segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ES – Lição 7 - Armas para a vitória – 4º Trim, 2012






Lição 7 - Armas para a vitória








Lição 7 de 10 a 17 de novembro

Armas para a vitória






Sábado à tarde
Ano Bíblico: At 13–15

VERSO PARA MEMORIZAR: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Ef 6:13).

Leituras da semana: Ef 6:14-18; 2Co 6:7; Ef 5:9; Rm 10:15; 1Ts 5:8; Mc 14:38

Pensamento-chave: Cada crente deve estar pessoal e individualmente armado, porque todos nós estamos envolvidos no grande conflito.

O grande objetivo de Satanás é atrair para si a lealdade que os verdadeiros crentes dedicam a Cristo. Antes da conversão, as pessoas pertencem ao reino do diabo e são dominadas por ele. Embora a conversão a Cristo afaste o crente desse domínio, não destrói completamente o poder do inimigo. Na verdade, Satanás aumenta seus esforços para destruir nossa fé e nos levar de volta para ele. É grande sua variedade de manobras enganosas. As Escrituras as chamam de “ciladas do diabo” (Ef 6:11). No entanto, não importam os enganos, manobras e ciladas do inimigo; ele não pode tirar de Cristo nenhuma pessoa determinada a permanecer fiel ao Senhor (ele até pode tornar miserável nossa vida, mas isso é outra questão).

A lição desta semana focaliza a armadura do cristão nessa guerra. Vestir toda a armadura de Deus é nossa única proteção. Portanto, precisamos entender a natureza dessa armadura, porque, sem ela, certamente nos tornaremos presas do inimigo. Com ela, nossa vitória está assegurada.

Domingo
Ano Bíblico: At 16–18

A necessidade de usar a armadura

Em Efésios 6:12, Paulo descreveu a vida cristã como uma luta. Observe que ele usou o plural. A passagem diz, literalmente: “nossa luta não é contra o sangue e a carne”. Todo cristão é retratado nesse quadro. No verso 13, ele exorta seus leitores no sentido de que se revistam de toda a armadura de Deus. É com a armadura de Deus que devemos nos equipar, e ela está disponível para nosso uso. Paulo começou o verso com a palavra “portanto”, sugerindo que, tendo em vista a natureza do conflito, essa armadura é necessária. Paulo descreveu a forma pela qual o cristão deve estar armado usando o exemplo de como um soldado romano se equipava para a batalha.

1. Que parte da armadura mostra que essa luta não apenas envolve cada cristão, mas exige o engajamento pessoal de todos? O que significa o fato de que você deve se empenhar nessa luta? Ef 6:14-17
A palavra traduzida como “luta”, originalmente se referia ao combate corpo a corpo, porém, mais tarde, foi aplicada a outros tipos de luta. Certamente, o apóstolo não tinha em mente uma luta física contra os demônios, mas o uso dessa palavra em Efésios aponta claramente para uma individualização da luta.

Embora num contexto diferente do que está sendo considerado aqui, a parábola das dez virgens, em Mateus 25:1-13, fala da questão do envolvimento pessoal nos assuntos espirituais. Ellen White aplica as condições espirituais das cinco virgens à descrição de Paulo de uma classe de pessoas que, no tempo do fim, têm “aparência de piedade”, mas negam “a eficácia dela” (2Tm 3:1-5, RC). “Essa é a classe que, em tempo de perigo, é encontrada bradando: Paz e segurança! Acalenta seu coração em sossego, e não sonha com o perigo. Quando desperta de sua indiferença, discerne sua pobreza, e roga a outros que lhe supram a falta. Em assuntos espirituais, porém, ninguém pode remediar a deficiência de outros” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 411, 412).

Há muitas coisas que somente você pode fazer por si mesmo (por exemplo, ninguém pode comer por você). Como você pode aplicar esse mesmo princípio à sua preparação para o conflito espiritual em que estamos envolvidos?

Segunda
Ano Bíblico: At 19–21
 
Cinto da verdade, couraça da justiça

“Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça” (Ef 6:14).

Embora seja um pouco difícil saber a natureza exata do cinto, parece que em Efésios 6:14 Paulo podia estar se referindo a um avental de couro que oferecia alguma proteção para a parte inferior do abdômen, mas também tornava possível a liberdade de movimento e facilidade para a ação. Nesse sentido, o cinto era uma parte básica da armadura. Esse acessório, disse Paulo, é a “verdade”. Junto com o cinto da verdade está a couraça da justiça. Assim, nesse verso Paulo ligou os conceitos de verdade e justiça.

2. Qual é a ligação entre verdade e justiça? Por que elas são tão importantes para nossa proteção espiritual no grande conflito? 1Rs 3:6; Sl 15:2; 96:13; Pv 12:17; Is 48:1; 2Co 6:7; Ef 5:9
Quando o apóstolo Paulo falou da justiça como uma couraça, no contexto da guerra espiritual, ele tinha em mente questões morais. Na batalha contra as forças do mal, fazer o que é certo e justo, ou, em outras palavras, viver a “verdade”, é tão importante para os cristãos quanto era a couraça para o soldado no campo de batalha. Quando deixamos de fazer o que é certo, quando viramos as costas ao que sabemos ser a verdade, tornamo-nos presa fácil para os ataques de Satanás, porque estamos deixando um grande buraco em nossa armadura.

Ao mesmo tempo, embora essa “justiça” inclua uma vida justa, devemos sempre nos lembrar de outro aspecto: a justiça de Cristo, que cobre o crente e continua sendo sua única esperança de salvação. Enquanto nos apegarmos à verdade de que nossa salvação repousa em Jesus, estaremos protegidos contra uma das estratégias espirituais mais eficazes de Satanás: o desânimo.

Você já foi tentado a desistir de sua caminhada com Jesus porque se sentiu desencorajado com sua vida, seu caráter e suas ações? Por que entender a verdade sobre a justiça de Cristo é tão importante para uma forte defesa contra os ataques de Satanás?

Terça
Ano Bíblico: At 22, 23

Preparação e escudo da fé

O s soldados romanos se armavam para garantir que seus passos não fossem impedidos em terrenos acidentados. Por isso, normalmente usavam sapatos cravejados com pregos afiados. Esses sapatos asseguravam boa aderência. Paulo os comparou com a “prontidão”, ou “preparação” do evangelho da paz (Ef 6:15).

3. Em que sentido o evangelho da paz provê uma “boa aderência” na guerra espiritual? Is 52:7; Rm 10:15; Ef 6:15

Efésios 6:15 pode ser traduzido de diversas maneiras: “Calçar os pés com a preparação do evangelho da paz”, “equipar os pés com a prontidão do evangelho da paz”, ou “calçar os pés com o equipamento do evangelho da paz”. A chave é uma palavra grega que pode significar “preparação”, como em um fundamento ou base preparados. Assim, o evangelho da paz, como um “fundamento preparado”, é a paz que o cristão experimenta como resultado de ter sido reconciliado com Deus por meio do sangue de Cristo. Essa reconciliação lhe dá uma base firme, a partir da qual ele pode se empenhar na batalha espiritual.

4. A peça seguinte da armadura é o escudo, que Paulo comparou à fé (Ef 6:16). O apóstolo iniciou seu raciocínio com uma expressão que pode ser traduzida como “sobretudo” (RC), “além disso” (NVI) ou “além de tudo”. O que ele quis dizer com essa expressão?

A palavra traduzida como “escudo” vem da palavra para “uma porta”. O escudo, medindo cerca de 1,20 m X 75 cm, e consistindo de duas camadas de madeira coladas, era moldado como uma porta. Visto que as flechas naqueles dias eram mergulhadas em piche e, em seguida, incendiadas, o escudo de madeira era coberto com couro, a fim de apagar as flechas inflamadas e embotar suas pontas. Essa era a arma mais importante entre todas as armas de defesa.

A analogia espiritual é clara: entre os “dardos inflamados” de Satanás estão a lascívia, a dúvida, a ganância, a vaidade, e assim por diante. “Mas a fé em Deus, segurada no alto como um escudo, detém cada um deles, apaga a chama, e faz com que caiam inofensivos ao chão” (The SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 6, p. 1045). Esse tipo de fé é demonstrado pelas ações. É uma fé que se manifesta na defesa ativa contra os assaltos do inimigo. Nossa batalha diária é escolher o Senhor e Seus caminhos acima de qualquer coisa que o diabo lance diante de nós.

Quarta
Ano Bíblico: At 24–26

Capacete e espada

O capacete da salvação em Efésios 6:17 é provavelmente tomado de Isaías 59:17, embora Paulo o aplique de forma diferente. Em Isaías 59, é Deus quem veste o capacete da salvação. Em Efésios, o cristão é chamado a recebê-lo. Enquanto os itens anteriores possivelmente devessem ser comprados, o capacete era dado aos soldados. Talvez a intenção seja enfatizar o fato de que a salvação é totalmente gratuita.

5. Em 1 Tessalonicenses 5:8, Paulo falou do capacete como a esperança da salvação. Em Efésios 6:17, o capacete é descrito simplesmente como salvação. De que maneira essa mudança na ênfase ajuda a explicar como a salvação pode ser uma arma de defesa?
No Novo Testamento, salvação é uma experiência presente, que culminará na eternidade, por meio da libertação de toda espécie de mal. O capacete vitorioso que Deus usa (Is 59:17) é dado ao crente como uma proteção. Visto que o objetivo principal do ataque do diabo é privar os cristãos da salvação, a presente certeza da salvação que lhes é “dada”, à parte de suas próprias obras, se torna uma arma poderosa para sobreviver ao conflito. Verdadeiramente, em qualquer conflito espiritual o crente pode proclamar com o salmista: “Ó Senhor, força da minha salvação, Tu me protegeste a cabeça no dia da batalha” (Sl 140:7).

6. Depois de ter mencionado o capacete da salvação, Paulo falou sobre “a espada do Espírito”, que é a Palavra de Deus. Quais são as características da Palavra de Deus na batalha contra Satanás? Ef 6:17; Hb 4:12
A tentação de Cristo, registrada em Mateus 4:1-10, é uma bela ilustração de como a Palavra de Deus pode ser uma arma eficaz. A passagem também deve prover um incentivo para que os cristãos se apoiem nas verdades reveladas na Palavra de Deus.

Tantas forças estão em jogo nas tentativas de enfraquecer nossa confiança na Bíblia! Quais são algumas dessas forças em sua própria sociedade, igreja ou cultura? Ainda mais importante, como você pode se defender contra toda e qualquer tentativa de enfraquecer sua confiança na Palavra de Deus (o que às vezes pode ser muito sutil)?

Quinta
Ano Bíblico: At 27, 28

Orando sempre

Efésios 6:18 começa com a expressão “orando em todo o tempo” (RC), o que sugere que a oração está conectada com os versos anteriores. A ideia é a de que, para vestir, pegar e levantar a armadura do Céu, precisamos confiar em Deus. Por isso, “a oração não é outra arma, mas o espírito, a maneira pela qual toda a armadura deve ser usada e a batalha travada. Paulo estava recomendando a oração como um permanente estado mental, uma atitude contínua de comunhão com Deus” (The SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 6, p. 1046).

7. Que palavras e expressões, associadas com a admoestação de Paulo sobre oração, sugerem vigilância e disciplina? Ef 6:18
A Bíblia frequentemente convida as pessoas a orar sem cessar (Lc 18:1; Rm 12:12; Fp 4:6; Cl 4:2; 1Ts 5:17). Mas, no contexto do combate contra as forças do mal mencionado em Efésios 6, Paulo enfatizou o fato de que cada ocasião na vida deve ser envolvida pela oração. Tal atitude não é uma pequena demanda sobre os cristãos, especialmente porque nosso primeiro instinto nos momentos de dificuldade é consultar amigos e colegas, o que é bom e tem seu lugar. A oração, porém, deve ser sempre a primeira linha de defesa e é algo que devemos estar “sempre fazendo”.

8. Efésios 6:18 começa com a expressão “orando em todo o tempo” e continua com outra sobre estar “vigilante”. A respeito do que devemos vigiar, e por quê?
Quando Jesus esteve no Getsêmani, advertiu que Pedro e os outros discípulos que estavam dormindo vigiassem e orassem (Mc 14:38). Antes que isso acontecesse, Jesus havia passado algum tempo advertindo os discípulos a ser vigilantes (Mc 13:33-37). A partir da perspectiva de Marcos, vigiar está ligado com a oração como uma questão constante que traz força espiritual ao cristão. Em Efésios 6:18, a ênfase está na oração pelos outros. Sem dúvida, ao orarmos pelos outros, somos fortalecidos espiritualmente, e ficamos mais bem armados para o conflito que se segue, não importando a forma que ele assumir.

Por que orar por nós mesmos é mais importante do que pedir que os outros orem por nós (por mais importante que isso seja)? O que a oração pessoal faz por você que as orações dos outros não podem fazer?

Sexta
Ano Bíblico: Rm 1–4

Estudo adicional

Leia de Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 312-314: “A Importância do Verdadeiro Conhecimento”; Testemunhos para a Igreja, v. 9; p. 213, 214: “A Questão da Cor da Pele”; Minha Consagração Hoje [Meditações Matinais, 1989/1953], p. 105: “Subir Mais Alto”; Atos dos Apóstolos, p. 311-315: “Chamado a Mais Elevada Norma”.

“Em toda pessoa, dois poderes lutam com veemência em disputa pela vitória. Dirigida por Satanás, a incredulidade arregimenta suas forças a fim de nos separar da Fonte de nossa resistência. A fé ordena suas forças comandadas por Cristo, o autor e consumador de nossa fé” (Filhos e Filhas de Deus [Meditações Matinais 1956], p. 328).

“Devemos vestir cada peça da armadura e então ficar firmes. O Senhor nos honrou ao nos escolher como Seus soldados. Vamos lutar bravamente por Ele, mantendo o direito em cada ação. Retidão em todas as coisas é essencial para o bem-estar do coração. Ao se esforçar para vencer suas próprias inclinações, Ele vai ajudá-lo pelo Seu Espírito Santo a ser prudente em cada procedimento, de modo que você não dê nenhuma ocasião para que o inimigo fale mal da verdade. Coloque como sua couraça aquela justiça divinamente protegida, que todos têm o privilégio de vestir. Isso protegerá sua vida espiritual” (Ellen G. White, The SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 6, p. 1119).

Perguntas para reflexão

1. Por mais que a lição desta semana tenha enfatizado o aspecto pessoal da luta espiritual, somos parte de uma comunidade maior. Como a comunidade pode ajudar uns aos outros em seus conflitos? O que podemos fazer para ajudar aqueles que estão em necessidade espiritual?

2. Por que é importante manter diante de nós a realidade desse conflito? Quem poderia imaginar um soldado, no campo de batalha, se esquecendo de que está em uma guerra? Quanto mais importante é que nós não nos esqueçamos disso também?

Respostas sugestivas: 1. Toda a armadura indica a necessidade de envolvimento na luta: cinto (verdade), couraça (justiça), proteção para os pés (esperança do evangelho), escudo (fé), capacete (salvação) e a espada (Bíblia Sagrada). 2. Justiça é a prática da verdade estabelecida por Deus; a obediência à verdade nos traz bênçãos e proteção no conflito contra o mal; Deus julgará o mundo com justiça e verdade; a justiça e a verdade são um dom da graça de Cristo, por meio do Espírito. 3. Temos beleza, paz e firmeza, em meio à guerra, porque aceitamos e anunciamos a vitória alcançada na cruz, e que culminará na segunda vinda de Cristo. 4. Além da couraça, do cinto e do capacete (verdade, justiça e salvação), temos grande necessidade do escudo da fé, a fim de nos protegermos contra os ataques do inimigo e avançarmos para a vitória. 5. O capacete nos fala da salvação realizada na cruz e da esperança de que essa salvação seja consumada na glória. A esperança nos motiva a continuar no caminho da salvação. 6. A Palavra de Deus é viva e eficaz; é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes; ela alcança nossa mente de modo profundo; ela discerne os pensamentos e propósitos do coração. 7. Paulo disse que precisamos vigiar “com toda perseverança e súplica por todos os santos”. O inimigo sempre tentará nos desviar da oração; por isso precisamos de disciplina. 8. Precisamos vigiar e ter perseverança para não cair na tentação de parar de orar, por nós e pelos outros.


ESCOLA SABATINA



Resumo da lição 7 – Armas para a vitória










Texto-chave: Efésios 6:13

O aluno deverá:
Saber: Como cada peça da armadura que Deus dá é essencial para a vida como soldado em Seu exército.
Sentir: A honra que o Senhor confere a Seus soldados, escolhendo-os para lutar por Sua causa.
Fazer: Revestir-se da armadura de Deus, confiando plenamente em Sua proteção e poder por meio da oração.

Esboço do aprendizado

I. Conhecer: Toda a armadura

A. Como o cinto de fé, a couraça da justiça, os calçados do evangelho, o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito, todas essas peças são fundamentais na armadura que Deus oferece?

B. Que tipos de ataques das forças das trevas são frustrados por cada peça da armadura?

II. Sentir: A honra de lutar ao lado de Deus

A. Como Cristo utilizou a mesma armadura que forneceu aos Seus "soldados"?

B. Por que é uma honra participar com o próprio Filho de Deus na batalha contra o mal?

III. Fazer: Adequar-se

A. Embora a armadura seja de Deus e ofereça proteção, qual é o dever do soldado que se opõe ao maligno?

B. Que parte importante tem a oração ao revestir-se e usar a armadura de Deus? Por que o papel da oração é tão importante?

Resumo: Por meio de Sua armadura de verdade, justiça, evangelho, fé, salvação e Sua Palavra, Deus oferece proteção e estratégias ofensivas e defensivas na batalha contra Satanás. Seus soldados são chamados a colocar essa armadura e se manter firmes contra Satanás, baseando-se por meio da oração na força de Deus.

Ciclo do aprendizado

MOTIVAÇÃO

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A armadura de Deus é algo que vestimos quando aceitamos Cristo. É vital para nos proteger, revestindo-nos diariamente da armadura espiritual como parte de um relacionamento dinâmico e permanente com Cristo.
Só para o professor: Esta lição deve ser usada para desenvolver um completo entendimento de cada parte da armadura espiritual que Paulo apresenta em Efésios. Uma vez tendo a classe entendido as diferentes partes e funções dessa blindagem, é importante aprender a usá-la de modo eficaz. O estudo do exemplo de Jesus pode nos ajudar a aprender isso e também pode nos preparar para estar preparados para os tipos de ataques que Satanás provavelmente haverá de lançar.

Leitura bíblica de abertura. Vestindo toda a armadura de Deus: peça que a classe volte a Efésios 6:11-18, a base da lição desta semana, que fala sobre a armadura de Deus. Convide um membro para ler a passagem, tendo em mente que Paulo quer incentivar os efésios a serem fortes no Senhor e em Seu poder. Nos versículos 11-13, Paulo faz a transição para a adoção de conselhos práticos sobre como exatamente fazer isso. Como um veterano da guerra espiritual, o conselho de Paulo a seus companheiros foi vestir a armadura de Deus. Contudo, essa não era uma ideia nova. Entre as epístolas anteriores, em 1 Tessalonicenses 5:8, Paulo se refere à couraça da fé e do amor, e à esperança da salvação como um capacete. E em Romanos 13:12, lemos que está próximo o dia para vestir a "armadura da luz" (NVI). No entanto, Efésios desenvolve totalmente esse conceito.

É útil lembrar que, quando escreveu essa epístola, Paulo estava acorrentado ao lado ou diretamente a um soldado romano. Dia após dia, sem dúvida, ele, olhava para a couraça, capacete, calçado de couro, escudo, espada, cinto e espada de seus captores. É fácil imaginar que, sob a influência do Espírito Santo, a mente de Paulo comparasse o que via seus carcereiros usando com o que os cristãos precisavam usar, a fim de travar com êxito a guerra contra o diabo.

Comente: Com base na passagem acima, por que é importante vestir a armadura espiritual o tempo todo? Por que é vital compreender que "vestir a armadura de Deus" é um estado ativo e dinâmico de viver e de estar em Cristo? De que maneira o ato de vestir a armadura é uma escolha diária, em vez de algo de uma só vez?

Compreensão
Resumo: Efésios 6:12 fala diretamente sobre o tipo de batalha que estamos enfrentando. Essa epístola diz que nossa luta não é contra carne e nem sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra as forças do mundo das trevas, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestiais. Entramos em uma batalha predominantemente espiritual oculta diante de um inimigo real, mas invisível.

Só para o professor:

Os três objetivos primordiais para esta seção incluem: (a) entender e colocar em prática todos os aspectos da armadura de Deus, (b) identificar como Satanás visa especialmente os convertidos, e (c) desenvolver habilidades e hábitos que nos permitam lutar com sucesso contra ele.
Em primeiro lugar, incentive a classe a explorar a natureza da armadura de Deus. Como a Bíblia observa, sabemos que uma batalha espiritual não pode ser combatida na carne, a fim de obter a vitória. Devemos usar as armas espirituais. Lendo mais em Efésios, vemos que essas armas são: Um cinto, que é o cinto da verdade, um peitoral, que é a justiça, o capacete da salvação, dom de Deus, o evangelho da paz, que são os calçados que cobrem nossos pés, o escudo da fé, nossa defesa chave, e a espada, que é a Palavra de Deus.

Comentário Bíblico

Toda a armadura de Deus

(Comente com a classe Efésios 6:11-18.)

Visto que estamos revestidos da armadura de Cristo, devemos estar prontos para a batalha. Mas que podemos esperar na guerra que vamos travar contra o diabo? Existem duas fontes importantes que podemos examinar a fim de compreender as condições que devemos esperar. A primeira fonte é a Bíblia, e a segunda é o que sabemos sobre a guerra a partir da experiência humana. Ambas as fontes fornecem informações sobre as circunstâncias, fatos e condições que devemos não apenas esperar, mas para os quais devemos nos preparar e estar prontos quando eles ocorrerem.

Primeiramente, vamos analisar o que podemos aprender com a experiência humana. Embora saibamos que Satanás é o general derrotado na luta do bem contra o mal, também sabemos que ele é esperto e inteligente e nunca deve ser subestimado. Da mesma forma, examinando os exemplos humanos, podemos ver que alguns dos melhores generais estiveram do lado perdedor da guerra. Se você se lembrar do General Erwin Rommel, apelidado de "Raposa do Deserto", você vai ver um general que enganou muitas vezes as tropas do exército britânico na campanha do Norte da África na Segunda Guerra Mundial. Entre algumas das táticas que ele usava estava o posicionamento de um pequeno número de tanques com hélices a girar a quilômetros de distância, erguendo poeira no horizonte a vários quilômetros, levando os britânicos a ficar convencidos de que o ataque vinha nessa direção. Os britânicos, então, posicionavam seus canhões anti-tanque de modo a repelir um avanço de Rommel a partir dessa direção. De repente, no entanto, os tanques do exército verdadeiro surgiam e desferiam um golpe por trás, e a batalha acabava antes de começar. O que esse exemplo nos revela são os tipos de táticas que devemos esperar. Satanás é um mestre do despiste, do subterfúgio e dissimulação. Qualquer bom general vai tentar utilizar manobras mais espertas que seu oponente, e Satanás é especialista em apontar às pessoas a direção errada.

A segunda e mais importante fonte de consulta quando se busca compreender o tipo de desafios que enfrentaremos é a Bíblia. Nela, vemos se desenrolando histórias que nos revelam o que é uma batalha espiritual e quais são as táticas do diabo. O adversário sempre quer travar a batalha em condições que sejam ideais para seu sucesso e nosso fracasso. E há uma estratégia central que Satanás usa vez por outra e que sempre é bem sucedida: ele se esforça para desviar nossa atenção de seus métodos e atribuir a outras pessoas a culpa pelo mal que faz. Em Gênesis 3:1-5, vemos que isso começou no Jardim do Éden com a serpente. Ao tentar Eva a cair, Satanás a convenceu de que eram os motivos de Deus que estavam em questão e sob suspeita, não os dele, e que era Deus que pretendia impedir que Adão e Eva alcançassem a divindade, o conhecimento e a imortalidade.

Pense nisto: Como Satanás faz uso de distração, dissimulação e desorientação em seus ataques contra nós? Segundo a Bíblia, quais são as fontes de proteção que Deus nos dá? Mencione as diferentes peças da armadura espiritual de Deus e suas funções. Como essas peças nos protegem das flechas de medo, dúvida, impureza, ira, ganância impaciência e outras coisas mais?

Aplicação

Só para o professor: Encoraje a classe a examinar com mais detalhes outros textos das Escrituras, a fim de ver em desenvolvimento a batalha espiritual. Procure especialmente no exemplo da vida de Jesus, especificamente, em que o diabo desencadeia todo o potencial de seu ataque. A maioria desses ataques veio por meio de pessoas. A lista é impressionante e inclui:

a. A família de Jesus – Alguns dos quais pensavam que ele estava louco (Mc 3:21);
até mesmo seus próprios irmãos não creram nEle (Jo 7:3-5).

b. A nação judaica – "Veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam" (Jo 1:11, NVI).

c. Seus discípulos – O duvidoso Tomé (Jo 20:19-31), o astuto Judas (Lc 21:37–22:6) e até mesmo o glorioso Pedro (Mc 14:66-72).

Você já foi posto em dúvida e prejudicado por pessoas próximas? A lição menciona a tentação de Cristo, registrada em Mateus 4:10. Em todos esses exemplos, podemos observar como Jesus usou a Palavra de Deus como arma contra o tentador. Que outros exemplos mostram Jesus usando várias partes da armadura de Cristo para se proteger de Satanás? Por exemplo, sem a proteção proporcionada pelo escudo da fé, sustentado por sua comunhão constante ("orar sempre", Ef 6:18) com o Pai celestial, podemos supor que Jesus não teria obtido a vitória.

Podemos ter certeza de que Satanás usa contra nós essas mesmas táticas que usou contra Jesus. Ele ataca, se opõe, ridiculariza e nos leva a ser abandonados por aqueles que estão mais próximos de nós sempre que quisermos fazer a vontade de Deus.

Perguntas indutivas

Considere a tática da tentação e falsos conselhos. Alguma vez você já recebeu um conselho oferecendo uma forma mais fácil de fazer alguma coisa? Soava bem e era resultado de verdadeira afeição humana. No entanto, tinha apenas uma falha: era contrário à vontade de Deus. Como podemos nos defender contra esse tipo de ataque? Que papel a oração e o estudo desempenham nesse jogo de defesa? Como essas duas coisas nos ajudam a aperfeiçoar a capacidade de manejar a espada da verdade?

Criatividade
Só para o professor: Individualmente e em conjunto, incentive os membros da classe a buscar a verdade da Palavra de Deus. Dessa forma, eles podem fortalecer sua fé e lutar, não uns contra os outros, mas uns com os outros contra essas forças identificadas em Efésios 6:12. Nosso objetivo é permanecer unidos na verdade revelada na Bíblia e permanecer dentro da comunidade dos crentes, entre os quais também há força dos números. Ao mesmo tempo, sabemos que uma das principais estratégias de Satanás é nos opor uns contra os outros.

Alimento espiritual para o pensamento: Incentive a classe a ser introspectiva. Dentro da família, grupo de amigos e da comunidade da igreja, de cada pessoa há alguém contra quem abrigam ressentimentos? Será que abrigam más lembranças, mágoas e dores sem solução? Incentive a classe a considerar esses exemplos silenciosamente ou em grupos. Pergunte-lhes que aspectos da Espada da Verdade podem ajudar nessas circunstâncias. Incentive a classe a voltar para a Bíblia a fim de descobrir que conselho Jesus dá à comunidade dos crentes para evitar brigas e conflitos internos. Por exemplo:

• Em João 13:34, 35, Jesus, como o nosso General, nos manda "amar uns aos outros."

• Também somos instruídos em Lucas 17:3, 4 a alimentar espírito de perdão. O diabo sabe que se não perdoarmos, não seremos perdoados.

• Que outros exemplos temos?

Se Satanás puder cultivar espírito de vingança, a raiz de amargura irá brotar dentro de nós. Quando isso acontecer, ele vai destruir nossa fé e espiritualidade, nos despojando de nossa armadura da luz.

Atividade: Finalmente, peça à sua classe para considerar Lucas 22:31-62, onde encontramos a negação de Pedro a respeito de Jesus. Que podemos aprender com o exemplo de Pedro sobre a perda de foco e abrir fendas na armadura que vestimos? Nesse capítulo, encontramos Pedro se distraindo com coisas do mundo, questões de interesse próprio e desejo de reconhecimento e posição.

Nota: O exemplo de Pedro talvez mostre a maior arma no arsenal de Satanás. A pessoa que ele usa para nos desviar de Jesus e neutralizar a armadura de Deus não é outra senão o eu.

Pergunte à classe: De todas as batalhas que Satanás lançou, qual foi a mais difícil para você?

Que podemos aprender com a lição sobre como deixar que Jesus tome e tenha controle total de nossa vida como chave para garantir uma vitória sobre Satanás?

Que táticas de batalha nosso próprio Salvador usou a fim de obter a vitória na batalha dos séculos?



COMENTÁRIO Lição 7 – Inimigos invisíveis



Felippe Amorim
Professor de História, Ensino Básico Iaene e Graduando em Teologia, Salt-Iaene, 2012
Otoniel de Lima Ferreira
D.Min. Professor de Evangelismo e Crescimento de Igreja Salt-Iaene

O planeta Terra está repleto de seres vivos. Muitos são animais grandes e pesados. Mas há uma parte significativa de seres vivos que nos são invisíveis. A maioria das doenças que contraímos é causada por seres microscópicos que, apesar de muito pequenos, são muito perigosos.

Por isso é tão importante lavar as mãos antes das refeições, lavar bem os alimentos, filtrar ou ferver a água, pois podemos ingerir minúsculos seres que trarão grandes prejuízos para nosso corpo.

É muito difícil lutar contra o que não se vê. No âmbito físico isso é uma verdade e no espiritual é ainda mais sério. Os maiores inimigos espirituais dos filhos de Deus também são invisíveis. O apóstolo Paulo escreveu sobre isso: “pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes” (Ef 6:12).

É verdade que enfrentaremos inimigos físicos na caminhada espiritual, mas eles são apenas uma figura do real inimigo invisível.
Quando enfrentamos problemas no matrimônio, o inimigo não é o cônjuge, a luta não é de um contra o outro, mas dos dois contra Satanás. As complicações na igreja não devem ser encaradas como a luta de um irmão contra o outro, mas dos irmãos contra o inimigo de Deus. Quando alguém é tentado, sua luta não é diretamente contra o objeto da tentação, mas sim contra o inimigo invisível. Enquanto os seres humanos lutam uns contra os outros, gastam a energia que deveria ser aplicada contra Satanás. Essa é a nossa principal luta e nela precisamos das armas de Deus para vencer.

Necessidade de todos

O apóstolo Paulo iniciou o texto bíblico de Efésios 6:10 com um conselho: “Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do diabo; portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes” (Ef 6:10, 11, 13, IBB [Almeida Revisada Imprensa Bíblica]).

Esse conselho tem algumas implicações. A primeira é que não há força em nós mesmos para lutarmos as batalhas espirituais. Muitos que acreditam na autoajuda querem incutir na mente das pessoas a ideia de que temos um poder interior, mas a verdade é que toda força espiritual recebida vem de uma força externa. Outra implicação desse conselho paulino é que as ciladas do inimigo certamente virão. Todo cristão enfrentará alguma prova imposta pelo inimigo.

Como ilustração da solução para nossa fraqueza diante da guerra espiritual, o apóstolo evoca a imagem do soldado romano indo para a guerra, pois não podemos esquecer que estamos envolvidos em um conflito cósmico e nossas atitudes denunciam de que lado estamos. Quando os romanos iam para a guerra, vestiam uma armadura e Paulo sugere que nós também necessitamos de uma. Ele explica por quê. Primeiro, para ficarmos firmes contra as ciladas e depois para resistirmos no dia mau.

Esse recado não foi dado inicialmente para pessoas descomprometidas com o evangelho. O recado era para aqueles que estavam do lado de Deus na guerra, e para esses também chegam dias maus. Muitos pregam que, quando alguém aceita a Cristo não deve passar mais por problemas de nenhuma natureza, mas esses versos são opostos à teologia da prosperidade. Os problemas também chegam aos fiéis. A diferença está na maneira de enfrentar as tempestades da vida. Como diz o verso, eles permanecerão inabaláveis.

A armadura de Deus
O conselho de Paulo é que tomemos toda a armadura de Deus. E, logicamente, isso deve ser feito antes da batalha. O soldado veste a armadura antes de ir para a guerra. Se ele tentar se vestir durante a guerra, correrá sério risco de morte. Assim também o cristão deve estar preparado cada dia da vida para enfrentar o inimigo. Se esperar para se consagrar na hora da aflição, será vencido.

Outro detalhe é que o texto fala de toda a armadura. É necessária a armadura completa, pois qualquer parte desprotegida será alvo de ataque do inimigo. O diabo sempre nos tenta em nossos pontos fracos. Por isso precisamos protegê-los.

A primeira parte da armadura citada é o cinto da verdade. O cinturão tinha duas funções entre os romanos: proteção e sinal da patente. No âmbito espiritual, esse cinturão é a verdade, num sentido mais profundo que a mera oposição à mentira. É a verdade de Deus enraizada no coração. Paulo disse: “A verdade de Cristo está em mim; por isso, não me será tirada esta glória nas regiões da Acaia” (2Co 11:10). Somente quando tivermos a verdade de Deus em nossa vida estaremos seguros.

A parte seguinte é a couraça de justiça. Na antiga armadura romana, tratava-se de um colete que protegia a parte superior do corpo. Era proteção para o coração e os órgãos vitais. O elemento espiritual correspondente é a justiça de Cristo que cobre o filho de Deus e também a lealdade pessoal do cristão aos princípios bíblicos.

Devemos também calçar os pés com a preparação do evangelho da paz. Os soldados romanos usavam botas, que tornavam a caminhada mais firme. Espiritualmente, o guerreiro pode estar firme e em paz em meio aos conflitos espirituais. O evangelho significa boas-novas de salvação. É a notícia de que podemos ter vida em lugar de morte. Em uma guerra é muito bom termos esse alento. Podemos guerrear em paz porque a vida nos foi garantida na cruz.
O escudo da fé é o próximo acessório e o apóstolo diz que sempre devemos tê-lo. Os romanos usavam um escudo de madeira coberto com couro ou metal. Era grande o suficiente para cobrir o corpo todo e assim se protegiam dos dardos inflamados do inimigo. A fé se relaciona com todos os outros utensílios. Por isso precisamos dela sempre. João escreveu: "Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" (1Jo 5:4). E Paulo também enfatiza: "Sem fé é impossível agradar a Deus" (Hb 11: 6). A fé restaura a confiança e nos capacita para continuar na batalha, além de servir de proteção contra as chamas da tentação que vêm sobre nós.

“A obra de vencer o mal deve ser feita mediante a fé. Os que entram no campo de batalha compreenderão que devem cingir toda a armadura de Deus. O escudo da fé será sua defesa, habilitando-os a ser mais que vencedores. Coisa alguma servirá, a não ser isto: fé no Senhor dos exércitos e obediência às Suas ordens. [...] Sem fé, um exército de anjos não poderia ser auxílio. [...]” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 183).

Há mais elementos na armadura espiritual. Paulo ainda fala do capacete da salvação. O capacete romano geralmente era de couro, podendo ser também de metal e tinha como objetivo proteger o centro da inteligência. A esperança da salvação também tem esse efeito. Ela mantém sã a mente do cristão.

Finalmente, o último utensílio da armadura: A espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Esta é a única parte da armadura que é ofensiva e defensiva ao mesmo tempo. A Bíblia nos defende dos ataques do inimigo e com ela atacamos o campo inimigo com a pregação do evangelho.

“Nossa única segurança contra cair no pecado é manter-nos constantemente sob a modeladora influência do Espírito Santo, empenhando-nos, ao mesmo tempo, ativamente, na causa da verdade e da justiça, cumprindo todo dever dado por Deus, mas não tomando nenhuma responsabilidade que Deus não tenha posto sobre nossos ombros. [...] Não se devem apoiar na própria sabedoria, mas na que vem de Deus, revestindo-se da armadura celeste, do equipamento da Palavra de Deus, não esquecendo nunca de que eles têm um Guia que nunca foi nem jamais será vencido pelo mal” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 488).

Além da armadura

O apóstolo Paulo não se esqueceu de um elemento importantíssimo nas batalhas espirituais. Mas ele o deixou fora da metáfora da armadura. Ele falou que devemos batalhar com “toda oração e súplica, orando em todo tempo” (v. 18). A ideia é de que a oração deve ser algo real antes, durante e depois do uso da armadura. “Orai sem cessar” (1Ts 5:17).

A oração não é um acessório. Ela tem que permear todos os momentos das batalhas espirituais. “A oração é a respiração da alma. É o segredo do poder espiritual. Nenhum outro meio de graça a pode substituir de modo que a a saúde da alma seja conservada. [...]. Se você negligenciar o exercício da oração, ou a ela se dedicar de vez em quando, segundo parecer conveniente, perderá sua firmeza em Deus” (Mensagens aos Jovens, p. 249, 250).

Resistência em qualquer situação

A armadura não é uma vacina contra o sofrimento. É uma forma de enfrentar as provas. O próprio Paulo sofria enquanto escrevia este texto: “pelo qual sou embaixador em cadeias, para que nEle eu tenha coragem para falar como devo falar” (v. 20). Ele estava preso ao redigir a carta aos Efésios.

As lutas são constantes na vida de quem se decide por Cristo, pois estamos posicionados contra um inimigo irado e desleal. “Lutam em toda pessoa, com veemência, dois poderes em disputa pela vitória. A incredulidade arregimenta suas forças, dirigidas por Satanás, a fim de separar-nos da Fonte de nossa resistência. A fé ordena suas forças, comandadas por Cristo, o autor e consumador de nossa fé. Hora após hora, em face do universo celestial, vai o conflito em prosseguimento. É uma luta mão a mão, e a grande questão é: Quem vencerá? Essa questão, cada um tem de decidir por si mesmo. Todos têm que tomar parte nessa peleja, combatendo de um ou de outro lado. Não há libertação do conflito. [...] (Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 328).

Não há em lugar algum da Bíblia a garantia de que não passaremos por aflições, mas a armadura garante que passaremos pelo sofrimento sem perder a fé e dependendo completamente de Deus. Mas podemos ter a certeza de que Jesus está interessado em nós. “Ele veio remir a humanidade e continuará a enviar mensagem após mensagem para salvar Seu rebanho dos enganos satânicos. [...] até que o Universo redimido esteja em paz” (Ellen G. White, Carta 100, 1906).

“Os que põem toda a armadura de Deus e devotam algum tempo cada dia à meditação, oração e estudo das Escrituras estarão em ligação com o Céu e terão uma influência salvadora, transformadora sobre os que os cercam” (Ellen G. White, Testimonies, v. 5, p. 112). “Toda pessoa verdadeiramente convertida vestirá a armadura de Deus, e enfrentará corajosamente o inimigo invisível” (Ellen G. White, O Cuidado de Deus, [MM 1995], p. 302). Portanto, vista-se agora com toda a armadura de Deus!


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