domingo, 23 de setembro de 2012

ES – Lição 13 - Conservando a igreja fiel (2Ts 2:13-3:18) – 3º Trim, 2012







NOVO TEMPO

Lições da Bíblia


Conservando a igreja fiel (2Ts 2:13-3:18)








Lição 13 – de 22 a 29 de setembro

Conservando a igreja fiel (2Ts 2:13-3:18)








Sábado à tarde
Ano Bíblico: Obadias e Jonas

VERSO PARA MEMORIZAR: “Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (2Ts 2:15).

Leituras da semana: 2Ts 2:13-3:18; At 17:11; Lc 10:25-28; Mt 7:24-27; 18:15-17

Pensamento-chave: Na igreja, mesmo com todas as grandes e gloriosas promessas para o futuro, temos que enfrentar lutas e desafios diários. A igreja de Tessalônica não foi exceção.

As igrejas são muito parecidas com as plantas. Se uma planta não crescer, morrerá. Em outras palavras, a mudança está relacionada à forma pela qual as plantas foram projetadas por Deus. De igual maneira, uma igreja que não mudar nem crescer, também morrerá. Mas nem todas as mudanças são boas. A mudança pode nos afastar daquilo que somos. Ela pode nos levar a perder o contato com o propósito de Deus para nós. A Igreja Adventista do Sétimo Dia deve estar especialmente atenta porque, além de nós, ninguém está proclamando a mensagem da verdade presente! Essa é uma pesada responsabilidade, da qual jamais devemos nos esquecer.

Por meio da revelação e da harmonia promovida pelo Espírito Santo, Deus conduziu a igreja a uma luz ainda maior. A luz do passado ajuda a igreja a navegar pelas águas perigosas da mudança. As palavras finais de Paulo aos tessalonicenses nos dão orientação inspirada quanto a essa questão decisiva.

Domingo
Ano Bíblico: Mq 1–4

Fiéis por escolha divina (2Ts 2:13-17)

Alinguagem desta seção relembra a oração no início de 1 Tessalonicenses. É quase como se Paulo estivesse retornando ao lugar em que começou, criando uma conclusão natural para essas duas cartas. Paulo expressou a preocupação de que os crentes em Tessalônica não se desviassem do caminho no qual ele os havia conduzido.

1. Leia 2 Tessalonicenses 2:13-17. Por que Paulo agradeceu a Deus pelos tessalonicenses? O que ele pediu que eles fizessem? Por que essas palavras são tão apropriadas para nós hoje, ao nos aproximarmos do fim?
Para Paulo, a vida dos tessalonicenses era evidência de que eles tinham sido escolhidos como “primícias para ser salvos” (English Standard Bible). Em algumas traduções, as palavras são: “desde o princípio”. Embora a salvação seja um dom, o crente a experimenta por meio da santificação do Espírito Santo e fé na verdade. A vida do cristão, em lugar de ser apenas uma experiência subjetiva, está solidamente fundamentada na verdade.

Por isso, Paulo estava tão preocupado em que os tessalonicenses se firmassem nas doutrinas nas quais haviam sido ensinados, tanto por carta quanto pela palavra falada. Com o tempo, muitas vezes, muda a compreensão que as pessoas têm da verdade. Por isso precisamos ser sempre confirmados pelos que pregam e nos ensinam.

Nos primeiros dias da igreja, havia até mesmo uma preferência pela tradição oral sobre a tradição escrita. A tradição oral é menos sujeita à distorção involuntária. Tom de voz e gestos comunicam significado com mais precisão do que palavras em uma página. Por isso, a pregação como método de comunicação jamais envelhece.

Mas a tradição escrita, como nas cartas de Paulo, é menos sujeita a distorções intencionais por aqueles que alteram o evangelho segundo seus próprios interesses. A palavra escrita oferece uma norma segura e imutável pela qual podem ser postas à prova as mensagens orais que surgem por meio da pregação. No livro de Atos, os bereanos foram elogiados porque combinaram a atenção às mensagens orais com o exame cuidadoso das Escrituras (At 17:11).

Leia novamente os textos para hoje. Tantas forças estão sempre tentando nos afastar da verdade! Considere como você mudou ao longo do tempo. Essas mudanças revelam uma lenta e constante adequação à verdade ou o movimento lento, constante para longe dela? Em outras palavras, em que direção sua vida está se movendo?

Segunda
Ano Bíblico: Mq 5–7

Confiança diante do mal (2Ts 3:1-5)

No mundo de hoje, muitas pessoas riem da ideia de um Satanás literal. Na mente delas, ele é um mito, um resquício de uma era supersticiosa e pré-científica. Elas acham que o bem e o mal são simplesmente consequências aleatórias de causa e efeito. Na mente de algumas pessoas, o bem e o mal são apenas conceitos construídos culturalmente em relação a tempos e lugares específicos, nada mais.

Mas a Bíblia afirma claramente que Satanás é real. E, muitas vezes, em algumas partes do mundo, para ele é vantajoso se esconder ou até mesmo permitir que as pessoas zombem dele e o representem na forma de um diabo vermelho com chifres. Essa caricatura alcança muito sucesso em fazer com que as pessoas pensem que ele não é real, o que é exatamente o desejo dele.

2. Leia 2 Tessalonicenses 3:1-5. Embora os desafios à nossa fé estejam por aí, Paulo expressa esperança. Qual é a base dessa esperança, e qual é a condição em que podemos ter segurança para reivindicá-la? Lc 10:25-28; Dt 8:1
Paulo começa esse texto com um pedido de oração (como em 1Ts 5:25) para que o evangelho se espalhe rapidamente e seja honrado por meio de seu trabalho. Paulo também quer que eles orem para que ele seja liberto dos homens maus (2Ts 3:2). A expressão aqui implica que ele tinha em mente indivíduos específicos que os destinatários da carta podiam até não conhecer.

Em seguida, Paulo usa um jogo de palavras (2Ts 3:2, 3). Nem todos os homens têm “fé” (confiança em, ou compromisso com Deus), mas o Senhor é “fiel” (confiável, alguém que inspira fé e comprometimento). Esse Senhor fiel e confiável os protegerá contra o maligno, ou Satanás. A boa notícia é que, embora Satanás seja mais poderoso do que nós, o Senhor é mais poderoso do que Satanás, e nEle podemos encontrar segurança e força.

Paulo termina esse texto (2Ts 3:4, 5) elogiando mais uma vez os tessalonicenses e oferecendo uma oração em seu favor. Ele estava seguro de que eles estavam fazendo o que ele havia pedido e de que continuariam a proceder assim, apesar da oposição de Satanás e das pessoas que ele inspirava. Ele expressa o desejo de que o Senhor dirija a atenção deles ao “amor de Deus” e à “constância de Cristo”.

Como podemos aprender a ter fé, esperança e certeza, independentemente das circunstâncias difíceis?

Terça
Ano Bíblico: Naum

As Escrituras e a tradição (2Ts 3:6-8)

Quando Jesus andou na Terra, não havia o Novo Testamento. A Bíblia de Jesus era o “Antigo Testamento”. Mas, desde o início, a obediência às palavras faladas de Jesus foi a atitude sábia manifestada por Seus seguidores (Mt 7:24-27).

As palavras e ações de Jesus continuaram a ser autoritativas para a igreja nos anos que se seguiram (1Ts 4:15; At 20:35; 1Co 11:23-26). Por meio da inspiração do Espírito Santo, os apóstolos foram guiados a uma interpretação correta das Suas palavras e do significado de Suas ações (Jo 15:26, 27; 16:13-15). E antes que a primeira geração de cristãos saísse de cena, os escritos dos apóstolos foram considerados totalmente iguais aos dos profetas do Antigo Testamento e podem ser chamados de “Escrituras” (2Pe 3:2, 16).

3. De acordo com 2 Tessalonicenses 3:6-8, 14, o que Paulo incluía em seu conceito de verdade?

Quando Paulo chegou a Tessalônica, a igreja primitiva considerava as palavras de Jesus e os ensinamentos dos apóstolos como suprema autoridade. Nos tempos do Novo Testamento, “tradição” não era necessariamente uma palavra ofensiva, mas podia se referir à memória das palavras e ações de Jesus e podia incluir os ensinamentos orais e os escritos dos apóstolos. A tradição era para eles equivalente ao que as Escrituras são para nós. Ela podia ser ordenada e devia ser obedecida.

Para os tessalonicenses, tradição significava mais do que apenas as cartas de Paulo. Incluía tudo o que Paulo havia dito, enquanto estivera em Tessalônica e também as suas ações, que deviam ser imitadas. O fato de que Paulo havia trabalhado arduamente para se sustentar em Tessalônica não demonstrava apenas que ele se importava com eles (1Ts 2:9); isso era uma “tradição” que ele esperava que eles aplicassem na própria vida.

Paulo trabalhou “dia e noite” para não ser um fardo a ninguém. E qualquer pessoa em Tessalônica que vivesse de maneira diferente estaria com problemas. Assim, a definição de Paulo sobre as pessoas desordeiras não se limitava aos perturbadores na igreja ou na comunidade; ela incluía todos os que não seguissem os ensinamentos ou práticas dos apóstolos.

Paulo testemunhava tanto por sua vida e ações quanto por suas palavras. Nossa vida reflete as verdades que nos foram dadas?

Quarta
Ano Bíblico: Habacuque

Trabalhar e comer (2Ts 3:9-12)

4. Que tipo único de problema Paulo enfrentou na igreja de Tessalônica? 2Ts 3:9-12

Nesses versos, Paulo aplica a uma situação específica, a tradição do que ele faz e diz. Um grupo significativo de membros vivia desordenamente (2Ts 3:6, 11). Na carta anterior, Paulo havia mencionado o problema e o havia abordado de modo gentil (1Ts 4:11, 12; 5:14). Mas, dessa vez, ele usou uma linguagem muito mais forte.

Como apóstolo, Paulo poderia ter exigido que a igreja lhe oferecesse salário, habitação e alimentação. Mas em 1 Tessalonicenses ele tinha dado o exemplo de trabalhar noite e dia a fim de não ser um fardo para eles (1Ts 2:9). Esse foi um exemplo de amor. Mas, de acordo com 2 Tessalonicenses 3:8, ele também trabalhou “de noite e de dia” a fim de criar um modelo de como todos deviam cuidar de suas próprias necessidades, tanto quanto possível.

Se Paulo tivesse apenas dado um exemplo, alguns poderiam ter respondido que a tradição não estava clara. Mas ele havia também abordado essa questão com palavras. Durante o curto período em que esteve com eles (como é sugerido pelo pretérito imperfeito no grego), o apóstolo frequentemente havia pronunciado um ditado popular como uma ordem: “Se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2Ts 3:10).

Nesse texto, Paulo não está criticando os esforços para cuidar dos necessitados, aqueles que não podem cuidar de si mesmos. Afinal, o próprio Jesus deixou um exemplo poderoso de compaixão para com aqueles cujas circunstâncias os haviam deixado desamparados ou necessitados.

Em vez disso, o alvo da preocupação de Paulo eram as pessoas voluntariamente ociosas. Elas eram intrometidas e cuidavam dos negócios de todas as pessoas, exceto dos seus próprios (2Ts 3:11). Como alguns dos filósofos populares no mundo antigo, elas preferiam uma vida de comodidade em lugar do trabalho. Talvez passassem o tempo discutindo teologia ou criticando o comportamento alheio, em vez de obter a própria subsistência. Paulo, ordenou “no Senhor Jesus Cristo”, que elas seguissem seu exemplo e conquistassem o direito de falar ao cuidar primeiramente de suas próprias necessidades (2Ts 3:12).

É incrível que, logo no começo da história da igreja, Paulo tivesse que lidar com tantos problemas entre os membros. Como isso deve nos proteger (e especialmente os novos membros) da expectativa de que nossas igrejas estejam cheias de pessoas santas? Mais importante ainda, como podemos ser uma força positiva na igreja local, apesar das nossas falhas e fraquezas?

Quinta
Ano Bíblico: Sofonias

Amor severo (2Ts 3:13-15)

5. De acordo com Mateus 18:15-17, como a igreja deve tratar uma pessoa que foi afastada da comunhão?

A questão da disciplina é um dos assuntos mais difíceis que a igreja local enfrenta. Muitas vezes, um membro errante é irmão, mãe, filho, primo ou melhor amigo de outro membro da igreja. Alguns membros preferem nunca disciplinar ninguém. Outros preferem sanções duras. Como a igreja pode encontrar a vontade de Deus no meio de tantos interesses conflitantes?

Mateus 18 sugere um processo claro e simples. Primeiro, uma conversa pessoal entre o ofensor e o ofendido. O contexto indica que o perdão deve ser o objetivo da conversa, sempre que possível (Mt 18:21-35). Segundo, o membro ofendido deve levar com ele uma ou duas pessoas para evitar confusão quanto ao que for dito por uma parte ou outra. Somente depois que essas duas primeiras etapas forem seguidas cuidadosamente, o processo deve ir para a comissão da igreja. Então, se o ofensor não responder à igreja como um todo, deve ser tratado como “gentio e publicano” (Mt 18:17).

Aqui está o problema. O que significa tratar alguém como gentio e publicano? Há pelo menos duas possibilidades diferentes. Por um lado, Jesus poderia estar chamando a igreja para se afastar do infrator do modo como os gentios e cobradores de impostos eram evitados na sociedade em que Ele cresceu. Por outro lado, poderia ser um chamado para tratar os desprezados assim como Jesus tratava os gentios e cobradores de impostos (com perdão e compaixão).

6. O que Paulo disse sobre disciplina na igreja? 2Ts 3:13-15

Aplicar corretamente Mateus 18 e 2 Tessalonicenses 3 à vida contemporânea é um desafio. Não há duas pessoas iguais. Não há duas situações iguais. Em alguns casos, o perdão amolece o coração de um ofensor e traz reconciliação à igreja. Em outros casos, ofensores endurecidos podem responder apenas a um amor duro o bastante para confrontar e administrar as consequências. Por isso, a Associação Geral não desliga nenhuma pessoa. Tais processos delicados são mais bem tratados pela igreja local, onde o ofensor é mais conhecido.

O amor severo não é uma licença para o abuso. De acordo com o verso 15, a pessoa disciplinada ainda deve ser tratada como parte da família. A igreja deve manter a consciência de que o agressor é um irmão “pelo qual Cristo morreu” (Rm 14:15; 1Co 8:11).

Que experiências você teve com a disciplina da igreja? Como a igreja pode manter um equilíbrio entre o confronto e a aceitação?

Sexta
Ano Bíblico: Ageu

Estudo adicional

Os crentes de Tessalônica eram muito incomodados por homens que chegaram ao seu meio com opiniões e doutrinas fanáticas. Alguns andavam “desordenadamente, não trabalhando; antes, se [intrometendo] na vida alheia” (2Ts 3:11). A igreja havia sido devidamente organizada, e tinham sido designados oficiais a fim de agir como pastores e diáconos. Mas havia alguns rebeldes e impetuosos, que não se sujeitavam aos que exerciam os cargos de autoridade na igreja” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 261).

“Paulo não dependeu inteiramente do trabalho de suas mãos para se manter enquanto esteve em Tessalônica... (Fp 4:16). Não obstante o fato de haver recebido esse auxílio, ele foi cuidadoso em dar aos tessalonicenses um exemplo de diligência, para que ninguém pudesse com razão acusá-lo de cobiça e também para que os que mantinham pontos de vistas fanáticos referentes ao trabalho manual recebessem uma reprovação prática” (Ibid., p. 348, 349).

“O costume de apoiar homens e mulheres ociosos por meio de dádivas particulares ou dinheiro da igreja os encoraja em hábitos pecaminosos, e esse caminho deve ser conscientemente evitado” (Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 7, p. 912).

Perguntas para reflexão

1. Como a igreja pode manter o equilíbrio entre manter as verdades confirmadas no passado e seguir a crescente luz divina?

2. Como podemos lidar com os rebeldes e problemáticos na igreja, que sempre parecem estar reclamando de alguma coisa? E quanto aos que estão expressando preocupações sobre problemas reais?

3. Resuma a mensagem de Paulo aos tessalonicenses nessas duas cartas, de uma forma que as torne relevantes para a situação da nossa igreja.

Resumo: As duas cartas de Paulo aos Tessalonicenses nos ensinam muito acerca de como ser uma igreja em um ambiente difícil. Por mais diferente que tenha sido o contexto imediato com que ele lidou, em relação ao nosso, os princípios que ele defendeu são duradouros e eternos, porque são inspirados pelo próprio Senhor.

Respostas sugestivas: 1: Porque Deus os havia escolhido para salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade; mediante o evangelho eles foram chamados para alcançar a glória de Cristo; pediu que permanecessem firmes e guardassem as tradições ensinadas pelos apóstolos. 2: O Senhor é fiel; Ele nos confirmará e guardará do maligno; os cristãos deviam continuar praticando as coisas ordenadas pelos apóstolos, permitindo que o Senhor conduzisse seu coração ao amor divino. 3: O dever de manter a vida em ordem e de obedecer às tradições recebidas dos mensageiros de Deus; o dever de garantir a própria subsistência. 4: Pessoas que andavam de modo desordenado: comiam o pão adquirido pelo trabalho dos outros, se intrometiam na vida alheia e se metiam em problemas. 5: Como gentio e publicano; como um pecador que precisa de perdão, amor e salvação; devemos buscar e acolher a pessoa, dando-lhe a certeza de que não há lugar melhor do que na companhia dos amados irmãos. 6: Precisamos sempre fazer o bem; os obedientes devem se afastar dos desobedientes, a fim de que se sintam envergonhados e voltem ao caminho certo; mas não devem considerá-los inimigos, e sim irmãos.




Resumo da Lição 13 – Conservando a igreja fiel (2Ts 2:13-3:18)







O aluno deverá...

Saber: Que encontraremos dificuldades e desafios que exigirão firmeza na fé e confiança em Deus.

Sentir: A necessidade da permanente graça e poder de Deus para preservá-lo em meio aos tempos desafiadores.

Fazer: Experimentar diariamente a sustentadora graça de Deus na nossa vida.

Esboço

I. Saber: Tempos difíceis surgirão

A. Algumas vezes os cristãos supõem que após tomar a decisão de seguir a Cristo, as dificuldades da vida desaparecerão. O que Paulo diz em 2 Tessalonicenses 2:13-3:17 que indica que os cristãos não estão isentos de passar por tempos difíceis?
B. Embora crentes e incrédulos experimentem desafios na vida, que vantagem tem o cristão durante os tempos de aflição?

II. Sentir: Deus é fiel

A. Para encorajar os tessalonicenses, Paulo lembra-lhes que Deus “é fiel” (2Ts 3:3). De que modo Deus demonstrou sua fidelidade nas Escrituras?
B. Como a fidelidade de Deus tem sido motivo de ânimo para você durante os tempos difíceis?

III. Fazer: Buscar a ajuda divina

A. Qual deve ser nossa resposta diária, à medida que compreendemos a verdade da fidelidade de Deus para conosco?

B. Como podemos expressar em oração nossa necessidade e aceitação da graça sustentadora de Deus?

Resumo: Em vez de ficar surpresos e desanimados com a ocorrência de dificuldades na vida cristã, os crentes devem nutrir esperança, sabendo que Deus está com eles a fim de lhes dar força para vencer.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A sustentadora e revigorante graça de Deus é suficiente para nos fortalecer, de modo que possamos enfrentar os desafios que encontrarmos dentro e fora da igreja.

A advertência final de Paulo aos novos crentes em Tessalônica lembra as instruções que um pai deu a seus filhos, anos atrás, sobre as férias da família. A pedido de seus filhos, a família decidiu passar um dia num parque de diversões. Como eles nunca tinham ido a um parque de diversões, as crianças ficaram entusiasmadas e decididas a experimentar todos os brinquedos.  Embora todos estivessem animados, os pais sabiam que se os filhos não tomassem cuidado, poderiam machucar-se. Enquanto iam de um brinquedo a outro, os pais lhes diziam o que esperar e sempre os lembravam de "segurar firme”.

Paulo disse a mesma coisa aos tessalonicenses ao se aproximar do fim de sua segunda epístola: "Permaneçam firmes e apeguem-se" (2Ts 2:15, NVI) é o conselho essencial. Ele sabia que a vida cristã é cheia de dificuldades e sofrimentos, e queria que os tessalonicenses soubessem desde o começo que sua existência nem sempre seria fácil. Em vez de ficar surpresos quando viessem os tempos difíceis, mesmo dentro da igreja, Paulo desejava inspirar os crentes com uma atitude de determinação que os levasse a se apegar a Jesus, não importando o tipo de experiência que encontrassem no "percurso" da vida.

Pense nisto: Por que alguns cristãos parecem desfalecer sob dificuldades, enquanto outros são capazes de enfrentá-las com confiança?

Compreensão

Comentário Bíblico

I. A base da nossa estabilidade

(Recapitule com a classe 2Ts 2:13-17.)

Medo, preocupação e pânico. Quando alguém é picado por um desses insetos é muito difícil conseguir que se acalme. Ao lidar com alguém em tal estado de agitação, a melhor coisa que uma pessoa pode fazer é manter um espírito tranquilo, enquanto tenta explicar por que tais medos são completamente injustificados. Isso é exatamente o que vemos Paulo fazer com maestria, ao se aproximar do fim de sua segunda carta aos tessalonicenses.

Como vimos anteriormente, os recém-convertidos de Tessalônica estavam um tanto apavorados acerca da volta de Cristo. Tendo percebido o estado de abalo e alarme em que estavam, Paulo procurou, em primeiro lugar, corrigir as ideias escatológicas equivocadas que estavam produzindo os temores. Embora fossem incentivados a entender que o “fim” ainda não havia ocorrido, alguns deles, em seu estado mental naquele momento, provavelmente ainda estivessem um pouco preocupados com a possibilidade de fazer parte do grupo enganado, que se perderia no fim. Eles trocaram um temor pelo outro.

No entanto, Paulo começou a assegurar que eles não teriam nada a temer naquele dia. Na realidade, ele nem mesmo estava preocupado acerca deles. Qual era a fonte da segurança de Paulo? Primeiro, o apóstolo lembra-lhes de que Deus os havia escolhido desde o princípio (2Ts 2:13). Jesus havia dito a mesma coisa aos Seus discípulos: "Vocês não Me escolheram, mas Eu os escolhi” (Jo 15:16, NVI). Paulo não estava defendendo uma forma de predestinação como os calvinistas ensinam. Ele simplesmente estava dizendo que nossa salvação reside no fato de que Deus tomou a iniciativa de salvar a humanidade. Isso significa que o Senhor não permitirá que nenhuma pessoa se perca facilmente. Uma pessoa se perderá apenas quando deliberada e persistentemente se recusar a responder à graça divina. Vemos isso no próprio fato de que Paulo descreve os perdidos como os que “rejeitaram o amor à verdade” (2Ts 2:10, NVI).

Porém, ainda mais do que isso, Paulo lembra os tessalonicenses de que o processo de nos prepararmos para o reino de Deus (santificação) é algo que Deus opera em nós por meio de Seu Espírito (1Ts 4:3; 5:23; 2Ts 2:13). Não importa o que Satanás faça ou deixe de fazer, não precisamos viver atemorizados. Deus está determinado a nos salvar, contanto que estejamos dispostos a permitir que Ele faça isso.

Portanto, com base no que Deus tem feito, está fazendo e fará em nossa vida, Paulo disse aos tessalonicenses: “Permaneçam firmes e apeguem-se às tradições que lhes foram ensinadas”. O único modo de resistir aos falsos ensinos é apegar-se à verdade. Mas para que os novos conversos não começassem a se preocupar novamente, Paulo lembrou-lhes mais uma vez de quanto Deus os amava (2Ts 2:16) e de que Ele era capaz de tomar a instabilidade deles e transformá-la em estabilidade, confortando-os e firmando-os (v. 17).

Pense nisto: A preocupação pode ser prejudicial à vida e à fé de uma pessoa. Que razões Jesus dá, em Mateus 6:25-34, a fim de ajudar Seus seguidores a não se preocuparem?

II. A oração de Paulo 

(Recapitule com a classe 2Ts 3:1-5.)

Embora, muitas vezes, tenhamos a tendência de idolatrar o apóstolo Paulo pelas coisas maravilhosas que fez, ele era tão humano quanto nós. O apóstolo entendia que não poderia fazer a obra do Senhor em sua própria força. Ao longo de todas as suas cartas, encontramos Paulo pedindo que os outros orem por ele e por seu ministério. Nos primeiros versos de 2 Tessalonicenses 3, Paulo pediu que os tessalonicenses orassem por duas coisas em particular: (1) para que o evangelho fosse proclamado rapidamente em todo o mundo e também fosse recebido com respeito, e (2) para que o apóstolo fosse preservado dos homens malignos.

Quando Paulo falou do evangelho se propagado com rapidez, provavelmente tivesse em mente um atleta rápido participando de uma corrida. As corridas faziam parte dos Jogos Ístmicos, realizados a cada dois anos na cidade de Corinto, o lugar de onde, muito provavelmente o apóstolo estava escrevendo. Não era a primeira vez que Paulo utilizava uma imagem atlética em suas cartas (1Co 9:24-27). Ele também poderia estar pensando na imagem do Antigo Testamento, extraída do Salmo 147:15. Paulo queria que a palavra corresse velozmente e, onde quer que fosse, o povo a acatasse.

O segundo pedido de Paulo parece apontar para um grupo específico de pessoas (em grego está escrito “homens maus”), em lugar de apenas adversários em geral. Considerando a oposição que Paulo havia enfrentado há pouco tempo em Tessalônica, da parte de judeus incrédulos, e mais recentemente em Corinto (At 18:12), provavelmente ele estivesse pensando nesse grupo. Mais tarde ele encontrou resistência semelhante da parte de outros (At 19:23-41; 1Tm 1:20).

Pense nisto: Paulo queria que os tessalonicenses orassem para que o evangelho fosse proclamado em todo o mundo sem qualquer impedimento. Além de orar, o que podemos fazer para que o evangelho "avance rapidamente e seja honrado”?

Aplicação

Perguntas para reflexão

1. Embora fosse apóstolo, Paulo enfrentou muitas dificuldades na vida. O que as seguintes passagens nos dizem sobre os tipos de adversidades que ele sofreu e, ainda mais importante, como foi capaz de superá-las? (2Co 11:24-28; 12:7-10).

2. Paulo anima os tessalonicenses lembrando-lhes de que Deus é fiel. De acordo com o que ele descreve em 2 Tessalonicenses 2:13–3:17, que tipo de ações Deus realiza em favor de Seus servos que ilustram algumas das maneiras pelas quais Ele
é fiel?

3. Na prática, como Deus faz para consolar o nosso coração (2Ts 2:17)?
4. Por duas vezes Paulo fala sobre Deus confirmando Seus servos (2Ts 2:17; 3:3). O que ele queria dizer com isso?

Perguntas de aplicação

1. Paulo orou para que o “Senhor da Paz” concedesse à igreja “a paz em todo o tempo e de todas as formas” (2Ts 3:16, NVI). Você experimenta a paz de Deus? De que modo poderia desfrutá-la mais plenamente?

2. Na experiência cristã, o que podemos fazer para evitar que nos tornemos pessoas “intrometidas”?

Criatividade

Só para o professor: Encerre a lição deste trimestre com um ponto alto, enfatizando a fidelidade de Deus. Se possível, utilize uma ou ambas as atividades seguintes para ajudar nessa ênfase:

Atividade:

1. Estudo de palavras (se houver acesso à internet): Usando uma concordância bíblica gratuita, procure as seguintes expressões na Bíblia: "Deus é fiel", "O Senhor é fiel" e "fidelidade". Imprima uma cópia dos resultados e distribua as páginas à classe. Divida a classe em grupos e peça aos alunos que façam uma lista de todas as maneiras pelas quais Deus é descrito como sendo fiel nessas passagens. Depois, peça a representantes dos grupos que partilhem experiências nas quais eles testemunharam aqueles exemplos específicos da fidelidade de Deus em sua vida.

2. Hino final: Encerre a classe cantando ou lendo juntos o hino 35 do Hinário Adventista (Tu és Fiel, Senhor).

Comentário Lição 13 – Conservando a igreja fiel

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro Trimestre de 2012
Tema geral do trimestre: Epístolas aos Tessalonicenses
Estudo nº 13 –  Conservando a igreja fiel (2Tes. 2:13-3:18)
Semana de  22 a 29 de setembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí – RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br – Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

Verso para memorizar: “Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (2 Tes. 2:15).

Introdução de sábado à tarde

Enquanto estivermos na Terra enfrentaremos dificuldades e cometeremos erros. Por dois motivos. Primeiro: porque ainda somos pecadores. Embora possamos estar em processo de transformação, de santificação, e sejamos cada dia mais capacitados na obediência a DEUS, só seremos perfeitos quando formos transformados por completo, e isto ocorrerá no dia da segunda vinda de CRISTO. O segundo motivo é que, neste planeta, enquanto ele não for restaurado, enquanto aqui satanás e seus anjos estiverem buscando nos induzir a erros, como pecadores que somos, estaremos sujeitos a sermos enganados. Esta é a realidade. Portanto, vigiar é o que devemos fazer.

As dificuldades que enfrentaremos serão como indivíduos e como igreja. Como pessoas erramos e pecamos, e esses erros evidentemente afetam a igreja. E também cometeremos erros como organização, no caso, nas decisões que se tomam em nome da igreja. São decisões nos diferentes colegiados como as comissões locais, as mesas administrativas, e também as decisões de executivos, como as dos membros que ocupam cargos, dos pastores, de departamentais e presidentes. Não existe possibilidade de termos uma igreja infalível quanto à gestão, ao que faz o ser humano, uma vez que esse ser humano é falível. A igreja só é perfeita nas partes que são desempenhadas pelos anjos de DEUS e por JESUS.

Portanto, temos um alerta importante. Devemos sempre lutar, orar bastante e manter a comunhão com nosso Senhor, para de transformação em transformação, sermos cada vez mais semelhantes a JESUS, e assim permanecermos firmes. Necessitamos cuidar para não estorvar a operação do ESPÍRITO SANTO em nossa vida mantendo vícios de conduta que já sabemos há tempo que estão errados, que não são aprovados por DEUS. Atenção: quando descobrirmos que algo não é aceitável por DEUS, isto quer dizer inequivocamente que o ESPÍRITO SANTO nos deu essa informação. Para tal fim, Ele pode valer-Se de diversos meios como leituras, assistir uma pregação ao vivo ou de um DVD, e por muitas outras maneiras. Então, se não tomarmos uma atitude favorável à operação do ESPÍRITO SANTO, estaremos nos afastando dEle, e arriscando com o tempo a não ouvirmos mais a Sua voz, atraindo sobre nós, naquele aspecto, um tipo de operação do erro.  A operação do erro é o efeito do pecado contra o ESPÍRITO SANTO. Leva ao caminho de não se conseguir mais desenvolver interesse por mudar de vida, acomodando-se nos velhos pecados e arriscando a perda da vida eterna. E muitas vezes, leva a se rebelar contra a igreja e a combatê-la.

1.Primeiro dia:  Fiéis por escolha divina (2 Tes. 2:13-17)

A escolha divina ocorre em reciprocidade com a escolha humana. Todos os seres humanos desde o princípio foram escolhidos por DEUS para serem salvos. JESUS morreu por todos. A salvação está estendida a todos.

Contudo, a oferta de salvação gratuita não é suficiente para que a escolha divina se complete e que produza os resultados desejados por DEUS. O ser humano deve corresponder por meio de uma atitude positiva. O ser humano deve também escolher a DEUS.
Quando o ser humano corresponde à escolha divina, então se inicia uma vida maravilhosa de emoções interessantes. Problemas surgem, mas são resolvidos por meios que muitas vezes não se explicam facilmente. Provas e dificuldades aparecem, mas a pessoa sente um poder superior que a faz ir adiante, mantendo-se firme. Uma vida nova se inicia e a pessoa experimenta o desejo de superar os atrativos do mundo. Ela se desencanta, ao longo do tempo, com o que o mundo oferece. Mesmo algumas coisas lícitas e interessantes do mundo ela não coloca na frente das que são de cima. A prioridade passa a ser a vida eterna, não algum proveito que possa ter aqui.

A escolha divina, para valer na prática, deve ter a iniciativa de DEUS, e essa já ocorreu. Mas também deve ter a aceitação por parte do ser humano. Só então a pessoa estará no caminho da salvação, ou seja, só então ela passa à eficácia da condição de eleita.

O que aconteceu com os de Tessalônica? Eles receberam os ensinamentos de Paulo. É o que diz o texto selecionado, verso 14: “vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançar a glória de nosso Senhor.” Até aí, podemos dizer, era DEUS, por meio desse pregador, oferecendo a eles a salvação, tendo JESUS já feito tudo para que houvesse a salvação, isto é, que pudessem ser perdoados. E o interessante, que deixa esses tessalonicenses especiais, é que eles aceitaram em poucas semanas, e aderiram fortemente à salvação. Eles aceitaram a pregação que DEUS lhes fazia por meio de Paulo. E permaneceram firmes na fé, pelo que Paulo os exortou que ficassem nessa condição, sempre firmes.

É assim que as pessoas se salvam. Todas foram escolhidas, mas de fato se salvam aquelas que aceitam a escolha e permanecem fiéis.

Parece simples, não é? E é simples mesmo!

2.      Segunda: Confiança diante do mal (2 Tes. 3:1-5)

O mal existe? E o bem? Há guerra entre os dois? Satanás é mesmo um espírito mau? E DEUS, é o Criador?

Não devemos nos preocupar tanto com as provas para saber se as repostas a estas perguntas são sim ou não, nem nos envolver nos respectivos debates. Não é esse o enfoque, provar estas coisas, pois isso não é o mais importante. Devemos ter convicção do que cremos por meio das Escrituras. Estas sim, devemos verificar suas provas de veracidade, e elas existem.

A coerência das Escrituras por diversos autores é uma das provas de veracidade, assim como o cumprimento das profecias. A descrição bíblica profética feita há milênios sobre os dias de hoje, sua exatidão, é no mínimo evidência superior ao que a ciência atual é capaz de prever para daqui a dois anos quanto à economia do mundo. Quanto à previsibilidade, confrontando-se a Bíblia numa amplitude de longo prazo com a ciência numa amplitude de curto prazo, a Bíblia torna-se uma ciência exata e a ciência torna-se num fracasso estatístico.

Mas a maior comprovação de que DEUS existe, que há anjos por aqui e que JESUS voltará outra vez, é a transformação que pode ocorrer em seres humanos. O exercício do poder de DEUS para recriar é uma forte evidência de que Ele existe, e as coisas que acontecem ao nosso redor, outra evidência da existência do mal e de satanás. Afinal, não são poucas as pessoas que antes da transformação eram maus elementos, muitas delas pessoas perigosas, seja por serem criminosas seja por serem trapaceiras. Depois que se encontraram com JESUS, tornaram-se diametralmente opostas ao que eram, pela transformação. Aliás, quem, por exemplo, hoje é “mau elemento”, essa pessoa tem a grande oportunidade de provar ao mundo, pela sua transformação efetuada por DEUS, que Ele existe e que tem poder. Afinal, uma pessoa que é socialmente aceitável, se ela faz sua entrega a DEUS, e evidentemente é transformada, a diferença entre o antes e o depois não é tão impactante como um assassino ou traficante que passa pela transformação. Assim sendo, quem é radicalmente mau, veja bem e considere o poder que possui quando testemunha do poder transformador de DEUS.Aproveite a oportunidade dessa situação, e prove por sua vida transformada que DEUS existe. Interessante que no Reino de DEUS há emocionantes e radicais oportunidades aos classificados maus elementos.

Paulo exortou aos tessalonicenses que orassem por ele. A oração é um recurso poderoso, pois os efeitos que resultam dela vem da associação de um ser humano com o Criador do Universo. Analise o seguinte: orando estamos falando, por enquanto à distância, com Alguém que foi capaz de criar o Universo do nada, somente pela força de Sua vontade. Se Ele tem tal capacidade, pergunta-se: quais são os Seus limites? Ou seja, por exemplo, se Ele criou a vida, não pode fazer ressuscitar quem a perdeu? Se Ele criou esse mundo, não pode recriar tudo aqui?
Portanto, se Ele tem tais poderes, e ainda por cima é puro amor, vale a pena manter comunhão com Ele, pois o resultado será bom para nós, embora ainda tenhamos algum sofrimento pela frente.

3.      Terça: As Escrituras e a tradição (2 Tes. 3:3-8)

A verdade a que Paulo se refere está baseada nas epístolas escritas e nas palavras proferidas por ele, pelos apóstolos e por JESUS. Naqueles tempos o Novo Testamento estava sendo vivido para ser escrito. Os membros da igreja bem como seus líderes aceitavam como guia seguro os escritos do Antigo Testamento, os textos já escritos do Novo Testamento e o que JESUS havia falado junto com o que os apóstolos falavam. Essas duas últimas eram tradição, ou seja, transmissão oral. Todas essas fontes eram tidas como de igual credibilidade.
Hoje não podemos mais aceitar textos ou pronunciamentos feitos em nosso tempo como de igual autoridade às Escrituras. O que podemos, e devemos fazer é, ao ouvir ou ao ler, verificar se o embasamento foi correto. Portanto, tudo o que vem a nós que não seja as Escrituras, devemos conferir se estão de acordo com elas. Os escritos de Ellen G. White são para nós adventistas confiáveis, mas o status deles são no sentido de explicar as Escrituras, não de complementar nem de se igualar a elas. Aliás, é curioso que frequentemente acusam os adventistas de terem os escritos de EGW como iguais à Bíblia, mas ninguém se lembra de acusar a Igreja Católica nem a Luterana de terem seus catecismos como superiores à Bíblia.
Estamos nos dias em que as Escrituras devem ser respeitadas como um todo. Elas devem nos servir como mapa para mostrar o caminho da vida eterna. Delas muitas coisas podemos aprender, em especial, sobre como viver em coerência com a excelente vontade de DEUS. E é exatamente o contrário disso que mais se pratica no mundo: utilizando as Escrituras como base para uma infinidade de ensinamentos contraditórios, tantas e quantas igrejas existem. E no essencial das crenças, estas igrejas creem do mesmo modo: santificação do domingo e imortalidade da alma.

Assim como os cristãos dos tempos dos apóstolos aceitavam as Escrituras e as palavras dos apóstolos e de JESUS, do mesmo modo nós devemos aceitar, quer por ensinamento que por exemplo e testemunho de vida.

4.      Quarta: Trabalhar e comer (2 Tes. 3:9-12)

A classe dos acomodados, dos que se esforçam pouco ou menos que as suas necessidades, dos que nada fazem (preguiçosos), ou dos que se intrometem nas atividades dos outros descuidando das delas, sempre existiu. Sempre houve pessoas astutas que sabiam como fazer para sobreviver às custas dos outros. Estas tornam-se um peso aos pais, aos irmãos, aos amigos, etc., dependendo de cada situação. Não se pode incluir nessa lista os doentes, os idosos, as crianças, os desempregados temporariamente, e outros casos especiais, que precisam de ajuda.
Em primeiro lugar, tais pessoas são candidatas ao inferno. Nossa vida de cristãos deve ser de atividade produtiva e construtiva. “Quando o homem se reconcilia com Deus, as coisas da natureza falam-lhe em palavras de sabedoria celestial, dando testemunho da verdade eterna da Palavra de Deus. Ao dizer-nos Cristo o sentido das coisas da natureza, a ciência da verdadeira religião se manifesta, explicando a relação da lei de Deus para com o mundo natural e espiritual.
“A andorinha e o grou observam as mudanças das estações. Emigram de um país a outro para encontrar um clima apropriado à sua comodidade e felicidade, conforme designou o Senhor que fizessem. São obedientes às leis que governam sua vida. No entanto, os seres formados à imagem de Deus deixam de O honrar pela obediência às leis da natureza. Desrespeitando as leis que governam o organismo humano, inabilitam-se para servir a Deus. Ele lhes envia advertências para que se apercebam de que violam Sua lei, por violarem as leis da vida. O hábito, porém, é forte, e eles não darão atenção. Os dias se enchem de dor corporal e inquietação de espírito porque estão decididos a seguir hábitos e costumes errados. Não raciocinam da causa para o efeito, e sacrificam a saúde, paz e felicidade à sua ignorância e egoísmo.

“O sábio se dirige ao indolente, nestas palavras: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio. A qual, não tendo superior, nem oficial, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento.” Prov. 6:6-8. A habitação que as formigas constroem para si revela habilidade e perseverança. Tão somente um pequenino grão de cada vez podem elas carregar, mas pela diligência e perseverança realizam maravilhas.
“Salomão indica a operosidade da formiga como uma censura aos que desperdiçam suas horas na ociosidade, ou em práticas que corrompem a alma e o corpo. A formiga se prepara para as estações futuras; mas muitos que são dotados das faculdades do raciocínio deixam de se preparar para a futura vida imortal.
“O Sol, a Lua, as estrelas, as sólidas rochas, o rio que flui e o vasto e inquieto oceano ensinam lições que todos bem fariam em levar a sério” (Conselhos para Professores, Pais e Estudantes, 189-190).
  
5.      Quinta: Amor severo (2 Tes. 3:13-15)

Dentro de que contexto iremos estudar a lição de hoje? É um contexto de rebelião generalizada mundo afora. Os gays têm direitos a mais que as pessoas tradicionais, e exigem, ameaçam ou recorrem por meio de processos judiciais. Aqueles que amam mais o mundo que a DEUS se acham cobertos de razão, apoiados pela mídia e pelos atuais costumês; taxam tudo o que não estiver conforme o que acreditam como antiquado. Ainda há poucas semanas, integrantes do grupo punk rock Pussy Riot fizeram uma apresentação de mau gosto dentro de uma catedral ortodoxa em Moscou, contra Vladimir Putin, presidente da Rússia. Foram condenadas a dois anos de prisão, o que muitos consideram exagerado. As opiniões se dividiram, muitos contra a condenação. Não considero o mérito da condenação, mas é de assustar o clamor mundial a favor das moças que cometeram aquele ato totalmente reprovável. Há uma tendência de que tudo deva ser permitido, de impunidade para com os desregrados e de preconceito sobre aqueles que vivem de acordo com as leis. O mundo se vulgariza em relação à Lei de DEUS e às dos homens. Na situação da sociedade atual, a pergunta é: como cuidar dos casos de rebeldia dentro de nossa igreja? Não me refiro aos que erram por descuido – essas situações são simples de resolver se os tratarmos com amor, e geralmente todos saem ganhando. Refiro-me aos casos de notória transgressão que gera infâmia ao bom nome da igreja.
É nesse contexto que hoje devemos não só zelar pelo nome de nossa igreja, que se identifica com o Salvador e Sua maior promessa, mas também zelar pela vida espiritual dos membros, para que não se percam do caminho da vida eterna. Essa é uma tarefa difícil, atualmente combatida pelo inimigo da verdade e do amor. JESUS e Paulo dão boas instruções neste sentido. JESUS, em Mateus 18:15 a 17, disse que nos casos de ofensas entre irmãos (e nem todos os casos que requerem correção são ofensas…), o que foi ofendido deve dirigir-se ao irmão para falar com ele. Esta parte está em conformidade a outra instrução dada por JESUS em Mat. 5:23 e 24: a reconciliação com o ofensor. Quando o ofendido lembrar disso no momento em que estiver ofertando, deve interromper a sua oferta e ir até o ofensor e tentar acertar tudo. Esse é o princípio do caminho mais fácil, ou seja, é mais simples ao ofendido tomar a iniciativa da reconciliaçãodo que o ofensor fazer isso. Vem da sabedoria do alto. Há outro princípio aqui: resolver a questão sem envolver outras pessoas, sem dar publicidade ao fato. Se entre os dois houver acerto, fica por isso mesmo, e não se fala mais no assunto, afinal, houve perdão e solução. Ou melhor, houve um crescimento espiritual, pois dar perdão é um ato divino, não desse mundo.
Porém, se o ofensor não se mostrar humilde e resistir à reconciliação, deve nesse caso o ofendido retornar com mais uma ou duas pessoas, as testemunhas e também mediadoras. Elas servem para ajudar na persuasão pela busca da paz, mas também já servem de testemunhas em caso da situação conflitiva permanecer aberta. E se o caso ainda não for resolvido, só então se deve levar à igreja (onde todos ficarão sabendo, que se buscava evitar), ou seja, à comissão da igreja, que estudará detalhadamente, ela pode fazer diligências, levantar mais informações, etc., para evitar mal entendidos. A comissão fará uma recomendação à igreja que dará a última palavra.
A lógica aqui é que se evite que os problemas entre os irmãos chegue a uma assembleia, e sim, que se resolva com o menor trauma moral possível. Problemas, se ocorrem, são como que desafios à nossa santidade como povo de DEUS para resolvermos sem publicidade e difamação do nome do ofensor e do nome da igreja e do nome de DEUS. Quando uma pessoa insiste em levar a coisa precipitadamente perante a igreja, está usando de incompetência espiritual, pois insiste em que muitos tomem conhecimento de algo que só prejudica a todos. Pior ainda se falar por fora, a outros, sobre o mal que alguém fez (isso se chama fofoca, e é ato demoníaco, é o inimigo que tem o mau costume de acusar). Devemos espalhar as coisas boas, mas as ruins devemos resolver o quanto antes e sem publicidade (fofocas), como fazem alguns noticiários sensacionalistas na televisão, que despertam a atenção da maioria das pessoas. Sabemos, no entanto, que há casos que a igreja deve se pronunciar em público. Imagine a igreja silenciar diante de um estupro por parte de um membro, cuja situação não veio a público ainda. Mais tarde pode ser conhecido de muitos, e a igreja ficará numa posição de conivência, como que a esconder fatos que a sociedade não aceita. Devemos resolver tudo sem prejudicar a imagem de CRISTO aqui na Terra, nem a imagem da igreja, pois isso afastaria boas pessoas de serem salvas. Ou melhor, o ótimo seria que nós, membros do corpo de CRISTO não déssemos motivos para reconciliações, e que vivêssemos sempre reconciliados e em harmonia.

 6.      Aplicação do estudo  Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

A lição deste trimestre foi rica e variada em temas importantes para a vida cristã. É de se esperar que todos os estudantes tenham sido transformados pela ação do ESPÍRITO SANTO valendo-se do conhecimento adquirido. Sempre há o grave risco de adquirirmos novo conhecimento importante para a nossa salvação, mas não o colocarmos em prática. Nesses casos estaremos habituando a mente a rejeitar esse conhecimento, ou, no mínimo, de ficarmos indiferentes a ele. Sempre que aprendermos algo novo, devemos ter respeito por esse conhecimento interessando-nos pelas mudanças que ele requer em nossa vida. O ESPÍRITO SANTO não nos transformará por imposição, não é assim que o Reino de DEUS funciona.
Um dos pontos importantes dos estudos deste trimestre é sobre o poder enganador de satanás. O seu principal agente na Terra é o anticristo, na pessoa do bispo de Roma, o papa. De fato, ele é seguido por 1,2 bilhões de pessoas. Mas a esse número devemos somar as outras igrejas que aceitam doutrinas de Roma, então o número se eleva para 2,5 bilhões de pessoas, das chamadas igrejas cristãs. O poder de enganar é tão intenso, que no outro lado das igrejas cristãs está a que segue por inteiro os ensinamentos bíblicos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, com cerca de 20 milhões de pessoas. Ou seja, quem fala a verdade consegue poucos interessados. A proporção é de menos de um adventista para cada 100 cristãos. É espantoso ver o tamanho deste poder enganador, e isto nos alerta, que cuidemos para nós mesmos, em vez de nos mantermos em pé, vir também a sermos enganados. Esse é o perigo.
Satanás há tempos vem concedendo poder a seus aliados. Mas DEUS ainda não está fazendo o mesmo com seu povo. DEUS não é um irresponsável, como satanás. O inimigo concede poder a sua confusa babilônia, não importam as consequências, mas DEUS só concede poder a um povo que O represente perfeitamente como Ele é. Assim, quando o Seu povo, que se chama pelo Seu nome, se humilhar e permitir que seja por Ele transformado, então o mundo verá, como jamais pôde ver, o que é o poder de DEUS em ação por meio de pessoas fiéis. As lutas dos antigos irmãos de Tessalônica nos servem de ensinamento (pois também nós estamos em guerra espiritual), que existe um poderoso inimigo detentor de uma capacidade incrível de persuadir sedutoramente para o erro. E DEUS tem em nós os instrumentos pelos quais Ele quer alertar o mundo para essa situação, levando o evangelho da verdade ao mundo inteiro, para que JESUS volte bem logo. Os sinais estão clamando em alto volume que JESUS está às portas. As trombetas que os anjos utilizarão para tocar na volta de JESUS estão prontas e as arpas que iremos tocar ao chegarmos ao mar de vidro estão afinadas. Em breve, muito breve, Ele vem, como prometeu. Esteja pronto e vigie todos os dias.


ES – Lição 12 - O Anticristo (2Ts 2:1-12) – 3º Trim, 2012






NOVO TEMPO

Lições da Bíblia


O Anticristo (2Ts 2:1-12)










Lição 12 – de 15 a 22 de setembro

O Anticristo (2Ts 2:1-12)





Sábado à tarde
Ano Bíblico: Dn 10–12

VERSO PARA MEMORIZAR: “Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição” (2Ts 2:3, NVI).

Leituras da semana: 2Ts 2:1-12; Mt 24:1-14; Zc 3:1; Dn 8:8-11; At 2:22

Pensamento-chave: Ao corrigir a falsa teologia dos eventos finais dos tessalonicenses, Paulo revela a verdade sobre os enganos do fim dos tempos.

Em meio a todas as palavras de encorajamento e exortação, Paulo escreve sobre os eventos do fim dos tempos, incluindo o maior de todos: a segunda vinda de Jesus.

No texto desta semana, embora ele tenha falado sobre o fim, sua ênfase é um pouco diferente do texto anterior. Por um lado, ele já havia apresentado aos tessalonicenses os detalhes enquanto estivera com eles. Por outro lado, seu objetivo nesse texto era pastoral: acalmá-los, persuadi-los a ser mais pacientes a respeito dos eventos do fim dos tempos e adverti-los sobre a difusão de falsos ensinos sobre esse assunto.

A abertura do texto desta semana (2Ts 2:1, 2) contém várias palavras gregas que apontam para 1 Tessalonicenses 4:13–5:11, como a vinda de nosso Senhor (1Ts 4:15), o encontro (1Ts 4:17), e o dia do Senhor (1Ts 5:2). Até certo ponto, esse texto é um esclarecimento do que Paulo disse anteriormente. Nele, o apóstolo revela verdades que nós mesmos precisamos entender hoje.

Domingo
Ano Bíblico: Os 1–4

O problema (2Ts 2:1-3)

1. Qual é o tema abordado por Paulo no capítulo 2 da segunda carta aos Tessalonicenses? Qual é a importância dessas palavras para nós hoje? Apesar das diferenças do nosso contexto, temos desafios semelhantes a respeito dos eventos finais (marcação de datas, teorias da conspiração, etc.)? Enfrentamos tendências semelhantes às que o texto apresenta?2Ts 2:1-3

Nesse texto, não há evidência clara de que a igreja estivesse fazendo perguntas sobre a segunda vinda de Jesus. O próprio Paulo percebeu o problema e o abordou. O conceito da “reunião com Ele” lembra o que Paulo escreveu na primeira carta (1Ts 4:15-17).

No trecho que estamos estudando, suas palavras recordam a advertência que o próprio Jesus havia dado (Mt 24:1-13). Com facilidade, os tessalonicenses haviam sido desestabilizados por informações conflitantes recebidas no curto intervalo após a primeira carta de Paulo.

O apóstolo não identificou a fonte específica dessa confusão. Talvez isso nem tivesse sido revelado a ele. A expressão “espírito” (2Ts 2:2), provavelmente fosse uma referência a um ensinamento profético, proveniente de um falso profeta ou de uma compreensão equivocada da primeira carta. A segunda possível fonte teria sido a palavra falada, um ensinamento passado de boca em boca entre os membros da igreja. A expressão “carta supostamente vinda de nós” (NVI), foi uma referência de Paulo a uma possível carta forjada em seu nome ou a um mau uso de uma de suas cartas genuínas.

Por mais que um pastor cuide zelosamente de uma igreja, existem várias maneiras pelas quais ideias falsas podem criar raízes. Para os membros da igreja, às vezes é mais fácil aceitar um boato ou rumor do que examinar cuidadosamente as Escrituras. Às vezes, as novas ideias podem até ser bíblicas até certo ponto, mas são promovidas em desarmonia com os demais ensinamentos da Bíblia.

Esse último parece ter sido o problema em Tessalônica. Os tessalonicenses conheciam muitas coisas corretas sobre a segunda vinda de Jesus e os eventos que a precederão. Mas eles tendiam a enfatizar um extremo ou outro do ensinamento sem suas perspectivas de equilíbrio. Tinham deixado de ouvir a advertência de Jesus a respeito de procurar sinais de Sua vinda (Mt 24:4-8). Como resultado, conforme 1 Tessalonicenses, eles lamentavam a demora da vinda de Jesus (1Ts 4:13-15). No capítulo 2 da segunda carta aos Tessalonicenses, eles parecem ter chegado à conclusão de que já estavam no meio dos eventos finais.

Segunda
Ano Bíblico: Os 5–9

A breve resposta de Paulo (2Ts 2:3, 4)

No curto intervalo entre 1 e 2 Tessalonicenses, os membros da igreja de Tessalônica ficaram confusos sobre o significado do que Paulo havia escrito na primeira carta. Eles chegaram à conclusão de que a segunda vinda de Cristo estava próxima ou já havia ocorrido de algum modo secreto (2Ts 2:2). Qual foi a breve resposta de Paulo a esse problema? “Isso não pode ser verdade. Há muitas coisas que ainda não aconteceram.”

A confusão em Tessalônica fez com que Paulo escrevesse seu esboço mais extenso dos eventos finais. Sem essa resposta do apóstolo, uma mensagem importante não teria sido preservada.

2. O que Paulo nos diz sobre “o homem da iniquidade”? Que princípios nos ajudam a entender o que ele estava apresentando? 2Ts 2:3, 4

No original, os versos 3 e 4 são uma frase incompleta. A expressão “porque isto não acontecerá” (RA), “não será assim” (RC) ou “Antes daquele dia” (NVI) está faltando no grego e foi inserida na maioria das traduções. Paulo relacionou as coisas que devem acontecer antes da vinda de Jesus. Haverá uma “apostasia” (da palavra grega apostasia, equivalente a abandono da fé), e depois “o homem da iniquidade” será revelado. Essa revelação é descrita em 2 Tessalonicenses 2:8-10 como ação de Satanás (NVI) pouco antes da segunda vinda de Cristo (o que examinaremos em detalhes na lição de quarta-feira). Mas, antes dessa revelação da iniquidade, haveria um período de “mistério” e restrição (2Ts 2:6, 7).

O verso 4 é uma descrição do homem do pecado (ou “iniquidade”), que operaria secretamente por algum tempo e, finalmente, seria revelado. Ele se oporia a Deus, se exaltaria acima de Deus, se assentaria no templo e proclamaria ser Deus. Esse verso está repleto de alusões a textos do Antigo e do Novo Testamento. O “oponente” lembra Satanás em Zacarias 3:1. A exaltação de si mesmo acima de Deus e a usurpação do lugar de Deus no templo celestial lembra o chifre pequeno de Daniel 8. A ostentação de si mesmo “como se fosse o próprio Deus” lembra Satanás em Isaías 14 e Ezequiel 28; isso aponta também para o poder blasfemador de Daniel 11:36-39. Assim, a descrição do homem do pecado contém elementos que apontam tanto para o próprio Satanás quanto para um perverso agente de Satanás ao longo da história cristã.

De que maneiras sutis podemos ter o mesmo tipo de atitude reveladas pelo “homem do pecado”?

Terça
Ano Bíblico: Os 10–14

O detentor (2Ts 2:5-7)

3. De acordo com Paulo, que duas coisas caracterizavam a situação do mundo no momento em que ele escrevia? Como podemos ver o grande conflito revelado nesses versos? 2Ts 2:6, 7

Combinando esses versos com os anteriores, percebemos que Paulo estava descrevendo três fases da história desde seu tempo até o fim. A fase final começa na segunda vinda de Cristo. Antes dessa fase há a revelação do homem do pecado (2Ts 2:3), também conhecido como o iníquo (2Ts 2:8). E antes dessa fase há o tempo de mistério e restrição (2Ts 2:6, 7).

Ainda que tivéssemos um grande desejo de compreender plenamente a intenção de Paulo, há uma série de incertezas nesses versos. O poder refreador é neutro (uma coisa), no verso 6, e masculino (uma pessoa) no verso 7. O iníquo (masculino, v. 8) é neutro no verso 7(“mistério da iniquidade”); também não está claro (v. 7) se o poder refreador é tirado do caminho ou tem autoridade para remover a si mesmo (a Bíblia ESV [English Standard Version] traduz corretamente a expressão: “até que ele esteja fora do caminho”; corresponde à expressão “até que do meio seja tirado” [RC]).

Quem é o detentor ou poder refreador, nesses versos? Ele estava presente nos dias de Paulo, estava defendendo a lei (um poder que restringe a iniquidade, v. 7), estava em um tempo de missão divina e era poderoso o suficiente para restringir a atuação de Satanás (v. 9).

4. De acordo com outras passagens do Novo Testamento, o que está detendo a segunda vinda de Cristo? Mt 24:14; Mc 13:10; Ap 14:6, 7

Em grande parte do Novo Testamento, os eventos que conduzem à segunda vinda de Jesus começam com a proclamação final do evangelho (Mt 24:14; Mc 13:10; Ap 14:6, 7). Nesse caso, é possível que o detentor sobre o qual Paulo falou fosse o próprio Deus, que detém os eventos finais até que todos tenham a oportunidade de ouvir o evangelho.

Você precisa de muita restrição em sua vida? Isto é, quando tentado, como você pode aprender a clamar pelo poder de Deus para restringi-lo de fazer o que você sabe que é errado?

Quarta
Ano Bíblico: Joel

O Anticristo revelado (2Ts 2:8-10)

5. Leia 2 Tessalonicenses 2:8-10. Como podemos entender esses eventos? O que é especialmente importante a respeito da expressão “não acolheram o amor da verdade”?

O homem da iniquidade foi introduzido em 2 Tessalonicenses 2:3, 4. Durante grande parte da história cristã, ele operou para enfraquecer a lei de Deus (principalmente o sábado) e usurpar poderes que pertencem somente a Cristo. Em passagens como Daniel 7:20-25 (o chifre pequeno) e Apocalipse 13:1-7 (a besta que surge do mar), esse mesmo poder atua após a queda do Império Romano pagão, combinando a autoridade religiosa com o poder secular para perseguir os santos de Deus. O papado é o único poder na história que se ajusta a todas as especificações dessas profecias. Muitos intérpretes da Idade Média, e até hoje, têm designado essa instituição como o Anticristo (somente nos últimos dois séculos, a grande maioria dos cristãos tem se afastado dessa interpretação, uma mudança interessante à luz do nosso entendimento dos eventos dos últimos dias). Essa identificação do papado se encaixa nas especificações de2 Tessalonicenses 2, de que o homem da iniquidade seria tanto masculino (uma pessoa) quanto neutro (um poder ou instituição mundial).

No verso 7, “mistério da iniquidade” é uma designação adequada para sua atividade. Mas no fim da história, pouco antes da segunda vinda de Jesus, haverá um desafio aberto a Deus e Suas leis, de modo ainda mais abrangente. A continuidade dos poderes, tanto nesse como em outros textos (Dn 7 e Ap 13), indica que, no fim do tempo, o papado também desempenhará um papel importante.

6. Que obra anterior de Deus ao longo da história será falsificada por Satanás no engano final? Compare 2Ts 2:9 com At 2:22

O texto para hoje abre a cortina para revelar um anticristo ainda maior por trás daquele que atuou entre as nações no curso da história. O próprio Satanás é o autor e consumador dos enganos do tempo do fim. À medida que se aproxima a vinda de Jesus, os eventos irão forçá-lo a um ato final de desespero. Ele deixará a prudência de lado e aparecerá pessoalmente para imitar o ministério terreno de Jesus (veja a lição de sexta-feira). Por meio de falsos milagres, ele tentará desviar a atenção das pessoas do evangelho (a vida, morte e ressurreição de Jesus) e até mesmo da segunda vinda de Cristo.

Pense na ideia do “amor da verdade”. Como podemos receber esse amor? Por que é tão importante receber esse amor a fim de não ser envolvido por enganos espirituais, especialmente nos últimos dias? Como podemos aprender a acolher “o amor da verdade?”

Quinta
Ano Bíblico: Am 1–4

Verdade e mentiras (2Ts 2:10-12)

7. Por que Deus permite que tantas pessoas sejam enganadas? O que os perversos rejeitaram? 2Ts 2:10-12

O verso 11 é um texto que muitas pessoas acham extremamente desafiador. Paulo afirmou de modo muito direto que “Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira” (2Ts 2:11). A resposta instintiva a esse texto é algo como: “Como pode o Deus da verdade enviar o engano? Como Ele pode agir de modo idêntico ao de Satanás? (Compare 2Ts 2:11 com 2Ts 2:9).

No texto para hoje, Paulo abriu a cortina e nos deu um vislumbre do grande conflito entre Cristo e Satanás, que envolve muito mais do que apenas os assuntos da Terra e sua história. Satanás acusou Deus de ser injusto, tirano e enganador. Na crise final da história da Terra, Deus “envia” um engano sobre os ímpios. Não se trata de mentira da parte dEle, mas Ele permite que os ímpios escolham mentiras em lugar da verdade para, assim, expor a consequência de decisões tomadas por eles (2Ts 2:12). Ele simplesmente permite que eles colham os frutos de suas ações erradas. Os eventos do tempo do fim revelam diante de todos, de modo claro, a mente e o caráter de Satanás e seus seguidores.

O processo do engano começa quando as pessoas rejeitam o evangelho de Jesus Cristo. No verso 10, o ímpio se recusa a receber o amor da verdade. A oferta de salvação no evangelho é a mensagem implícita por trás dos poderes apocalípticos de 2 Tessalonicenses 2. Por meio de seus ensinamentos e práticas, o papado tem prejudicado o evangelho. Essa obra continuará até ser exposta pelos eventos finais descritos em 2 Tessalonicenses 2:8-12. Assim, a proclamação final do evangelho (Mt 24:14; Ap 14:6, 7) prepara o caminho tanto para o juízo final quanto para os enganos do tempo do fim.

No fim, sejam quais forem as manifestações políticas e religiosas exteriores do grande conflito, que ocorre na Terra, o evangelho de Jesus Cristo, não eventos políticos, sempre tem sido o principal divisor entre o bem e o mal ao longo da história cristã. O Anticristo revela seu verdadeiro caráter usurpando a vida, morte e reinado celestial de Jesus. Todos os outros atores no drama desempenham papéis secundários.

Leia com atenção 2 Tessalonicenses 2:12. Qual é a principal razão para as pessoas não receberem a verdade? Você experimentou esse princípio em sua vida? Isto é, o “prazer” da injustiça, ainda que de modo sutil, tem impedido sua mente de se abrir para a verdade?

Sexta
Ano Bíblico: Am 5–9

Estudo adicional

C omo ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo... Em tom manso e compassivo apresentará algumas das mesmas verdades celestiais e cheias de graça que o Salvador proferia; curará as doenças do povo, e então, em seu pretenso caráter de Cristo, alegará ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou...
“Somente os que forem diligentes estudantes das Escrituras e receberem o amor da verdade estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 624, 625).

“Ao apresentar a mensagem, não façam investidas pessoais contra outras igrejas, nem mesmo à católica romana. Os anjos de Deus veem nas diversas denominações muitos que só podem ser alcançados com a maior precaução. Portanto, sejamos cuidadosos com nossas palavras... Sobre esses temas, o silêncio é eloquente. Muitos se acham enganados. Falem a verdade em tons e palavras de amor” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 576).

Perguntas para reflexão

1. Muitos acreditam que o papado mudou e, em alguns aspectos, ele mudou. No entanto, ele ainda procura usurpar tudo o que Cristo fez e faz por nós, e ainda é o poder representado na profecia. Como podemos permanecer na nossa posição a respeito de Roma, mas de modo amoroso, paciente e delicado?

2. Somos constantemente confrontados com pessoas que surgem com novas datas para os eventos finais, novos gráficos, novas teorias da conspiração sobre este grupo ou aquele. Embora devamos permanecer abertos à nova luz, como devemos lidar com esses desafios?

Resumo: Ao corrigir algumas ideias erradas dos tessalonicenses acerca dos eventos dos últimos dias, Paulo apresenta preciosas verdades sobre o tema. Porém, a questão fundamental dos últimos dias não é o tempo dos eventos, nem mesmo todos os detalhes, mas de que lado estamos no grande conflito.

Respostas sugestivas: 1: Ideias erradas sobre o tempo da segunda vinda de Cristo; profecias que devem se cumprir antes desse dia, envolvendo o homem do pecado e a apostasia mundial; devemos manter a esperança e a fidelidade, evitando os enganos dos últimos dias. 2: Ele se opõe e se levanta contra Deus, se assenta no santuário de Deus e ostenta-se como se fosse Deus. 3: O mistério da iniquidade operava, mas era detido por um poder antagônico, indicando possivelmente um conflito entre o bem e o mal. 4: O fato de que o evangelho ainda não foi pregado a todo o mundo e o fato de que todos ainda não foram julgados, até porque Deus julgará a todos com base na oportunidade que tiveram de ouvir o evangelho. 5: O anticristo será destruído pela glória de Cristo, porque não poderá suportar a contemplação do Senhor; ele é um instrumento de Satanás; o anticristo engana aos que não amam a verdade e, por isso, não se salvam. 6: A obra de Jesus, que realizou milagres, prodígios e sinais entre o povo, para instruir, salvar e libertar; o homem da iniquidade falsificará essa obra, para dizer que Cristo veio novamente, e assim enganar, destruir e escravizar. 7: Porque rejeitam a verdade, o amor de Deus e a salvação; Deus permite que o erro entre em sua vida porque eles escolheram a mentira, porque encontraram nela seu prazer; eles serão julgados com base nessa escolha.


Resumo da Lição 12 – O Anticristo (2Ts 2:1-12)







O aluno deverá...

Saber: Que o único recurso que protegerá contra os enganos de Satanás nos tempos finais é nutrir o amor à verdade espiritual.

Sentir: A necessidade de crescer no conhecimento e no amor à verdade, tal qual revelada nas Escrituras.

Fazer: Decidir estudar a Palavra de Deus diariamente e permitir que ela transforme a vida.

Esboço

I. Saber: A verdade divina protege contra os enganos

A. Para corrigir o equívoco de que a segunda vinda de Jesus já houvesse acontecido secretamente em seus dias, Paulo lista uma série de eventos que deveriam ocorrer anteriormente. Quais são eles?

B. Até que ponto os eventos listados por Paulo já se cumpriram?
C. Antes da volta de Cristo, Satanás tentará enganar o mundo. Que palavras do texto-chave apontam para a falsidade ou engano? Qual é a única proteção contra o engano?

II. Sentir: O desejo de conhecer a verdade

A. Jesus disse: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará" (Jo 8:32, NVI). De que verdade Jesus está falando? Você experimentou o poder libertador da verdade divina?

B. Que razões alguém poderia ter para não querer conhecer a verdade? Qual é o perigo dessa atitude?

III. Fazer: Aprendendo a amar a verdade

A. Na vida cotidiana, o que significa amar a verdade?

B. Como uma pessoa pode passar do simples conhecimento da verdade para o amor à verdade?

Resumo: Aprender a amar a verdade da Palavra de Deus é a única proteção contra os enganos de Satanás.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Conceito-chave para o crescimento espiritual: O amor à verdade protegerá os servos de Deus dos poderosos enganos mundiais que serão apresentados por Satanás pouco antes da volta de Cristo.

A maioria dos habitantes do mundo poderia ser iludida pelo último engano do tempo do fim, a ser realizado por Satanás? Embora a ideia possa parecer difícil de acreditar a princípio, indivíduos certamente menos capazes que o Mestre do engano têm iludido nosso “sofisticado mundo com seus ardis. Um exemplo disso é a descoberta dos “Diários de Hitler” em abril de 1983. De acordo com os relatos, os diários manuscritos de Hitler tinham sido resgatados por um general alemão dentre os destroços de um desastre aéreo nazista, acontecido nas cercanias de Dresden em 1945. A revista alemã Stern soube da descoberta em 1980, e pagou cinco milhões de dólares para ter os documentos contrabandeados para fora da Alemanha Oriental. Os direitos de publicação em inglês foram vendidos às revistas Newsweeke Sunday Times.

A fim de determinar a autenticidade dos diários, a Stern encomendou três análises independentes de uma página, de um dos diários, a especialistas europeus e norte-americanos. Os peritos estavam de acordo em todos os casos: era a escrita de Hitler. Além desses testes, o Sunday Times pediu a Hugh Trevor-Rope, um perito de primeira classe sobre a vida de Hitler, para examinar detalhadamente os volumes. Depois de dar uma examinada prévia nos volumes, Trevor-Rope escreveu para o Sunday Times, dizendoque em sua opinião profissional, os diários eram autênticos.

Dois dias antes da publicação do primeiro artigo no Sunday Times, Hugh Trevor-Rope começou a expressar dúvidas sobre os documentos. Depois da realização de testes complementares, os diários foram declarados falsos. Eles foram finalmente rastreados até Konrad Kujau, um trapaceiro de uma pequena cidade com talento para a falsificação. Kujau explicou depois como enganou os peritos. Ele havia colhido detalhes da vida de Hitler de biografias já publicadas, depois inventou pormenores incidentais, imitou a caligrafia de Hitler, embebeu as páginas em chá e as bateu contra uma mesa, a fim de criar uma aparência envelhecida e desgastada. Ele foi preso e sentenciado a quase cinco anos de prisão (“Konrad Kujau", London Times, 14 de setembro de 2000).

Pense nisto: Se um malandro do interior pôde enganar tantos especialistas, imagine a sutileza que terão os enganos finais de Satanás. O que podemos fazer a fim de ter certeza de que não seremos ludibriados?

Compreensão

Comentário Bíblico

I. Permanecendo no caminho

(Recapitule com a classe 2 Tessalonicenses 2:1-3.)

Embora nossa tendência seja, provavelmente, avançar de imediato para os enganos dos últimos dias contra os quais Paulo nos adverte nessa passagem, é importante primeiramente entender o contexto no qual o apóstolo coloca suas observações posteriores. Nosprimeiros três versos do capítulo 2, vemos que a grande preocupação de Paulo é pelo bem-estar espiritual dos novos conversos de Tessalônica. Eles tiveram um bom começo, mas Paulo descobriu que a especulação sobre o fim dos tempos os havia deixado tão preocupados que eles estavam em perigo de perder seu foco com relação à maneira de viver no presente.

Paulo descreve o tipo de agitação espiritual que eles estavam enfrentando com duas palavras: abalar e alarmar. A palavra abalar refere-se ao tipo de movimento oscilante produzido por ventos ou ondas. Aqui Paulo parece ter em mente a imagem de um navio quase a ponto de se depreender de suas amarras e ser lançado na tempestade. O uso da palavra alarmar aponta para as mais íntimas emoções de temor que alguém experimenta quando assustado. Esse tipo de ânsia espiritual é altamente destrutivo à vida cristã. Isso deixa as pessoas tão agitadas sobre o que vai ocorrer no futuro, que elas lutam para viver pela fé no presente. Jesus advertiu contra esse perigo emMateus 24, onde diz: “E ouvireis de guerras e rumores de guerras. Vede que não vos alarmeis” (Mt 24:6, English Standard Version, tradução nossa).

Qual é a causa do alarme dos tessalonicenses? Alguns deles haviam chegado à conclusão de que Cristo já havia retornado. Estranho como possa parecer, isso não nos deveria surpreender. Os novos crentes sempre são mais suscetíveis aos falsos ensinos, visto não terem tido tempo suficiente para se firmarem nas Escrituras. Visto que uma interpretação literal da segunda vinda de Cristo se oporia claramente à ideia de que Jesus já havia voltado, podemos concluir apenas que alguns dos tessalonicenses devem ter suposto que Jesus havia regressado espiritualmente. Algo semelhante, talvez, à moderna convicção das Testemunhas de Jeová, que sustentam que a segunda vinda de Cristo teve lugar espiritualmente em 1914.

Pense nisto: A preocupação de Paulo era que os tessalonicenses ficassem tão alarmados com os eventos finais que deixassem de viver para Cristo no presente. Enquanto aguardamos a breve volta de Cristo, como podemos evitar que nossa fé vá para um extremo ou outro?

II. A grande rebelião

(Recapitule com a classe 2 Tessalonicenses 2:3-12.)

Tendo já dito aos tessalonicenses que o retorno de Cristo seria repentino e inesperado (1Ts 5:2), Paulo explicou que Cristo ainda não poderia ter voltado porque havia certos acontecimentos que precisavam ocorrer anteriormente. O primeiro evento seria uma grande “apostasia” (2Ts 2:3) ou uma "rebelião" (no grego "apostasia") contra Deus, orquestrada pelos poderes do mal (compare com Mt 24:10-12; At 20:29, 30; 1Tm 4:1; 2Tm 3:1-5; 4:3, 4).

Além da apostasia espiritual, Paulo acrescenta que o homem do pecado (ou da iniquidade) deveria ser revelado. O fato de que esse homem deveria ser revelado indica que ele era um indivíduo que preferia manter oculta sua identidade. Ainda que Paulo não identifique especificamente esse personagem, as características que ele menciona fornecem algumas pistas. Primeiro, suas ações são semelhantes ao comportamento maligno do próprio Satanás. Como Satanás, ele reivindica ser Deus e deseja assentar-se no trono de Deus (Is 14; Ez 28). E como Satanás se opõe a Deus e aos Seus seguidores (Zc 3:1, 2), assim o homem do pecado é aquele que se opõe a Deus e à Sua obra. Mas, como a lição também mostra, a terminologia do homem do pecado, usada por Paulo em 2 Tessalonicenses 2:8-10, é comparável à descrição do poder do chifre pequeno de Daniel, que foi usado por Satanás para combater os servos de Deus e Sua obra (comparar com Dn 8:9-12, 23-25). Essas duas pistas apontam para o próprio Satanás e seus vários representantes, usados ao longo dos séculos em sua obra de enganar.

No fim do tempo, o próprio Satanás tentará conquistar a adoração do mundo, executando o maior de todos os enganos – uma falsificação da segunda vinda de Jesus! Paulo aponta esse fato usando a mesma palavra que ele havia utilizado para falar sobre a volta de Jesus (no grego, parousia), para descrever a "vinda" do homem do pecado (no grego, parousia, 2Ts 2:9). Na tentativa de legitimar sua falsa “segunda vinda”, Satanás aparecerá “com todo poder, e sinais, e prodígios de mentira”, quase a mesma expressão que o apóstolo Pedro empregou para testificar da veracidade do ministério de Jesus (At 2:22).

A mensagem de Paulo é clara: o engano final será tão convincente que apenas os que estiverem dispostos a acolher “o amor da verdade” (2Ts 2:10) não serão enganados (comparar com Mt 24:24; Mc 13:22).

Pense nisto: De acordo com o ensino dos reformadores protestantes, os adventistas do sétimo dia têm identificado historicamente o homem do pecado com o papado. Porém, que perigo há em focalizar exclusivamente o papel do papado nos eventos finais? Isto é, embora jamais devamos esquecer sua atuação, as questões são maiores do que apenas o papel do papado.

Aplicação

Perguntas para reflexão

1. Além da história em que Jacó enganou seu pai Isaque, que outras histórias bíblicas mostram uma pessoa enganando outra? O que podemos aprender dessas narrativas com relação às maneiras de evitar os enganos?

2. Paulo diz que os que se perderem “rejeitaram o amor à verdade” (2Ts 2:10, NVI). Conquanto o destino dessas pessoas deva ser lamentado, que “boas novas” podem ser vistas no uso da palavra rejeitaram?

3. Pilatos certa vez perguntou a Jesus: "O que é a verdade?" (Jo 18:38). Levando em conta a importância que Paulo atribui à “verdade” em 2 Tessalonicenses 2:10, 12, como você responderia a essa pergunta?

Perguntas de aplicação

1. Deus é descrito como Aquele que restringe o mal por meio da pregação de Sua Palavra. O poder divino de restrição se manifesta em sua vida?

2. Muitas pessoas serão iludidas pelos enganos de Satanás. O que você pode fazer você agora, não apenas para se proteger, mas também aos que estão em sua esfera de influência?

Criatividade

Só para o professor: Como a lição de sexta-feira destaca, muitas pessoas hoje não veem o papado como uma ameaça, e também não o consideram o principal protagonista que se opõe ao povo de Deus nos eventos finais da história terrena. Pensando nisso e mantendo totalmente diante de nós a perspectiva adventista sobre o papado (que é firmemente apoiada na Bíblia e no Espírito de Profecia), ainda seria prudente lidar com esse assunto com sensibilidade. A atividade seguinte pode ser útil nesse assunto.

Atividade: Mostre para a classe que Satanás tem trabalhado ativamente desde a ressurreição de Cristo para arruinar a obra do Salvador neste mundo e na vida de Seus seguidores. Divida a classe em grupos e peça-lhes que sugiram uma lista de pessoas e instituições que poderiam ser classificadas como “manifestações” do principal “homem do pecado” nos tempos finais.


COMENTÁRIO - LIÇÃO 12 – O ANTICRISTO


Secretário Ministerial
Associação Paulistana da IASD
  
Texto: 2 Tessalonicenses 2:1-12.

Nosso estudo desta semana chega a uma passagem de enorme relevância para o estudioso sincero da Bíblia: O “apocalipse paulino”. Embora não possamos conhecer “o dia nem a hora”, não temos escusas para ignorar os sinais dos tempos, particularmente o sinal referente à grande apostasia dentro da igreja cristã. Esperar a vinda de Cristo exige vigilância constante e conhecimento do desenrolar progressivo da profecia apocalíptica. Discernir os sinais enquanto mantemos toda atenção na vinda do Senhor, revitalizará nossa fidelidade a Jesus.

O esboço apocalíptico da história da igreja que Paulo apresenta na segunda carta aos Tessalonicenses capítulo 2, cumpre propósito semelhante ao de Mateus 24. Não há predição mais explícita acerca da era da igreja em o Novo Testamento. É estranho, mas a maioria dos comentaristas julga esse capítulo uma passagem obscura dos escritos paulinos. Geralmente se reconhece que o propósito do apóstolo nesse texto é dar conselho pastoral para seus dias. A mesma finalidade teve Cristo ao proferir Seu discurso profético.

Essa harmonia de Jesus e Paulo com respeito à apostasia está enraizada diretamente nas profecias de Daniel, em particular, a explicação do anjo intérprete quanto ao capítulo 8, que traz a “visão do contínuo, e da transgressão assoladora” (verso 13). Veja também Daniel 11:31, 32.

Parece evidente que Daniel é a fonte para o ensino do Novo Testamento de que um anticristo blasfemo apareceria durante a era da igreja. Tanto Cristo como Paulo, mencionam que esse apóstata sacrílego seria acompanhado por “sinais e prodígios”. Cristo o conecta com “falsos cristos e falsos profetas” (Mt 24:24); Paulo o associou com o advento do “iníquo”, a quem descreveu como o anticristo escatológico (2Ts 2:9).

Portanto, a conclusão principal é de que “a abominação desoladora” no lugar santo, da profecia de Cristo, e o anticristo pessoalmente assentado no templo de Deus, da profecia de Paulo, são o mesmo fenômeno.

O problema (2Ts 2:1-3)

Lembre-se, mais uma vez, de que o apóstolo estava tentando corrigir o erro da expectativa de que o dia do Senhor poderia ocorrer a qualquer momento. Ele deduziu seu argumento do esboço apocalíptico do profeta Daniel. Na opinião de Paulo, era essencial conhecer a ordem consecutiva dos acontecimentos fundamentais da história da igreja. Esses eventos proféticos, em ordem cronológica são: a vinda do anticristo, depois a vinda de Cristo. Primeiro, “a apostasia” deve se manifestar no “homem da iniquidade”, acompanhado por “sinais e prodígios de mentira”. Somente então Se manifestará o Senhor e destruirá o iníquo.

Contudo, não está em jogo somente a questão sobre o prazo em si: a ideia de que o “dia do Senhor estivesse já perto” (v. 2). Está em jogo o fato de que os tessalonicenses imaginavam as coisas como sendo “simples demais”. Provavelmente, eles pensassem que as perseguições que já estavam suportando fossem “a grande tribulação”. Assim reagiam com avidez à conclusão: em breve nossa aflição dará lugar ao dia do Senhor! Paulo lhes disse: “Não! As coisas não são tão fáceis e banais! É preciso acontecer algo muito mais grave e muito mais difícil. A maturação do pecado no mundo ainda irá atingir um nível muito diferente, chegando à apostasia e ao dominador anticristão do mundo”.

O último remanescente precisa de clareza em relação ao grande tema da Escatologia, porque é precisamente neste ponto que a paixão inflamada se alastra com especial facilidade. O que desequilibrou os tessalonicenses, e o que ameaçou entregá-los a uma agitação incerta?

“O dia do Senhor chegou!”, anunciavam pessoas alvoroçadas na igreja de Tessalônica. “O Espírito comunicou esse fato por meio de profecias! O próprio Paulo também fez esta afirmação! Até mesmo registrou isso em uma carta!” (Leia o verso 2).

Como podemos entender o que aconteceu, e ainda acontece hoje, em muitos lugares? O que abalou tanto os tessalonicenses foi o pensamento errôneo de que a parousia e o arrebatamento já haviam ocorrido e eles tinham ficado de fora! Era uma agitação apaixonada em torno das últimas coisas, comprometendo o senso de verdade e levando muitos à exaltação fanática da opinião pessoal.

A breve resposta de Paulo (2Ts 2:3, 4)

Contrariando tudo isso, Paulo pediu a seus irmãos em Tessalônica que permanecessem no raciocínio sereno e claro, não se curvando precipitadamente diante dos assédios de falsos mensageiros. “Não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia, quer por palavra, quer por carta supostamente vinda de nós, como se o dia do Senhor já tivesse chegado” (v. 2).

Como isso é importante para nós! É consolador, mas também “pesado”, sermos informados de que naquele tempo as primeiras igrejas já precisavam levar em conta que pessoas tentariam “defraudar” a verdade e recorreriam a “todas as maneiras”, inclusive às “devotas”, na tentativa de desencaminhar muitos. Não devemos nos admirar de que essas coisas existam também hoje. É necessário que estejamos mais séria e determinadamente precavidos.

Em seu discurso escatológico (Mt 24), Jesus colocou em primeiro lugar a advertência:  “cuidai para que ninguém vos engane!”. Na carta de Paulo isso é repetido de forma quase literal: “ninguém de maneira alguma vos engane” (v.3).

Uma igreja duramente atormentada e sofredora, naturalmente presta atenção quando ouve a notícia de que o dia do Senhor chegou, e em breve toda aflição acabará. Por trás do defraudar e desencaminhar estão poderes sobre-humanos, que justamente agora, nos dias finais, também visam fazer cair os eleitos. É isso que a igreja precisa saber e ponderar. Para o mundo, e para o cristianismo secularizado, prevalece o fato de que, quando a pessoa imagina não precisar mais de Deus e finalmente estar livre de Jesus, justamente então é assaltada de forma súbita e repentina, como um ladrão, pela perdição do grande dia.

É digna de atenção a frase de Paulo “he apostasia” (verso 3), traduzida como “apostasia” na maioria das versões em português. Sempre, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, significa rebelião religiosa, esquecimento do Senhor e de Sua verdade. Essa rebelião é mais que uma transgressão fortuita da lei divina. Essa iniquidade (“anomia”) representa uma rebelião fundamental e contínua contra Deus. Embora já estivesse ativa de forma oculta no tempo de Paulo, a apostasia se desenvolveria finalmente em uma rebelião mundial, uma forma idolátrica de adoração que desafiaria a autoridade da Palavra de Deus.

Outro fato importante a destacar é que Paulo nunca empregou o termo grego “naós”, templo (verso 4) para o edifício do templo em Jerusalém. Posto que sua firme convicção era de que Deus já não morava mais no santuário do monte Moriá, mas entre a comunidade dos cristãos, Paulo considerava a igreja de Deus como o novo templo de Deus (1Co 3:16, 17; 6:19; Ef 2:19-21). Por essa evidência nos escritos de Paulo, podemos concluir que seu emprego normal do termo “templo” (naós), é uma referência não ao judaísmo, mas à igreja cristã. O uso que Paulo fez da linguagem figurada para templo, apoia a ideia de que seu emprego da expressão “templo de Deus” em 2 Tessalonicenses 2:4, se refere à comunidade da igreja cristã do futuro.

O detentor (2Ts 2:5-7)

O apóstolo não insinuou que estivesse revelando alguma verdade nova e assombrosa. Recordou a seus leitores o fato de que já lhes havia ensinado esse “segredo” apocalíptico enquanto esteve com eles (v. 5). Então, destacou “a rebelião” descrita de forma tão dramática, como a falsificação do Messias no livro de Daniel.

Paulo declarou que a manifestação pública do “iníquo” (v. 8) ocorreria somente depois de um desenvolvimento histórico prolongado de forças ocultas que já estavam ativas em seu tempo (v. 7). Ele colocou a revelação efetiva do iníquo imediatamente depois da queda do Império Romano, “aquele que agora o [detiha]”, e indicou firmemente que o mesmo trono ocupado pelo que o detinha seria ocupado pelo homem da iniquidade. A inferência da mensagem de Paulo é inconfundível: quando o Império Romano finalmente caísse, o surgimento do anticristo já não seria restringido nem retido em Roma.

Nos escritos de Paulo o termo “mistério” traz em si o conceito básico de verdade salvadora, mantido anteriormente oculto por Deus, mas agora manifestado no evangelho (Rm 16:25, 26; Ef 1:9, 10). O conteúdo desse mistério é o plano redentor de Deus para salvar a humanidade por meio de Cristo. Por outro lado, quando Paulo falou do “mistério da iniquidade” (v. 7), poderia muito bem ter em mente exatamente o contrário da verdade salvadora de Deus em Cristo, isto é, o mistério caracterizado pelo anticristo. Esse mistério nunca seria inoperante, mas atuaria continuamente desde o tempo de Paulo até o fim.

“Em um estilo paralelo, o mistério da iniquidade, o plano contrário de Satanás, é um propósito diabólico fixo, um ardil contínuo, para se opor à realização do decreto divino da redenção”.

O Anticristo revelado (2Ts 2:8-10)

Volto a destacar o fato de que “o homem da iniquidade” “que se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus”, que por exaltar a si mesmo no templo de Deus está condenado à destruição - é a descrição condensada feita por Paulo acerca do anticristo que se faz passar por Deus em Daniel 7 a 11. Especificamente nos capítulos 7:25, 26; 8:11-13; 11:31, 36-39, 45.

A natureza essencial do anticristo é sua vontade jactanciosa de “mudar” a lei de Deus e os tempos sagrados (Dn 7:25) e mudar a adoração redentora no templo de Deus por seu próprio culto idólatra de adoração (Dn 8:11-13, 25). Portanto, a perspectiva de Daniel, sintetizada por Paulo, representa uma apostasia dupla: uma em relação à lei divina (Dn 7) e outra, em relação ao evangelho e ao santuário (Dn 8). É decisivo compreender que o objetivo do mal não é estabelecer o ateísmo, mas impor uma religião falsificada com um sistema falso de adoração e salvação.

É Jesus, o Cristo que serve, que não busca nada para Si mesmo, que entrega integralmente a vida e a honra, que ocupa na cruz o lugar mais baixo da pobreza e vergonha extremas. Porém, o anticristo representa o mais pleno e desenfreado contraste em tudo! Por isso a igreja possui um padrão claro e seguro para reconhecer, em qualquer lugar, o surgimento do fenômeno “cristão”, ou “anticristão”. Por isso os reformadores já viam claramente no papado romano o anticristo da presente passagem. Tinham razão ao afirmar que as características “anticristãs” se formavam justamente no seio da “igreja”. Lutero e seus associados afirmaram explicitamente que o poder humano em lugar do divino, bem como a rejeição da trajetória da cruz, por parte do catolicismo, introduziram nele um espírito tipicamente “anticristão” (Werner de Boor – Comentário Esperança).

Paulo ainda destacou a natureza religiosa do anticristo como aquele que trataria de autenticar seu culto idolátrico por meio de sinais e milagres sobrenaturais (versos 4 e 9). O anticristo se assentará solenemente no templo de Deus com uma obsessão compulsiva para demandar autoridade divina e usurpar as prerrogativas que pertencem unicamente a Cristo. Por esse engano, forçará a todos os homens a aceitá-lo como o Messias e Senhor.

A declaração de Paulo de que o homem do pecado “se assentará” no “templo de Deus” é de profundo significado. Esse conceito audaz lembra a visão de Daniel, na qual o “Ancião de dias Se assentou” para fazer justiça ao poder arrogante e usurpador. À luz do tribunal divino descrito por Daniel, a descrição de Paulo do adversário “sentando-se como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”,indica que o anticristo estabelecerá a si mesmo como mestre e juiz dentro da igreja. Note que a predição de Paulo segue a revelação de Daniel do desenvolvimento futuro da história da salvação. Paulo interpretou o esboço de Daniel de acordo com o princípio do evangelho – o cumprimento é em Cristo e na igreja de Cristo.

Verdade e mentiras (2Ts 2:10-12)

É maravilhoso para nós que a “velha” Bíblia tenha predito com tanta clareza o que hoje está acontecendo integralmente.

O anticristo é chamado de “filho da perdição”. Trata-se de uma expressão semita que Cristo também empregou para Judas Iscariotes. “Filho da perdição” significa: “refém inescapável da perdição”. Ainda que ele exalte seu poder de forma assustadora e pareça tão completamente invencível como nenhum outro dominador antes dele, sua ruína é certa e sua causa está de antemão perdida. Disso a igreja pode ter certeza.

Os expositores protestantes desde os dias de Lutero e Calvino têm interpretado tradicionalmente que esse rei que se exalta a si mesmo (Daniel 11:36) e o homem da iniquidade de 2 Tessalonicenses 2:4 são um mesmo indivíduo que se engrandecerá acima de todos os deuses. Não pode ser um ideólogo ateu, porque o homem da iniquidade pretende ser Deus.

Paulo explica que a manifestação histórica do culto religioso apóstata deve acontecer antes da vinda de Cristo. Esse anticristo dominará toda a Terra e todas as nações. No auge da história mundial, a apostasia atingirá proporções e visibilidade “histórico-universais”.

Assim como a revelação de Deus culminou em Cristo, também a manifestação do mal encontrará sua culminação no anticristo cuja aparição é a caricatura satânica de Cristo.

A apostasia anticristã tem por base a hostilidade profundamente arraigada contra o evangelho de Deus e de Cristo. Nesse confronto cósmico, a humanidade deve fazer suas decisões finais em favor ou em oposição a Cristo. Paulo ressaltou que a rejeição da verdade do evangelho preparará a humanidade para o último engano e rebelião (versos 10 e 11). Nesse ponto da maturação do mal, Deus retirará seu Espírito de todos os que desprezam “o amor da verdade para se salvarem”. Como resultado, já não mais haverá nenhuma limitação à“operação do erro para que creiam na mentira” (v. 11).

A aplicação histórica que Paulo faz das visões do anticristo apresentadas por Daniel formam um elo interpretativo indispensável entre Daniel e Apocalipse. Assim como o antimessias de Daniel 8 é destruído repentinamente “não por mão humana” (v. 25); assim como “o rei do norte” é destruído repentinamente sem que ninguém o ajude (Dn 11:45), também o anticristo da descrição de Paulo será destruído pelo esplendor da vinda de Cristo e “e pelo sopro de Sua boca”.

Caro leitor, não se deixe abater porque nuvens sombrias se levantam e raios lampejam no oceano de sua vida. Nosso Capitão nunca perde o controle da embarcação. Ele mesmo anunciou tempestades. Ele mesmo nos conduz ao destino, com infalível segurança. Amém!

Nota: a exposição acima se baseia em material de classe do Mestrado em Teologia, e no livro“How to Understand The End-Time Prophecies of the Bible” [Como Entender as Profecias Bíblicas do Tempo do Fim], de Hans K. LaRondelle.