura 2). Nas linhas de montagem
robotizadas de veículos automotivos, atualmente se verificam várias etapas de
fabricação em que a atuação humana direta (manutenção do processo) não é
visível. Para o leigo, a referida sequência contínua de operações assume ares
de pura “magia”.
Figura
1
Figura
2
No
âmbito da biologia comparada, os sistemas homólogos são frequentemente
representados pelos membros de locomoção ilustrados no centro da figura 3. Os
correspondentes mamíferos (ambiente terrestre, aéreo e marinho), evidentemente,
são infinitamente mais complexos se comparados com os veículos motorizados da
figura 1. Quando nos referimos à automação, os sistemas automatizados da
natureza se destacam de maneira extraordinária. O fantástico desenvolvimento
do ser humano (figura
4), desde o zigoto até a fase adulta (com seu extraordinário cérebro),
constitui uma das maravilhas da natureza, ainda não totalmente compreendida. O
mais impressionante é que esse processo se perpetua de maneira contínua e
extremamente eficaz, mediante a reprodução.
Figura
3
Figura
4
Paralelamente
(considerando-se os automotivos), seria algo impressionante admitirmos a
possibilidade de que todas as etapas de determinada produção em série fossem
perfeitamente automatizadas. Poderíamos, finalmente, idealizar uma situação
mais perfeita (ou utópica): os referidos veículos terem, durante sua vida útil,
a capacidade fantástica de autorreparação e de autorreprodução, sem a
interferência humana. Na verdade, os precários sistemas automatizados,
identificados nos artefatos humanos (apresentam estruturas extremamente
simplificadas), têm duração limitada, necessitam de contínua reparação, não se
reproduzem... A lista de limitações é enorme, quando comparamos os sistemas
robotizados com a complexidade dos organismos.
No
entanto, em todas as conquistas tecnológicas, destaca-se a mente humana, com
sua excepcional inteligência, criatividade e extraordinário espírito
idealizador e empreendedor, capaz de conceber, planejar, executar e aperfeiçoar
projetos com propósitos bem definidos. O desejo de otimizar determinado
processo é inerente à natureza humana. A máquina ou mecanismo ideal seria
aquele capaz de funcionar perfeita e eternamente (moto-perpétuo). Entretanto,
qualquer mecanismo perfeitamente autossustentável (moto-contínuo) transgride as
leis da termodinâmica, portanto, algo inconcebível no âmbito da existência
humana. Assim, os artefatos humanos aqui considerados (veículos motorizados),
por mais perfeitos que tenham sido projetados (ou criados), sem manutenção, um
dia deixarão de funcionar.
Por
um lado, sabemos que os complexos artefatos e os arrojados empreendimentos do século
21, produzidos em série ou exclusivos – automóveis, aviões, computadores,
megaconstruções, naves espaciais, etc., apontam para projetos minuciosamente
desenvolvidos pela genial mente humana. Esses mesmos produtos das realizações
do ser humano podem ainda ser classificados em grandes grupos, sendo que os
produtos de cada grupo guardam notáveis semelhanças entre si. Por outro lado,
seria óbvio admitir que o complexo e prodigioso cérebro humano tenha sido
também planejado e criado com os demais seres (com suas respectivas
peculiaridades), conservando, igualmente, semelhanças entre si (homologias,
analogias, embriologia comparada, etc.).
Usando
honestamente a razão, somos induzidos a admitir que tanto os artefatos humanos
quanto os sistemas naturais evocam intencionalidade, propósito e planejamento.
Ou seja, se um veículo aponta, inevitavelmente, para seu criador, um
extraordinário projetista que também fornece um manual de utilização e
manutenção, muito mais o ser humano, infinitamente mais complexo, com sua
prodigiosa mente criativa, reflete a obra-prima de um poderoso e genial
Projetista, Criador e Mantenedor, que nos presenteou com o Manual dos manuais:
a Bíblia.
Finalmente,
as semelhanças estruturais (homologias) ou funcionais (analogias), entre outras
similitudes observadas nos seres vivos e estudadas pela biologia comparada,
apontam muito mais convincentemente para um Originador incomum do que
propriamente para uma origem comum. Nesse caso, o Planejador teve liberdade
para combinar Suas soluções construtivas. Quando os principais grupos de
animais (níveis taxonômicos superiores) são comparados, o grau de congruência
morfológica e bioquímica revela muito mais razões funcionais vinculadas à
existência de um projeto original ou plano estrutural básico, do que supostas
alterações macroevolutivas que teriam ocorrido ao acaso (árvores
filogenéticas imaginárias).
Assim,
quer olhemos para as maravilhas do Universo ou para as evidências de design inteligente
nos seres criados, uma coisa não podemos deixar de concluir: projetos assim tão
bem elaborados dependem de um Projetista muito poderoso e inteligente. O acasodefinitivamente
não constitui uma resposta racional para a origem do extraordinário mundo
natural que nos rodeia.
Conclusões
–
A frase rítmica “e houve tarde e manhã” provê uma definição para o “dia” da
criação. E se o “dia” da criação se constitui de tarde e manhã, é, portanto,
literal. O termo hebraico para “tarde” (‘ereb) abrange toda a parte escura do dia (ver
dia/noite em Gn 1:14). O termo correspondente, “manhã” (em hebraico bqer)
representa a parte clara do dia. “Tarde e manhã” é, portanto, uma expressão
temporal que define cada dia da criação como literal. Não pode significar nada
mais.
–
As palavras usadas nos Dez Mandamentos deixam claro que o “dia” da criação é
literal, composto por 24 horas, e demonstram que o ciclo semanal é uma
ordenança temporal da criação. Aliás, como explicar a origem do ciclo semanal,
se não pela criação em seis dias literais seguidos do repouso do sétimo dia? A
semana não está vinculada a nenhum movimento ou fenômeno astronômico, como os dias
(rotação da Terra), os anos (translação) e os meses. A palavra divina, que
promulga a santidade do sábado, toma os seis dias da criação como sequenciais,
cronológicos e literais. Dizer o contrário, portanto, é ir contra o contexto
literário de Gênesis e contra o Criador.
–
A criação da vegetação ocorreu no terceiro dia (ver Gn 1:11, 12). Grande parte
dessa vegetação parece ter necessitado de insetos para a polinização. Mas os
insetos só foram criados no quinto dia (v. 20). Se a sobrevivência desses tipos
de plantas, que necessitam de insetos e outros animais para a polinização,
dependesse deles para a reprodução, então haveria um sério problema se o “dia”
da criação significasse “era”. Ainda mais: a teoria dos dias-eras exigiria um
longo período de iluminação e outro de escuridão para cada uma das supostas
épocas. Isso, é claro, seria fatal tanto para as plantas quanto para os
animais. Os dias da criação devem ser entendidos como literais e não como
representando longos períodos de tempo. Argumentar em contrário é forçar o
texto bíblico a dizer o que não diz.
–
Leia sobre maravilhas relacionadas com seres alados (aqui e aqui)
e com animais terrestres (aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).
–
Leia o texto “Hormônios: orquestra afinada” (aqui).
–
Gênesis 2:1-3 apresenta a conclusão da obra criativa de Deus. Para celebrar e
recordar esse evento, Deus estabeleceu o sábado. Os seres humanos também
costumam construir monumentos para recordar grandes feitos e acontecimentos. Um
monumento é um memorial comemorativo no espaço. O sábado é um memorial no
tempo. Não é o simples marco de uma construção qualquer; é o memorial da origem
da vida, o monumento comemorativo da criação. Ao separarmos o sétimo dia da
semana para fins religiosos (culto a Deus, auxílio aos necessitados, contato
com a natureza), estamos reconhecendo o Senhor como o Todo-poderoso Criador do
Universo. E o sábado é mais do que um simples repouso físico. É, antes de tudo,
uma pausa para um contato mais íntimo com Deus, de tal maneira que as outras
atividades ficam para depois.
Assista
ao esboço em vídeo desta lição.
Sikberto Marks
Lições da
Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2013
Tema geral do
trimestre: Origens / Estudo nº 03 – A criação concluída / Semana de 12 a 19 de janeiro / Comentário auxiliar
elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de
Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí – RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição
original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar:
“Havendo
DEUS terminado no dia sétimo a Sua obra, que fizera,descansou nesse dia de toda a Sua obra que havia feito” (Gên. 2:2).
Introdução de sábado à tarde
Nos últimos três dias DEUS foi fazendo coisas mais importantes e
complexas: as que davam significado a toda criação. No terceiro dia, Ele já
havia criado a vida vegetal. No quinto e sexto dias, Ele criou vida animal na
Terra. Passou a haver movimento. Antes dessa vida animal, no quarto dia, Ele
criou a luz própria para o planeta, a do Sol, e o reflexo de luz pela lua. Mas
a vida complexa veio no final da criação: a do ser humano, homem e mulher,
criados à semelhança do próprio Criador. Isso é impressionante! Um ser parecido
ao próprio Criador. Portanto, quanto mais para o final da criação, mais
importante era o que DEUS fazia. É importante entender que a mulher foi o Seu
último ato de criação. Ele realmente colocou sensibilidade e beleza em Seu
último ato! Por último, Ele instituiu o sétimo dia daquela semana da criação
como um dia especial. Nele não criou nada, apenas descansou, isto é, refletiu
sobre o que fizera, pois havia um propósito em tudo o que fez. Ele, Adão e Eva,
passaram esse dia juntos. Era esse um dia especial, concebido para uma
atividade especial.
Estudemos bem o conteúdo desta semana, pois ele é essencial para
entendermos os propósitos da criação.
1. Primeiro dia: Sol, Lua e estrelas
Antes de mais nada, uma explicação. O título de hoje ficou
estranho. Ele diz “Primeiro dia: Sol, Lua e estrelas.” Mas aqui primeiro dia dignifica
o dia da semana que estamos estudando algo sobre o quarto dia da criação.
Pois bem, estamos já no quarto dia da obra de DEUS. Já havia
luz, atmosfera, continentes e mares, relva, ervas e árvores. Agora, no quarto
dia, acontece algo para nós aparentemente contraditório. É contraditório porque
é feito por DEUS, que é infinitamente mais inteligente que nós. Muitas vezes
nossas compreensões sobre os atos de pessoas muito inteligentes nos
surpreendem, quanto mais no caso de DEUS. A questão é a seguinte: se DEUS criou a
luz no primeiro dia, como se explica a criação do Sol, estrelas e lua no quarto
dia? Veja bem o que a Bíblia diz em relação ao
primeiro dia. Ela afirma que DEUS criou a luz, não que Ele tenha criado o Sol e as estrelas e a Lua.Assim como a Terra,
estes corpos celestes já existiam antes da criação da vida aqui. A Bíblia não
afirma assim, mas é óbvio porque em Gên. 1:1 diz que DEUS criou o céu e a Terra no
princípio, e deixou esta Terra, por uns tempos para nós desconhecidos, sem
forma e vazia. Ele não teria criado só a Terra e no quarto dia da criação na
Terra, criado algo fora dela, que seria o resto do Universo. Isso sim, não faz
sentido algum. Ora, se foi criada a luz no primeiro dia, sem vínculo com algum corpo
celeste, logo esta luz não provinha de alguma estrela como o Sol. E se for
assim que se deve entender esse escrito da Bíblia, só resta uma única fonte
para tal luz, o próprio DEUS. E há na Bíblia margem
para se entender desta forma. Em Apoc. 21:23 diz que na Nova Jerusalém, onde
estará o trono de DEUS, não haverá necessidade nem de Sol nem de Lua, porque a
luz que vem de DEUS iluminará a cidade. Não diz que lá não haverá nem Sol nem
Lua, mas que eles não seriam necessários. Portanto, nos três primeiros dias,
parece bem evidente que a luz vinha de DEUS, nos tempos certos, isto é na parte
da manhã (dia) de cada dia, e deixava escuro o planeta na parte da tarde
(noite).
O que teria havido, então, no quarto dia? Também não temos uma
explicação completa, mas a Bíblia diz que ouve a criação do Sol e da Lua. Ela
se refere a dois grandes luzeiros, um para governar o dia, o Sol, outro para
governar a noite, a Lua, que reflete a luz do Sol. Portanto, fica evidente que
nos três dias anteriores, a noite aqui era absolutamente escura, nem mesmo se viam
estrelas. Agora, do quarto dia em diante, a Terra recebia luz de seu próprio
sistema estelar, tinha a sua estrela em chamas para lhe alumiar e aquecer, e
tinha a lua para dar alguma claridade à noite, e como sabemos, definir a
duração de cada mês.
Se o Sol e a Lua, assim como a Terra, já existiam antes da
criação em nosso planeta, como se explica não haver luz aqui, vinda deles, nos
três primeiros dias? Também a isto não temos respostas, mas podemos supor e
esperar a explicação do próprio Criador. Hipóteses podemos ter, o que não
devemos fazer é criar polêmica em torno delas, um defendendo uma coisa, outro
outra coisa, e assim se formarem divisões entre nós. Se outros comentaristas
apresentarem outras possibilidades, então tudo bem, desde que não atribuam a
satanás alguma coisa da criação.
Há pelo menos duas possibilidades quanto ao estabelecimento do
Sol e da Lua. Uma que o Sol já ardia em fogo, outra que não. Se for a primeira
hipótese a verdadeira, então por alguma razão a luz não atingia a Terra. Talvez
houvesse um cinturão de nuvens entre o Sol e a Terra. Nesse caso, nem mesmo se
veriam as estrelas distantes. A outra hipótese é que o Sol, apagado, tenha
sido, junto com as estrelas, incendiado no quarto dia, e assim a Lua tenha
começado a refletir a sua luz. Qual dessas possibilidades tem maior chance de
ser verdadeira? Não se faz ideia, e não é importante agora saber. Uma coisa é
certa, temos matéria para estudar após a segunda vinda. Essa é uma matéria bem
cativante, entender como DEUS criou tudo, e os porquês de ter criado da maneira
como criou.
2. Segunda: Criação das aves e animais marinhos
Chegamos ao quinto dia. Até aqui vemos que DEUS seguia um plano
lógico. No primeiro dia Ele proclamou seu poder para criar, fazendo aparecer
luz sem depender de uma fonte senão Ele mesmo. DEUS criava e demonstrava poder e inteligência, por apenas ter
de pensar, isto é, fazer o plano do que seria criado, e determinar pela palavra
que isso surgisse.
No segundo dia Ele providenciou a atmosfera e separou a terra da
água, providenciando partes secas e partes com água. Nesse dia a
Terra passou a ter forma, isto é, se poderia desenhar um mapa para o planeta. Antes não se poderia, pois ela era coberta com água. Agora havia
atmosfera, continentes e mares. Tudo era criado numa sequência lógica.
No terceiro dia DEUS enfeitou a Terra criando os gramados, as
plantas médias e as grandes, como as árvores. Agora a Terra estava ficando
bonita, tinha forma e estava coberta de cores e vida. No quarto dia DEUS deu
independência de luz à Terra, providenciando a luz do Sol e da Lua. Agora Ele,
DEUS, durante o dia, poderia ausentar-se da Terra que ela continuaria tendo sua
luz e seu calor, itens necessários para a vida.
Então sim, vem o quinto dia. Esse era um grande dia, o maior até
aqui, mas não o maior de todos. DEUS povoou os extremos da Terra, isto é, a
atmosfera com aves e as águas com peixes. Nisso Ele também demonstrou poder
inimaginável, ou seja, tanto havia seres viventes que podiam voar quando os que
podiam nadar. Para isso Ele teve que planejar bem, pois o sistema de vida de um
é radicalmente oposto ao do outro, por exemplo, com relação a respiração, mas
também com relação ao deslocamento. Uns precisam asas, outros nadadeiras. O Criador
demonstrou que é capaz de lidar com os extremos de uma maneira perfeitamente
normal. Para Ele não há limites. Desde as maiores profundezas do mar até as
maiores alturas, Ele, se desejar, pode colocar seres vivos onde lhe der
vontade. Ele é criativo e encontra soluções para todas as possibilidades de Sua
imaginação. Isso requer diversidade,
seres diferentes habitando lugares diferentes. E para tirar toda a monotonia,
pois DEUS gosta do belo, Ele não criou apenas algumas poucas espécies de aves e
peixes, mas milhares. E esses seres podem variar ao longo do tempo em suas
gerações formando mudanças interessantes, com novas variedades atraentes. Ao
longo dos tempos, ao natural, haveria novidades na criação. DEUS não criou a
vida para que os descendentes fossem como cópias fiéis de seus pais. Podem ser
parecidos, mas são elegantemente diferentes.
Esse é o DEUS
que criou tudo por aqui. Ele colocou leis inteligentes, leis que não poderiam
ter vindo pela ação do acaso e muito menos por meio dos seres lutando entre si.
A luta e o conflito nada aperfeiçoam senão destroem. É o planejamento
inteligente que gera harmonia, lógica e estabilidade com beleza.
3. Terça: Criação dos animais terrestres
No estudo de hoje chegamos ao sexto dia. O que foi que DEUS
criou neste dia? Os animais terrestres e o ser humano. Ele o fez com potencial
de diversidade. Ao longo dos tempos, ao natural, pelas leis da genética, surgem
novas variações dentro de cada espécie. Mas não surgem novas espécies, não
surgem animais que antes não existiram. Do casal inicial de Adão e Eva
surgiram, por exemplo, as três grandes raças humanas, os negros, os brancos e
os amarelos. O termo raça humana está tendo cada vez menos credibilidade no
meio científico. De qualquer forma, a maior probabilidade é que as três grandes
características raciais tenham surgido com os três filhos de Noé. E se foi
assim, possivelmente já houvesse nos descendentes de Adão e Eva a possibilidade
de diferenciação racial. Hoje temos misturas raciais entre os humanos, formando
um matiz de cores de pele e de cabelo, bem como formatos do corpo muito
interessantes. A raça humana é bem variada, o que a deixa bonita e exclui a
monótona igualdade entre todos.
DEUS criou todas as coisas para serem variadas, para terem
beleza e servirem para algo prático. Geneticamente os animais terrestres são
muito parecidos ao ser humano; as aves ficam mais distantes e os répteis e
peixes mais ainda. Os macacos, por exemplo, têm um código genético bem parecido
ao dos seres humanos. Pudera, eles são fisicamente um tanto próximos. Mas isso
não quer dizer que o ser humano teve como ancestral um macaco. E a gradativa
diferenciação genética entre os animais não prova evolução entre eles. Mais
fácil é admitir que houve uma inteligência infinita que criou todas as coisas
com tal afinidade, porque atualmente não se constatam mudanças que façam surgir
novas espécies. Aliás, tais mudanças não podem ser provadas nem mesmo nos
tempos passados.
Algumas perguntas que ficam para se fazer a DEUS, após sermos
salvos. O que se modificou em nosso código genético no dia da queda de Adão e
Eva? E como isso afetou os animais e as plantas? Tais mudanças teriam ocorrido
quando houve o pronunciamento das novas condições de vida na Terra, as
maldições que DEUS determinou em razão do pecado? Ou foi apenas a perda da ligação
íntima de amor entre os seres vivos e DEUS? São questões interessantes, mas que
hoje apenas devem nos causar curiosidade. Um dia estudaremos essas questões em
bases sólidas; hoje ainda não necessitamos dessas respostas. O que necessitamos
hoje é saber como salvar nossa vida.
4. Quarta: Trabalho acabado
Das muitas
coisas que podemos aprender da criação de DEUS, uma delas, bastante importante, é o planejamento. Tudo o que fizermos sem
planejamento demora mais, cometem-se mais erros e acaba custando mais.
Pessoalmente tenho por costume planejar a semana. Imprimo uma folha ofício com
5 colunas, uma para cada dia útil, com algumas partes já pré-planejadas. Outras
partes planejo para o mês, outras para a semana e outras para cada dia, antes
de qualquer atividade. Na medida em que vou cumprindo as atividades, vou
marcando. Como é bom chegar ao final do dia e ver tudo marcado, e avaliar, e
poder dizer: com a graça de DEUS, hoje foi feito um bom trabalho! DEUS também
fez assim. Ele tinha um plano para cada dia, e ao final de cada dia Ele
avaliava e concluía dizendo que ficou bom.
DEUS havia planejado a semana da criação. Ele seguiu o Seu
planejamento. Já estava previsto o que faria cada dia, e a razão de descansar,
abençoar e santificar o sétimo dia. A raça humana é fruto de um inteligente planejamento com um propósito
supremo: encher este planeta de vida, beleza e felicidade.
Porque DEUS criou o sábado? Qual a razão de ter descansado nesse
dia? De o ter abençoado e santificado? Porque DEUS diferenciou tanto o dia de
sábado? E se foi Ele quem estabeleceu o sábado com esses atributos especiais,
alguém outro poderia alterar essa decisão? Estaria DEUS, por exemplo, hoje
santificando o domingo? Estaria DEUS hoje obedecendo a mandamento de homens? Se
sim, então, que DEUS seria Ele, que até a criatura manda nEle?
DEUS criou o
sábado por causa do ser humano. Havia uma necessidade
para criar o sábado. O ser humano, para ser feliz, necessitava cultivar o amor acima de todas as coisas. E o amor é DEUS, portanto, o ser humano necessitava de momentos de
intimidade com DEUS, Seu Criador, momentos em que nada mais dividisse a
atenção, senão o amor a DEUS. Essa sempre foi a finalidade do sábado. Atenção, o sábado tem a ver com
uma relação com o Criador, por isso este mandamento inicia assim: “lembra-te do
sábado…” e depois diz, “porque em seis dias criou DEUS…”. Resumindo, lembra-te do sábado para não te esqueceres de teu Criador!
Então, porque o descanso nesse dia? Esse descanso temos que
entender no contexto da perfeição, onde ninguém se cansa fisicamente. O
descanso quer dizer o que o próprio mandamento dado por meio de Moisés diz,
isto é, mais detalhado para as novas circunstâncias de grande pecaminosidade
(seres perfeitos entendem com bem maior facilidade como se obedece o amor, não
há necessidade de dizer diretamente a eles que não matem, não roubem, etc.). O
mandamento diz que não façamos nenhum trabalho para nós nesse dia, e isso é
parte do descanso. O descanso se completa com a outra parte, da comunhão com O
Criador, que costumo chamar de intimidade com o amor.
E porque razão o sábado é o sétimo dia? Por que DEUS trabalhou
durante seis dias, e no sétimo não trabalhou, mas descansou? Ora, isso é bem
simples de entender. Alguém pode inaugurar alguma coisa sem ter concluído?
Muitos políticos fazem isto, já presenciei! Mas só se pode declarar concluída
uma obra que de fato está completa! Questionemos mais: não serve o primeiro dia para descanso? Vamos à
lógica das coisas. O primeiro dia foi um dia de trabalho. Nele DEUS criou algo,
foi a luz, e fez separação entre luz e trevas, e determinou a duração do dia e
da noite. Esse é um dia de criação, portanto, nesse dia o Criador não
descansou. E nem poderia descansar nesse dia pois nada ainda havia criado antes
dele. Tal dia não serve para o descanso. Logo, fica bem evidente que esse não é
um dia para se descansar, mas para se trabalhar. Fica claro que nesse dia se
inicia o trabalho da semana, portanto, de todos, é o dia menos indicado para o
descanso. Assim devem pensar todos aqueles que se denominam cristãos. Não serve nenhum outro dia da semana, porque em todos eles DEUS
trabalhou. Só no sexto dia Ele completou a Sua obra, para então sim, descansar no
dia seguinte, o sétimo dia. Ele só não trabalhou no
sétimo dia, portanto, pelo raciocínio da inteligência, que DEUS nos deu, sem
muito esforço cai por terra a santificação do domingo. Ele não é mais santo que
qualquer outro dia, por ter DEUS nele trabalhado, e até iniciado o Seu
trabalho. Acrescentemos ainda que DEUS, além do descanso, só abençoou e
santificou o sétimo dia da semana, e com este dia, encerrou a semana da
criação. Isso é simples de entender se a pessoa se entregar ao poder do
ESPÍRITO SANTO, em menos de um minuto essa questão estará entendida.
O sábado é o dia de se cultivar a felicidade por meio da
intimidade com DEUS, que é amor. Isso foi determinado por DEUS, não por um
inimigo de DEUS. O domingo sim, esse foi estabelecido por um imperador pagão,
de um Império Pagão. Ele foi estabelecido por Constantino que dominava o Império
Romano, onde se adorava o Sol, cujo dia, no paganismo, é exatamente o domingo.
5. Quinta: O dia literal
O fenômeno da guerra, que é a desinformação, está sempre
presente em todas as guerras. A mentira é uma estratégia muito utilizada. Faz
parte do arsenal para enganar o lado oposto. Em todas as guerras a
desinformação sempre foi utilizada por todos os comandantes, exceto por um:
DEUS.
Com relação às nossas origens o inimigo de DEUS também se valeu
desta estratégia. Um dos assuntos-foco de mentiras é a origem da raça humana.
Qualquer explicação serve, desde que não seja a da Bíblia. Por exemplo, o
Evolucionismo diz que havia uma bola, chamam de “ovo cósmico”. De onde esse ovo
veio não se sabe. Ele esquentou muito e explodiu, formando com o tempo as
galáxias com suas estrelas e astros. Muito mais tarde, em nosso planeta Terra,
formou-se espontaneamente a vida, que evoluiu até o nosso estado atual. Se
assim fosse, então atualmente, bem mais que naqueles tempos idos, deveríamos
estar evoluindo para uma sociedade melhor, mas o que se verifica é o contrário.
Afinal, se já tivéssemos evoluído no passado, se com a evolução já tivéssemos
alcançado um estágio bem mais próximo da perfeição, porque, quando estamos por
alcançar a perfeição, a nossa evolução passa a retroceder, para se direcionar
ao caos? Essa é uma teoria bem esquisita.
Entre o Evolucionismo e o Criacionismo inventaram explicações
intermediárias. É para acomodar o Criacionismo ao Evolucionismo. Uma dessas
explicações é relativa aos dias da semana da criação. Não seriam dias literais,
mas longas eras, milhões de anos quem sabe.
Mas o que podemos deduzir do relato Bíblico não permite tal
interpretação. A Bíblia é bem clara, basta ler no livro do Gênesis. Em cada dia
houve tarde e manhã. Não é possível existir tarde e manhã em milhares ou
milhões de anos. A Bíblia numera que “houve o primeiro dia” e assim por diante,
o segundo, o terceiro, etc. Não é compatível cada dia ter um número, e até o
sétimo dia ter um nome, sábado, se fossem longos períodos de tempo. E a Bíblia
apresenta a criação como feita em uma semana literal, sendo o sétimo dia o
último daquela semana. Até hoje ainda existem os dias e as semanas.
Ora, quem tem poder para criar pela Sua Palavra usaria longas
eras para criar, se pode fazer instantaneamente?
Afinal, quais seriam as razões de inimigos combaterem a
explicação bíblica da literalidade dos dias da criação? Simples entender.
Combater a explicação da ação de DEUS, minimizar o amor de DEUS, pois seria Ele
um ser que cria e abandona Sua criatura. Criou para a própria criatura evoluir,
assim não teria criado na perfeição.
Também serve para minimizar o conceito de pecado, dizendo que na
verdade as coisas estão melhorando, não piorando. Isso resulta numa espécie de
descrédito em relação a DEUS, fazendo com que as pessoas se entreguem aos
cuidados de suas próprias capacidades intelectuais. E é exatamente assim que o
mundo funciona hoje, como se DEUS não existisse, ou como se Ele fosse um Ser
distante e ausente, o mesmo que não existir.
Também serve para tirar do dia de sábado a sua importância. Se a
origem fosse como dizem, a semana teria aparecido em alguma época na história,
sem nenhuma vinculação com o descanso de DEUS, nem a bênção nem a santificação.
Portanto, a Lei de DEUS seria uma invenção num dado momento da história, ou
teria sido dada aos judeus por meio de Moisés sem a participação de DEUS. Ou
seja, sem o relato bíblico até o plano da salvação vai por água abaixo, e perde
o sentido. Aliás, até o nascimento e morte de JESUS não fariam sentido, pois,
sem ter havido o pecado de Adão e Eva, e se evoluímos, porque necessitaríamos
de um Salvador? E se DEUS estivesse assim tão distante, Ele jamais teria
enviado JESUS, Seu Filho, para nos salvar. Logo, Aquele que pregaram na cruz
não seria o Messias enviado, mas um herói humano qualquer, cujos ossos estariam
enterrados em algum lugar em Jerusalém.
O relato da criação conforme a Bíblia, é a base para toda fé dos
cristãos, que o próprio cristianismo, em grande parte, está combatendo. Afinal,
é compreensível, pois aqui na Terra estamos em guerra.
6. Aplicação do estudo
Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Na sua opinião, qual o ponto mais visado pelo inimigo para ser
atacado? Nem precisa pensar muito, é certo que se trata do sábado. A troca do
sábado pelo domingo é a ação mais estratégica de satanás. Sendo o sábado o dia
da intimidade entre a criatura e o Criador, se ele não for observado, rompe-se
o elo que liga a essa intimidade. E se o povo santificar o domingo, ou ao menos folgar nesse dia, pois,
afinal, nem mesmo é possível santificar um dia que DEUS não tornou santo, esse povo assim se desligará do Criador, e se ligará ao não criador. Essa é a questão dramática, que bem poucos percebem. Veja bem o
seguinte: o sétimo dia é claramente o dia do Criador, por vários motivos. Um
que foi Ele, o Criador, quem estabeleceu esse dia, que descansou nesse dia, o
abençoou e santificou. E em lugar algum na Bíblia, a única Palavra confiável de
DEUS, Ele disse que mudaria o dia de descanso solene. Tanto no Antigo
Testamento quanto no Novo, só se veem relatos de santificação do sábado, jamais
do domingo. Na realidade, a mudança foi feita, como todos devem saber, por um
imperador do Império Romano, que além de não ser DEUS, nem mesmo cristão era, e
nunca foi. Sua conversão, mesmo que tenha havido, o que é muito duvidoso,
também não lhe creditaria para fazer tal mudança, em algo que foi estabelecido
por DEUS, o Criador, em Sua honra, pelo benefício do ser humano. Seres
inteligentes devem se perguntar: um cristão genuíno faria alguma mudança na Lei
estabelecida por DEUS? Só mesmo um imperador arrogante que quer vantagens
políticas por uma unidade com os cristãos faria isso.
O domingo temos
que descrever como o dia do não criador, porque antes dele não houve criação
alguma. Aliás, antes do primeiro dia da criação, nem mesmo houve dia. Por outro lado, antes do sétimo dia da criação, tudo o que aqui
existe já havia sido criado por DEUS. Assim sendo, o sétimo dia é o que reverencia o Criador, mas o primeiro,
o domingo, só consegue reverenciar a satanás, que não é criador de coisa
alguma, a não ser dos muitos problemas que aqui nesta terra enfrentamos.
Enfim, cada um escolhe a quem seguir.
Assista o comentário clicando
aqui. / O comentário em vídeo tem ênfase evangelística. Talvez
necessite segurar control mais um clike sobre o link.
escrito entre 05 e 11/12/2012 / revisado em
18/12/2012 / corrigido por Jair Bezerra.
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