sábado, 20 de julho de 2013

ES - Lição 4 - Testemunho e serviço: o fruto do reavivamento – 3º Trim, 2013






Lição 4 - Testemunho e serviço: o fruto do reavivamento

20 a 27 de julho






Sábado à tarde

Ano Bíblico: Ec 9–12 

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da Terra” (At 1:8).

Leituras da Semana:


O propósito do reavivamento é encher nosso coração com tanto amor por Jesus que almejemos compartilhar esse amor com todas as pessoas. No genuíno reavivamento, nosso coração é despertado para a bondade, compaixão, perdão e poder de Deus. Ficamos encantados por Seu amor e somos transformados por Sua graça, de tal maneira que não podemos ficar em silêncio.

Em contrapartida, um “reavivamento” que focaliza “apenas a experiência espiritual” erra o alvo. Se o reavivamento desenvolve atitudes críticas com relação às pessoas que não estão à altura do nosso “padrão de santidade”, certamente não é inspirado pelo Céu. Se a ênfase do reavivamento é simplesmente mudar o comportamento exterior, em vez de mudar o coração, algo está errado.

O genuíno reavivamento nunca leva ao egocentrismo ou, especialmente, à autossuficiência ou autoexaltação, mas a uma altruísta preocupação com os outros. Quando nosso coração é renovado pela graça de Deus, desejamos abençoar e servir os que estão em necessidade. Todo reavivamento genuíno leva a uma ênfase renovada na missão e no serviço.

Domingo

Ano Bíblico: Ct 1–4 

Comissão e promessa de Cristo

Cristo não estabeleceu Sua igreja a fim de que ela simplesmente cuidasse de si mesma. As palavras de despedida de Jesus focalizaram a missão da igreja. A intenção de Cristo é que a igreja olhe além de si mesma. Ele a estabeleceu para compartilhar a luz do Seu amor e a mensagem de Sua salvação com o mundo.

1. Leia e resuma os textos a seguir. Como cada passagem revela o desejo de Jesus para Sua igreja? Mt 28:19, 20;Mc 16:15; Lc 24:45-49; Jo 20:21

Uma vez que Cristo subiu ao Céu, a igreja devia ser a manifestação visível do Seu amor e graça ao mundo. Os discípulos tinham uma missão: compartilhar uma mensagem. Eles tinham uma tarefa para completar. Deviam continuar a obra que Jesus havia começado.

“A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que, por meio de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo e, pela igreja será, a seu tempo, manifesta, mesmo aos ‘principados e potestades nos céus’, a final e ampla demonstração do amor de Deus” (Ef 3:10, RC; Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 9).

A preocupação de Jesus é a salvação da humanidade. O apóstolo Paulo escreveu ao seu jovem amigo Timóteo que o desejo do Salvador é que “todos [...] sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4). O apóstolo Pedro acrescentou que o Senhor é “longânimo para [conosco], não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 3:9).

Você tem interesse em levar o evangelho aos outros? Como você tem demonstrado esse desejo? O que sua resposta diz sobre você e suas prioridades?


Segunda

Ano Bíblico: Ct 5–8 

Recebendo a promessa

A missão de compartilhar o amor e a verdade de Deus com o mundo inteiro deve ter parecido esmagadora para o pequeno grupo de discípulos. O desafio era enorme, a tarefa imensa. A conclusão da obra no tempo deles certamente pode ter parecido impossível (como pode parecer em nosso tempo). As melhores estimativas são de que a população do Império Romano no primeiro século era de aproximadamente 180 milhões. De acordo com o primeiro capítulo de Atos, uns 120 cristãos se reuniram no cenáculo no dia de Pentecostes. Essa é uma relação de aproximadamente um cristão para cada 1,4 milhão de pessoas no império. Do ponto de vista humano, parecia impossível cumprir a ordem de Jesus.

2. Quais foram os resultados do derramamento do Espírito Santo sobre a missão da igreja primitiva? At 2

Os resultados foram surpreendentes. A igreja cristã explodiu em crescimento. Dezenas de milhares foram convertidos. A mensagem do amor de Jesus chegou às partes mais remotas do império.

Plínio, o Moço, governador da província romana da Bitínia, na costa norte da moderna Turquia, escreveu ao imperador Trajano, por volta do ano 110 d.C., descrevendo os julgamentos oficiais que estava conduzindo para encontrar e executar cristãos. “Muitos de todas as idades, de todas as classes sociais, de ambos os sexos, estão sendo chamados para o julgamento e serão convocados. Não somente cidades, mas vilas e mesmo áreas rurais foram invadidas pela infecção dessa superstição [cristianismo].”

Essa citação é notável. Revela que em poucas gerações o cristianismo havia invadido quase todos os níveis da sociedade, mesmo nas províncias remotas.

Noventa anos depois, por volta de 200 d.C., Tertuliano, advogado romano que se tornou cristão, escreveu uma carta desafiadora aos magistrados romanos defendendo o cristianismo. Ele se vangloriava: “quase todos os cidadãos de todas as cidades são cristãos.”

A história do livro de Atos é a história de uma igreja reavivada e dedicada a testemunhar em favor de seu Senhor. O reavivamento espiritual sempre leva ao testemunho apaixonado. Partilhar é a consequência natural de uma vida transformada. Jesus disse ao Seus discípulos: “Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4:19). Quanto mais perto estamos de Jesus, mais nos preocupamos com o que Ele Se preocupa. Se temos pouco interesse em compartilhar Seu amor com os outros, deve ser porque O estamos seguindo a distância e precisamos de um reavivamento espiritual.

Terça

Ano Bíblico: Is 1–4 

O poder do testemunho pessoal

O ritual religioso tem pouco poder para transformar vidas. O formalismo religioso torna as pessoas espiritualmente estéreis. Sozinha, doutrina não transforma corações. O poder do testemunho do Novo Testamento estava enraizado na autenticidade de vidas transformadas pelo evangelho. Os discípulos não estavam encenando. Eles não estavam apenas cumprindo formalidades. Não tinham uma forma de espiritualidade artificial. O encontro com o Cristo vivo os havia transformado e eles não podiam ficar em silêncio.

3. Que ponto em comum ocorreu nas experiências de Paulo e João que os tornou testemunhas tão poderosas? At 22:1-14; Fp 3:1-7; 1Jo 1:1-4

No tempo do Pentecostes, os discípulos eram pessoas transformadas. Algo aconteceu com eles para que o Espírito Santo pudesse fazer alguma coisa por meio deles. O Espírito Santo havia feito algo por eles, para que pudesse fazer uma obra com a participação deles. O Espírito transbordou da vida deles para renovar a vida de outros.

Jesus disse: “Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7:38). Nesse caso, a raiz da palavra para “crer”, em grego, é pistis. Significa muito mais do que uma crença superficial ou mera aceitação intelectual. É uma crença sólida ou firme confiança. É uma dinâmica e transformadora fé em Cristo, Aquele que derramou Sua vida na cruz pelos pecados da humanidade. A mensagem de Jesus é que, quando Seu amor sacia nossa sede espiritual, esse amor flui de nosso coração para as pessoas ao nosso redor.

“Nossa confissão de Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo. Temos de reconhecer-Lhe a graça segundo nos é dada a conhecer através dos santos homens da antiguidade; mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência. Somos testemunhas de Deus ao revelar em nós mesmos a atuação de um poder que é divino” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 347).

O testemunho mais poderoso é o de um cristão que conhece Jesus pessoalmente. Não há substituto para o testemunho que brota naturalmente de um coração envolvido pelo amor de Jesus.

Que tipo de testemunho pessoal você tem sobre o que o Senhor fez por você? Como você pode aprender a compartilhá-lo mais frequentemente com outros?

Quarta

Ano Bíblico: Is 5–7 

A fé que cresce

A atividade é uma lei da vida. Para ser saudável, nosso corpo precisa de exercício constante. Todos os órgãos, músculos e tecidos são fortalecidos e revigorados por meio do exercício. Quando negligenciamos o exercício, nosso sistema imunológico fica comprometido, e nos tornamos mais suscetíveis às doenças.

Algo semelhante acontece conosco quando não exercitamos a fé pelo testemunho. As palavras de Jesus, de que “mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20:35), também se aplicam à nossa vida espiritual. Quando partilhamos a Palavra de Deus com os outros, crescemos espiritualmente. Quanto mais amamos Jesus, mais temos vontade de testemunhar do Seu amor. Quanto mais testemunhamos do Seu amor, mais O amamos. Compartilhar a fé fortalece a fé.

4. O que o milagre da multiplicação dos pães e peixes ensina sobre partilhar a fé? Jo 6:1-11

Quanto mais revelamos nossa fé, mais ela se multiplica. Esta lei da multiplicação é um princípio divino da vida espiritual: Dar e crescer, ou reter e murchar. Jesus aumenta nossa fé quando a compartilhamos com outros. Ao compartilharmos Jesus (o Pão da vida) com pessoas espiritualmente famintas ao nosso redor, esse Pão Se multiplica em nossas mãos e acabamos tendo mais do que tínhamos antes.

Jesus tinha apenas cinco pães e dois peixes. Depois que as cinco mil pessoas estavam plenamente satisfeitas com sua refeição, o que havia sobrado era mais do que Jesus tinha inicialmente. Havia ainda doze cestos cheios de alimento!

As instruções de Jesus à Sua Igreja do Novo Testamento são muito claras para ser mal interpretadas. Ele declarou: “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10:8). Testemunhar é a brisa suave que transforma as fagulhas do reavivamento em chamas pentecostais. Quando o testemunho e o serviço não acompanham um reavivamento da oração e estudo da Bíblia, as chamas do reavivamento são apagadas e as brasas logo se esfriam.

Quanto mais testemunhamos, mais nossa fé cresce. Você concorda? Qual tem sido sua experiência com essa verdade fundamental?

Quinta

Ano Bíblico: Is 8–10 

Reavivamento, testemunho e intervenção divina

A emocionante história do rápido crescimento do cristianismo, no livro de Atos, é a história de uma igreja reavivada, testemunhando sobre o amor de Jesus. É a história de uma igreja que regularmente experimentava a intervenção divina. Testemunhar era um estilo de vida para aqueles cristãos primitivos.

“Todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo” (At 5:42). A perseguição também promoveu a causa do evangelho. Quando a perseguição dispersou os membros da igreja em Jerusalém, “os que foram dispersos iam por toda parte pregando a Palavra” (At 8:4).

Um dos exemplos mais notáveis da intervenção divina, em Atos, é a história de Filipe e o eunuco, oficial do governo etíope.

5. Leia a história do ensinamento de Filipe e a resposta do etíope em Atos 8:26-38. O que podemos tirar dessa história sobre reavivamento e testemunho?

“Um anjo guiou Filipe àquele que procurava a luz, e que estava pronto para receber o evangelho. Hoje, anjos guiarão os passos dos obreiros que permitem ao Espírito Santo santificar-lhes a língua e purificar e enobrecer seu coração. O anjo enviado a Filipe poderia ter ele mesmo feito a obra pelo etíope, mas essa não é a maneira de Deus agir. É Seu plano que os homens trabalhem por seus semelhantes” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 109).

Há três elementos essenciais no reavivamento: oração, estudo da Palavra de Deus e testemunho. Quando os filhos de Deus O buscam em intercessão fervorosa e sincera, quando enchem a mente com as verdades da Sua Palavra, e testemunham apaixonadamente sobre Seu amor e verdade, Deus intervém e abre portas incomuns para a proclamação da verdade.

O que você faz quando surgem oportunidades para testemunhar? Você testemunha, ou encontra alguma desculpa para não fazê-lo? O que sua resposta diz sobre sua necessidade de reavivamento e reforma?

Sexta

Ano Bíblico: Is 11–14 

Estudo adicional

“Em Sua sabedoria, o Senhor põe os que estão à procura da verdade em contato com seus semelhantes que a conhecem. É plano do Céu que os que receberam a luz a comuniquem aos que se acham em trevas. Tirando sua eficiência da grande Fonte da sabedoria, a humanidade se torna o instrumento, a agência operadora por meio da qual o evangelho exerce seu poder transformador sobre a mente e o coração” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 134).

“Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar pecadores sem nosso auxílio, mas, a fim de desenvolvermos caráter semelhante ao de Cristo, precisamos compartilhar Sua obra. A fim de participar da alegria dEle – a alegria de ver pessoas redimidas por Seu sacrifício –, devemos tomar parte em Seus labores para redenção delas” (Ellen G. White, 
O Desejado de Todas as Nações, p. 142).

Perguntas para reflexão

1. Qual é a ideia principal da lição desta semana? Deus está chamando você para fazer mudanças na sua vida? Suas prioridades precisam ser reajustadas de alguma forma? O que Deus está pedindo que você faça?

2. Pense mais na maravilhosa verdade de que, quanto mais testemunhamos da nossa fé, mais ela cresce. Por que isso é verdade? Por que esse princípio faz tanto sentido?

3. Você testemunha com frequência em favor de Jesus? Se não, pergunte a si mesmo: Por quê? Você tem medo de rejeição? Se esse é o problema, considere quantas vezes Jesus foi rejeitado. Se a rejeição não O impediu, também não deveria nos impedir. Ou você deixa de testemunhar porque não tem certeza sobre o que dizer? Sendo assim, o que isso lhe diz sobre sua necessidade de comunhão mais profunda com o Senhor?

4. Nesta semana falamos que o ritual religioso por si só não pode produzir mudança no coração. Qual é o lugar dos rituais e tradição em nossa fé e em nossa igreja? Os rituais e a tradição têm utilidade no reavivamento e reforma?

5. Por que encontramos tanta satisfação em ser usados por Deus para levar pessoas a Ele?

Respostas sugestivas: 1. O desejo de Cristo é que cumpramos a missão de pregar o evangelho, fazer discípulos, batizar e ensinar. 2. Os discípulos anunciaram o nome de Jesus poderosamente, milhares se converteram e a igreja permaneceu unida no amor. 3. Viram e ouviram a Jesus, e foram transformados. 4. Recebemos o alimento espiritual das mãos de Cristo, e partilhamos essas bênçãos com as pessoas ao nosso redor. 5. Quando temos comunhão com Deus, o Espírito Santo nos conduz a pessoas sinceras, que precisam do evangelho. O Senhor nos ensina o que dizer e assim vidas são transformadas.


ESCOLA SABATINA


 Texto-chave: Mateus 28:19, 20

O aluno deverá...

Conhecer: A relação entre conhecer Cristo pessoalmente e compartilhá-Lo apaixonadamente. O propósito desta lição é revelar que o fruto de conhecer Cristo é compartilhar Cristo. Cristãos saudáveis oram, estudam e testemunham. Sem testemunho, oração e estudo da Bíblia podem facilmente se tornar formalismo vazio ou ritual farisaico.

Sentir: O desejo natural de testemunhar, que transborda de um coração convertido.

Fazer: Aproveitar as oportunidades dadas por Cristo para testemunharmos e reservar tempo a cada semana para o serviço altruísta e o evangelismo.

Esboço

I. Conhecer: As palavras finais de Cristo 

A. Por que as palavras de despedida de Cristo, em Mateus 28:18-20, são tão vitais para a igreja hoje?

B. Quais os dois aspectos que tornaram o testemunho dos discípulos tão eficaz?

II. Sentir: Experimentando o impacto do poder do Espírito Santo
A. Como você se sentiria se fizesse parte de um pequeno grupo de cristãos do Novo Testamento, cujo Mestre tivesse acabado de subir ao Céu, deixando-o com a difícil tarefa de alcançar o mundo com a mensagem do Seu amor?

B. O que deu a esses discípulos tanta confiança? O que nos dá confiança de que a tarefa pode ser concluída em nossos dias?

C. Qual é o papel do Espírito Santo e dos anjos na conquista de pessoas? Qual é o nosso papel?

III. Fazer: Cumprindo a missão

A. O que significa para você a Grande Comissão de Mateus 28:18-20?

B. De que maneira você tem tentado compartilhar o amor de Jesus com outras pessoas?

Resumo: Testemunhar e viver para ser uma bênção aos outros é o fruto de uma experiência íntima com Jesus. Cristianismo é muito mais do que tentar salvar a nós mesmos. Significa permitir que Jesus nos salve e nos envie como embaixadores de Sua graça, a fim de levar a outros o amor que transformou nossa vida. Quando experimentarmos esse amor, experimentaremos o verdadeiro reavivamento.

Ciclo do Aprendizado

Motivação

Focalizando a Palavra: Mateus 28:18-20

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Cristianismo autêntico sempre se manifesta no testemunho e serviço. Quando conhecemos Cristo, desejamos compartilhar Cristo. O reavivamento é acompanhado pelo testemunho fervoroso. Isso ocorreu no livro de Atos e ocorre na igreja hoje.

Somente para o professor: O foco da lição desta semana é que todo reavivamento genuíno deve se manifestar no testemunho, que não é apenas consequência do reavivamento, mas razão essencial para sua existência. Ajude sua classe a entender que, quanto mais estivermos envolvidos no serviço de Cristo, mais perto dEle estaremos.

Atividade de abertura: Leia com a classe a seguinte declaração do livro Caminho a Cristo. Se necessário, leve cópias do texto para distribuir aos alunos. Depois responda às perguntas seguintes à declaração.

“Se vos puserdes a trabalhar como Cristo determina que Seus discípulos o façam, e conquistar almas para Ele, sentireis a necessidade de uma experiência mais profunda e um maior conhecimento das coisas divinas, e tereis fome e sede de justiça. Instareis com Deus, e vossa fé se fortalecerá e vossa alma beberá livremente da fonte da salvação. As oposições e provações que encontrardes vos impelirão para a Bíblia e para a oração. Crescereis na graça e no conhecimento de Cristo e desenvolvereis uma rica experiência” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 80).

1. Com base na declaração de Ellen G. White, qual é a relação entre a vida espiritual e o testemunho sobre a fé?

2. De que maneiras o testemunho contribui para o crescimento espiritual?

Compreensão

Só para o professor: Enfatize a importância das palavras finais de uma pessoa. Mateus 28:18-20 é a comissão dada aos discípulos por Cristo em Sua despedida. Pergunte aos alunos se eles já receberam uma carta ou e-mail de alguém que sabia que estava perto da morte. Possivelmente alguém se lembre da última noite que um filho ou filha passou em casa, antes de se mudar para outra cidade para estudar, antes de se casar ou começar a servir o Exército. Como foram esses momentos?

Comentário Bíblico

I. Palavras finais de Cristo

(Recapitule com a classe Mateus 28:18-20.)

Nossa passagem começa com a promessa de poder. Jesus disse: “Toda a autoridade [poder] Me foi dada no Céu e na Terra. Ide, portanto [...]”. A palavra “autoridade” é exousia em grego. É o mesmo poder que Jesus exerceu livremente sobre as forças do mal em Seu ministério. Com base na autoridade de Cristo e por meio do poder de Cristo Seus discípulos são enviados. A Grande Comissão é acompanhada por uma grande promessa. Eles não vão em sua força, mas na dEle.

A comissão “Ide” inclui cada cristão. Nosso Senhor não chama os qualificados. Ele chama todos os cristãos e os qualifica. A prioridade é fazer discípulos de todas as nações. O cristianismo foi a primeira religião verdadeiramente internacional. As palavras de Jesus eliminam as fronteiras nacionais. Os seguidores de Cristo são membros de Sua igreja, que inclui pessoas de “cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap 14:6). A missão da igreja é alcançar o mundo com a mensagem de Jesus e Sua verdade. Para os que Lhe entregam a vida, Jesus promete Sua presença. Ele declara: “Estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28:20). Embora Cristo não mais estivesse presente fisicamente com Seus discípulos, mediante o ministério do Espírito Santo, Ele continuava tão perto deles como se nunca tivesse partido. A promessa de Sua presença sustentaria a igreja na realização da missão até a volta de Cristo.

Pense nisto: Quando compartilhamos a Palavra de Deus, fazemos isso com a autoridade de Jesus Cristo. Participamos com Ele da missão em relação ao mundo perdido. Como isso faz você se sentir?

II. A promessa de Poder

(Recapitule com a classe Atos 1:8; 2:38, 39.)

A palavra para poder em Atos 1:8 é dunamis, da qual é derivada a palavra dinamite. Esse é o poder do Espírito Santo que vem sobre os que entregam a vida a Jesus, como foi prometido em Atos 2:38, 39. É o poder para vencer as forças do mal e proclamar o evangelho até os confins da Terra. O dom do Espírito Santo é absolutamente essencial para receber poder a fim de testemunhar. O reavivamento de Atos ocorreu quando os discípulos entregaram a vida à missão de alcançar o mundo com o evangelho. Quando a igreja de Cristo obedecer à ordem de anunciar a boa-nova de Sua graça ao mundo, Seu Espírito cairá com pleno poder, para que ela seja fortalecida e realize a tarefa dada por Ele.

De acordo com Atos 2, a promessa do Espírito Santo não foi apenas para a igreja do Novo Testamento, mas para Seu povo até o fim do tempo. Em seu sermão no dia de Pentecostes, Pedro assegurou aos convertidos recém-batizados que a promessa era “para [eles...], para [seus] filhos e para todos os que ainda [estavam] longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, [chamasse]” (At 2:39). A promessa do Espírito Santo é para todas as gerações de cristãos. É especialmente necessária para Sua igreja dos últimos dias para terminar a obra de Deus na Terra. Sem o derramamento do Espírito Santo, a tarefa de anunciar o evangelho aos confins da Terra é impossível. Mas, pelo poder de Jesus, manifesto em Seu Espírito, o impossível se torna possível (Mt 19:26). Nossa maior necessidade é o derramamento do Espírito Santo, mas Deus não O derramará sobre uma igreja que tem pouco interesse em testemunhar.

Pense nisto: Pouco antes de Jesus subir ao Céu, Ele prometeu enviar o mais precioso dom de Deus à Sua igreja na Terra, o dom do Espírito Santo. Quando testemunhamos de Jesus, o fazemos com Sua autoridade e no poder do Espírito Santo. Por que, então, às vezes somos tão impotentes no testemunho?

III. Encontros divinos

(Recapitule com a classe Atos 8–10.)

Ao estudar a experiência de Filipe e o etíope, na lição de quinta-feira, destaque o poder miraculoso de Deus, descrito em Atos 8–10. O Espírito Santo abriu as portas para três grupos de pessoas em tempo muito curto. Em Atos 8, vemos o continente africano se abrindo para o evangelho. O tesoureiro da Etiópia recebeu Cristo quando o Espírito Santo conduziu Filipe até ele. Em Atos 9, Saulo foi convertido. Seu nome e sua vida foram transformados. Paulo proclamou o evangelho por toda a Ásia Menor, e igrejas foram levantadas em todo o mundo mediterrâneo. Em Atos 10, Deus deu sonhos tanto a Cornélio quanto a Pedro a fim de prepará-los para um encontro divino. Cornélio, líder do exército romano, aceitou Cristo e, sem dúvida, influenciou seus associados romanos. Relembre à classe que quando aproveitamos as oportunidades que Cristo oferece, Ele abrirá portas que não podemos sequer imaginar.

Pense nisto: Deus prepara pessoas para nosso testemunho antes de as conhecermos. Como essa preparação acontece?

Aplicação

Só para o professor: Use as seguintes perguntas para enfatizar a necessidade de que cada cristão se envolva ativamente no testemunho.

Perguntas para reflexão

1. Por que o reavivamento não é possível sem compromisso com o testemunho?

2. Qual é o papel do reavivamento no testemunho? Qual é o papel do testemunho no reavivamento?

Perguntas para aplicação

Quais atividades de testemunho podemos realizar como classe da Escola Sabatina? Que atividades podem ser semanais ou mensais?
Atividades de testemunho: Analise com a classe vários projetos de testemunho e missão nos quais vocês podem participar juntos. Aqui estão algumas possibilidades:

1. Faça uma lista de ex-membros da igreja e pessoas afastadas. Comece a orar por eles e dedique um sábado por mês para visitá-los.

2. Faça uma lista de pessoas que estão no hospital ou em casas de repouso e visite-as mensalmente.

3. Separe um sábado a cada dois meses para distribuir literatura no bairro da igreja.

4. Que outras coisas você pode imaginar? Faça sua lista e escolha algumas atividades de testemunho para realizar com a classe.

Atividades práticas

Somente para o professor: O ponto principal na lição desta semana é que, sem testemunho não pode haver reavivamento. O Espírito Santo vem para fortalecer o testemunho de modo que alcancemos os outros com o evangelho. Orar pelo reavivamento inclui orar pelos perdidos e fazer tudo o que pudermos para alcançá-los para Jesus.

1. Sua experiência com Jesus aprofundou o desejo de testemunhar de Seu amor?

2. Houve um momento em sua vida em que você se envolvia ativamente no serviço de Cristo? Você se sentia mais perto de Jesus? Por quê?

3. É possível nós nos tornarmos tão envolvidos que fiquemos esgotados, negligenciando a oração e estudo da Bíblia. Como podemos evitar que isso aconteça?

Planejando atividades: O que sua classe de Escola Sabatina pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


COMENTÁRIO SEMANAL


O pastor Everaldo Carlos (@everaldocarlos1) é bacharel em Teologia e pós-graduado em Missiologia com ênfase em missão urbana pelo SALT-IAENE. Atualmente é pastor do distrito de Planta São Marcos, na Associação Sul Paranaense.

Ampliação

“Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da Terra” (At 1:8).

Agostinho de Hipona disse: “Aquilo porque vivo, comunico.” Essa célebre frase resume muito bem a lição desta semana. A missão deve permear as atividades da vida do cristão. O testemunho é um reflexo do que Deus tem feito na nossa vida. O cristão é um espetáculo ao Universo. O resultado de amar Jesus é compartilhar essa experiência. Então, por que temos tanto medo de fazê-lo?

Antes da ascensão, Jesus deu uma ordem, a Sua Grande Comissão. De acordo com o dicionário, “comissão" é "atribuição de uma função, de um encargo”. Quando Jesus proferiu essas palavras aos Seus discípulos e, também a nós, Ele estava dando à igreja Sua missão. Ele disse exatamente o que espera que façamos em Sua ausência física. Os discípulos levaram a sério a ordem do Senhor. Saíram pelo mundo, compartilharam o Evangelho de Cristo e milhares de pessoas foram salvas pela graça de Deus. A mensagem era tão poderosa e o testemunho tão eficaz que seus críticos os acusaram: Eles "têm alvoroçado o mundo" (At 17:6). O autor T. Maston afirmou que "os cristãos que viraram o mundo de cabeça para baixo foram homens e mulheres que tinham uma visão no coração e a Bíblia na mão” (1996, p. 27).

A falta do cumprimento dessa comissão é desobediência à ordem de Deus, tão verdadeiramente como o adultério é transgressão do sétimo mandamento! O discípulo de Cristo deve entender que a comissão de evangelizar não é uma opção, mas uma obrigação para com Deus. Assim foi nos dias dos discípulos e deveria acontecer também agora! O que foi dado como A Grande Comissão se tornou, hoje, o que alguns chamam a Grande Omissão, ou falta de ação no cumprimento do dever, inércia. Em vez de levar o Evangelho até os confins da Terra como o Senhor ordenou, muitos não levam o Evangelho nem até o fim da rua. A organização cristã LifeWay (WILKE, 2012), em seu estudo mais recente, aponta que 80% das pessoas que frequentam a igreja uma ou mais vezes por mês acreditam ter a responsabilidade pessoal de compartilhar sua fé. Porém, 61% afirmam não ter conversado com outra pessoa sobre a maneira de ser salvo nos últimos seis meses.

Cerca de 75% dizem estar satisfeitos com sua capacidade de comunicar o Evangelho, enquanto 12% não se sentem confortáveis em compartilhar sua fé. Mesmo a grande maioria, dizendo acreditar que é seu dever partilhar sua fé e ter segurança de saber como se faz, somente 25% dizem ter falado sobre sua fé uma vez ou duas vezes nos últimos seis meses, e 14% fizeram isso três vezes ou mais.

Essas estatísticas são tristes porque revelam a verdadeira situação da igreja moderna. Estamos satisfeitos por ser salvos, mas não estamos motivados para ver outros conhecerem Jesus Cristo como Senhor e Salvador. De algum modo, acreditamos que nossa responsabilidade é apenas ir à igreja três vezes por semana (domingo/quarta/sábado), orar quando possível, ler a Bíblia de vez em quando e levar a vida politicamente um pouco mais correta do que o mundo ao nosso redor. Esquecemos a verdade de que o cristianismo é a fé em ação.

De acordo com Thom Rainer (1990) o evangelismo no livro de Atos é a comunicação das boas-novas de Jesus Cristo através da proclamação verbal e do testemunho de vida, com a intenção de levar alguém ou um grupo de pessoas para a salvação em Cristo. Evangelismo é também voltado à atividade pós-conversão, comumente conhecida como discipulado.

Paulo tinha uma visão clara da urgência da evangelização. Ele escreveu em 1 Coríntios 9:16: "Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o Evangelho". Nesse verso, não há nenhum sinal nem tom de opção. Há um senso de obrigação e de responsabilidade. Paulo não tinha escolha: ele tinha que pregar o Evangelho! “Pregue sempre o Evangelho. Se necessário, use palavras.” Essa frase é de Francisco de Assis. Se não temos o dom de pregar, a nossa vida pode pregar o mais bonito sermão.

O pecado do qual Cristo nos salvou é o mesmo pecado que condena aqueles que não creem. Há duas respostas importantes à salvação: humildade e motivação. Nossa salvação não é obtida porque sejamos mais santos do que os outros, nem porque tenhamos impressionado a Deus. A salvação vem somente pela graça. Isso deve fazer de nós, cristãos, os mais humildes de todo o povo e os mais motivados a compartilhar a graça de Deus com os outros.

Cada pessoa com quem nos deparamos é candidata ao reino do Céus, sendo também candidata aos horrores da perdição. Tudo que fazemos está ajudando as pessoas a chegar a um desses dois destinos. Diante dessa realidade devemos ter “o devido temor e circunspeção orientando as nossas relações com os outros; toda amizade, todo amor, toda recreação, toda política” (C. S. Lewis) devem ser norteados por essa consciência da nossa responsabilidade na salvação das pessoas.

O poder e a glória das nações não têm importância, mas as pessoas pelas quais Cristo morreu têm valor infinito.

Quando temos Jesus no coração, nutrimos um desejo ardente de ver pessoas salvas. A pregação do Evangelho não é uma opção, o evangelismo não é uma escolha e sim um dever prazeroso. Isso deve permear nossa vida. Ellen G. White afirma: "Quando o amor de Cristo está no coração, como um bom perfume, ele não pode ficar escondido. Sua santa influência é sentida por todos que entram em contato com ele. O Espírito de Cristo no coração é como uma fonte no deserto que, com suas águas, refrigera todos, e desperta naqueles que estão prestes a perecer o desejo de beber da água da vida" (Caminho a Cristo, p. 77)

Muitos estão satisfeitos em deixar o evangelismo para os outros. Não sentem urgência pessoal para levar alguém a Cristo. Eles devem considerar cuidadosamente a seguinte declaração de Ellen G. White: "Não haverá ninguém salvo no Céu com uma coroa sem estrelas. Se entrardes ali, haverá alguma pessoa nas cortes da glória que encontrou entrada ali por vosso intermédio." (Eventos Finais, p. 282).

Que possamos ter um senso de urgência na proclamação do Evangelho. Não podemos ser omissos nessa tão grande obra. Nossa oração em busca dos perdidos deveria ser a mesma de Francisco de Assis (BOFF, 1999):

“Senhor! Faze de mim um instrumento da Tua paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz.”

Como podemos esperar que o mundo incrédulo ou até mesmo nossos próprios filhos levem a sério o Evangelho, quando nós mesmos não o levamos a sério? Quando nós, como cristãos, começarmos a clamar a Deus pela salvação dos que nos rodeiam e estivermos dispostos a fazer qualquer sacrifício para alcançá-los com a Palavra de Deus, veremos pessoas arrependidas de seus pecados e aceitando o convite de Jesus Cristo para a salvação.

Negligenciar a grande comissão é prejudicial para a vida espiritual da igreja. Não se pode negligenciar esse importante dever. Seja em casa ou na rua, tenhamos a certeza de que, como cristãos e como congregação nunca negligenciaremos o evangelismo em todas as suas formas. J. B. Phillips disse: “O Evangelho não passa de uma riqueza congelada a menos que seja comunicado”


Referências:

MASTON, T.B. A igreja e o mundo. SP: JUERP, 1996
BOFF, Leonardo. A Oração de São Francisco. SP: Sextante, 1999.
LEWIS, C. S. O peso de glória. Tradução de Lenita Ananias do Nascimento. São Paulo: Vida, 2008.
RAINER, S. Thom. Church growth and evangelism in the book of Acts.  Dallas:
he Criswell College, 1990. Disponível em http://www.criswell.edu/ 
WHITE, Ellen Gould; WALDVOGEL, Isolina A. Caminho a Cristo. 11. ed.
São Paulo: CPB, 2011.
WHITE, Ellen Gould; CONRADO, Naor G. Eventos finais. São Paulo: CPB, 2011.
WARREN W. Wiersbe, Lloyd M. Perry. The Wycliffe Handbook of Preaching & Preachers. Chicago: Moody Press, 1984.
WILKE, Jon. Churchgoers Believe in Sharing Faith, Most Never Do. LifeWay

Vídeos

Introdução - Esboço da Lição "Reavivamento e Reforma" (aqui).

Esboço da Lição 4 - Testemunho e serviço: o fruto do reavivamento (aqui). 




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