Lição 2 - Oração: a
força vital do
reavivamento
6
a 13 de julho
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Sl 120–134
VERSO PARA
MEMORIZAR:
“Ora, se
vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais
vosso Pai, que está nos Céus, dará boas coisas aos que Lhe pedirem?” (Mt 7:11).
Leituras da Semana:
Deus age poderosamente
quando Seu povo ora. Alfred Lord Tennyson estava certo quando disse: “Mais
coisas são realizadas pela oração do que este mundo imagina.” Ao longo das
Escrituras, os grandes reavivamentos foram banhados em oração. O Antigo
Testamento registra a intercessão dos patriarcas e profetas, quando eles
buscaram o reavivamento. Moisés, Davi e Daniel pediram poder ao Todo-poderoso.
O livro de Atos mostra os cristãos do Novo Testamento ajoelhados alcançando o
Céu, buscando o derramamento do Espírito Santo.
A vida de oração de Jesus revela uma dependência constante de Seu Pai celestial. Os evangelhos nos dão vislumbres da fonte de Seu poder espiritual. Quando estava ajoelhado, a sós com o Pai, o Salvador recebia maior força.
“Só podemos esperar um reavivamento em resposta à oração” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121). Na lição desta semana, examinaremos o papel que a oração teve em alguns dos grandes reavivamentos da Bíblia.
Domingo
Ano Bíblico: Sl 135–139
Oração e reavivamento em
Atos
Os
cristãos primitivos ficaram cheios do poder do alto. O Espírito Santo foi
derramado de maneira acentuada. Corações foram tocados, vidas transformadas. O
evangelho entrou nos lugares mais difíceis, e milhares foram convertidos. Em
Atos 2, três mil foram acrescentados à igreja (At 2:41). Atos 4:4 registra que
somente o número de homens que creram subiu “a quase cinco mil”. Mesmo muitos
dos líderes religiosos, que se opuseram a Jesus, tornaram-se obedientes à fé
(At 6:7).
A história desse crescimento fenomenal continua em Atos 9: “A Igreja [...] por
toda a Judeia, Galileia e Samaria [...] crescia em número” (At 9:31). Nos
capítulos 10 a 12 de Atos o evangelho havia atravessado as fronteiras culturais
e geográficas.
O centurião romano e o tesoureiro da rainha da Etiópia foram batizados. Atos 1
diz que cerca de 120 fiéis se reuniram no cenáculo (At 1:13, 15). As melhores
estimativas são de que, no fim do primeiro século, havia pelo menos um milhão
de cristãos no Império Romano. Com base em qualquer padrão, esse é um
crescimento notável. Qual foi o segredo?
1. Qual foi a principal
razão para o crescimento da igreja do Novo Testamento? At
1:4, 8, 14; 2:42; 4:31,
33; 6:3,
4
O
Pastor R. A. Torrey foi um poderoso pregador do reavivamento no fim do século
dezenove e início do século vinte. Ele conduziu reuniões de reavivamento na
Grã-Bretanha de 1903 a 1905 e na América do Norte em 1906 e 1907. Lamentando as
muitas atividades dos cristãos, ele declarou: “Estamos ocupados demais para
orar. Por isso, estamos muito ocupados para ter poder. Temos grande quantidade
de atividades, mas realizamos pouco; muitos serviços, mas poucas conversões,
muitos equipamentos, mas poucos resultados.”
Você
está muito ocupado para orar? Como pode desacelerar o suficiente para dedicar
tempo à oração? Pense nas desculpas que tem para adiar e nas suas razões para
fazer outras coisas. No fim, o que está perdendo por não gastar tempo em
oração?
Segunda
Ano Bíblico: Sl 140–144
A vida de oração de
Jesus
2. Quais são as três
coisas específicas reveladas na Bíblia sobre a vida de oração de Jesus? Mc
1:35; Lc
5:16; 9:18
Cristo
estava continuamente recebendo do Pai, para que pudesse comunicar a nós. Ele
disse: ‘A palavra que estais ouvindo não é Minha, mas do Pai, que Me enviou’
(Jo 14:24). ‘O Filho do Homem [...] não veio para ser servido, mas para servir’
(Mt 20:28). Ele viveu, pensou e orou, não para Si mesmo, mas em favor dos
outros. Das horas passadas com Deus Ele saía manhã após manhã, para levar a luz
do Céu aos homens. Diariamente Ele recebia um novo batismo do Espírito Santo.
Nas primeiras horas do novo dia o Senhor O despertava de Seu sono, e Sua mente
e lábios eram ungidos com graça, para que Ele pudesse transmitir aos outros”
(Ellen G. White, The Review and Herald, 11 de agosto de 1910).
3. Examine as passagens
abaixo. Identifique cada uma das coisas pelas quais Jesus orou. Como as orações
de Jesus revelam Suas preocupações mais importantes? Qual é o componente mais
característico das orações de Jesus? Jo
17:20-24; Lc
22:31, 32; Mt
26:36-44
A
oração era uma parte vital da vida de Jesus. Era a corda que O ligava ao Pai.
Diariamente o Salvador renovava Seu relacionamento com o Pai por meio da
oração. A vida de oração de Jesus Lhe dava coragem e força para enfrentar as
tentações do inimigo. Ele saía desses momentos de oração com mais profundo
compromisso de fazer a vontade do Pai. Eles comunicavam poder e renovação
espiritual. Descrevendo um desses momentos, Lucas acrescentou: “Estando Ele
orando, transfigurou-se a aparência do Seu rosto, e as Suas vestes ficaram
brancas e mui resplandecentes” (Lc 9:29, RC). Por Sua vida de oração, Jesus
experimentava a cada dia refrigério espiritual e renovada experiência com o
Pai.
Gaste
alguns momentos refletindo sobre ocasiões específicas em que Deus respondeu
poderosamente às suas orações. Lembrar dessas experiências e refletir sobre
elas pode aprofundar sua vida de oração?
Terça
Ano Bíblico: Sl 145–150
Orando juntos
Embora
Jesus muitas vezes dedicasse tempo orando sozinho, houve várias ocasiões em que
Ele encorajou Seus discípulos mais próximos a orar com Ele. Pedro, Tiago e João
O acompanharam ao monte da transfiguração (Mt 17:1, 2). Cristo os exortou a Se
unir com Ele em oração no Getsêmani (Lc 22:39-46). Há poder incomum quando
oramos juntos.
4. Analise atentamente Mateus
18:19, 20. Como você resumiria a declaração de Jesus a respeito da união na
oração?
“A
promessa é feita na condição de que as orações do povo de Deus sejam unidas e,
em resposta a essas orações, pode ser esperado um poder maior do que aquele que
vem em resposta à oração individual. O poder dado será proporcional à unidade
dos membros e seu amor a Deus e de uns para com os outros” (Ellen G. White, The
Central Advance [O Avanço Central], 25 de fevereiro de 1903).
John Bunyan declarou: “Você pode fazer mais do que orar, depois de ter orado,
mas não pode fazer mais do que orar até que tenha orado.”
Quando nos envolvemos em fervorosa e sincera intercessão, o Espírito Santo atua
poderosamente de maneira miraculosa, por meio das nossas orações unidas.
5. Qual foi a atitude da
igreja diante da dificuldade de Pedro? Existe poder na oração que fazemos
juntos? At
12:1-16
Sem
dúvida, nesse caso, Pedro teve uma libertação miraculosa. Foi tão intensa que
Pedro não teve certeza de que era real e de que ele não estava em visão.
Somente depois, ele percebeu o que tinha acontecido. É importante notar que
essa passagem afirma duas vezes que as pessoas estavam orando juntas.
Considerando as circunstâncias difíceis, isso não é de admirar. Não há dúvida
de que devemos fazer o mesmo, especialmente quando enfrentamos desafios na
comunidade, como aconteceu naquele tempo.
Quarta
Ano Bíblico: Pv 1–3
Nossa liberdade
Você
já se perguntou por que a oração é tão vital? Por que temos que pedir o
Espírito Santo? Deus não está disposto a nos dar o Espírito Santo?
A resposta a essas perguntas está na compreensão do respeito de Deus pela nossa
liberdade de escolha. Ele nos criou com a capacidade de fazer escolhas morais.
Deus está fazendo tudo o que pode por nós e através de nós, antes de orarmos,
mas Ele respeita nossas escolhas (Sl 78:41, 42).
Na oração, reconhecemos livremente nossa total dependência de Deus e Lhe damos
a liberdade de intervir em nossa vida. Quanto mais oramos, mais reconhecemos
Sua total suficiência. Quando oramos, Seu Espírito Santo prepara nosso coração
para receber mais dEle. Quanto mais oramos, mais permitimos que o Espírito
Santo “crucifique” nossos desejos pecaminosos. No grande conflito entre o bem e
o mal, a oração permite que Deus opere com mais força em nossa vida.
6. Analise 2
Coríntios 10:3-5. Como você definiria a expressão “as armas da nossa
milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus”? Quais são essas armas? Que
tipo de guerra Paulo estava mencionando, e por que ele usou esse tipo de
imagens?
Como
adventistas do sétimo dia, entendemos a realidade do grande conflito entre
Cristo e Satanás. Sabemos que ele é real e que todos estamos envolvidos.
Deixados sozinhos, estaríamos sem esperança contra o inimigo. Nossa única
esperança é nossa conexão com Jesus, e no centro dessa conexão está nossa vida
de oração – a arma espiritual para a batalha espiritual, uma arma que nenhum de
nós pode dispensar. Se Jesus precisava orar, muito mais necessitamos.
“Nós também temos de ter momentos para meditação, oração e para receber
conforto espiritual. Não apreciamos como deveríamos o poder e eficácia da
oração. A oração e a fé farão o que nenhum poder da Terra conseguirá realizar”
(Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 509).
De
que forma você experimentou a dura realidade do grande conflito em sua vida?
Como a oração ajudou você nessa luta? Sem oração, o que seria de você?
Quinta
Ano Bíblico: Pv 4–7
Oração eficaz
Há
muitas maneiras eficazes de orar. Algumas pessoas acham útil ajoelhar-se diante
de Deus com a Bíblia aberta. Em seguida, leem alguns versos e conversam com
Deus sobre o que estão lendo.
Os Salmos são especialmente inspiradores como assunto para oração. Tente
meditar sobre um determinado salmo durante seus momentos de comunhão. Tome um
verso de cada vez. Leia em voz alta, depois fale com Deus sobre o que o texto
está dizendo a você.
Outros descobriram que os mais significativos momentos de oração foram passados
a sós com Deus, em ambiente natural, tranquilo. Ainda outros têm utilizado
música durante a oração.
7. O que aprendemos sobre
a oração eficaz nos seguintes versos?
10. Qual é o significado
de “súplica” em Efésios
6:18 e Filipenses
4:6? Por que isso é um componente importante da oração?
Embora
não queiramos dar uma fórmula para a oração, em linhas gerais poderia ser
assim: Começamos com louvor e adoração, agradecendo a Deus por Sua bondade para
conosco. Em seguida, confessamos nossos pecados e defeitos e, em seguida,
agradecemos a Deus pelo Seu perdão. Concluímos com súplicas, levando a Ele
nossos pedidos, sempre buscando uma atitude de submissão e confiança no poder
divino.
Sua vida de oração não tem sido o que deveria ou poderia ser? O que você
precisa mudar? Por que não fazer um esforço mais concentrado para dedicar mais
tempo à oração? Isso pode mudar sua vida!
Sexta
Ano Bíblico: Pv 8–11
Estudo adicional
“Apresentemos
continuamente ao Senhor nossas necessidades, alegrias, pesares, cuidados e
temores. Não O podemos sobrecarregar; não O podemos fatigar. Aquele que conta
os cabelos de nossa cabeça, não é indiferente às necessidades de Seus filhos.
‘Porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso’ (Tg 5:11, RC). Seu coração
amorável se comove ante as nossas tristezas, ante nossa expressão delas.
Levemos-Lhe tudo quanto nos causa perplexidade. Coisa alguma é demasiado grande
para Ele, pois sustém os mundos e rege o Universo. Nada do que de algum modo se
relacione com nossa paz é tão insignificante que Ele não observe. Não há em
nossa vida um capítulo demasiado obscuro que Ele não o possa ler; perplexidade
alguma por demais intrincada que não a possa resolver. Nenhuma calamidade
poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos, ansiedade alguma lhe atormentar
a alma, nenhuma alegria possuí-lo, nenhuma prece sincera escapar-lhe dos
lábios, sem que seja observada por nosso Pai celeste, ou sem que Lhe atraia o
imediato interesse. Ele “sara os quebrantados de coração e liga-lhes as
feridas” (Sl 147:3, RC). O relacionamento entre Deus e cada pessoa é tão
particular e pleno, como se não existisse ninguém mais por quem Ele houvesse
dado Seu bem-amado Filho” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 100).
Perguntas para reflexão
1.
Por que precisamos orar se Deus conhece tudo? Talvez a resposta mais importante
é que, repetidamente, a Bíblia nos diz que devemos orar. Mesmo que não
entendamos como a oração funciona, os que oram sabem que ela funciona. Você
toma um medicamento que ajuda a trazer cura ao seu corpo, mesmo sem saber como
essa medicação funciona. É o mesmo com a oração. Que outras razões você pode
dar para a importância da oração?
2. Considere a citação de Ellen G. White, acima, especialmente as três últimas
linhas. Que escolhas você pode fazer para entrar em íntima comunhão com o
Senhor?
3. Comente sobre a realidade do grande conflito e como ele está sendo
manifestado em sua igreja. Orar unidos pode ajudá-los a resolver seus desafios?
Respostas sugestivas: 1. Esperaram a promessa do Espírito
Santo em oração; testemunharam e pregaram a Palavra pelo poder obtido em
oração; a comunhão os levou à fraternidade e perseverança na doutrina
apostólica. 2. Jesus orava de madrugada, em lugares solitários e com frequência.
3. Jo 17:20-24: Unidade dos cristãos para que o mundo acreditasse no Salvador
do mundo e fosse salvo. Lc 22:31, 32: Conversão de Pedro após o profetizado
fracasso espiritual. Mt 26:36-44: Que o cálice do sofrimento fosse retirado
dEle, mas que fosse feita a vontade do Pai, ou seja, o sacrifício de Seu Filho
para nos Salvar. As orações de Jesus sempre demonstraram preocupação com a
felicidade das pessoas. 4. Deus atende às nossas orações quando elas refletem a
unidade da igreja e quando buscamos o bem de todos. Só assim podemos dizer que
estamos reunidos em nome de Jesus. 5. Enquanto Pedro esteve preso a igreja orou
sem cessar. No momento em ele foi libertado pelo anjo, a igreja estava orando.
6. Estamos envolvidos numa guerra espiritual. Por isso, precisamos usar as
armas espirituais da comunhão com Deus: oração e estudo da Bíblia. 7. Os fiéis
estão sempre em comunhão com Deus. Os que sempre louvam a Deus por Sua
proteção, continuam vendo a Sua salvação. 8. Confissão de pecados,
reconhecimento de que o sofrimento da nação era resultado da transgressão da
lei de Deus e súplica por misericórdia. 9. Ação de graças. 10. Pedido
insistente e humilde, demonstrando dependência e confiança em Deus.
ESCOLA SABATINA
Texto-chave: Lucas 9:28;
Mateus 18:19, 20
O aluno deverá...
Conhecer: (1) A total impossibilidade de desenvolver sem oração, uma experiência íntima com Jesus, e perceber o enorme privilégio de conhecê-Lo profundamente por meio da oração. (2) A relação íntima entre oração e reavivamento.
Sentir: Completa dependência de Jesus e submissão a Ele, evitando a atitude de orgulho, complacência e independência.
Fazer: Reservar diariamente horários específicos para conhecer Jesus por meio da oração.
Esboço
I. Conhecer: Vitalidade espiritual
A.
Por que a oração é um aspecto integrante do reavivamento espiritual?
B. Por que é tão importante reconhecer que, sem oração, nossa vida espiritual é
vazia, estéril e fraca? Por que somos impotentes para enfrentar as tentações de
Satanás em nossa própria força?
II. Sentir: Satisfação espiritual
A. Como você se sente depois de haver passado momentos de profunda e significativa comunhão com Deus? Como você se sente quando começa o dia sem essa comunhão?
B. Em sua experiência pessoal, por que é tão significativo passar tempo a sós com Deus? Por que essa comunhão é importante para você?
III. Fazer: Disciplina espiritual
A. A oração requer disciplina espiritual. Decida reservar cada dia tempo específico para orar. Isso tem sido uma bênção para você?
B. Muitas vezes, também é uma bênção orar com um amigo. De que forma você foi abençoado ao participar de um grupo de oração com amigos? Se você não faz parte de um grupo de oração, por que não cria seu próprio grupo ou se une a um grupo existente?
C. Se você tem uma lista de oração, considere as coisas específicas pelas quais você tem orado. Quais são os benefícios de orar sistematicamente por essas coisas?
Resumo: Por meio da oração, entenderemos mais
o coração de Deus, conheceremos mais plenamente Sua vontade e experimentaremos
Sua presença de maneira mais poderosa. Sua sabedoria e força vão se tornar
nossas. A oração é um canal de comunicação entre nós e Deus. Ela abre o coração
à chuva do Espírito Santo para o reavivamento. Sem oração, não haverá
reavivamento duradouro.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando a Palavra: Atos 4:31
Conceito-chave para o
crescimento espiritual: Conceito-chave
para o crescimento espiritual: Os discípulos enfrentaram desafios esmagadores
nas tentativas de alcançar sua geração para Cristo. O Império Romano estava
envolvido pela filosofia grega, dominado pelo poder militar, obcecado pela
busca do prazer e consumido por intrigas políticas. Era quase impossível
alcançar corações endurecidos e mentes insensíveis. Os discípulos reconheceram
essa realidade e abriram o coração ao poder do Espírito Santo. O que parecia
impossível se tornou possível por meio do poder divino. A experiência dos
discípulos nos fala que Deus tem poder para usar pessoas que oram a fim de
alcançar a sociedade do século 21.
Somente para
o professor: A lição desta
semana enfatiza a oração. Estudaremos a vida de oração de Jesus e dos
discípulos, e o valor da oração em grupo. Analisaremos também o papel da oração
no grande conflito entre o bem e o mal. Na Bíblia, a oração é o centro da vida
cristã e de cada reavivamento. Sem oração, não há reavivamento. O exemplo de
Jesus e a ênfase dos discípulos na oração servem de modelo para a igreja hoje.
Discussão de abertura: Jesus costumava encontrar lugares
calmos para oração e comunhão com o Pai. É difícil ficar tranquilo na sociedade
de hoje, saturada pela mídia. Mesmo em culturas não dominadas pela mídia, é
difícil encontrar tempo para ficar a sós. Em quais lugares você pode estar a
sós com Deus?
Peça que os alunos mencionem pelo menos dez lugares em que encontraram seu
“Getsêmani” ou “deserto” para passar tempo a sós com Deus.
Perguntas
para discussão:
1. Que lições da vida de oração de Jesus podemos aplicar à nossa experiência de oração?
2.
Por que, às vezes, a oração não é a prioridade de nossa vida?
Compreensão
Só para o professor: Jesus muitas vezes convidava Seus
discípulos a que se unissem a Ele em oração. Seguindo Seu exemplo, os
discípulos oraram juntos no livro de Atos. Temos uma força incomum quando
oramos juntos. Ellen G. White fez uma pergunta penetrante, salientando a importância
de orar em grupo: “Por que não sentem os crentes preocupação mais profunda,
mais fervorosa pelos que estão afastados de Cristo? Por que não se reúnem dois
ou três e instam com Deus pela salvação de determinada pessoa, e, em seguida,
oram a respeito de outra?” (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 21). Pequenos
grupos de pessoas que oram são o centro do crescimento, espiritualidade e
reavivamento da igreja.
Comentário Bíblico
Considere estas questões essenciais:
I. Quando
nos ajoelhamos para orar
(Recapitule com a classe Mt 18:19, 20.)
Jesus exortou Seus discípulos a orar juntos e manter os corações unidos. Ele
advertiu: “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a Terra,
concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á
concedida por meu Pai, que está nos Céus. Porque, onde estiverem dois ou três
reunidos em Meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18:19, 20). A palavra grega
para “concordar” significa “em completo acordo”. Ela também pode se referir a
uma peça orquestral sem notas dissonantes. Perfeita harmonia com diferentes
vozes unidas em uma sinfonia. Corações unidos e orações feitas com os irmãos
são uma canção de louvor aos ouvidos de Cristo e um testemunho do poder do
evangelho. É uma melodia alegre que traz alegria a Seu coração. Quem tem fé
ajuda quem não consegue enxergar soluções, o forte ajuda o fraco e a franqueza
de alguém é equilibrada pela mansidão do outro. Unidos em oração, os membros
compartilham alegrias e tristezas, forças e fraquezas. No texto que estamos
analisando, Cristo promete duas coisas específicas aos que estão unidos em
oração e compartilham seu louvor e petições.
1. Quando nos aproximamos de Deus unidos em oração, desejando apenas Sua
glória, Ele responderá. Quando oramos em conjunto, buscando Sua vontade, desejando
conhecê-Lo mais, pedindo o derramamento do Seu Espírito em nossa vida e na vida
daqueles por quem estamos orando, Ele responderá poderosamente. Milagres além
de nossa compreensão serão realizados. Deus honra especialmente as petições de
“dois ou três reunidos em [Seu] nome”.
2. Quando nos aproximamos de Deus em oração, unidos em Seu nome, Ele está em
nosso meio. A expressão “em Meu nome” também poderia ser traduzida como “ao Meu
nome”. Isso implica que as orações oferecidas não são apenas oferecidas por
pessoas unidas entre si, mas por pessoas unidas a Cristo. Esses cristãos que
oram estão buscando mais de Seu amor, ansiando Sua presença e desejando Sua
glória. Discípulos que oram têm a alegria de saber que Sua presença é real. Os
antigos rabinos tinham um ditado que dizia que algo especial ocorria quando
dois deles se sentavam juntos à mesa, discutindo a lei de Deus. Eles
acreditavam que a mesma glória da Shekinah, que se manifestava entre os
querubins de ouro sobre a arca da aliança e representava a presença de Deus,
repousava sobre a mesa na sala onde eles discutiam a lei e a tornavam gloriosa.
Embora exista um templo real ou santuário no Céu, onde a glória de Deus se
manifesta, em um sentido real, somos o templo de Deus, criado para manifestar
Sua glória ao mundo (1Co 3:16, 17; 6:19, 20).
Quando
oramos com corações unidos, a presença de Cristo é evidente entre nós, e Sua
glória é revelada.
Pense nisto: Quando
nos ajoelhamos para orar com os outros, Cristo promete estar em nosso meio. Não
estamos orando a Alguém distante, cuja proximidade seria quase impossível
imaginar. Por meio do Espírito Santo, Cristo está, na realidade, entre nós. Por
que, às vezes, Ele parece tão longe? O que podemos fazer para experimentar Sua
presença mais plenamente em oração?
Aplicação
Só para o professor: Pergunte
aos alunos: Como podemos ter mais eficiência na prática da oração em conjunto?
Quais são os benefícios de orar juntos? Que armadilhas poderiam existir na
oração em conjunto? Quais são algumas das coisas que podem roubar as bênçãos
dos grupos de oração?
Dica: Falar
muito, em vez de orar, orações longas, orações negativas, uma pessoa que domina
os momentos de oração, etc. Que orientações devem ser seguidas para os momentos
de oração em conjunto?
Perguntas
para reflexão/aplicação
1. Como a oração em conjunto pode se tornar parte integrante de nossa vida
espiritual?
2. O que a igreja pode fazer para dar mais ênfase aos grupos de oração?
3. Como a classe de Escola Sabatina pode dar mais prioridade aos grupos de
oração?
COMENTÁRIO SEMANAL
Douglas Reis, formado em
Teologia (Unasp - campus II, 2002), capelão universitário do IAP, autor de três
livros pela Casa Publicadora Brasileira.
Ampliação
Introdução
Quantas orações você já fez? Orou para poder se casar com a pessoa “certa”? Ou
em favor de um filho adolescente que se afastou da mensagem adventista? Pediu
coisas específicas: sucesso no vestibular, dinheiro para pagar dívidas, vencer
os traumas da infância? Agradeceu por motivos diversos: livramento em um
acidente, recuperação da saúde, emprego conseguido?
Por que oramos? Depois de uma pregação que fiz em um de nossos internatos, há
alguns anos, um menino me procurou. Ele queria saber qual é o sentido de orar.
“Não seria um comportamento esquizofrênico ‘falar sozinho’?”, foi sua
indagação, repetida como um mantra cético. Quem nunca teve a impressão de que
sua oração não era ouvida, que fazia algo à toa, sem propósito?
Provavelmente, nossas orações estejam aquém do que deveriam ser. Lembro-me de
quando minha mãe espionava a agenda de meu irmão na adolescência. Uma vez que
ele não contava sobre sua vida, mamãe passou a investigar as coisas à maneira
dela. Semelhantemente, parece que pouco temos nos comunicado com Deus. Falamos
em casos de urgência, mas sem compartilhar o que vai no coração. Seríamos, como
adolescentes rebeldes, avessos ao controle paterno? Se não recuperarmos o
sentido da oração – passar tempo com um Amigo precioso – estaremos repetindo exercícios
mecânicos. E repetindo sem chegar a resultado nenhum!
Mais
do que lembrar de tudo que o Senhor já fez por nós, é chegado o momento de uma
nova experiência. Algo mais profundo. Orar tem que representar um abandono da
superfície. Afinal, somente a verdadeira busca pode ser recompensada. Jesus nos
assegurou: “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus
filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que
lhe pedirem!” (Mt 7:11, NVI). Se Ele prometeu, compensa prosseguirmos e
redobrar nosso fervor.
Domingo, 7 de julho -
Oração e reavivamento em Atos
Um dos casos mais instrutivos sobre reavivamento se acha registrado em 1 Samuel
7. Aculturados, os israelitas seguiam práticas cananeias, o que incluía a adoração
aos deuses das nações vizinhas. A situação, que perdurou durante o livro de
Juízes, chegou ao ápice quando os filisteus roubaram a arca da aliança, símbolo
da presença divina (1Sm 4:10, 11).
Samuel liderou o povo, desanimado e ainda sob o efeito de perdas humanas, a um
novo encontro com Deus. Décadas se passaram e o trabalho contínuo de Samuel
finalmente surtiu efeito: os inimigos foram vencidos e a vitória comemorada
como um favor divino (1Sm 7:10-13).
Esse exemplo ilustra o fato de que Deus abençoa Seu povo na medida em que ele
responde à direção do Céu. No livro de Atos, não é diferente. Obviamente, o
contexto cultural mudou. Não vemos mais os primeiros cristãos envolvidos em
guerras contra outros povos, como o Antigo Testamento retrata. Guerras com
caráter religioso foram resultado de revelação especial dentro das
circunstâncias históricas específicas de Israel. Então, a guerra passou a ser
outra (cf. Ef 6:12). E, se no passado a comunhão com Deus era decisiva em caso
de conflitos, muito mais agora.
Os testemunhos revelam a necessidade que os apóstolos possuíam de ser
capacitados pelo poder do Espírito Santo. “A obra comissionada aos discípulos
iria requerer grande eficiência, porque a onda do mal corria profunda e forte
contra eles. Um vigilante e determinado líder estava no comando das forças das
trevas, e os seguidores de Cristo somente poderiam batalhar pelo direito com o
auxílio que Deus, pelo Seu Espírito, lhes daria.” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos,
p. 31).
Toda geração possui suas lutas. Para cada momento da história, Deus Se acha
interessado no sucesso espiritual de Seu povo – o que, em última análise, está
relacionado com cada aspecto da vida. No livro de Atos, encontramos a igreja
vivendo em comunhão plena (At 1:14; 2:42-47; 4:32-35; 5:41-42; 13:1-3).
No mundo contemporâneo, há outros desafios. O contexto mudou novamente, porém,
precisamos redescobrir a importância da oração, algo que marcou a igreja em seu
nascimento (At 1:4, 8, 14; 2:42; 4:31, 33; 6:3, 4).
Segunda, 8
de julho - A vida de oração de Jesus
Evidentemente, a ênfase na oração não teve início com a igreja dos apóstolos.
Antes deles, Jesus já havia demonstrado suficientemente a importância da prece.
Aliás, os apóstolos se interessaram pela forma íntima com que Jesus falava com
o Pai (Lc 11:1) – foi Seu exemplo que os motivou a levar uma vida de oração.
As decisões importantes de Jesus não foram tomadas sem consultar a Deus (cf. Jo
17). Até nos momentos em que Seus milagres causavam grande impacto sobre as
massas, Jesus subitamente Se isolava. Ele assim procedia para buscar a Deus na
tranquilidade da oração (Mt 14:22-23; Lc 4:42).
Se
Jesus, sendo quem era, priorizou a oração, quanto mais necessidade dela temos
nós, pecadores, de fazer o mesmo! Por outro lado, temos que nos esforçar ainda
mais, uma vez que, ao contrário do Mestre, nossa inclinação humana repele as
coisas espirituais. É exagero dizer que, quando nos entregamos a Cristo, a
comunhão se torna natural ou que passa a ser algo consequente. Estamos em uma
luta espiritual (1Co 9:27). A semelhança com Jesus é uma busca que durará a
vida inteira (Fp 3:12-14).
Terça, 9 de julho - Orando juntos
Além dos momentos a sós com Deus, o exemplo de Jesus inclui orações realizadas
em grupo. O Salvador não apenas incentivou essa prática, mas também garantiu
que ela seria recompensada (Mt 18:19-20). O texto merece ser cuidadosamente
analisado.
Nessa seção do evangelho, Jesus tratou a respeito de como agir com o irmão em
erro. A seguir, Ele enfatizou que Sua igreja tem o poder de se conectar
diretamente com o Céu (v. 18). Decisões tomadas pelo corpo de Cristo não são
decisões meramente humanas, mas de consequência eterna. Há um reflexo no Céu
quando a igreja, ao pregar o evangelho, “liga” a Deus as pessoas (que aceitam a
mensagem); de modo similar, quando a disciplina eclesiástica é exercida, alguém
é “desligado no Céu”.
Essa dinâmica fornece a chave para a compreensão dos versos 19 e 20. Portanto,
não é qualquer coisa que os discípulos venham a pedir que será atendida pelo
Senhor. Somente quando a igreja concorda em assuntos espirituais, mantendo sua
unidade, Deus a atende. A esse respeito, Jesus declarou: “Se vocês permanecerem
em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e
lhes será concedido” (Jo 15:7, NVI).
Um
exemplo de como Deus atende à oração da igreja unida é visto na ocasião da
prisão de Pedro. Após ter saído miraculosamente da cadeia, ele se dirigiu a um
lar onde acontecia uma reunião de oração em favor de sua situação (At 12:12)!
Quarta, 10 de junho - Nossa liberdade
Já observamos que estamos em uma batalha espiritual. Temos que recorrer às
armas espirituais (2Co 10:3). Sem elas, nossos esforços seriam tão inadequados
quanto usar chutes durante uma luta de judô – chutar é válido no karatê e Kung
Fu, mas não no judô!
A adequação é imprescindível na luta espiritual (2Co 10:4). E que tipos de
armas usamos? Embora o texto de 2 Coríntios 10 não as mencione, há nele uma
indicação da natureza dos recursos bélicos do cristão: “Destruímos argumentos e
toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo
pensamento, para torná-lo obediente a Cristo” (2Co 10:5, NVI).
Na luta espiritual, as armas do cristão envolvem persuasão suficiente para
destruir “argumentos” contrários e levar “cativo todo pensamento”. No contexto,
Paulo estava defendendo sua maneira de trabalhar com os conflitos em Corinto.
Em vez de confronto direto movido por raiva, mágoa ou desejo de autoridade, ele
preferiu a persuasão, capaz de levar a mente de todos a se submeter a Jesus.
Em outro texto, Paulo tratou de aspectos complementares das armas espirituais,
enfatizando mais o preparo individual (Ef 6:10-18). São mencionados itens como
verdade, justiça, evangelho da paz, fé, salvação, Palavra de Deus e oração.
Somente dependendo de Deus e equipados para a batalha espiritual seremos verdadeiramente
livres.
Quinta, 11
de julho - Oração eficaz
A Bíblia não apresenta somente um modelo de oração ou uma postura física
adequada. Existem vários tipos de oração, tanto individuais, quanto públicas. O
mais importante não é como, mas a comunhão mantida com o Pai.
O texto bíblico mostra que os heróis do passado não diferiam de nós em
essência. Pessoas comuns realizaram grandes feitos porque oraram com fé e Deus
lhes respondeu com um sorriso satisfeito (Tg 5:17-18). Isso significa que não
devemos desanimar, imaginando que estamos em um nível inferior ao de pessoas
como Elias, Paulo, Daniel ou Moisés. A Bíblia não esconde os erros dos gigantes
espirituais para percebemos que eram “sujeitos às mesmas paixões que nós” (v.
17). O segredo deles – e o nosso – está na oração.
Considerações finais
Diante do que vimos até aqui, fica claro que necessitamos de uma experiência
mais vívida em nossa vida de oração. Os cristãos se notabilizaram quando
incorporaram a comunhão à vida diária. Seguindo o exemplo de Jesus, eles se
reuniam frequentemente para levar a Deus suas necessidades por meio da oração.
Na batalha espiritual, a oração é parte integrante de nosso armamento. Não
podemos rotular um modelo de oração como sendo o único exemplo correto porque
há vários outros modelos ao longo das Escrituras. Vale mais nos concentrarmos
na verdade de que seremos vitoriosos ao reconhecermos nossa dependência total
do Senhor. Não quer você, hoje mesmo, reconhecer sua necessidade e, diante da
presença do Senhor, suplicar o reavivamento?
Vídeos
Introdução - Esboço da
Lição "Reavivamento e Reforma" (aqui).
Esboço da Lição 2 -
Lição 2 - Oração: a força vital do revivamento (aqui).
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