domingo, 15 de setembro de 2013

ES - Lição 5 - Obediência: fruto do reavivamento – 3º Trim, 2013





Lição 5 - Obediência: fruto do reavivamento


27 de julho a 3 de agosto







Sábado à tarde

Ano Bíblico: Is 15–19 

VERSO PARA MEMORIZAR:

“As armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2Co 10:4, 5).

Leituras da Semana:


Uma ilustração do impacto do reavivamento na vida diária pode ser visto no reavivamento do País de Gales em 1904. Evan Roberts e alguns de seus amigos começaram a orar fervorosamente pelo derramamento do Espírito Santo. Eles intercederam, estudaram a Bíblia e compartilharam a fé.

Em resposta, o Espírito Santo foi derramado. Vidas foram transformadas. Em seis meses, houve 100 mil conversões no pequeno País de Gales. Os resultados desse reavivamento foram vistos em todo o país. Durante todo o dia milhares de pessoas se aglomeravam nas igrejas para orar. Trabalhadores das minas de carvão, rudes e que viviam praguejando, foram transformados em senhores bondosos e corteses. Mesmo os pôneis das minas de carvão tiveram que aprender novas palavras de comando, porque os mineiros não estavam mais praguejando sobre eles! Vidas obedientes e transformadas brotavam de corações convertidos. Essa é uma evidência irrefutável do verdadeiro reavivamento.


Domingo

Ano Bíblico: Is 20–23 

Vida transformada

Reavivamento não resulta simplesmente em um sentimento agradável e indefinido, de uma suposta intimidade com Jesus. Ele resulta em vida transformada. Houve momentos em que os escritores da Bíblia se sentiram muito perto de Jesus, e em outros momentos eles se sentiram distantes. Houve ocasiões em que eles sentiram intenso enlevo e a alegria de Sua presença. Em outras ocasiões, eles não sentiram Sua proximidade.

Os resultados do reavivamento não são necessariamente sentimentos positivos, mas vidas transformadas. Nossos sentimentos não são o fruto do reavivamento. O fruto é a obediência. Isso é evidente na vida dos discípulos depois do Pentecostes.

1. Analise as reações de Pedro antes da cruz, depois da ressurreição e depois do Pentecostes. Que diferença a cruz, a ressurreição e o Pentecostes fizeram nas atitudes de Pedro? Mt 26:69-74: Reação de Pedro antes da cruz;Jo 21:15-19: Reação de Pedro depois da ressurreição; At 5:28-32: Reação de Pedro depois do Pentecostes.

O derramamento do Espírito Santo no Pentecostes fez enorme diferença na vida de Pedro, que foi transformado, de um cristão fraco e vacilante, em um discípulo cheio de fé e obediente. Anteriormente cheio de palavras imprudentes e promessas vazias, Pedro então ficou cheio de fé, coragem e entusiasmo para testemunhar. Esse é um poderoso exemplo do que o Espírito Santo pode fazer por quem se entrega em fé e obediência ao Senhor.


Segunda

Ano Bíblico: Is 24–26 

O alto preço da obediência

Um dos primeiros exemplos de fé, e do preço da fé, pode ser visto na vida de Estêvão.

2. Como Estêvão é descrito? At 6:3-107:55

A presença do Espírito Santo no coração dos discípulos os levou a uma vida altruísta e piedosa. A fé os levou à obediência e a obediência veio com um preço excepcionalmente alto. Todos os discípulos, com uma exceção, sofreram martírio. Foram apedrejados, presos, queimados nas fogueiras e naufragados. Às vezes, a guerra espiritual era acirrada, mas Jesus, seu Salvador e Senhor, estava ao lado deles para fortalecer a fé.

Em Atos 7, Estêvão pregou um magnífico sermão delineando a história de Israel. Ele descreveu a experiência de Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Davi e Salomão. Ao longo de seu apelo, Estêvão descreveu a fidelidade de Deus à luz da infidelidade de Israel. Ele concluiu seu sermão acusando os líderes religiosos de Israel de terem transgredido a aliança de Deus e resistido à influência do Espírito Santo (At 7:51, 52).

3. O que aconteceu com Estêvão por causa de seu testemunho por Jesus? Qual pode ser o preço da fidelidade? At 7:54-60

Estêvão foi obediente ao chamado de Deus e fiel à missão divina, até à morte. Embora nem todos sejam chamados a morrer em defesa da fé, precisamos ser comprometidos com o Senhor de tal maneira que, se fôssemos chamados para isso, não recuaríamos, mas, a exemplo de Estêvão, permaneceríamos fiéis até o fim. Não está fora do campo das possibilidades que alguém que esteja lendo estas palavras agora um dia tenha que entregar a vida por causa do Senhor.

O que aconteceria se você enfrentasse a ameaça de morte por causa de seu poderoso testemunho? Embora você não possa prever o que faria, como suas ações passadas revelam a maneira pela qual você poderia reagir se um dia enfrentasse tal situação?


Terça

Ano Bíblico: Is 27–29 

Quando o Espírito surpreende

Embora Saulo estivesse equivocado em sua feroz perseguição aos cristãos, ele achava que estava fazendo a vontade de Deus ao enfrentar o que ele acreditava ser uma seita fanática. Quando Saulo viajou para Damasco para prender os cristãos e arrastá-los de volta a Jerusalém, Jesus o surpreendeu de modo dramático. A experiência de Saulo na estrada de Damasco transformou não apenas a vida dele, mas mudou o mundo também.

4. Leia o relato da experiência de conversão de Paulo em Atos 9:1-19. Por que o Senhor o enviou imediatamente a Ananias após essa experiência? Que lição importante encontramos nesse episódio?

“Muitos têm a ideia de que são responsáveis somente diante de Cristo pela luz e experiência que possuem, independentemente de Seus reconhecidos seguidores na Terra. Jesus é o Amigo dos pecadores e Seu coração é tocado pelo infortúnio deles. Ele possui todo o poder, tanto no Céu como na Terra; mas respeita os meios por Ele ordenados para o esclarecimento e salvação dos homens. Dirige os pecadores para a igreja, constituída por Ele instrumento de luz para o mundo.

“Quando, em meio ao seu erro e preconceito cegos, Saulo recebeu uma revelação de Cristo, a quem estava perseguindo, ele foi colocado em comunicação direta com a igreja, a qual é a luz do mundo” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 122).

5. Como Jesus surpreendeu Ananias? Qual deve ter sido a atitude de Ananias, a fim de seguir as instruções do Salvador? At 9:10-16

Tente se colocar no lugar de Paulo depois do encontro com Jesus na estrada para Damasco. Deve ter sido um choque para ele! Além disso, tente se colocar na posição de Ananias. Imagine como ele também deve ter se espantado. Com base nesses relatos, será que podemos ser chamados pelo Senhor para enfrentar e fazer coisas que, agora, não entendemos? Apesar disso, por que devemos obedecer ao Senhor?

Quarta

Ano Bíblico: Is 30–33 

Sensibilidade ao chamado do Espírito Santo

Ao longo de seu ministério, Paulo foi guiado, convencido, instruído e fortalecido pelo Espírito Santo. Em sua defesa diante do rei Agripa, ele descreveu a visão celestial na estrada de Damasco. Declarou as palavras de Deus em relação ao objetivo do seu ministério para com judeus e gentios: “Abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé em Mim” (At 26:18).

6. À luz da orientação do Espírito Santo, o que é significativo sobre a resposta do apóstolo Paulo à sua visão na estrada de Damasco? Qual foi a diferença entre a resposta de Paulo ao chamado do Espírito Santo e a resposta do rei Agripa? At 26:19-32

Ao contrário de Paulo, o rei Agripa não se rendeu ao poder de convicção do Espírito Santo. O exagerado conceito de si mesmo e seus desejos egoístas estavam em conflito com a motivação do Espírito para que ele tivesse nova vida em Cristo.

Jesus afirmou claramente: “Ainda por um pouco a luz está convosco. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz” (Jo 12:35, 36).

Quando seguimos a orientação do Espírito Santo e caminhamos na luz da verdade divina, Ele continuamente revelará mais luz e verdade. Ao mesmo tempo, quanto mais repelimos a influência do Espírito Santo, quanto mais a Ele resistimos, mais endurecido se torna o nosso coração.

“Por pouco me persuades a me fazer cristão” (At 26:28). Essas são algumas das palavras mais comoventes, poderosas e tristes da Bíblia. Estamos em perigo de abrigar atitude semelhante? As concessões em nossa caminhada com o Senhor revelam o mesmo princípio visto nas palavras de Agripa?

Quinta

Ano Bíblico: Is 34–37 

Obediência guiada pelo Espírito

O Espírito Santo teve um papel importante em todos os aspectos da vida de Jesus. Ele foi “gerado [pelo] Espírito Santo” em Seu nascimento e “ungido com o Espírito Santo e com poder” no batismo – o nascimento de Seu ministério (Mt 1:20; 3:16, 17; At 10:34-38). Ao longo da vida de Cristo, Ele foi obediente à vontade do Pai (Jo 8:29; Hb 10:7).

Um dos exemplos mais notáveis da intervenção divina, em Atos, é a história de Filipe e o eunuco, oficial do governo etíope.

7. Leia Filipenses 2:5-8. Que aspectos de uma vida cheia do Espírito Santo aparecem nessa descrição sobre Jesus?

Aquele que subsistia “em forma”, ou na própria essência de Deus, “aniquilou-­Se a Si mesmo” (RC; ou, como diz o texto original grego do Novo Testamento), “a Si mesmo Se esvaziou” de Seus privilégios e prerrogativas como igual a Deus e Se tornou “servo”.

Jesus era um servo da vontade do Pai. Ele “a Si mesmo Se humilhou, tornando-­Se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2:8).

Jesus deu um exemplo do que é uma vida cheia do Espírito Santo. É uma vida de obediência voluntária e humilde submissão à vontade do Pai. É uma vida de oração, dedicada ao serviço e ministério e dominada pelo desejo ardente de ver pessoas salvas no reino do Pai.

O apóstolo Paulo declarou que os cristãos do Novo Testamento, cheios do Espírito Santo, haviam recebido “graça e apostolado por amor do Seu nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios” (Rm 1:5). Os pagãos, por outro lado, eram egoístas, rejeitavam a verdade e seguiam a injustiça (Rm 2:8, NVI).

Em Romanos 6:15-23, Paulo usou duas expressões contrastantes, “escravos do pecado” e “servos da justiça”. Em Romanos 8:12-17, ele descreve o “espírito de escravidão” e “Espírito de adoção”. Com base em sua experiência, o que significa a fé, a luta contra o pecado, para estar em paz com Deus?

Sexta

Ano Bíblico: Is 38–40 

Estudo adicional

“Ao portal de entrada do caminho que leva para a vida eterna, Deus coloca a fé, e Ele sinaliza todo o caminho com a luz da paz e alegria da obediência voluntária. Desse modo, o viajante tem sempre diante de si o sinal de sua alta vocação em Cristo. O prêmio está sempre à vista. Para ele, os mandamentos de Deus são justiça, alegria e paz no Espírito Santo” (Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 183).

“A promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século ou raça. Cristo declarou que a divina influência do Espírito deveria estar com Seus seguidores até o fim. Desde o dia do Pentecostes até ao presente, o Confortador tem sido enviado a todos os que se rendem inteiramente ao Senhor e a Seu serviço. A todos os que aceitam Cristo como Salvador pessoal, o Espírito Santo vem como consolador, santificador, guia e testemunha. Quanto mais intimamente os crentes andam com Deus, tanto mais clara e poderosamente testificam do amor do Redentor e da Sua graça salvadora. Os homens e mulheres que, através dos longos séculos de perseguição e prova desfrutaram, em larga escala, a presença do Espírito Santo em sua vida, permaneceram como sinais e maravilhas no mundo. Diante dos anjos e dos homens, revelaram o transformador poder do amor que redime”

(Ellen G. White, 
Atos dos Apóstolos, p. 49).

Perguntas para reflexão

1. Leia Atos 5:1-11. O que podemos aprender com essa história poderosa e, até certo ponto, assustadora? Por que eles enfrentaram consequências tão terríveis por suas ações?

2. Jesus “Se esvaziou” a fim de cumprir Sua missão. Como podemos aplicar esse princípio à nossa caminhada com o Senhor? Por que, especialmente em nossa busca por reavivamento e reforma em nossa vida e na igreja, esse tipo de abnegação e morte para o eu é tão crucial?

3. Quais são as implicações das palavras decisivas de Agripa: “Por pouco me persuades a me fazer cristão”?

Respostas sugestivas: 1. Reação de Pedro antes da cruz: teve medo e negou a Jesus; depois da ressurreição: demonstrou arrependimento, amor e dedicação para com Jesus; depois do Pentecostes: não teve medo dos homens e pregou sobre Jesus Cristo como Salvador. 2. Cheio de fé e do Espírito Santo, tinha boa reputação e sabedoria; fazia prodígios e grandes sinais. 3. Foi apedrejado. O testemunho da verdade pode custar nossa vida. 4. Para que recebesse apoio e orientação; para que se unisse à missão e organização da igreja. 5. Pediu que Ananias procurasse Saulo, e orasse para que ele recuperasse a visão; Ananias deve ter achado estranho, porque Saulo era perseguidor da igreja, mas atendeu à ordem do Senhor. 6. Paulo aceitou o chamado para seguir Jesus e pregar o evangelho; Agripa recebeu o chamado do Espírito Santo, mas tratou com ironia e indiferença. 7. Humildade, vontade de servir, obediência, desprendimento e disposição para dar a vida para salvar os semelhantes. 

COMENTÁRIO

Introdução

O reavivamento genuíno causará um impacto visível na vida prática daqueles que o experimentarem. Reavivamento sem reforma não se comprovará verdadeiro, pois toda vez que o Espírito de Deus, mediante Sua Palavra, encontrar espaço na vida espiritual dos indivíduos, produzirá frutos dignos de uma nova vida em Cristo.

“Onde quer que a Palavra de Deus tenha sido fielmente pregada, seguiram-se resultados que atestaram de sua origem divina. O Espírito de Deus acompanhou a mensagem de Seus servos, e a Palavra era proclamada com poder. Os pecadores sentiam que sua consciência era despertada. A luz que ‘alumia a todo homem que vem ao mundo’ iluminava-lhes os íntimos recessos da alma, e as coisas ocultas das trevas eram manifestas. Coração e espírito eram tomados de profunda convicção. Ficavam convencidos do pecado, da justiça e do juízo vindouro. Tinham a intuição da justiça de Jeová e sentiam terror de aparecer, em sua culpa e impureza, diante dAquele que examina os corações. Com angústia exclamavam: ‘Quem me livrará do corpo desta morte?’ Ao revelar-se a cruz do Calvário, com o infinito sacrifício pelos pecados dos homens, viram que nada, senão os méritos de Cristo, seria suficiente para a expiação de suas transgressões. Somente esses méritos poderiam reconciliar os homens com Deus. Com fé e humildade, aceitaram o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Pelo sangue de Jesus tiveram "a remissão dos pecados passados" (O Grande Conflito, p. 461).

Domingo, 28 de julho - Vida transformada

Mark Finley diz que o chamado para o reavivamento “é um chamado ao cristianismo verdadeiro e autêntico. Não é um apelo a uma experiência superficial. Não é um chamado para o exterior sem o interior. É um chamado para permitir que o Espírito Santo queime todo traço de mundanismo, rebelião e falta de comprometimento e nos dê o brilho de uma genuína experiência com Deus” (O Reavivamento Prometido, p. 51).

Foi pela atuação direta do Espírito Santo que uma coragem igualmente santa se apoderou do vacilante e inseguro apóstolo, ao responder às ameaças do sumo sacerdote: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5:29). A obediência a Deus passou a ser o tema do coração de Pedro. Ele não mais vacilaria entre a vontade e o dever. As circunstâncias não mais determinariam suas atitudes diante dos desafios espirituais. Os reclamos divinos ocuparam o lugar em que sempre deveriam estar: o centro de sua vida e experiência religiosa.

A injustiça, hipocrisia e rebelião da casta sacerdotal judaica, havia décadas apostatada da verdadeira piedade, encontraram em Pedro um acirrado acusador. Uma voz denunciadora cheia de coragem e convicção bradava em nome dos milhares de sinceros filhos de Deus negligenciados, enganados e até perseguidos por aqueles que deveriam ser seus guias espirituais.

O clímax do compromisso de Pedro com a verdade e sua indignação com a injustiça dos líderes da nação se revelaram na mais séria denúncia: “O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro” (At 5:30).

A essa séria acusação ele acrescentou palavras que confirmavam como fidedigna a fonte dessa informação: “E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que Lhe obedecem” (At 5:32, RC). Assim, por palavra e por exemplo Pedro estabeleceu uma estreita relação entre obediência, fidelidade e a manifestação do Espírito Santo na vida dos filhos de Deus.

Segunda, 29 de julho - O alto preço da obediência

Estêvão foi escolhido para fazer parte de um grupo seleto de “homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria” (At 6:3). Os versos 5, 8 e 10 confirmam que ele preenchia as mais elevadas expectativas estabelecidas pelos apóstolos, e isso ficou evidente em seu poder de argumentar em favor da verdade e contra os enganos de alguns líderes judaicos, o queo povo, anciãos e escribas contra ele, os quais ´não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava” (At 6:10).

Em decorrência de sua fidelidade e coragem, Estêvão experimentou o que significa ser fiel até a morte ( Ap 2:10).

Deus deseja que cada cristão decida ser fiel a Ele custe o que custar, a despeito das circunstâncias e que enfrentemos as provações confiantes no poder e no cuidado de Deus.

Por outro lado, aqueles que vivem sob a influência do hedonismo moderno, não sabem o que significa fidelidade. Nunca tiveram tal experiência e a consideram uma excentricidade religiosa.

Até que ponto você será fiel? Alguns cristãos dizem: “Se for cômodo, se não demandar renúncia ou prejuízo, se não sacrificar meus prazeres, então serei fiel...” Mas, “os embaixadores de Cristo não têm nada a ver com as consequências. Eles devem realizar seu dever e deixar os resultados com Deus” (O Grande Conflito, p. 609). Como devemos tomar decisões morais? Ellen G.White escreveu: “Ao decidir sobre qualquer curso de ação, não devemos perguntar se isso trará prejuízo, mas se estaremos cumprindo a vontade de Deus” (Patriarcas e Profetas, p. 634).

Esse princípio sustenta a admoestação dada por Cristo: “Não temas as coisas que tens de sofrer [...] Sê fiel até a morte” (Ap 2:10). Esse pode ser o preço da fidelidade, especialmente no contexto da intolerância religiosa prevista para o fim dos tempos. Mas muitos cristãos estão sucumbindo hoje ao serem provados por circunstâncias muito menos rigorosas. Se não conseguirmos ser fiéis no pouco, provavelmente não seremos no muito.

Terça, 30 de julho - Quando o Espírito surpreende

O Espírito Santo atua de forma incisiva em nossa vida, alterando radicalmente a nossa trajetória, mudando valores, cosmovisão, prioridades, alvos, etc. Esse fenômeno é um milagre chamado conversão.

O Espirito Santo nos surpreende pelo que faz em nós e por meio de nós. É impressionante perceber o que já foi realizado por pessoas simples, doutores, camponeses, empresários, operários, catedráticos, donas de casa, etc. Qualquer pessoa que permitir que Ele atue em seu ser, sentirá os efeitos de Sua atuação na vida pessoal e, por seu intermédio, na vida de outros. Pelo exemplo de governantes, profetas, apóstolos e pessoas simples, como Ellen G. White, William Carrey, John Wesley, Martinho Lutero e outros, percebemos que o mundo pode ser abalado pela atuação de uma pessoa que permite ser usada, sem reservas, pelo Espírito de Deus.

“Você pode ser uma grande bênção para outros se entregar-se, sem reservas, ao serviço do Senhor. Será concedido a você poder do alto, se tomar posição ao lado do Senhor. Por meio de Cristo você pode escapar da corrupção que pela concupiscência há no mundo, e ser um nobre exemplo do que Cristo pode fazer pelos que cooperam com Ele” (Medicina e Salvação, 43).

Paulo e Ananias foram dois grandes exemplos de que é impossível prever a utilidade de alguém que, renunciando ao próprio eu, se coloca sem reservas sob a direção do Espírito Santo. Embora sabendo que somos tentados a ter o domínio, o controle e reunir grande volume de informação antes que possamos avançar em determinado curso de ação, eles permaneceram obedientes e fiéis mesmo sem entender tudo a respeito da tarefa a eles confiada. Isso é o que significa fé: andar com convicção, mesmo não vendo tudo, não tendo todas as respostas, porque “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11:1).

Quarta, 31 de julho - Sensibilidade ao chamado do Espírito

Paulo disse: “Ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial”(At 26:19). Agripa disse: “Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!” (At 26:28). Essas duas afirmações estão em posições diametralmente opostas. O apóstolo afirmou sua submissão à revelada vontade de Deus para sua vida. Uma vez que ele identificou a visão na estrada de Damasco como sendo a voz de Deus, decidiu ser obediente a essa voz e permitir que o Espírito Santo mudasse o curso de sua vida. Sua trajetória foi reprogramada e o perseguidor se tornou perseguido. O grande oponente do cristianismo passou a ser o grande expoente. O feroz acusador do povo de Deus veio a ser um dos seus mais eminentes defensores.

“Profundamente impressionado, Agripa perdeu de vista por um momento o ambiente e a dignidade de sua posição. Tendo apenas consciência das verdades que tinha ouvido, vendo somente o humilde prisioneiro que estava diante dele como embaixador de Deus, respondeu involuntariamente: ‘Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!’. [...] Festo, Agripa e Berenice podiam, com justiça, trazer nos pulsos os grilhões que acorrentavam o apóstolo. Eram todos culpados de graves crimes. Esses transgressores tinham ouvido nesse dia a oferta de salvação mediante o nome de Cristo. Um, pelo menos, estivera quase persuadido a aceitar a graça e o perdão oferecidos. Mas Agripa afastou a misericórdia oferecida, recusando-se a aceitar a cruz de um Redentor crucificado. A curiosidade do rei foi satisfeita, e levantando-se deu a entender que a entrevista havia terminado” (Atos dos Apóstolos, p. 438).

Se Agripa quis dizer que Paulo quase o persuadiu a se tornar cristão ou que o apóstolo ofereceu poucos argumentos para o convencer a se tornar cristão, pode não ser o principal ponto de discussão, já que, de uma forma ou de outra, o rei rejeitou a mensagem de salvação que veio graciosamente suprir sua maior necessidade.

Submissão, harmonia e fidelidade à luz que chega até nós: Esse é um sério desafio colocado diante da igreja e de cada cristão. Temos um glorioso conjunto de verdades biblicamente fundamentadas que iluminam nossos passos como indivíduos, família e igreja. Não precisamos errar por falta de orientação profética, pois a temos em abundância. Nosso desafio é viver em harmonia com essa luz. Os exemplos de Paulo e de Agripa representam duas classes de pessoas e de respostas à verdade da Palavra de Deus. Uma delas poderá celebrar e dizer com convicção: “Obedeci à revelação celestial”. A outra terá que declarar: “Quase decidi tornar-me cristão” ou “Foi pouco o que me ofereceram para que me tornasse um cristão”. Ficará demonstrado o seguinte princípio: “Quase salvo, totalmente perdido”!

Dia a dia estamos definindo qual será nossa experiência final.

Quinta, 1º de agosto - Obediência guiada pelo Espírito

Jesus foi obediente até a morte de cruz. Ele foi além do que poderíamos chamar de limite. Não havia limites para Sua fidelidade aos propósitos estabelecidos pela Divindade da qual fazia parte. “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (Hb 5:8, RC).

Esta é a essência da vida no Espírito: obediência, submissão e fidelidade a Deus e à Sua Palavra. Jesus manifestou a presença do Espírito Santo em Sua vida, não apenas por uma espiritualidade arrebatadora evidenciada por maravilhas e sinais miraculosos, mas mediante uma vida humilde e obediente à soberania de Deus, o Pai, e às orientações do Espírito.

O apóstolo Pedro chama os cristãos da dispersão de “eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo” (1Pe 1:2). O Espírito Santo opera na mente humana convencendo-a “do pecado, e da justiça e do juízo” (Jo 16:8, RC), para a santificação e constante progresso na obediência, isto é, harmonia com a vontade de Deus.

Assim, nós, em cujo coração habita o Espírito, devemos confiar em Deus e fazer o que é certo, crendo que Ele cuidará das consequências de nossa fidelidade. As consequências daquilo que fazemos de maneira correta, segundo a orientação das Escrituras, não são mais problemas nossos, mas de Deus.

Você gostaria de confiar em Deus e ser fiel a toda a Sua vontade revelada? Busque o poder do Espírito Santo e Ele capacitará você, purificando a sua alma, “pela [sua] obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido (
1Pe 1:22).

Conclusão

Deus não apenas espera, mas também oferece os recursos para que aqueles que forem cheios do Espírito Santo e experimentarem o genuíno reavivamento, demonstrem isso numa experiência de vida transformada e obediência a Seus mandamentos, porque a verdadeira reforma deve seguir o verdadeiro reavivamento. Por isso, devemos ter cuidado com os falsos movimentos religiosos de reavivamento. Falso reavivamento não é seguido de reforma de vida. Ele não contempla a obediência aos mandamentos de Deus. Falso reavivamento é sentimentalismo, emocionalismo, arroubo e comoção com pretexto religioso sem compromisso com uma vida reta de obediência a Deus.
“Santidade não é arrebatamento: é inteira entrega da vontade a Deus; é viver por toda palavra que sai da boca de Deus; […] é andar pela fé [...] é apoiar-se em Deus com indiscutível confiança, descansando em Seu amor” (
Atos dos Apóstolos, p. 51).

Se alguém andar em intimidade com Deus, sua vida evidenciará isso tanto no interior como no exterior. O amor de Cristo e o fruto do Espírito fruirão dele mediante palavras e gestos de amor. Os homens verão os efeitos dessa vida transformada e glorificarão o nome de Deus.

Seja essa a sua experiência!



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