sábado, 20 de julho de 2013

ES - Lição 4 - Testemunho e serviço: o fruto do reavivamento – 3º Trim, 2013






Lição 4 - Testemunho e serviço: o fruto do reavivamento

20 a 27 de julho






Sábado à tarde

Ano Bíblico: Ec 9–12 

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da Terra” (At 1:8).

Leituras da Semana:


O propósito do reavivamento é encher nosso coração com tanto amor por Jesus que almejemos compartilhar esse amor com todas as pessoas. No genuíno reavivamento, nosso coração é despertado para a bondade, compaixão, perdão e poder de Deus. Ficamos encantados por Seu amor e somos transformados por Sua graça, de tal maneira que não podemos ficar em silêncio.

Em contrapartida, um “reavivamento” que focaliza “apenas a experiência espiritual” erra o alvo. Se o reavivamento desenvolve atitudes críticas com relação às pessoas que não estão à altura do nosso “padrão de santidade”, certamente não é inspirado pelo Céu. Se a ênfase do reavivamento é simplesmente mudar o comportamento exterior, em vez de mudar o coração, algo está errado.

O genuíno reavivamento nunca leva ao egocentrismo ou, especialmente, à autossuficiência ou autoexaltação, mas a uma altruísta preocupação com os outros. Quando nosso coração é renovado pela graça de Deus, desejamos abençoar e servir os que estão em necessidade. Todo reavivamento genuíno leva a uma ênfase renovada na missão e no serviço.

Domingo

Ano Bíblico: Ct 1–4 

Comissão e promessa de Cristo

Cristo não estabeleceu Sua igreja a fim de que ela simplesmente cuidasse de si mesma. As palavras de despedida de Jesus focalizaram a missão da igreja. A intenção de Cristo é que a igreja olhe além de si mesma. Ele a estabeleceu para compartilhar a luz do Seu amor e a mensagem de Sua salvação com o mundo.

1. Leia e resuma os textos a seguir. Como cada passagem revela o desejo de Jesus para Sua igreja? Mt 28:19, 20;Mc 16:15; Lc 24:45-49; Jo 20:21

Uma vez que Cristo subiu ao Céu, a igreja devia ser a manifestação visível do Seu amor e graça ao mundo. Os discípulos tinham uma missão: compartilhar uma mensagem. Eles tinham uma tarefa para completar. Deviam continuar a obra que Jesus havia começado.

“A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que, por meio de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo e, pela igreja será, a seu tempo, manifesta, mesmo aos ‘principados e potestades nos céus’, a final e ampla demonstração do amor de Deus” (Ef 3:10, RC; Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 9).

A preocupação de Jesus é a salvação da humanidade. O apóstolo Paulo escreveu ao seu jovem amigo Timóteo que o desejo do Salvador é que “todos [...] sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4). O apóstolo Pedro acrescentou que o Senhor é “longânimo para [conosco], não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 3:9).

Você tem interesse em levar o evangelho aos outros? Como você tem demonstrado esse desejo? O que sua resposta diz sobre você e suas prioridades?


Segunda

Ano Bíblico: Ct 5–8 

Recebendo a promessa

A missão de compartilhar o amor e a verdade de Deus com o mundo inteiro deve ter parecido esmagadora para o pequeno grupo de discípulos. O desafio era enorme, a tarefa imensa. A conclusão da obra no tempo deles certamente pode ter parecido impossível (como pode parecer em nosso tempo). As melhores estimativas são de que a população do Império Romano no primeiro século era de aproximadamente 180 milhões. De acordo com o primeiro capítulo de Atos, uns 120 cristãos se reuniram no cenáculo no dia de Pentecostes. Essa é uma relação de aproximadamente um cristão para cada 1,4 milhão de pessoas no império. Do ponto de vista humano, parecia impossível cumprir a ordem de Jesus.

2. Quais foram os resultados do derramamento do Espírito Santo sobre a missão da igreja primitiva? At 2

Os resultados foram surpreendentes. A igreja cristã explodiu em crescimento. Dezenas de milhares foram convertidos. A mensagem do amor de Jesus chegou às partes mais remotas do império.

Plínio, o Moço, governador da província romana da Bitínia, na costa norte da moderna Turquia, escreveu ao imperador Trajano, por volta do ano 110 d.C., descrevendo os julgamentos oficiais que estava conduzindo para encontrar e executar cristãos. “Muitos de todas as idades, de todas as classes sociais, de ambos os sexos, estão sendo chamados para o julgamento e serão convocados. Não somente cidades, mas vilas e mesmo áreas rurais foram invadidas pela infecção dessa superstição [cristianismo].”

Essa citação é notável. Revela que em poucas gerações o cristianismo havia invadido quase todos os níveis da sociedade, mesmo nas províncias remotas.

Noventa anos depois, por volta de 200 d.C., Tertuliano, advogado romano que se tornou cristão, escreveu uma carta desafiadora aos magistrados romanos defendendo o cristianismo. Ele se vangloriava: “quase todos os cidadãos de todas as cidades são cristãos.”

A história do livro de Atos é a história de uma igreja reavivada e dedicada a testemunhar em favor de seu Senhor. O reavivamento espiritual sempre leva ao testemunho apaixonado. Partilhar é a consequência natural de uma vida transformada. Jesus disse ao Seus discípulos: “Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4:19). Quanto mais perto estamos de Jesus, mais nos preocupamos com o que Ele Se preocupa. Se temos pouco interesse em compartilhar Seu amor com os outros, deve ser porque O estamos seguindo a distância e precisamos de um reavivamento espiritual.

Terça

Ano Bíblico: Is 1–4 

O poder do testemunho pessoal

O ritual religioso tem pouco poder para transformar vidas. O formalismo religioso torna as pessoas espiritualmente estéreis. Sozinha, doutrina não transforma corações. O poder do testemunho do Novo Testamento estava enraizado na autenticidade de vidas transformadas pelo evangelho. Os discípulos não estavam encenando. Eles não estavam apenas cumprindo formalidades. Não tinham uma forma de espiritualidade artificial. O encontro com o Cristo vivo os havia transformado e eles não podiam ficar em silêncio.

3. Que ponto em comum ocorreu nas experiências de Paulo e João que os tornou testemunhas tão poderosas? At 22:1-14; Fp 3:1-7; 1Jo 1:1-4

No tempo do Pentecostes, os discípulos eram pessoas transformadas. Algo aconteceu com eles para que o Espírito Santo pudesse fazer alguma coisa por meio deles. O Espírito Santo havia feito algo por eles, para que pudesse fazer uma obra com a participação deles. O Espírito transbordou da vida deles para renovar a vida de outros.

Jesus disse: “Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7:38). Nesse caso, a raiz da palavra para “crer”, em grego, é pistis. Significa muito mais do que uma crença superficial ou mera aceitação intelectual. É uma crença sólida ou firme confiança. É uma dinâmica e transformadora fé em Cristo, Aquele que derramou Sua vida na cruz pelos pecados da humanidade. A mensagem de Jesus é que, quando Seu amor sacia nossa sede espiritual, esse amor flui de nosso coração para as pessoas ao nosso redor.

“Nossa confissão de Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo. Temos de reconhecer-Lhe a graça segundo nos é dada a conhecer através dos santos homens da antiguidade; mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência. Somos testemunhas de Deus ao revelar em nós mesmos a atuação de um poder que é divino” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 347).

O testemunho mais poderoso é o de um cristão que conhece Jesus pessoalmente. Não há substituto para o testemunho que brota naturalmente de um coração envolvido pelo amor de Jesus.

Que tipo de testemunho pessoal você tem sobre o que o Senhor fez por você? Como você pode aprender a compartilhá-lo mais frequentemente com outros?

Quarta

Ano Bíblico: Is 5–7 

A fé que cresce

A atividade é uma lei da vida. Para ser saudável, nosso corpo precisa de exercício constante. Todos os órgãos, músculos e tecidos são fortalecidos e revigorados por meio do exercício. Quando negligenciamos o exercício, nosso sistema imunológico fica comprometido, e nos tornamos mais suscetíveis às doenças.

Algo semelhante acontece conosco quando não exercitamos a fé pelo testemunho. As palavras de Jesus, de que “mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20:35), também se aplicam à nossa vida espiritual. Quando partilhamos a Palavra de Deus com os outros, crescemos espiritualmente. Quanto mais amamos Jesus, mais temos vontade de testemunhar do Seu amor. Quanto mais testemunhamos do Seu amor, mais O amamos. Compartilhar a fé fortalece a fé.

4. O que o milagre da multiplicação dos pães e peixes ensina sobre partilhar a fé? Jo 6:1-11

Quanto mais revelamos nossa fé, mais ela se multiplica. Esta lei da multiplicação é um princípio divino da vida espiritual: Dar e crescer, ou reter e murchar. Jesus aumenta nossa fé quando a compartilhamos com outros. Ao compartilharmos Jesus (o Pão da vida) com pessoas espiritualmente famintas ao nosso redor, esse Pão Se multiplica em nossas mãos e acabamos tendo mais do que tínhamos antes.

Jesus tinha apenas cinco pães e dois peixes. Depois que as cinco mil pessoas estavam plenamente satisfeitas com sua refeição, o que havia sobrado era mais do que Jesus tinha inicialmente. Havia ainda doze cestos cheios de alimento!

As instruções de Jesus à Sua Igreja do Novo Testamento são muito claras para ser mal interpretadas. Ele declarou: “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10:8). Testemunhar é a brisa suave que transforma as fagulhas do reavivamento em chamas pentecostais. Quando o testemunho e o serviço não acompanham um reavivamento da oração e estudo da Bíblia, as chamas do reavivamento são apagadas e as brasas logo se esfriam.

Quanto mais testemunhamos, mais nossa fé cresce. Você concorda? Qual tem sido sua experiência com essa verdade fundamental?

Quinta

Ano Bíblico: Is 8–10 

Reavivamento, testemunho e intervenção divina

A emocionante história do rápido crescimento do cristianismo, no livro de Atos, é a história de uma igreja reavivada, testemunhando sobre o amor de Jesus. É a história de uma igreja que regularmente experimentava a intervenção divina. Testemunhar era um estilo de vida para aqueles cristãos primitivos.

“Todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo” (At 5:42). A perseguição também promoveu a causa do evangelho. Quando a perseguição dispersou os membros da igreja em Jerusalém, “os que foram dispersos iam por toda parte pregando a Palavra” (At 8:4).

Um dos exemplos mais notáveis da intervenção divina, em Atos, é a história de Filipe e o eunuco, oficial do governo etíope.

5. Leia a história do ensinamento de Filipe e a resposta do etíope em Atos 8:26-38. O que podemos tirar dessa história sobre reavivamento e testemunho?

“Um anjo guiou Filipe àquele que procurava a luz, e que estava pronto para receber o evangelho. Hoje, anjos guiarão os passos dos obreiros que permitem ao Espírito Santo santificar-lhes a língua e purificar e enobrecer seu coração. O anjo enviado a Filipe poderia ter ele mesmo feito a obra pelo etíope, mas essa não é a maneira de Deus agir. É Seu plano que os homens trabalhem por seus semelhantes” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 109).

Há três elementos essenciais no reavivamento: oração, estudo da Palavra de Deus e testemunho. Quando os filhos de Deus O buscam em intercessão fervorosa e sincera, quando enchem a mente com as verdades da Sua Palavra, e testemunham apaixonadamente sobre Seu amor e verdade, Deus intervém e abre portas incomuns para a proclamação da verdade.

O que você faz quando surgem oportunidades para testemunhar? Você testemunha, ou encontra alguma desculpa para não fazê-lo? O que sua resposta diz sobre sua necessidade de reavivamento e reforma?

Sexta

Ano Bíblico: Is 11–14 

Estudo adicional

“Em Sua sabedoria, o Senhor põe os que estão à procura da verdade em contato com seus semelhantes que a conhecem. É plano do Céu que os que receberam a luz a comuniquem aos que se acham em trevas. Tirando sua eficiência da grande Fonte da sabedoria, a humanidade se torna o instrumento, a agência operadora por meio da qual o evangelho exerce seu poder transformador sobre a mente e o coração” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 134).

“Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar pecadores sem nosso auxílio, mas, a fim de desenvolvermos caráter semelhante ao de Cristo, precisamos compartilhar Sua obra. A fim de participar da alegria dEle – a alegria de ver pessoas redimidas por Seu sacrifício –, devemos tomar parte em Seus labores para redenção delas” (Ellen G. White, 
O Desejado de Todas as Nações, p. 142).

Perguntas para reflexão

1. Qual é a ideia principal da lição desta semana? Deus está chamando você para fazer mudanças na sua vida? Suas prioridades precisam ser reajustadas de alguma forma? O que Deus está pedindo que você faça?

2. Pense mais na maravilhosa verdade de que, quanto mais testemunhamos da nossa fé, mais ela cresce. Por que isso é verdade? Por que esse princípio faz tanto sentido?

3. Você testemunha com frequência em favor de Jesus? Se não, pergunte a si mesmo: Por quê? Você tem medo de rejeição? Se esse é o problema, considere quantas vezes Jesus foi rejeitado. Se a rejeição não O impediu, também não deveria nos impedir. Ou você deixa de testemunhar porque não tem certeza sobre o que dizer? Sendo assim, o que isso lhe diz sobre sua necessidade de comunhão mais profunda com o Senhor?

4. Nesta semana falamos que o ritual religioso por si só não pode produzir mudança no coração. Qual é o lugar dos rituais e tradição em nossa fé e em nossa igreja? Os rituais e a tradição têm utilidade no reavivamento e reforma?

5. Por que encontramos tanta satisfação em ser usados por Deus para levar pessoas a Ele?

Respostas sugestivas: 1. O desejo de Cristo é que cumpramos a missão de pregar o evangelho, fazer discípulos, batizar e ensinar. 2. Os discípulos anunciaram o nome de Jesus poderosamente, milhares se converteram e a igreja permaneceu unida no amor. 3. Viram e ouviram a Jesus, e foram transformados. 4. Recebemos o alimento espiritual das mãos de Cristo, e partilhamos essas bênçãos com as pessoas ao nosso redor. 5. Quando temos comunhão com Deus, o Espírito Santo nos conduz a pessoas sinceras, que precisam do evangelho. O Senhor nos ensina o que dizer e assim vidas são transformadas.


ESCOLA SABATINA


 Texto-chave: Mateus 28:19, 20

O aluno deverá...

Conhecer: A relação entre conhecer Cristo pessoalmente e compartilhá-Lo apaixonadamente. O propósito desta lição é revelar que o fruto de conhecer Cristo é compartilhar Cristo. Cristãos saudáveis oram, estudam e testemunham. Sem testemunho, oração e estudo da Bíblia podem facilmente se tornar formalismo vazio ou ritual farisaico.

Sentir: O desejo natural de testemunhar, que transborda de um coração convertido.

Fazer: Aproveitar as oportunidades dadas por Cristo para testemunharmos e reservar tempo a cada semana para o serviço altruísta e o evangelismo.

Esboço

I. Conhecer: As palavras finais de Cristo 

A. Por que as palavras de despedida de Cristo, em Mateus 28:18-20, são tão vitais para a igreja hoje?

B. Quais os dois aspectos que tornaram o testemunho dos discípulos tão eficaz?

II. Sentir: Experimentando o impacto do poder do Espírito Santo
A. Como você se sentiria se fizesse parte de um pequeno grupo de cristãos do Novo Testamento, cujo Mestre tivesse acabado de subir ao Céu, deixando-o com a difícil tarefa de alcançar o mundo com a mensagem do Seu amor?

B. O que deu a esses discípulos tanta confiança? O que nos dá confiança de que a tarefa pode ser concluída em nossos dias?

C. Qual é o papel do Espírito Santo e dos anjos na conquista de pessoas? Qual é o nosso papel?

III. Fazer: Cumprindo a missão

A. O que significa para você a Grande Comissão de Mateus 28:18-20?

B. De que maneira você tem tentado compartilhar o amor de Jesus com outras pessoas?

Resumo: Testemunhar e viver para ser uma bênção aos outros é o fruto de uma experiência íntima com Jesus. Cristianismo é muito mais do que tentar salvar a nós mesmos. Significa permitir que Jesus nos salve e nos envie como embaixadores de Sua graça, a fim de levar a outros o amor que transformou nossa vida. Quando experimentarmos esse amor, experimentaremos o verdadeiro reavivamento.

Ciclo do Aprendizado

Motivação

Focalizando a Palavra: Mateus 28:18-20

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Cristianismo autêntico sempre se manifesta no testemunho e serviço. Quando conhecemos Cristo, desejamos compartilhar Cristo. O reavivamento é acompanhado pelo testemunho fervoroso. Isso ocorreu no livro de Atos e ocorre na igreja hoje.

Somente para o professor: O foco da lição desta semana é que todo reavivamento genuíno deve se manifestar no testemunho, que não é apenas consequência do reavivamento, mas razão essencial para sua existência. Ajude sua classe a entender que, quanto mais estivermos envolvidos no serviço de Cristo, mais perto dEle estaremos.

Atividade de abertura: Leia com a classe a seguinte declaração do livro Caminho a Cristo. Se necessário, leve cópias do texto para distribuir aos alunos. Depois responda às perguntas seguintes à declaração.

“Se vos puserdes a trabalhar como Cristo determina que Seus discípulos o façam, e conquistar almas para Ele, sentireis a necessidade de uma experiência mais profunda e um maior conhecimento das coisas divinas, e tereis fome e sede de justiça. Instareis com Deus, e vossa fé se fortalecerá e vossa alma beberá livremente da fonte da salvação. As oposições e provações que encontrardes vos impelirão para a Bíblia e para a oração. Crescereis na graça e no conhecimento de Cristo e desenvolvereis uma rica experiência” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 80).

1. Com base na declaração de Ellen G. White, qual é a relação entre a vida espiritual e o testemunho sobre a fé?

2. De que maneiras o testemunho contribui para o crescimento espiritual?

Compreensão

Só para o professor: Enfatize a importância das palavras finais de uma pessoa. Mateus 28:18-20 é a comissão dada aos discípulos por Cristo em Sua despedida. Pergunte aos alunos se eles já receberam uma carta ou e-mail de alguém que sabia que estava perto da morte. Possivelmente alguém se lembre da última noite que um filho ou filha passou em casa, antes de se mudar para outra cidade para estudar, antes de se casar ou começar a servir o Exército. Como foram esses momentos?

Comentário Bíblico

I. Palavras finais de Cristo

(Recapitule com a classe Mateus 28:18-20.)

Nossa passagem começa com a promessa de poder. Jesus disse: “Toda a autoridade [poder] Me foi dada no Céu e na Terra. Ide, portanto [...]”. A palavra “autoridade” é exousia em grego. É o mesmo poder que Jesus exerceu livremente sobre as forças do mal em Seu ministério. Com base na autoridade de Cristo e por meio do poder de Cristo Seus discípulos são enviados. A Grande Comissão é acompanhada por uma grande promessa. Eles não vão em sua força, mas na dEle.

A comissão “Ide” inclui cada cristão. Nosso Senhor não chama os qualificados. Ele chama todos os cristãos e os qualifica. A prioridade é fazer discípulos de todas as nações. O cristianismo foi a primeira religião verdadeiramente internacional. As palavras de Jesus eliminam as fronteiras nacionais. Os seguidores de Cristo são membros de Sua igreja, que inclui pessoas de “cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap 14:6). A missão da igreja é alcançar o mundo com a mensagem de Jesus e Sua verdade. Para os que Lhe entregam a vida, Jesus promete Sua presença. Ele declara: “Estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28:20). Embora Cristo não mais estivesse presente fisicamente com Seus discípulos, mediante o ministério do Espírito Santo, Ele continuava tão perto deles como se nunca tivesse partido. A promessa de Sua presença sustentaria a igreja na realização da missão até a volta de Cristo.

Pense nisto: Quando compartilhamos a Palavra de Deus, fazemos isso com a autoridade de Jesus Cristo. Participamos com Ele da missão em relação ao mundo perdido. Como isso faz você se sentir?

II. A promessa de Poder

(Recapitule com a classe Atos 1:8; 2:38, 39.)

A palavra para poder em Atos 1:8 é dunamis, da qual é derivada a palavra dinamite. Esse é o poder do Espírito Santo que vem sobre os que entregam a vida a Jesus, como foi prometido em Atos 2:38, 39. É o poder para vencer as forças do mal e proclamar o evangelho até os confins da Terra. O dom do Espírito Santo é absolutamente essencial para receber poder a fim de testemunhar. O reavivamento de Atos ocorreu quando os discípulos entregaram a vida à missão de alcançar o mundo com o evangelho. Quando a igreja de Cristo obedecer à ordem de anunciar a boa-nova de Sua graça ao mundo, Seu Espírito cairá com pleno poder, para que ela seja fortalecida e realize a tarefa dada por Ele.

De acordo com Atos 2, a promessa do Espírito Santo não foi apenas para a igreja do Novo Testamento, mas para Seu povo até o fim do tempo. Em seu sermão no dia de Pentecostes, Pedro assegurou aos convertidos recém-batizados que a promessa era “para [eles...], para [seus] filhos e para todos os que ainda [estavam] longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, [chamasse]” (At 2:39). A promessa do Espírito Santo é para todas as gerações de cristãos. É especialmente necessária para Sua igreja dos últimos dias para terminar a obra de Deus na Terra. Sem o derramamento do Espírito Santo, a tarefa de anunciar o evangelho aos confins da Terra é impossível. Mas, pelo poder de Jesus, manifesto em Seu Espírito, o impossível se torna possível (Mt 19:26). Nossa maior necessidade é o derramamento do Espírito Santo, mas Deus não O derramará sobre uma igreja que tem pouco interesse em testemunhar.

Pense nisto: Pouco antes de Jesus subir ao Céu, Ele prometeu enviar o mais precioso dom de Deus à Sua igreja na Terra, o dom do Espírito Santo. Quando testemunhamos de Jesus, o fazemos com Sua autoridade e no poder do Espírito Santo. Por que, então, às vezes somos tão impotentes no testemunho?

III. Encontros divinos

(Recapitule com a classe Atos 8–10.)

Ao estudar a experiência de Filipe e o etíope, na lição de quinta-feira, destaque o poder miraculoso de Deus, descrito em Atos 8–10. O Espírito Santo abriu as portas para três grupos de pessoas em tempo muito curto. Em Atos 8, vemos o continente africano se abrindo para o evangelho. O tesoureiro da Etiópia recebeu Cristo quando o Espírito Santo conduziu Filipe até ele. Em Atos 9, Saulo foi convertido. Seu nome e sua vida foram transformados. Paulo proclamou o evangelho por toda a Ásia Menor, e igrejas foram levantadas em todo o mundo mediterrâneo. Em Atos 10, Deus deu sonhos tanto a Cornélio quanto a Pedro a fim de prepará-los para um encontro divino. Cornélio, líder do exército romano, aceitou Cristo e, sem dúvida, influenciou seus associados romanos. Relembre à classe que quando aproveitamos as oportunidades que Cristo oferece, Ele abrirá portas que não podemos sequer imaginar.

Pense nisto: Deus prepara pessoas para nosso testemunho antes de as conhecermos. Como essa preparação acontece?

Aplicação

Só para o professor: Use as seguintes perguntas para enfatizar a necessidade de que cada cristão se envolva ativamente no testemunho.

Perguntas para reflexão

1. Por que o reavivamento não é possível sem compromisso com o testemunho?

2. Qual é o papel do reavivamento no testemunho? Qual é o papel do testemunho no reavivamento?

Perguntas para aplicação

Quais atividades de testemunho podemos realizar como classe da Escola Sabatina? Que atividades podem ser semanais ou mensais?
Atividades de testemunho: Analise com a classe vários projetos de testemunho e missão nos quais vocês podem participar juntos. Aqui estão algumas possibilidades:

1. Faça uma lista de ex-membros da igreja e pessoas afastadas. Comece a orar por eles e dedique um sábado por mês para visitá-los.

2. Faça uma lista de pessoas que estão no hospital ou em casas de repouso e visite-as mensalmente.

3. Separe um sábado a cada dois meses para distribuir literatura no bairro da igreja.

4. Que outras coisas você pode imaginar? Faça sua lista e escolha algumas atividades de testemunho para realizar com a classe.

Atividades práticas

Somente para o professor: O ponto principal na lição desta semana é que, sem testemunho não pode haver reavivamento. O Espírito Santo vem para fortalecer o testemunho de modo que alcancemos os outros com o evangelho. Orar pelo reavivamento inclui orar pelos perdidos e fazer tudo o que pudermos para alcançá-los para Jesus.

1. Sua experiência com Jesus aprofundou o desejo de testemunhar de Seu amor?

2. Houve um momento em sua vida em que você se envolvia ativamente no serviço de Cristo? Você se sentia mais perto de Jesus? Por quê?

3. É possível nós nos tornarmos tão envolvidos que fiquemos esgotados, negligenciando a oração e estudo da Bíblia. Como podemos evitar que isso aconteça?

Planejando atividades: O que sua classe de Escola Sabatina pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


COMENTÁRIO SEMANAL


O pastor Everaldo Carlos (@everaldocarlos1) é bacharel em Teologia e pós-graduado em Missiologia com ênfase em missão urbana pelo SALT-IAENE. Atualmente é pastor do distrito de Planta São Marcos, na Associação Sul Paranaense.

Ampliação

“Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da Terra” (At 1:8).

Agostinho de Hipona disse: “Aquilo porque vivo, comunico.” Essa célebre frase resume muito bem a lição desta semana. A missão deve permear as atividades da vida do cristão. O testemunho é um reflexo do que Deus tem feito na nossa vida. O cristão é um espetáculo ao Universo. O resultado de amar Jesus é compartilhar essa experiência. Então, por que temos tanto medo de fazê-lo?

Antes da ascensão, Jesus deu uma ordem, a Sua Grande Comissão. De acordo com o dicionário, “comissão" é "atribuição de uma função, de um encargo”. Quando Jesus proferiu essas palavras aos Seus discípulos e, também a nós, Ele estava dando à igreja Sua missão. Ele disse exatamente o que espera que façamos em Sua ausência física. Os discípulos levaram a sério a ordem do Senhor. Saíram pelo mundo, compartilharam o Evangelho de Cristo e milhares de pessoas foram salvas pela graça de Deus. A mensagem era tão poderosa e o testemunho tão eficaz que seus críticos os acusaram: Eles "têm alvoroçado o mundo" (At 17:6). O autor T. Maston afirmou que "os cristãos que viraram o mundo de cabeça para baixo foram homens e mulheres que tinham uma visão no coração e a Bíblia na mão” (1996, p. 27).

A falta do cumprimento dessa comissão é desobediência à ordem de Deus, tão verdadeiramente como o adultério é transgressão do sétimo mandamento! O discípulo de Cristo deve entender que a comissão de evangelizar não é uma opção, mas uma obrigação para com Deus. Assim foi nos dias dos discípulos e deveria acontecer também agora! O que foi dado como A Grande Comissão se tornou, hoje, o que alguns chamam a Grande Omissão, ou falta de ação no cumprimento do dever, inércia. Em vez de levar o Evangelho até os confins da Terra como o Senhor ordenou, muitos não levam o Evangelho nem até o fim da rua. A organização cristã LifeWay (WILKE, 2012), em seu estudo mais recente, aponta que 80% das pessoas que frequentam a igreja uma ou mais vezes por mês acreditam ter a responsabilidade pessoal de compartilhar sua fé. Porém, 61% afirmam não ter conversado com outra pessoa sobre a maneira de ser salvo nos últimos seis meses.

Cerca de 75% dizem estar satisfeitos com sua capacidade de comunicar o Evangelho, enquanto 12% não se sentem confortáveis em compartilhar sua fé. Mesmo a grande maioria, dizendo acreditar que é seu dever partilhar sua fé e ter segurança de saber como se faz, somente 25% dizem ter falado sobre sua fé uma vez ou duas vezes nos últimos seis meses, e 14% fizeram isso três vezes ou mais.

Essas estatísticas são tristes porque revelam a verdadeira situação da igreja moderna. Estamos satisfeitos por ser salvos, mas não estamos motivados para ver outros conhecerem Jesus Cristo como Senhor e Salvador. De algum modo, acreditamos que nossa responsabilidade é apenas ir à igreja três vezes por semana (domingo/quarta/sábado), orar quando possível, ler a Bíblia de vez em quando e levar a vida politicamente um pouco mais correta do que o mundo ao nosso redor. Esquecemos a verdade de que o cristianismo é a fé em ação.

De acordo com Thom Rainer (1990) o evangelismo no livro de Atos é a comunicação das boas-novas de Jesus Cristo através da proclamação verbal e do testemunho de vida, com a intenção de levar alguém ou um grupo de pessoas para a salvação em Cristo. Evangelismo é também voltado à atividade pós-conversão, comumente conhecida como discipulado.

Paulo tinha uma visão clara da urgência da evangelização. Ele escreveu em 1 Coríntios 9:16: "Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o Evangelho". Nesse verso, não há nenhum sinal nem tom de opção. Há um senso de obrigação e de responsabilidade. Paulo não tinha escolha: ele tinha que pregar o Evangelho! “Pregue sempre o Evangelho. Se necessário, use palavras.” Essa frase é de Francisco de Assis. Se não temos o dom de pregar, a nossa vida pode pregar o mais bonito sermão.

O pecado do qual Cristo nos salvou é o mesmo pecado que condena aqueles que não creem. Há duas respostas importantes à salvação: humildade e motivação. Nossa salvação não é obtida porque sejamos mais santos do que os outros, nem porque tenhamos impressionado a Deus. A salvação vem somente pela graça. Isso deve fazer de nós, cristãos, os mais humildes de todo o povo e os mais motivados a compartilhar a graça de Deus com os outros.

Cada pessoa com quem nos deparamos é candidata ao reino do Céus, sendo também candidata aos horrores da perdição. Tudo que fazemos está ajudando as pessoas a chegar a um desses dois destinos. Diante dessa realidade devemos ter “o devido temor e circunspeção orientando as nossas relações com os outros; toda amizade, todo amor, toda recreação, toda política” (C. S. Lewis) devem ser norteados por essa consciência da nossa responsabilidade na salvação das pessoas.

O poder e a glória das nações não têm importância, mas as pessoas pelas quais Cristo morreu têm valor infinito.

Quando temos Jesus no coração, nutrimos um desejo ardente de ver pessoas salvas. A pregação do Evangelho não é uma opção, o evangelismo não é uma escolha e sim um dever prazeroso. Isso deve permear nossa vida. Ellen G. White afirma: "Quando o amor de Cristo está no coração, como um bom perfume, ele não pode ficar escondido. Sua santa influência é sentida por todos que entram em contato com ele. O Espírito de Cristo no coração é como uma fonte no deserto que, com suas águas, refrigera todos, e desperta naqueles que estão prestes a perecer o desejo de beber da água da vida" (Caminho a Cristo, p. 77)

Muitos estão satisfeitos em deixar o evangelismo para os outros. Não sentem urgência pessoal para levar alguém a Cristo. Eles devem considerar cuidadosamente a seguinte declaração de Ellen G. White: "Não haverá ninguém salvo no Céu com uma coroa sem estrelas. Se entrardes ali, haverá alguma pessoa nas cortes da glória que encontrou entrada ali por vosso intermédio." (Eventos Finais, p. 282).

Que possamos ter um senso de urgência na proclamação do Evangelho. Não podemos ser omissos nessa tão grande obra. Nossa oração em busca dos perdidos deveria ser a mesma de Francisco de Assis (BOFF, 1999):

“Senhor! Faze de mim um instrumento da Tua paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz.”

Como podemos esperar que o mundo incrédulo ou até mesmo nossos próprios filhos levem a sério o Evangelho, quando nós mesmos não o levamos a sério? Quando nós, como cristãos, começarmos a clamar a Deus pela salvação dos que nos rodeiam e estivermos dispostos a fazer qualquer sacrifício para alcançá-los com a Palavra de Deus, veremos pessoas arrependidas de seus pecados e aceitando o convite de Jesus Cristo para a salvação.

Negligenciar a grande comissão é prejudicial para a vida espiritual da igreja. Não se pode negligenciar esse importante dever. Seja em casa ou na rua, tenhamos a certeza de que, como cristãos e como congregação nunca negligenciaremos o evangelismo em todas as suas formas. J. B. Phillips disse: “O Evangelho não passa de uma riqueza congelada a menos que seja comunicado”


Referências:

MASTON, T.B. A igreja e o mundo. SP: JUERP, 1996
BOFF, Leonardo. A Oração de São Francisco. SP: Sextante, 1999.
LEWIS, C. S. O peso de glória. Tradução de Lenita Ananias do Nascimento. São Paulo: Vida, 2008.
RAINER, S. Thom. Church growth and evangelism in the book of Acts.  Dallas:
he Criswell College, 1990. Disponível em http://www.criswell.edu/ 
WHITE, Ellen Gould; WALDVOGEL, Isolina A. Caminho a Cristo. 11. ed.
São Paulo: CPB, 2011.
WHITE, Ellen Gould; CONRADO, Naor G. Eventos finais. São Paulo: CPB, 2011.
WARREN W. Wiersbe, Lloyd M. Perry. The Wycliffe Handbook of Preaching & Preachers. Chicago: Moody Press, 1984.
WILKE, Jon. Churchgoers Believe in Sharing Faith, Most Never Do. LifeWay

Vídeos

Introdução - Esboço da Lição "Reavivamento e Reforma" (aqui).

Esboço da Lição 4 - Testemunho e serviço: o fruto do reavivamento (aqui). 




ES - Lição 3 - A Palavra: a base do reavivamento – 3º Trim, 2013







Lição 3 - A Palavra: a base do reavivamento


13 a 20 de julho





Sábado à tarde

Ano Bíblico: Pv 12–15 

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Pleiteia a minha causa e livra-me; vivifica-me, segundo a Tua Palavra” (Sl 119:154, RC).


Leituras da Semana:


Assim como o sincero estudo da Bíblia gerou movimentos reavivamentistas no passado, acreditamos que isso acontecerá novamente nos últimos dias. O Espírito Santo Se moverá sobre uma geração de cristãos adventistas comprometidos que descobriram na Palavra de Deus a vontade dEle e têm paixão por anunciá-la ao mundo.

Eles encontrarão graça, força e esperança em Sua Palavra e nela descobrirão os encantos incomparáveis de Cristo. Por isso, Deus honrará seu comprometimento derramando o Espírito Santo em abundância sobre eles e todo o mundo será iluminado com a glória da mensagem dos três anjos. O Espírito Santo será derramado sem medida, o evangelho será levado aos confins da Terra e Jesus Cristo voltará (Mt 24:14).

Na lição desta semana estudaremos o papel da Bíblia no reavivamento e como a Palavra de Deus pode mudar nossa vida, quando acatamos com fé e obediência seus preceitos e verdades.

Domingo

Ano Bíblico: Pv 16–19 

Reavivados pela Palavra

1. Leia cada um dos versos abaixo. Na primeira linha escreva a súplica. Na segunda linha escreva a circunstância que levou Davi a fazer a súplica. Sl 119:25; Sl 119:107; Sl 119:153, 154

2. Nos Salmos, Davi falou sobre as bênçãos da Palavra em sua vida espiritual. Leia os seguintes versos do Salmo 119 e escolha uma palavra de cada verso que melhor resume as bênçãos que o salmista descobriu nessa Palavra.50; 74; 116; 130; 160; 169; 170

Davi encontrou coragem e força na Palavra de Deus. Nela, ele descobriu esperança e orientação divina. A Palavra trouxe luz à sua mente obscurecida (Sl 119:130), alimentou seu coração faminto e saciou sua alma sedenta (Sl 119:81). Quando Saul ameaçou matá-lo, ele se apegou à promessa divina de livramento (Sl 34:4). Atormentado pela culpa depois de sua relação adúltera com Bate-Seba, ele se apegou à promessa do perdão de Deus (Sl 32:1, 2). Perplexo a respeito do futuro, agarrou-se à promessa de orientação divina (Sl 32:8). Davi exclamou com alegria: “A Tua palavra me vivificou” (Sl 119:50, RC). A base do reavivamento é encontrar nova vida na Palavra de Deus.

Como você pode aprender a encontrar na Palavra de Deus esperança, força, segurança e luz? Isto é, como pode ter uma experiência mais profunda com o Senhor ao conhecê-Lo como Ele é revelado na Bíblia?

Segunda

Ano Bíblico: Pv 20–22 

Poder criativo da Palavra

3. Leia Hebreus 4:12. A passagem afirma que “a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra” o nosso íntimo. Em que sentido a Palavra de Deus é viva?

4. Qual é a diferença entre a Palavra de Deus e o conselho inteligente de um sábio professor, pastor ou conselheiro? O que a Bíblia diz sobre o poder da Palavra de Deus? Sl 33:6, 9; Hb 11:3; 2Tm 3:16, 17

Há valor no sábio conselho do ser humano. Todos já fomos ajudados pelos conselhos de outros. O problema é que o conselho humano não tem o poder de realizar a transformação que a Palavra de Deus opera. A Palavra de Deus é um vivo, dinâmico e poderoso agente de transformação. O mesmo poder que estava na palavra pronunciada por Deus na criação está na Palavra escrita de Deus. Ao aceitar os mandamentos e promessas de Deus pela fé, recebemos o poder do Espírito Santo para fazer a vontade de Cristo.

“A energia criadora que trouxe à existência os mundos está na Palavra de Deus. Essa Palavra comunica poder e gera vida. Cada ordenança é uma promessa; aceita voluntariamente, recebida na alma, traz consigo a vida do Ser infinito. Transforma a natureza, restaurando-a à imagem de Deus” (Ellen G. White, Educação, p. 126).

Uma leitura casual da Palavra de Deus muito raramente produz reavivamento espiritual. Estudar a Bíblia para provar uma teoria, ou para convencer alguém de seus erros, produz bem pouco benefício para nossa vida espiritual. A transformação ocorre quando em oração lemos a Palavra de Deus, pedindo que o Espírito Santo nos dê poder para ser mais semelhantes a Jesus. A verdadeira transformação acontece quando pedimos que o Deus da criação nos recrie à Sua imagem.

A mudança ocorre quando os ensinamentos de Jesus nas Escrituras se tornam parte de nossa vida, e vivemos “de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4).

O poder da Palavra de Deus mudou sua vida? Em que áreas você ainda precisa ser transformado?

Terça

Ano Bíblico: Pv 25–27 

Jesus e a Palavra

5. Qual é a semelhança entre a função da Palavra de Deus e do Espírito de Deus? Jo 5:39; 16:14, 15

A Palavra de Deus dá testemunho de Jesus. O Espírito Santo também dá testemunho de Jesus. O Espírito Santo nos leva a uma experiência mais profunda com Jesus por meio da Sua Palavra. O propósito do Espírito Santo no reavivamento não é primeiramente Se manifestar com sinais e maravilhas sobrenaturais, mas exaltar Jesus por Sua Palavra. O batismo do Espírito Santo não está relacionado com nosso poder para realizar grandes milagres. Trata-se do poder de Deus para transformar nossa vida. Esse é o significado de reavivamento e reforma.

A Palavra de Deus provê o fundamento ou a base de todo genuíno reavivamento. Nossa experiência flui da compreensão da Palavra de Deus. Nosso louvor e adoração brotam de mentes cheias da Palavra. Uma vida transformada é o maior testemunho do verdadeiro reavivamento.

Sentimentos de louvor podem acompanhar o reavivamento, mas não são a base para ele. Qualquer suposto “reavivamento” com base exclusivamente em sentimentos externos ou experiência, na melhor das hipóteses, é superficial. Na pior das hipóteses, é enganoso. É uma ilusão de espiritualidade, não piedade genuína. Quando o reavivamento está enraizado na Palavra de Deus, é uma experiência que perdura e faz a diferença em nossa vida e na de pessoas ao nosso redor.

A história da aparição de Jesus aos dois discípulos no caminho de Emaús revela o papel da Bíblia no início do verdadeiro reavivamento. Esses seguidores de Cristo estavam muito confusos. Aos poucos, porém, Ele expôs “o que a Seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lc 24:27). Ele repetiu as profecias do Antigo Testamento sobre o Messias. Jesus poderia ter operado um milagre para provar Sua identidade ou mostrado as cicatrizes em Suas mãos. Ele não fez assim. Em vez disso, deu-lhes um estudo bíblico.

Observe a resposta deles, quando refletiram sobre o que havia acontecido naquele dia. “Disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando Ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” (Lc 24:32).

Que exemplo de genuíno reavivamento!

Por que não podemos confiar em nossos sentimentos? Como nossos sentimentos podem nos enganar? Qual é e qual não é a função deles em nossa caminhada com o Senhor?

Quarta

Ano Bíblico: Pv 28–31 

Reavivamento, fé e a Palavra 

Falando do tempo antes de Sua vinda, Jesus perguntou: “Quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na Terra?” (Lc 18:8). Evidentemente, a fé estará em falta nos últimos dias.

Como podemos definir a fé bíblica? Fé é acreditar que Deus nos dará tudo o que queremos? A fé está centralizada em nossos desejos? Fé significa pedir a Deus aquilo que desejamos e acreditar que receberemos, se apenas acreditarmos o suficiente?
Devemos saber as respostas para essas perguntas retóricas, não é mesmo?

A verdadeira fé está sempre focalizada na vontade de Deus, não em nossos desejos. É confiar em Deus, acreditando em Suas promessas, e agindo de acordo com Sua Palavra. Nossa fé cresce quando ouvimos a Palavra de Deus e a pomos em prática 
(Rm 10:17; Tg 2:17, 18). Abrir a mente aos ensinamentos da Palavra de Deus edifica a fé. Fazer o que Deus diz, mesmo que isso seja contrário aos nossos desejos pessoais, prepara-nos para receber a plenitude do poder do Espírito Santo.

6. Por que algumas pessoas recebem pouco benefício da leitura da Bíblia? Hb 4:1, 2

Nossa experiência espiritual é reavivada quando aceitamos e reivindicamos a Palavra de Deus pela fé. Alcançamos pouco benefício ao lermos a Bíblia apressadamente, por obrigação ou dever. Somos transformados quando interiorizamos o que lemos, e permitimos que os ensinamentos da Bíblia moldem nossos pensamentos e nossa vida.

7. Compare a fé do centurião romano, do paralítico de Betesda, e a dos discípulos no tempestuoso mar da Galileia (Mt 8:8-10; Jo 5:6-9; Mt 14:29-33). O que podemos aprender com cada relato?

A fé não cresce apenas ao lermos ou ouvirmos a Palavra de Deus. Ela surge quando reivindicamos Suas promessas como sendo nossas e quando cremos que o que Ele disse se aplica a nós, pessoalmente. Deus deu a cada um de nós uma medida de fé. Ela é um dos dons do Céu (Rm 12:3). Quando exercitamos a fé que Ele já colocou em nosso coração, essa não pode deixar de crescer.

Quinta

Ano Bíblico: Ec 1–4 

A Palavra: guardiã e salvaguarda do reavivamento

O Espírito Santo Se moveu poderosamente pelo ensino e pregação do apóstolo Paulo quando ele estabeleceu a igreja cristã em Éfeso, uma cidade de aproximadamente 150 mil pessoas. Era considerada o mercado da Ásia, um grande bazar. Quando os navios traziam suas mercadorias de toda a Ásia, as pessoas corriam para Éfeso a fim de comprar seda fina, joias raras, especiarias saborosas, tapetes feitos à mão, requintados objetos de arte e comidas exóticas. Ela era também o centro de adoração à deusa Diana e o futuro lar da famosa Biblioteca de Celsius, com 12 mil volumes. A cidade teve um magnífico anfiteatro com capacidade para 15 mil pessoas. Era utilizado para grandes concertos e produções teatrais. A promiscuidade sexual era comum. Se já houve um lugar em que era improvável que o cristianismo criasse raízes, crescesse e florescesse, esse lugar era Éfeso.

8. Leia Atos 20:27-32. Qual era a preocupação de Paulo para com os cristãos de Éfeso? Qual foi seu conselho para eles? Que papel ele atribuiu à Palavra de Deus?

9. Leia 1 Pedro 1:22, 23; Tiago 1:21, 22; 1 João 2:14. Quais são os ensinamentos de Pedro, Tiago e João sobre a importância da Bíblia na vida do cristão? Observe especialmente o ensino dos discípulos sobre o impacto da Bíblia em nossa vida espiritual.

Que semelhanças você vê nos textos acima em relação ao papel da Palavra de Deus? Por que a Palavra de Deus é tão importante para o reavivamento espiritual de cada pessoa e da igreja em geral?

Sexta

Ano Bíblico: Ec 5–8 

Estudo adicional

“Satanás emprega todo artifício possível para impedir os homens de obter conhecimento da Bíblia, pois seus claros ensinos põem a descoberto os enganos dele. Em todo avivamento da obra de Deus o príncipe do mal está desperto para atividade mais intensa. Ele aplica atualmente todos os seus esforços em se preparar para a luta final contra Cristo e Seus seguidores. O último grande engano logo vai tornar-se evidente diante de nós. O anticristo vai operar suas obras maravilhosas à nossa vista. Tão meticulosamente a contrafação se parecerá com o verdadeiro que será impossível distinguir entre ambos sem o auxílio das Escrituras Sagradas. Pelo testemunho delas toda declaração e todo prodígio deverão ser provados.

“Os que se esforçam por obedecer a todos os mandamentos de Deus defrontarão oposição e escárnio. Apenas em Deus será possível subsistir. A fim de suportarem a prova que diante deles está, devem compreender a vontade de Deus como se acha revelada em Sua Palavra. Poderão honrá-Lo, unicamente, tendo uma concepção correta de Seu caráter, governo e propósitos, e agindo de acordo com estes. Pessoa alguma, a não ser os que fortaleceram o espírito com as verdades das Escrituras, poderá resistir no último grande conflito” (Ellen G. White, 
O Grande Conflito, p. 593).

Perguntas para reflexão

1. Qual é o papel da Palavra de Deus no contexto dos enganos finais? Pense nas implicações desta declaração: “Tão meticulosamente a contrafação se parecerá com o verdadeiro que será impossível distinguir entre ambos sem o auxílio das Escrituras Sagradas.” O que isso nos diz sobre o perigo de julgar a verdade com base apenas na experiência pessoal ou nos sentimentos?

2. Durante a semana lemos Tiago 1:22, que nos convida a ser “praticantes da Palavra”. O que significa isso, e por que é tão essencial para nós, se quisermos ter o verdadeiro reavivamento espiritual? Por que ler, ensinar e falar sobre fé é muito mais fácil do que viver a fé? Nesta semana você foi um bom “praticante da Palavra”?

Respostas sugestivas: 1. Sl 119:25, 107, 153, 154: Vivifica-me segundo a Tua Palavra, liberta-me. Circunstância: Humilhação e aflição. 2. Verso 50: Consolo; 74: esperança; 116: amparo; 130: iluminação; 160: verdade; 169: entendimento; 170: libertação. 3. É viva no sentido de que tem poder para atuar em nosso coração, mostrar nossas deficiências e transformar nosso caráter. 4. As palavras dos homens podem influenciar a vida no planeta, mas a Palavra de Deus, escrita e falada, gera vida a partir do nada, no sentido físico, e regenera a vida espiritual. 5. A Palavra escrita testifica de Jesus Cristo; o Espírito Santo glorifica a Cristo e anuncia as palavras de Cristo. 6. Por falta de fé na Palavra de Deus. 7. Centurião: humildade e fé no poder de cura da palavra de Jesus; paralítico: desejava ser curado, mas já havia perdido a esperança; demonstrou fé ao obedecer à palavra de Jesus; discípulos: ficaram com medo. Jesus disse que Pedro tinha uma pequena fé. 8. Lobos vorazes tentariam afastar de Cristo as Suas ovelhas. Os líderes deveriam proteger a igreja, edificando-a pela Palavra e confirmando-a na santidade. 9. A Palavra purifica, produz amor pelos semelhantes; salva; traz conhecimento de Cristo, força e vitória sobre o maligno. Deus deseja que sejamos praticantes da Palavra.

ESCOLA SABATINA

Texto-chave: Hebreus 4:12

O aluno deverá...

Conhecer: (1) A importância vital de conhecer Deus por intermédio de Sua Palavra. (2) O valor da Palavra para o crescimento espiritual e proteção contra os enganos do maligno.

Sentir: O desejo de estudar a Palavra de Deus com a mente receptiva e o coração alegre.

Fazer: Comprometer-se a passar tempo com Jesus em Sua Palavra todos os dias e tentar aplicar os princípios bíblicos na vida prática.

Esboço

I. Conhecer: O poder da Palavra de Deus para transformar a vida 
A. Por que a Palavra é muito diferente de outros livros de inspiração? O que a torna diferente de todas as outras literaturas?

B. Qual é o papel da Bíblia no reavivamento, e por quê?

II. Sentir: O impacto da Palavra sobre a vida

A. A fim de apreciar plenamente a Palavra de Deus, o que precisamos perceber sobre nossa necessidade?

B. Como o estudo, ou a falta do estudo da Palavra de Deus afetam o relacionamento com Deus?

C. Compartilhe um momento em que você se sentiu perto de Deus ao estudar Sua Palavra. Pense em uma passagem das Escrituras que impactou sua vida e explique a razão para isso.

III. Fazer: As mais ricas bênçãos da Palavra

A. Que passos precisamos dar para tornar o estudo da Bíblia mais significativo e espiritualmente produtivo?

B. A exemplo do que ocorreu com Jesus, como podemos tornar a Palavra de Deus o centro de nossa vida?

C. De quais atividades práticas (seminários, retiros, etc.) a congregação local pode participar a fim de experimentar o poder vivificante e santificador da Palavra?

Resumo: Ao estudarmos a Palavra de Deus, nós O conheceremos mais e confiaremos mais nEle. Testemunharemos em Seu favor com mais eficiência. O profundo estudo da Bíblia aumenta nossa fé e nos prepara para experimentar o reavivamento espiritual. Igrejas são reavivadas quando dedicam prioridade à Palavra de Deus e ela é aplicada no coração e mente de cada membro.

Ciclo do Aprendizado

Motivação

Focalizando a Palavra: Hebreus 4:12

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A Palavra de Deus revela a vontade dEle. Em Sua Palavra, somos colocados em contato com o mesmo Espírito Santo que inspirou a Palavra. Enquanto o Espírito Santo aplica ao nosso coração a Palavra, nós nos tornamos mais semelhantes a Jesus.

Somente para o professor: A lição desta semana deve ajudar os membros da classe a reconhecer que a Palavra de Deus não é apenas uma fonte de verdadeira doutrina, embora certamente ela seja isso. Mais do que tudo, ela é uma revelação de Jesus Cristo (Jo 5:39). Quando o Espírito Santo impressiona a mente com o amor e poder de Jesus por meio da Palavra, a vida espiritual é reavivada (2Co 3:18). A Palavra de Deus é o fundamento de todo verdadeiro reavivamento (Sl 119:25). Sem um profundo estudo da Palavra de Deus, a vida espiritual será estéril. O fruto da espiritualidade genuína floresce quando a vida está enraizada na Palavra de Deus, o fundamento de todo verdadeiro reavivamento. Sem ela, o reavivamento vai se tornar fanatismo emocional, será vulnerável a enganos doutrinários ou ficará estagnado na complacência. O objetivo da lição desta semana não é apenas enfatizar a importância da Palavra de Deus, mas também estimular maior amor pelo estudo de Sua Palavra.

Discussão de abertura: Na lição desta semana, estudaremos a relação entre a Palavra de Deus e o reavivamento espiritual. Ao longo da história, grandes movimentos de reavivamento surgiram do estudo da Bíblia. Homens e mulheres de oração, tendo a mente preenchida com a Palavra de Deus, mudaram o mundo, enquanto o Espírito Santo os transformava pela Palavra. Martinho Lutero foi um desses que abalaram o mundo. No entanto, teve dificuldade em acreditar que Deus realmente o amava. Sua imagem de Deus era a de um juiz vingativo e tirano irado. Um dia, ao examinar alguns livros na biblioteca da Universidade de Erfurt, onde era monge, Lutero descobriu uma Bíblia latina. Foi a primeira vez que ele segurou uma cópia da Bíblia inteira. Ellen G. White descreveu sua reação desta forma: “Com um misto de reverência e admiração, folheava as páginas sagradas. Pulso acelerado e coração palpitante, lia por si mesmo as palavras de vida, detendo-se aqui e acolá para exclamar: ‘Oh! quem dera Deus me desse tal livro!’ [...] Anjos celestiais estavam a seu lado, e raios de luz procedentes do trono de Deus traziam-lhe à compreensão os tesouros da verdade” (O Grande Conflito, p. 122). O reavivamento no coração de Lutero que acendeu as chamas da Reforma foi iniciado naquele dia, na biblioteca do mosteiro, quando ele descobriu os encantos incomparáveis da graça de Cristo por meio de Sua Palavra.

Comente: Por que a Palavra de Deus contém esse poder capaz de mudar a vida e gerar reavivamento?
Compreensão

Só para o professor: Enfatize que o reavivamento não está enraizado nas emoções ou sentimentos humanos. Não é uma emoção confortante que experimentamos na oração, durante um sermão comovente, ou numa onda de êxtase provocada por uma canção de louvor. Reavivamento é a renovação da graça de Deus na alma quando temos comunhão com Ele em oração e por meio de Sua Palavra. Não há substituto para a Bíblia no reavivamento.

Comentário Bíblico

I. A Palavra viva

(Recapitule com a classe Hb 4:12.)

Hebreus capítulo 4 está repleto de significado, especialmente o verso 12. Cada expressão é significativa. Cada palavra é cheia de riquezas. Vamos estudá-lo, expressão por expressão, sentindo seu impacto prático em nossa vida hoje. “A Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes”. A Bíblia é a Palavra escrita, e Jesus é a Palavra viva (Jo 1:1, 14). Jesus é o Verbo que Se fez carne. Se você quiser descobrir como se parece a Palavra vivida na humanidade, olhe para Jesus. Sua Palavra é viva e concede vida. É uma Palavra criadora (Sl 33:6, 9). Na Palavra, encontramos o Cristo vivo por meio de Seu Espírito, e Ele transforma nossa vida. Sua Palavra é eficaz. A palavra grega traduzida como eficaz é energes, da qual temos a palavra energia. Como Ellen G. White tão apropriadamente afirma: “A energia criadora que trouxe à existência os mundos, está na Palavra de Deus. Essa Palavra comunica poder e gera vida. Cada ordenança é uma promessa; aceita voluntariamente, recebida na alma, traz consigo a vida do Ser infinito. Transforma a natureza, restaurando-a à imagem de Deus” (Educação, p. 126). Recriação requer o poder de criação, e esse poder é encontrado na Palavra de Deus.

A imagem de uma espada afiada ou de uma “espada de dois gumes” é uma expressão comum para a Palavra de Deus (Ef 6:17; Ap 1:16; 19:13-15). Essa expressão é seguida em Hebreus 4:12 por três pares: 1) alma e espírito; 2) juntas e medulas; 3) pensamentos e propósitos. Um estudo cuidadoso desses pares revela a profundidade de seu significado. Alma e espírito representam as faculdades espirituais; juntas e medulas as habilidades físicas; pensamentos e propósitos as faculdades mentais. A lição é que a Palavra de Deus tem a capacidade criadora para transformar nossa natureza. Ela rege cada aspecto da vida e comportamento humanos.

Pense nisto: A Bíblia é diferente de todas as outras literaturas. Outros livros podem ser inspiradores, mas a Bíblia é inspirada. É a mensagem de Deus ao coração. Fala conosco pessoalmente. Sua mensagem é universal e eterna. Das muitas evidências da inspiração da Bíblia, qual é a mais impressionante para você?

II. Ouvindo a Palavra

(Recapitule com a classe Romanos 10:17.)

A fé genuína, autêntica e renovadora vem pelo ouvir da Palavra de Deus. No Novo Testamento, a palavra para ouvir, akoe, implica não apenas ouvir com os ouvidos, mas ouvir com o coração. Já conversou com alguém que ouvia o que você dizia, mas não estava realmente prestando atenção e tinha pouca compreensão do que você queria dizer? Nessa passagem, Paulo nos exorta a ouvir a Palavra de Deus, realmente ouvir o que está sendo dito, e deixá-la transformar nossa vida.

Pense nisto: Quando a Bíblia se torna a “Palavra de Deus” falando conosco como se pudéssemos ouvi-Lo falar com a própria voz, nossa vida jamais será a mesma. Compartilhe um momento em que você sentiu a profunda convicção do Espírito Santo, enquanto lia a Palavra de Deus, ou um momento em que sentiu Sua presença enquanto meditava sobre uma passagem das Escrituras.

Aplicação

Perguntas para reflexão

1. Quais são os obstáculos ao reavivamento na minha vida?

2. A correria da vida está minando minha força espiritual e extinguindo as centelhas do reavivamento?

Perguntas de aplicação

Perguntas para reflexão

1. Na prática, como você consegue tornar o estudo da Bíblia mais significativo?

2. Você já experimentou um reavivamento espiritual em um colégio, durante um acampamento, em uma reunião evangelística ou na igreja? O que caracterizou essa experiência? Por quanto tempo se estendeu a influência dela? Por que alguns reavivamentos tendem a durar pouco tempo?

Atividades práticas

Somente para o professor: O diabo tenta nos manter tão ocupados com as coisas materiais que as coisas da eternidade são excluídas; assim as coisas da Terra sufocam as celestiais. Quando passamos tempo a sós com Deus em Sua Palavra, podemos não sentir que estamos crescendo. Podemos perceber pouca mudança em nossa vida. O progresso espiritual pode parecer pequeno e lento, mas está ocorrendo. Aos poucos, imperceptivelmente, o Espírito Santo está nos transformando.

1. Você já teve um filho que parecia estar crescendo muito lentamente e, em seguida, começou a crescer rapidamente? Como foi essa arrancada de crescimento? Quando isso ocorreu? Quanto a criança cresceu?

2. Esse avanço no crescimento simplesmente aconteceu em um determinado momento, ou o corpo se preparou para isso durante anos? Compare o crescimento em Cristo ao crescimento do corpo. Embora os pais não possam fazer os filhos crescerem, o que eles podem fazer para colaborar com esse processo de crescimento? Como isso se aplica ao crescimento cristão? O que podemos fazer para cooperar com Deus no processo de crescimento?

Sugestão: Existe um adolescente que acaba de experimentar uma arrancada de crescimento e que você poderia entrevistar sobre sua experiência e então compará-la com a vida cristã? Se isso não for possível, peça que os alunos comentem sobre suas próprias arrancadas de crescimento, ou de seus filhos ou netos. A lição que deve ficar é que o crescimento somente ocorrerá se tivermos comunhão com Cristo por meio da oração e estudo da Palavra de Deus.

Planejando atividades: O que sua classe de Escola Sabatina pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

COMENTÁRIO SEMANAL

O pastor Everaldo Carlos (@everaldocarlos1) é bacharel em Teologia e pós-graduado em Missiologia com ênfase em missão urbana pelo SALT-IAENE. Atualmente é pastor do distrito de Planta São Marcos, na Associação Sul Paranaense.

Ampliação


Um dos exemplos mais dramáticos da capacidade das Escrituras para transformar homens e mulheres foi relatado no famoso filme Mutiny on the Bounty (no Brasil O Grande Motim, original de 1935). Após sua rebelião contra o famigerado Capitão Bligh, nove amotinados, com os homens e mulheres do Taiti, encontraram o caminho para a Ilha de Pitcairn, um pequeno ponto no Pacífico Sul, apenas dois quilômetros de comprimento e um quilômetro de largura.

Dez anos depois, a bebida e os conflitos a tinham devastado, deixando apenas um homem vivo, John Adams. Onze mulheres e 23 crianças compunham o restante da população da Ilha. Até agora, esta é a conhecida história que ficou famosa no livro e filme. Mas o resto da história é ainda mais notável. Nessa época, Adams encontrou a Bíblia do navio Bounty, no fundo de um velho baú. 
Ele começou a lê-la, e o poder da Palavra de Deus entrou no coração daquele homem endurecido naquela minúscula ilha do vasto Oceano Pacífico. A vida dele foi mudada para sempre! A paz e o amor que Adams havia encontrado nas Escrituras substituiu inteiramente a velha vida de brigas e de álcool.

Ele começou a ensinar as crianças a partir da Bíblia até que cada pessoa na ilha tivesse experimentado a mesma mudança incrível que ele havia encontrado. A Palavra de Deus é viva e eficaz. Quando a lemos, ela toca as necessidades de nossa vida de uma forma palpável.

Assumir que estamos errados e precisamos de mudança é algo difícil. Se formos honestos com nós mesmos, veremos que também necessitamos de um reavivamento mais do que pensamos. É claro que normalmente não pensamos sobre nós mesmos dessa maneira. Sentimos orgulho ao ver como somos bons. Fingimos que não temos problemas para manter o jogo, ser famosos, para conseguirmos um bom emprego ou comprar uma casa grande ou um carro do ano para mostrar quanto somos bons. Amamos encobrir os nossos problemas morais ou conjugais a fim de evitar uma exposição de nossas fraquezas. Mas, na verdade, estamos espiritualmente mortos e precisamos ser reavivados.

A única maneira de haver um reavivamento em nossa vida é ter a Palavra de Deus como base de tudo. No passado, o reavivamento aconteceu através das sagradas Escrituras e da busca incessante pelas verdades bíblicas. A grande verdade é que “enquanto outros livros informam e poucos reformam, só esse Livro transforma”, afirmou A. T. Pierson.

A primeira coisa que precisamos fazer é definir a palavra reavivado. Temos focado e orado por reavivamento por vários anos. Para a maior parte da igreja essa palavra não é nova, e ainda assim, é fácil esquecer seu significado. Na raiz da palavra, reavivar significa "trazer à vida." Da raiz latina, “re” significa novo e “vivere” significa vida. Na verdade, algumas versões e traduções não usam a palavra reviver mas as palavras “trazer à vida”.

Quando olhamos para todos os versos que contêm o termo "vivifica-me", ficamos surpresos ao ver alguém tão forte na vida cristã, que regularmente clamava: "Vivifica-me!" Mas há outra característica nesse Salmo. Se você já leu o Salmo 119 antes, sem dúvida reconheceu que o salmista estava preocupado com a Palavra de Deus.

A Palavra de Deus é a fonte que nunca seca para a vida do cristão. Davi compreendeu muito bem a necessidade de buscar nessa fonte a força espiritual. Somos como um copo que precisa constantemente ser cheio do poder de Deus. Se tenho um copo vazio, é fácil levá-lo para a torneira e enchê-lo com água. Mas se eu pensar que ele está cheio, então nunca irei enchê-lo. Assim é também com nossa vida espiritual. Jesus é o rio da vida e ainda assim não vamos a Ele para beber.

A Palavra de Deus é diferente de qualquer outro livro. A Biblioteca do congresso americano reivindica ser a maior do mundo, com mais de 130 milhões de itens, com aproximadamente 850 quilômetros de estantes. As coleções incluem mais de 29 milhões de livros e outros materiais impressos, 2,7 milhões de gravações, 12 milhões de fotografias, 4,8 milhões de mapas e 58 milhões de manuscritos. No entanto, entre todos esses volumes os únicos que podem reivindicar estarem vivos e serem poderosos são as cópias da Bíblia. Isso coloca a Bíblia em uma categoria única.

A palavra "viva" (zon) em Hebreus 4:12 é colocada na posição empática no idioma original. A Palavra de Deus não é letra morta, mas é a palavra do Deus vivo, que não pode deixar de ser vivo. A Palavra viva tem relevância e nos convence.

Certo homem buscava receber inspiração da Palavra de Deus. Ele dizia que não conseguia receber a inspiração da Bíblia, embora a tivesse buscado várias vezes. "Leia a Palavra mais uma vez. Então você vai contar uma nova história!”, respondeu um idoso pastor. Ou seja, é impossível ter contato com a Palavra de Deus e contar a mesma história de sempre. A Palavra é viva; cada contato com ela faz com que vivenciemos diferentes experiências.

"A Palavra de Deus é viva e eficaz". O termo traduzido como "eficaz" (energes) é a palavra da qual temos no português energia e energético. A palavra significa literalmente "no trabalho." Charles Swindoll afirma que "artigos de jornais podem nos informar. Romances podem nos inspirar. A poesia pode encantar-nos. Mas só a Palavra, a vida ativa de Deus pode nos transformar.”

A razão para se ler a Bíblia é o encontro com seu Autor. Não faça uma leitura da Bíblia apenas para seu próprio bem, como alguns têm feito, mas faça porque é vital para se ter um encontro com Deus. Na Bíblia podemos encontrar a revelação da natureza e do caráter dEle, e por meio dela aceitamos Sua oferta de salvação e cura. O próprio Jesus disse: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam” (João 5:39 ACF).

O grande pregador Charles Spurgeon disse: “Muitos livros em minha biblioteca estão agora desatualizados. Foram bons enquanto eram novos, à semelhança das roupas que usei quando tinha dez anos de idade. Mas eu cresci e as deixei para trás. Ninguém jamais deixa para trás as Escrituras por ter crescido; esse Livro se amplia e é mais conhecido à medida que passam nossos anos” (MANSER, Martin.
The Westminster Collection of Christian Quotations. Louisville: Westminster Knox 2001, p. 22)

A principal razão para a leitura da Bíblia é encontrar o Salvador que deseja ter você como amigo. A intenção de Deus é ter uma relação mais profunda com cada um de nós, e é por isso que Ele Se faz conhecido. Sendo assim, podemos aceitar Sua salvação e viver junto com Ele. "Esta é a vida eterna: que Te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17:3, NVI).
Primeiro de tudo, Jesus repreendeu Seus discípulos por não entenderem nem acreditarem nas Escrituras. Essa não foi a primeira vez que Jesus os repreendeu por não acreditarem nas Escrituras e por falta de uma fé vibrante. É importante ler, estudar, meditar e conhecer a Palavra de Deus, pois ela produz fé. Romanos 10:17 diz: "Consequentemente, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a Palavra de Cristo" (NVI). Então, começando por Moisés, autor dos cinco primeiros livros da Bíblia, e passando pelos profetas, desde Gênesis a Malaquias, Ele lhes ensinou as Escrituras. Se eles tivessem entendido o Antigo Testamento anteriormente, teriam conhecido que Jesus era o Messias, e que o Messias tinha que sofrer e morrer antes de Sua glória! Para conhecer Jesus é necessário conhecer Deus. Lucas 24:27 diz: "Começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a Seu respeito constava em todas as Escrituras”. A fé aumenta pela oração, é fortalecida pelo estudo da Palavra e se cumpre quando nos submetemos diariamente ao Senhor Jesus.

Considerações finais

Muitos anos atrás, Samuel Chadwick escreveu: "Tenho orientado minha vida pela Bíblia há mais de 60 anos e digo que não há livro como esse. É um milagre da literatura, uma fonte perene de sabedoria, uma maravilha de surpresas, a revelação do mistério, o guia infalível de conduta, e fonte indescritível de conforto. Não preste atenção às pessoas que desacreditarem, pois eu lhes digo que elas falam sem conhecimento. A Bíblia é a própria Palavra de Deus. Você deve estudá-la de acordo com a orientação da Palavra e viver por seus princípios. Acredite em sua mensagem. Siga seus preceitos. Nenhum homem é ignorante conhecendo a Bíblia, e ninguém é sábio sendo ignorante de seus ensinamentos” (CHADWICK, Samuel. 1001 Grandes Histórias e Citações; R. Kent Hughes. Wheaton: Tyndale House, 1998, p. 77).

O poder transformador e o reavivamento só vêm por meio do profundo relacionamento com Deus. A Bíblia é a maneira pela qual podemos conhecer a vontade do Senhor em nossa vida. Ellen G. White declarou: "Recomendo-lhe, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de sua fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela, Deus prometeu dar visões nos 'últimos dias'; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica” (The Advent Review and Sabbath Herald, 20 de janeiro de 1903), Ou seja, nos últimos dias a Bíblia será imprescindível para o reavivamento em nossa vida. Ellen G. White declara: “Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós” é “a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação.” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121).

Vídeos

Introdução - Esboço da Lição "Reavivamento e Reforma" (aqui).

Esboço da Lição 3 - A Palavra: a base do reavivamento (aqui).