sexta-feira, 22 de março de 2013

ES - Lição 13 - Recriação – 1º Trim, 2013





Lição 13 de 23 a 30 de março


Recriação



Sábado à tarde
Ano Bíblico: 1Sm 1–3

VERSO PARA MEMORIZAR: “Nós, porém, segundo a Sua promessa, esperamos novos céus e nova Terra, nos quais habita justiça” (2Pe 3:13).


Em 2 Pedro 3:10-13, o apóstolo descreve o destino do céu e da Terra. Ambos, com tudo o que contêm, serão destruídos. Mas isso não será o fim da história, de maneira nenhuma, porque um novo céu e uma nova Terra serão criados em seu lugar. Considere o contraste entre as duas existências. O pecado tem o domínio na antiga existência. Na nova, habita a justiça. A morte reina na antiga, e a vida, na nova. O contraste não poderia ser mais marcante nem mais absoluto.


Como podemos ver nessas promessas, também, a função de Deus como Criador não terminou com a primeira criação da Terra. Ela tampouco termina com a obra que Ele faz em nós, para nos tornar novas criaturas em Cristo. Não, ela continua. O mesmo Senhor que pelo poder sobrenatural da Sua Palavra criou o mundo uma vez, vai criá-lo novamente e, de igual maneira, com Seu poder sobrenatural.
De fato, sem esse último ato de criação, todos os anteriores seriam inúteis. Os novos céus e a nova Terra são o ponto mais elevado das promessas de Deus para nós.


Domingo
Ano Bíblico: 1Sm 4–6 

Um novo começo

Uma coisa que a ciência e a Bíblia têm em comum é a crença de que a Terra, como a conhecemos agora, não durará para sempre. Para a ciência (pelo menos algumas versões dela), as forças frias e sem sentido do acaso, que trouxeram à existência a Terra e a vida que nela existe, são as mesmas forças que irão, finalmente, destruí-la. A Bíblia também ensina que a Terra não durará para sempre, mas, de fato, será destruída. No entanto, no cenário oferecido pela ciência, essa destruição será o fim de tudo “para sempre”. Em contraste com isso, no cenário bíblico, será o início de algo novo e maravilhoso, e que durará “para sempre”.

1. Leia Apocalipse 21:1-5. Que quadro do futuro é apresentado aqui? Que promessas maravilhosas nos esperam? Por que isso é algo que só Deus pode fazer por nós?

Sem dúvida, uma das melhores promessas da nossa nova existência é que a morte e o sofrimento desaparecerão para sempre. É claro que Deus não considera positivas essas experiências. Elas não estavam na criação que Deus declarou “muito [boa]” (Gn 1:31). Elas são intrusas; nunca foram planejadas como parte da criação original, e tampouco farão parte da nova criação. Jesus veio para destruir essas coisas, e não teremos que experimentá-las novamente.


A nova criação traz um novo começo. A experiência miserável com o pecado terá fim. Os resultados do pecado existem e são claros: morte e sofrimento. A lei de Deus é a lei da vida.


Como Deus criou os céus e a Terra no princípio, Ele criará um novo céu e uma nova Terra, e com eles um novo começo nos será concedido. Somente Deus, o Criador, pode fazer isso por nós. E tudo isso ocorrerá por meio da obra de Jesus em nosso favor. Sem o plano da salvação, não teríamos nenhuma esperança de algo além do que esta vida oferece agora, um pensamento bastante desanimador.

Por que essas promessas de uma nova existência são tão importantes para nós? Sem elas, o que seria da nossa fé?


Segunda
Ano Bíblico: 1Sm 7–10 

Do pó à vida 

2. Leia Gênesis 2:7 e 3:19 Do que Adão foi feito, e qual foi o resultado de seu pecado?

Deus criou Adão do pó, e ele se tornou um ser vivente. Enquanto ele mantivesse seu relacionamento com Deus, sua vida continuaria. Quando Adão pecou, separou-se da fonte da vida. Como resultado, ele morreu e voltou ao pó.

3. Leia Isaías 26:19 e Daniel 12:2. O que acontecerá com os que dormem no pó?

A promessa da ressurreição traz esperança ao cristão. Jó expressou essa esperança, ao dizer: “Depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus” (Jó 19:26, RC). Para o fiel, a morte é apenas temporária. O Deus que formou Adão do pó e soprou nele a vida não Se esqueceu de como criar os seres humanos a partir do pó. A ressurreição será um ato de criação, tanto quanto foi a criação original de Adão.

4. Leia 1 Coríntios 15:52-58. Que ensinamento nesse texto está ligado ao relato de Gênesis?

A ressurreição dos justos na segunda vinda de Jesus acontecerá instantaneamente. Assim como aconteceu com a primeira criação da humanidade, este será um evento sobrenatural, no qual Deus fará tudo. Esse conceito está em evidente contradição com a evolução teísta. Afinal, se Deus não usará milhões de anos de evolução para nos recriar, mas fará isso num instante, então Ele certamente poderia nos haver criado sem a evolução na primeira criação. Assim, como ocorre com todas as outras coisas na Bíblia, a esperança da ressurreição é mais uma evidência bíblica que refuta a evolução teísta.

A ciência nos apresenta pouca luz a respeito da ressurreição, um assunto crucial e fundamental. O que isso deve nos dizer sobre os limites da ciência?


Terça
Ano Bíblico: 1Sm 11–13 

Restauração do domínio humano

5. Compare Gênesis 1:28 com João 12:31. Qual era a posição de Adão e Eva no mundo recém-criado? Quem se apoderou do poder e se tornou o príncipe deste mundo?

Adão recebeu a responsabilidade de ser o governante do mundo. Quando ele pecou, seu domínio foi comprometido. Satanás passou a exercer seu poder na criação, produzindo a corrupção e a violência que vemos em toda parte.


No entanto, após a cruz, Jesus reconquistou a Terra livrando-a do domínio de Satanás (Mt 28:18; Ap 12:10; Jo 12:31). Embora ao inimigo ainda seja permitido atuar na Terra e causar destruição, podemos nos alegrar com o conhecimento de que os dias dele estão contados: a vitória de Cristo na cruz garante isso.

6. Que verdades encontramos na Bíblia sobre a recuperação do reino de Deus? 2Tm 2:11,12; Ap 5:10; 1Co 6:2,3


Os salvos receberão autoridade como reis e sacerdotes. A ideia de realeza implica algum tipo de autoridade; a ideia de sacerdócio traz consigo a implicação de proporcionar a comunicação entre Deus e as outras criaturas, talvez até com as criaturas de outros mundos criados, que nunca conheceram a experiência do pecado nem a miséria que ela traz.


“Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus. Livres da mortalidade, alçarão vôo incansável para os mundos distantes – mundos que fremiram de tristeza ante o espetáculo da desgraça humana, e ressoaram com cânticos de alegria ao ouvir as novas de uma pessoa resgatada. Com indizível deleite os filhos da Terra entram de posse da alegria e sabedoria dos seres não caí­dos” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 677). O que significa “[entrar] de posse da alegria e sabedoria dos seres não caídos”? O que podemos aprender com os seres não caídos? E eles conosco?


Quarta
Ano Bíblico: 1Sm 14–16 

Mais restauração

No mundo que conhecemos, a predação (matar outra espécie para se alimentar dela) é uma forma de vida comum entre os animais. A expressão “cadeia alimentar” é um lembrete familiar sobre a importância da predação em nossa ecologia e temos dificuldade de imaginar um mundo sem ela. Mas, no princípio, todas as criaturas terrestres comiam ervas verdes (Gn 1:30). Nenhum animal se alimentava de outros animais. Gênesis 1:30 não menciona o alimento das criaturas do mar, mas os mesmos princípios provavelmente possam ser aplicados a eles, de modo que Deus pudesse avaliar toda a criação e declará-la “muito [boa]”.

7. Leia Gênesis 6:11-13 e 9:2-4. No tempo do Dilúvio, que mudanças haviam ocorrido na natureza? Após o Dilúvio, que outra deterioração aconteceu no relacionamento entre homens e animais?

O que havia começado como um reino de paz se tornou cheio de corrupção, violência e perversidade. Esses são os resultados do pecado. O mundo que antes era “muito bom” se tornou tão ruim que sua própria destruição foi necessária.


Depois do Dilúvio, os animais ficaram com medo dos seres humanos. Isso incluiu as criaturas da terra, do ar e do mar. Isso está, obviamente, em contraste com a situação anterior. Parece que, nesse tempo, o domínio dos seres humanos sobre os animais foi reduzido.

8. Leia Isaías 65:25 e 11:6-9. Qual é a diferença entre os relacionamentos das criaturas no nosso mundo atual e os relacionamentos prometidos por Deus para o futuro?

Por meio da beleza dessa linguagem poética, Isaías mostra que não haverá violência no novo mundo. Corrupção e violência, as características do mundo antediluviano que exigiram sua destruição, não existirão na Nova Terra. Será um mundo de harmonia e cooperação, um reino de paz. Estamos tão acostumados com violência, predação e morte que é difícil imaginar algo diferente.

Como podemos ver, o evangelho está muito relacionado com restauração. Embora só Deus possa realizar a restauração final, que escolhas podemos fazer que podem ajudar a promover uma restauração necessária agora?


Quinta
Ano Bíblico: 1Sm 17–19 

A restauração do relacionamento com Deus

Antes que o pecado entrasse no mundo, Adão vivia em plena comunhão com seu Criador” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 7). No entanto, depois da queda esse relacionamento íntimo foi radicalmente alterado, em muitos aspectos.

9. Leia Gênesis 3:24, Êxodo 33:20 e Deuteronômio 5:24-26. Qual foi o efeito do pecado sobre o relacionamento estreito que havia entre a humanidade e Deus?

O pecado havia rompido o relacionamento entre Deus e a humanidade. O Senhor afastou o casal de Sua presença para sua própria proteção. Os seres humanos não mais podiam ver a face de Deus e viver.


O Senhor, porém, por Sua iniciativa, apresentou o plano da salvação, por meio do qual o relacionamento quebrado poderia ser restaurado, mesmo a um custo terrível para Si mesmo.

10. Leia João 14:1-3 e Apocalipse 22:3-5. Que promessa Jesus estendeu a Seus discípulos antes de ser crucificado e qual será o resultado?

Deus e a humanidade precisam ser reconciliados e estar mais uma vez face a face. A Terra ficará sem maldição nenhuma e tudo o que foi perdido será restaurado. Os remidos receberão um novo ambiente, nova vida, novo domínio, nova paz com o restante da criação e novo relacionamento com Deus. O propósito original por trás da criação da humanidade será então cumprido. Deus, a humanidade e a criação estarão em harmonia. Essa harmonia durará para sempre.

Mesmo agora, antes da recriação do céu e da Terra, como podemos aprender a desfrutar comunhão íntima com Deus? Quais escolhas que fazemos afetam nosso relacionamento com Deus, seja de maneira positiva ou negativa?


Sexta
Ano Bíblico: 1Sm 20–23 

Estudo adicional

A o transcorrerem os anos da eternidade, eles trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais os homens aprenderem acerca de Deus, mais Lhe admirarão o caráter. Ao revelar-­lhes Jesus as riquezas da redenção e os estupendos feitos do grande conflito com Satanás, o coração dos resgatados vibrará com mais fervorosa devoção e com mais arrebatadora alegria eles dedilharão as harpas de ouro. [...]


“O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonia e júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 678).

Perguntas para reflexão

1. Reúna tantos textos quanto possível, especialmente do livro do Apocalipse, que mostrem como será a Terra restaurada. Quais aspectos da Terra restaurada você acha mais atraentes? Que aspectos são mais difíceis de entender?

2. Como a doutrina da criação, revelada em Gênesis 1 e 2 está relacionada com a doutrina da recriação dos céus e da Terra? Essa recriação seria possível se a evolução teísta fosse verdade?

3. Leia Romanos 8:18 e 2 Coríntios 4:16, 17. O que Paulo disse nesses textos e como podemos encontrar conforto nessas palavras?

4. Pense mais no conceito do evangelho como “restauração”. O que essa palavra significa? O que deve ser restaurado? Qual é a nossa função nesse processo?

5. O que a promessa de um novo céu e uma nova Terra revela sobre Deus?

Respostas sugestivas: 1. Um novo céu e uma nova Terra; o mar já não existe; . A santa cidade preparada como noiva adornada para seu esposo. Deus habitará com Seu povo. Ele enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor. Só Deus poderá realizar esses milagres. 2. Adão foi feito do pó da terra combinado com o fôlego de vida. O pecado fez com que o homem voltasse ao pó da terra. 3. Ressuscitarão, alguns para a vida eterna e outros para a condenação. 4. Os mortos ressuscitarão incorruptíveis e os vivos serão transformados. O pecado do ser humano trouxe corrupção e morte. Jesus Cristo acabará com a morte e o pecado. Viveremos eternamente. 5. Adão e Eva receberam o domínio sobre o ambiente e os animais, mas perderam esse domínio para Satanás, por causa do pecado.6. Reinaremos com Cristo e julgaremos o mundo. 7. A Terra estava corrompida e cheia de violência. Os seres viventes se haviam corrompido. Depois do Dilúvio, os animais ficaram com medo do ser humano, os homens passaram a se alimentar dos animais. 8. O lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão comerá palha como o boi, não haverá o mal, as crianças guiarão esses animais, os quais serão inofensivos, ao contrário da realidade deste mundo violento. 9. O homem foi expulso do Jardim do Éden e perdeu a comunicação face a face com Deus. O ser humano ficou com medo da presença gloriosa de Deus. 10. Jesus foi preparar um lugar e voltará para nos levar para a casa de Seu Pai a fim de que estejamos para sempre com Ele. Nesse lugar não mais haverá maldição. Ali veremos o Senhor face a face e reinaremos com Ele. 


ESCOLA SABATINA





Resumo da Lição 13 - Recriação



Textos-chaves: Apocalipse 20:1-5

O aluno deverá...

Saber: Por que a nova Terra é importante para a teologia bíblica e para a experiência pessoal.

Sentir: Apreciar o papel fundamental da criação no fim do grande conflito.
Fazer: Escolher confiar em Deus de modo que os novo céus e a nova Terra sejam desejáveis, embora não possamos realmente compreender como eles são.


Esboço

I. Saber: Criação e o grande conflito

A. Qual é o papel da criação no fim do grande conflito?

B. À luz do milênio, qual é o significado teológico e espiritual de uma nova criação?


II. Sentir: Esperando o paraíso

A. Como posso levar as pessoas a desejar a nova criação se não consigo entender como ela realmente será?

B. Que alegrias específicas você espera experimentar no novo céu e nova Terra?


III. Fazer: O Céu na Terra

A. Que coisas poderemos fazer na Terra renovada que são impossíveis de se fazer hoje?

B. Dizem que, se queremos viver no Céu, o Céu deve primeiro viver em nós. Como podemos deixar o Céu viver em nós agora?

Resumo: Para os remidos, a nova criação toma o que eles tiveram que aceitar pela fé – que Deus de fato está mais qualificado para governar – e transforma em realidade. A melhor parte da nova criação não é a redução de nossas limitações, mas a irrestrita e ilimitada comunhão com Deus.

Ciclo do aprendizado


Motivação

Conceito-chave para o crescimento espiritual: O novo céu e nova Terra culminam um grande processo de redeção iniciado no Éden.


Só para o professor: Nesta semana, tente ir além da imaginação comum acerca de como será o Céu e por que devemos desejar estar lá. Leve a classe a concepções mais profundas do Céu, como o significado de ter comunhão irrestrita e ininterrupta com Deus.

Muitos de nós ainda podemos lembrar de quando estávamos na classe da Escola Sabatina do jardim da infância, sonhando com coisas para fazer no Céu, como subir no pescoço de uma girafa, abraçar a juba de um leão, e assim por diante. Como adultos, os nossos desejos amadureceram, e se tornaram mais sofisticados. Talvez passamos a desejar mergulhar com baleias, obter resposta para a mecânica quântica, e muito mais. Certamente, há muita coisa para esperar com relação ao Céu e, no entanto, devemos reconhecer que não podemos conceber plenamente por que devemos desejá-lo. O Céu está muito além do nosso padrão de referência. Por isso, João foi levado a nos falar sobre o novo céu e a nova Terra, ao nos dizer o que o céu não é: Ali não há morte, nem tristeza, nem choro, nem dor.


Além de imaginar visões vagas de como pode ser o céu, podemos encontrar sentido na promessa de um novo céu e nova Terra. João afirma que, no novo mundo, teremos comunhão ininterrupta com Deus. Não mais barreiras entre nós! À luz do grande conflito, no entanto, há um grande propósito espiritual na destruição e recriação da Terra. O próximo passo do ciclo de aprendizagem considerará esse ponto.


Pergunta de abertura: Como é esperar uma surpresa quando você sabe que não compreende completamente como ela é? O medo de não gostar dos elementos desconhecidos afeta a sua esperança? Você confia que aqueles que farão a surpresa realizarão um bom trabalho de preparação? Como essa analogia o ajuda a esperar e se preparar para a surpresa de um novo céu e uma nova Terra?


Compreensão

Só para o professor: O novo céu e a nova Terra são mais do que uma promessa confortadora e agradável. Eles confirmam que Deus é digno de ser Deus, especialmente para os salvos.


Comentário Bíblico


O fim de todo o mal

(Recapitule com a classe Ap 21:1-5.)

Em Apocalipse 21:1-5, João viu um novo céu e uma nova Terra. Por que isso é significativo? O novo céu e a nova Terra surgem no contexto do término dos mil anos de Apocalipse 20. João observa que durante os mil anos, "a antiga serpente", Satanás, é lançado no abismo (vs. 1-3). Dois elementos no texto estão relacionados com Gênesis 1 e 3. A antiga serpente é uma clara referência à serpente de Gênesis 3, enquanto o abismo está ligado a Gênesis 1. Mas como?


Em grego, a palavra para abismo é abusson, da qual obtemos a palavra abismo. Quando eruditos judeus traduziram o texto hebraico para a versão grega chamada de Septuaginta (LXX), eles usaram abusson para traduzir o "abismo" de Gênesis 1:2. Com os escritores do Novo Testamento frequentemente citando a Septuaginta, é razoavelmente certo que abusson se refere a Gênesis 1:2. Ao fazê-lo, João está descrevendo a Terra durante o milênio como estando sem forma e vazia semelhante ao estado da Terra em Gênesis 1:2. Isso coincide com as descrições da destruição do mundo na segunda vinda de Cristo, em Apocalipse 6:14. O Apocalipse 6 mostra Gênesis 1 em sentido inverso!
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O milênio serve, em parte, como uma pausa para Satanás considerar o fruto de suas ações (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 660). O grande conflito é um conflito a respeito de liderança. Satanás tem procurado vender a ideia de que ele está mais qualificado para governar o Universo do que Deus. Mas há um problema. O direito divino de governar está fundamentado em Sua criação do Universo (Ap 4:11). Satanás, porém, é um ser criado, e em virtude de ter sido criado, Deus tem o direito de governá-lo. Satanás é confrontado com seus limites de criatura, mas recusa-se a se render e reconhecê-los.


Para os resgatados da Terra, o novo céu e a nova Terra será a comprovação visual de Deus de Sua qualificação e direito de governar o Universo. Ao atender a essa reivindicação divina, muitos desses crentes tiveram que confiar pela fé que Deus era digno de fidelidade exclusiva, até o ponto do martírio. O que eles tinham aceitado como uma questão de fé será então uma realidade. Deus merece ser Deus, e com a eliminação da presença do pecado, pode ser retomada a comunhão ininterrupta entre esse Deus digno e a humanidade que Ele criou.


Pense nisto: Qual é o significado da visão de João sobre um novo céu e uma nova Terra? Que realidades eternas essa visão leva a nossa mente a considerar?

1. Como o Apocalipse 6 mostra Gênesis 1 em sentido inverso?

2. Com o que Satanás será confrontado durante o milênio, e por que essa circunstância será significativa no contexto do grande conflito?

3. Comunhão ininterrupta com Deus. É difícil para a nossa mente finita, prejudicada pelo pecado, imaginar tal conceito. Mas, tanto quanto somos capazes de compreendê-lo, o que essa comunhão implicará?


Aplicação

Só para o professor: O novo céu e a nova Terra nos conduzem às realidades do destino eterno. Essas realidades devem impactar as nossas prioridades e decisões.

Perguntas de reflexão:

1. Como a promessa de uma nova Terra real afeta suas prioridades e escolhas atuais?

2. Como essa promessa deve afetar suas prioridades e decisões?


Criatividade

Só para o professor: Leia ou conte a seguinte parábola em suas próprias palavras, reforçando a ideia de que somos chamados a desejar algo que não podemos compreender plenamente.

Uma parábola: Akiak o esquimó tinha vivido toda a sua vida bem acima do Círculo Polar Ártico. Tudo o que ele conhecia era tundra, gelo e neve. Akiak não tinha eletricidade, telefones, internet, e não mantinha contato com o mundo exterior. Um dia, Mike, da Jamaica, visitou Akiak na sua aldeia. "Akiak", Mike disse, "Eu tenho uma boa notícia para você! Eu posso levar você para a Jamaica, onde a vida é muito melhor!"


"Conte-me sobre a Jamaica", disse Akiak. "Por que a vida é muito melhor lá?"


"Bem", Mike disse, "temos palmeiras, e é sempre quente. Assim, você pode desfrutar de nossas praias."


Akiak ponderou a declaração de Mike por um momento, e depois perguntou: "O que são palmeiras? E o que é uma praia?"


Mike respondeu: "Palmeiras são um tipo especial de árvore com folhas grandes, que o protegem do sol quente."


Akiak interrompeu: "Por que eu iria querer sombra para me proteger do sol?"


Mike estava perplexo. Como ele poderia levar seu amigo a entender os prazeres da Jamaica?


Após alguma reflexão, Mike disse: "A Jamaica não é como o Ártico. A Jamaica é tão quente que não há neve, nevascas e gelo. Você não precisa usar roupas pesadas. Não existem ursos polares para atacá-lo, e não há baleias assassinas nem focas no oceano.” Em resumo, Mike começou a explicar como era a Jamaica, descrevendo suas diferenças em relação ao Ártico.


"Se você não tem focas e baleias, o que você come", Akiak perguntou.


"Nós comemos cocos e frutas tropicais," Mike respondeu.


"O que são cocos e frutas?", Akiak perguntou. Mike estava desesperado. Como ele poderia convencer Akiak das maravilhas da Jamaica, quando ele não tinha nenhum padrão de referência com o qual compará-la?


Mike nos leva a pensar sobre o Céu. É dito que ali não há tristeza, dor, morte, nem choro. Somos informados sobre a diferença entre a vida no Céu e a vida na Terra. Mas o como é realmente o Céu? Imagine o desafio de Deus de tentar nos convencer a desejar algo que não podemos compreender. Como essa parábola nos ajuda a entender as nossas próprias limitações em imaginar tudo o que Deus tem reservado para nós?

COMENTÁRIO


Lição 13 - Recriação


Michelson Borges, jornalista pela UFSC e mestre em teologia pelo Unasp
Nahor Neves de Souza Jr., geólogo pela Unesp e doutor em engenharia pela USP

Introdução

Ideia central 1: A morte substituta de Jesus e a criação de um novo coração no pecador arrependido (Sl 51:10) não fariam muito sentido se este mundo permanecesse para sempre como uma eterna mancha de pecado no Universo de Deus. Assim, a volta de Jesus, a recriação do mundo e o estabelecimento da Nova Terra (2Pe 3:13; Ap 21:1-5) são a culminação da esperança cristã e a confirmação dos atos criadores de Deus. Segundo as previsões da ciência, daqui a alguns bilhões de anos, o Universo terá fim, ou no grande colapso de toda a matéria num superburaco negro, ou na expansão contínua de tudo, num universo sem energia disponível, frio e morto. A Bíblia, por outro lado, embora admita que este mundo terá fim, fala de esperança e garante que o fim será o começo da eternidade em um mundo feito novamente perfeito. 

Ideia central 2: De acordo com Isaías 26:19, Daniel 12:2 e muitos outros textos, uma das grandes esperanças apresentadas na Bíblia é a ressurreição dos que morreram em Cristo. Em 1 Coríntios 15:52-58, isso fica muito claro. O autor da Lição escreveu: “A ressurreição dos justos na segunda vinda de Jesus acontecerá instantaneamente. Assim como aconteceu com a primeira criação da humanidade, este será um evento sobrenatural, no qual Deus fará tudo. Esse conceito está em evidente contradição com a evolução teísta. Afinal, se Deus não usará milhões de anos de evolução para nos recriar, mas fará isso num instante, então Ele certamente poderia nos haver criado sem a evolução na primeira criação. Assim, como ocorre com todas as outras coisas na Bíblia, a esperança da ressurreição é mais uma evidência bíblica que refuta a evolução teísta.”

Ideia central 3: Apocalipse 5:10 afirma que os redimidos serão “reino e sacerdotes” de Deus. Isso mostra que nosso domínio sobre a Terra, perdido com o pecado, será restaurado. “A ideia de sacerdócio traz consigo a implicação de proporcionar a comunicação entre Deus e as outras criaturas, talvez até com as criaturas de outros mundos criados, que nunca conheceram a experiência do pecado nem a miséria que ela traz”, sugere o autor da Lição. Outra restauração terá que ver com nossa relação com os animais (Is 65:25 e 11:6-9). Mas a principal restauração, sem dúvida, será da relação dos humanos com seu Criador, a quem verão face a face (Ap 22:3-5).

Para refletir

1. Embora a morte de Cristo na cruz e a concessão de um novo coração ao pecador arrependido sejam eventos importantíssimos, o que constitui a culminação da esperança cristã?

2. Quais os cenários do fim apresentados pela ciência e o que diz a Bíblia?

3. Por que a ressurreição dos justos contradiz a evolução teísta?

4. Que restaurações terão lugar após a volta de Jesus?

Ampliação

O verdadeiro equilíbrio ecológico

“Equilíbrio ecológico é o estado ou condição de um ambiente natural, ou manejado pelo homem, em que ocorrem relações harmoniosas entre os organismos vivos e entre estes e o meio ambiente, ao longo do tempo. É uma condição fundamental para a sustentabilidade dos sistemas orgânicos de produção, no tempo e no espaço” (Embrapa). A partir dessa definição convencional, algumas questões importantes poderiam ser levantadas. A natureza tem poderes intrínsecos para promover uma perfeita estabilidade ambiental? Esse equilíbrio dinâmico, passível de alteração e reajustes, reflete uma harmonia verdadeira? 

Na verdade, a presença do ciclo vida-morte em todos os atuais biossistemas nos faz pensar em um mundo primordial em que existia uma harmonia ambiental diferente, ideal. Ou seja, no equilíbrio ecológico original (Gn 2:1-4), a natureza apresentava uma única face – a face bela. Não havia dor nem sofrimento. O habitat edênico estava livre da atividade predatória – um animal não deveria destruir outro para a manutenção de sua vida. As características estéticas (beleza, simetria e ordem) sobressaíam nesse mundo perfeito (figura 1), manifestando o desígnio, o amor e o poder do grande Criador.





O equilíbrio ecológico de então – não revelado, portanto, desconhecido – não requeria a morte de qualquer ser (animal) criado, pois os vegetais haviam sido designados como fonte de alimento para o ser humano e todos os animais. Os mecanismos de controle populacional eram fina e perfeitamente ajustados. As condições ecológicas reinantes nessa ocasião podem ser precariamente reconstituídas ao nos reportarmos à descrição bíblica do Éden restaurado (a Nova Terra), em Isaías 11:6 e 7 e Apocalipse 21:4.

Com a introdução do pecado na historia do planeta Terra, entraram em operação processos degenerativos que afetaram negativamente e em graus variados o mundo dos seres vivos, resultando na consequente diminuição de complexidade e de ordem (um dos significados da 2ª Lei da Termodinâmica). Inicia-se uma nova ordem ecológica, caracterizada pelo ciclo de vida e morte. Com efeito, a morte se torna o destino de todos os organismos. A natureza passa a mostrar, pela primeira vez, uma segunda face – a face disforme (Gn 3:14-19) – tão real quanto à primeira (a face bela).

Na ocasião, com a realidade dos processos que tendem a degradar a matéria e os seres vivos, os ecossistemas foram significativamente modificados. Mutações  gênicas começaram a ocasionar a perda de alguns padrões de comportamento criados originalmente. Porém, a vida continuou sob condições precárias, em comparação com a ideal (perfeição original), possibilitando o aparecimento pela primeira vez dos processos degenerativos, das doenças, da miséria humana e da morte. Uma nova cadeia alimentar (figura 2) se estabeleceu, com a presença dos predadores (com suas garras, presas e venenos) e da luta pela sobrevivência.




  
Como entender que o atual “equilíbrio ecológico” – dinâmico e aparentemente perfeito – possa depender da presença simultânea das duas referidas faces da natureza? Teria Deus, no momento da queda, de maneira sábia e inteligente, ativado um projeto alternativo, pré-programado (sistema imunológico, coagulação do sangue, etc.)? A partir da queda, provavelmente se manifestaram alterações metabólicas adaptativas, visando à perpetuidade dos seres vivos – reprodução intensificada, desenvolvimento de habilidades tanto para o ataque ou captura como para a defesa ou escape, dentre muitos outros mecanismos de sobrevivência.

A realidade das faces bela e disforme da natureza (contexto criacionista) possibilita ainda explicações muito mais razoáveis para a existência de seres “estranhos”, vivendo em ambientes tão inóspitos como as fontes hidrotermais no fundo dos oceanos (com temperaturas e pressões altíssimas), as gélidas regiões polares, os secos e escaldantes desertos e muitos outros ambientes hostis. A existência desses e de outros estranhos e inóspitos nichos ecológicos parece revelar claramente, tanto o extraordinário potencial para a vida (mesmo em condições tão adversas), quanto a fantástica capacidade de adaptação dos seres vivos.

Seria mais científico afirmar que esses seres exóticos (extremófilos) – especialmente determinadas bactérias –, em seus ambientes aparentemente inabitáveis, representariam prováveis ecossistemas existentes em Marte, em outros planetas, ou mesmo na própria Terra, no início da presumível história evolutiva da vida? Será que a principal motivação para as dispendiosas expedições ao planeta Marte fundamenta-se na busca de explicações para a origem espontânea da vida (extremófilos marcianos)? Esses vultosos recursos não seriam mais bem aproveitados por competentes pesquisadores, em projetos que promovam o avanço do conhecimento genuinamente científico e redundem em benefícios para a humanidade? (Afinal, que ciência é essa a da busca de vida extraterrestre?)

Finalmente, na mente daqueles que estão sinceramente preocupados (cientistas, ambientalistas, etc.) com a progressiva desestabilização ecológica de nosso planeta, emerge a seguinte questão: Como reverter essa situação trágica? A única solução é esta: o planeta Terra em seu aspecto físico será, em breve, totalmente restaurado, imediatamente após o desfecho justo e misericordioso do grande conflito entre o bem e o mal (Ap 20–22); a morte não mais existirá; todos os ecossistemas estarão completamente livres de predadores (Is 11:6-9); o atual e precário “equilíbrio ecológico” será extinto; a face disforme da natureza será totalmente extirpada; o Criador procederá novamente a atos de criação e transformação; a natureza outra vez mostrará apenas uma face: a face bela (figura 3); a perfeição edênica será implantada definitivamente (Is 65:17; Ap 21:1-7).





Conclusões


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- “Há um Deus que sofre em meio às lágrimas daqueles que se veem cercados por traficantes e bandidos. A Bíblia diz que Deus visitou a - Terra quando a perversidade dos seres humanos atingira um ponto limítrofe (Gn 6:5). Pois esse Deus visitará novamente a Terra para acabar de vez com nosso pranto cansado e nossa voz amargurada. Ele, que prometeu ‘novos céus e Nova Terra, nos quais habita a justiça’ (2Pe 3:13 ), hoje estende a mão para socorrer as vítimas da maldade e dos interesses escusos. Apenas em Deus se pode confiar em tempos que, nas palavras de Paulo, seriam ‘difíceis’ (2Tm 3:1; ou ‘terríveis’, NVI)” (O Resgate da Verdade, p. 79).



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