sexta-feira, 18 de maio de 2012

Escola Sabatina: Evangelismo e Testemunho - Lição 1 - Definindo evangelismo e testemunho

 

capala22012

 

Lição 1 de 31 de março a 7 de abril

Definindo evangelismo e testemunho

 

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Sábado à tarde

Ano Bíblico: 1Sm 28–31

VERSO PARA MEMORIZAR: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-­os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei. E Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28: 19, 20, NVI).


Leituras da semana:
At 4:33; 13:48; 1Jo 1:3; At 13:1-49; 22:2-21; 1Pe 3:15

Pensamento-chave: Se devemos estar envolvidos no cumprimento da grande comissão evangélica, precisamos entender o significado de “evangelismo” e “testemunho”.

Um empregado geralmente recebe a “descrição do trabalho”, uma explicação detalhada de seus deveres. A Bíblia também fala sobre uma “descrição do trabalho” para o povo de Deus. Em 1 Coríntios 15:58, o apóstolo Paulo exorta os cristãos de Corinto a ser “sempre abundantes na obra do Senhor”. Embora Paulo não tenha especificado a obra à qual ele estava se referindo, uma expressão semelhante é usada em 1 Coríntios 16:10, com respeito à obra do Senhor feita por Timóteo e Paulo, no evangelismo e testemunho sobre Jesus Cristo e o plano da salvação. Assim, a exortação de Paulo em 1 Coríntios 15 certamente inclui a obra de propagar o evangelho.


Nesta semana, estudaremos o real significado de evangelismo e testemunho. Em outras palavras, tentaremos descobrir nossa “descrição bíblica de trabalho”.

Domingo

Ano Bíblico: 2Sm 1–4

O que é evangelismo?

Quando consideramos as atividades dos primeiros evangelistas, obtemos uma descrição clara do significado de evangelismo. Independentemente das principais diferenças entre o mundo deles e o nosso, ambos são pecaminosos, decaídos e arruinados, e por isso precisam de esperança e salvação. Mais de um século atrás, o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, com um pouco de exagero (não foi por acaso que ele se tornou conhecido como “o filósofo do pessimismo”), expressou a condição humana desta forma: “Jamais viveu alguém que não tenha mais de uma vez desejado não ter que viver até o dia seguinte” (O Mundo como Vontade e Representação, p. 204). Pouca coisa mudou desde o tempo dos apóstolos, desde a época de Schopenhauer e durante os nossos dias. Assim, os principais pontos da pregação evangelística do primeiro século também devem ser os pontos principais da pregação de hoje.

1. Que temas específicos sobre os quais os discípulos pregavam devem ser incluí­dos nas apresentações evangelísticas atuais? At 4:33; 5:42; 2:36-39; 7:56; 13:48

Para ser um evangelista em todos os sentidos da palavra, é preciso ter compreensão e experiência pessoal em relação ao “evangelho eterno”. É esse evangelho que finalmente traz crença, confissão, conversão, batismo, discipulado e a promessa de vida eterna.


Os líderes judeus viram algo na ousadia dos apóstolos que os convenceu de que os apóstolos haviam estado com Jesus (
At 4:13). Muito provavelmente os líderes tivessem chegado a essa conclusão porque se depararam com um grupo de homens que aparentemente não conseguiam falar sobre qualquer outra coisa, a não ser a vida e ensinamentos de Jesus. Evangelismo e testemunho certamente significam falar sobre a vida e ensinamentos de Jesus, sobre a diferença que isso tem feito na vida do cristão individual e sobre a diferença que Jesus pode fazer na vida de todos os que O aceitam como Senhor e Salvador.


É importante ver o evangelismo e o testemunho como um processo contínuo e não como um único programa ou evento. Uma parte vital do processo é seu estabelecimento e manutenção. A palavra perseveravam em
Atos 2:42 indica um forte comprometimento dos novos cristãos com uma estratégia contínua para seu desenvolvimento espiritual. Evidentemente, a igreja primitiva considerava o evangelismo muito mais do que apenas pregar a mensagem. Para eles o processo evangelístico não estaria completo até que as pessoas se tornassem discípulas e tivessem sido completamente incorporadas ao grupo local de cristãos.

Segunda

Ano Bíblico: 2Sm 5–7


O que é testemunho?

Uma testemunha é alguém que dá testemunho, alguém que testifica algo que sabe por experiência pessoal. O testemunho pessoal do cristão em relação à obra de Deus em sua vida pode ser muito poderoso. Certo dia, Jesus curou um homem possesso (Mc 5:1-19). Quando o homem curado quis seguir Jesus, o Senhor lhe disse: “Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você” (Mc 5:19, NVI).


Sem dúvida, o breve período de tempo que Jesus passou com esse homem foi insuficiente para treiná-lo na arte de ensinar ou pregar. Provavelmente ele tivesse sido instruído apenas nas verdades básicas do evangelho antes de ser orientado a “ir e anunciar”.

2. Qual é o assunto principal do testesmunho que devemos dar às pessoas? Como devemos nos preparar para essa missão? Mc 5:18-20; At 22:15, 16; 1Jo 1:3

Deus nos deu a responsabilidade de partilhar a maneira pela qual Ele mudou nossa vida, assim como Ele fez com o geraseno que havia sido possuído pelo demônio e com outros de Seus seguidores.


Testemunhar, ou seja, falar sobre a experiência pessoal com Deus, com a intenção de incentivar os outros a aceitar Cristo, não é necessariamente tão organizado ou tão intencional quanto o evangelismo pelo rádio, televisão ou por meio de uma cruzada evangelística. Ser uma testemunha pode ser uma experiência muito espontânea, visto que a oportunidade de compartilhar Jesus pode surgir em qualquer lugar, a qualquer momento, com qualquer pessoa. Devemos, portanto, estar sempre alerta para aproveitar as oportunidades de partilhar nosso conhecimento e experiência.


Quanto à relação entre testemunho e evangelismo, podemos dizer que cada um deles é uma estratégia essencialmente diferente para alcançar o objetivo de ganhar pessoas para Cristo. Testemunho é mais espontâneo e ocorre em curto prazo, enquanto o evangelismo tende a acontecer em longo prazo e de modo planejado. Por vezes, o evangelismo planejado é reforçado pelo testemunho pessoal dos envolvidos e, às vezes, o testemunho espontâneo leva as pessoas a um programa mais planejado. Seja como for, ambos são componentes vitais no processo geral. Quando partilhamos o que Jesus fez por nós, os que estão abertos à direção do Espírito Santo desejarão saber mais. Além disso, é muito mais fácil argumentar contra a sua doutrina, sua teologia e suas crenças. No entanto, não é tão fácil argumentar contra seu testemunho pessoal.

Terça

Ano Bíblico: 2Sm 8–10


Evidência bíblica

Sem dúvida, os primeiros cristãos tiveram obstáculos a superar quando se comprometeram com a missão de espalhar a boa notícia sobre Jesus. Um dos obstáculos significativos teria sido o fato de que a maior parte deles não foi instruída nas escolas religiosas da época e, portanto, teriam recebido pouca ou nenhuma credibilidade aos olhos da igreja estabelecida.


Apesar de todos os obstáculos, os apóstolos e outros cristãos se sentiram fortemente chamados por Deus para continuar no evangelismo e testemunho. As bênçãos do perdão e da segurança que eles experimentaram pessoalmente os impeliram a partilhar. Testemunho foi o resultado natural da conversão.

3. Que trabalho o Espírito Santo chamou Barnabé e Saulo para fazer? At 13:1-49

A “Palavra de Deus” que foi pregada em todos os lugares certamente incluía as passagens messiânicas do Antigo Testamento. Os textos que previam a morte e a ressurreição do Salvador e, consequentemente, o perdão e justificação concedidos aos pecadores, foram apresentados como tendo sido cumpridos em Jesus de Nazaré.


O Novo Testamento revela claramente a mensagem que os primeiros cristãos se comprometeram a pregar e partilhar. Entre os principais pontos regularmente enfatizados estavam Jesus como Senhor e Cristo, salvação por meio de Sua justiça, o futuro reino de Deus e a promessa de vida eterna.

4. O que permitiu à igreja primitiva ter tanto sucesso evangelístico com os sacerdotes em Jerusalém? At 6:1-7(especialmente os versos 4 e 7)

Muitas pessoas acreditaram em Jesus e O aceitaram como seu Salvador pessoal por causa do testemunho dos cristãos que partilharam sua experiência de mudança de vida e não simplesmente porque haviam observado eventos miraculosos.


Por mais poderosos e convincentes que fossem o testemunho e a demonstração desses primeiros evangelistas, essas pessoas constantemente se referiam às Escrituras. Ou seja, elas usavam a Bíblia para interpretar sua experiência. Você conhece bem a Bíblia? Você tem base bíblica suficiente para ser capaz de usá-la em seu testemunho?

Quarta

Ano Bíblico: 2Sm 11, 12


Contando nossa história

Como já foi afirmado, o mais poderoso testemunho que o cristão pode dar por Jesus é partilhar sua experiência pessoal. Isto é, devo partilhar o que Deus tem feito por mim e como Ele tem influenciado minha vida e experiência. Normalmente, um testemunho pessoal é expresso em três partes distintas: (1) Um breve relato da vida do cristão antes de aceitar Jesus como Salvador pessoal. (2) Uma explicação de como a pessoa conheceu o Senhor. (3) Uma declaração da experiência de vida desde que conheceu a Jesus.

5. No testemunho ao povo de Jerusalém, o que Paulo falou sobre sua vida antes de conhecer Jesus? At 22:3-5


6. Como ele conheceu o Senhor?
At 22: 6-16


7. O que mudou na vida dele depois da conversão?
At 22:17-21

Mesmo que você tenha sido criado em um lar cristão e não tenha vivido uma experiência de conversão dramática, você certamente teve um momento especial em que assumiu um compromisso pessoal com Jesus. Relembre sua experiência e tente escrever alguns pontos que ajudem a formar seu testemunho pessoal.

8. Comente com a classe: Como era minha vida antes de conhecer o Senhor (ou antes de assumir um compromisso com Ele)? Como conheci Jesus (ou o que influenciou minha decisão ao lado dEle)? Como ficou minha vida desde que aceitei Jesus como Salvador pessoal?

Um testemunho pessoal não deve ser uma longa e detalhada autobiografia. Mencionamos anteriormente que testemunho é um modo mais espontâneo de partilhar Jesus do que uma abordagem evangelística planejada. Os cristãos devem ser capazes de dar seu testemunho em um breve período de tempo, visto que não sabemos quando surgirá a oportunidade de falar de Cristo. Poderá ocorrer em vários lugares e momentos não planejados, como em um avião ou em um ponto de ônibus. Pode ser durante uma breve conversa telefônica. Em qualquer circunstância, devemos estar prontos e dispostos a falar sobre o que o Senhor fez por nós, as razões que temos para crer e a esperança que Deus oferece não apenas a nós, mas aos outros também.

Quinta

Ano Bíblico: 2Sm 13, 14

Nossa descrição de trabalho

9. Que experiência é necessária para um testemunho eficaz? De que maneira devemos testemunhar? 1Pe 3:15

Até agora, temos examinado evangelismo e testemunho de maneira suficiente para poder sugerir o que consideramos uma adequada descrição bíblica do nosso trabalho. Não precisamos criar uma definição de evangelismo e testemunho com a qual todos concordem em todos os detalhes, mas devemos nos certificar de que qualquer definição que aceitemos inclua os ingredientes essenciais da obra de compartilhar a verdade sobre Jesus e o que Ele oferece ao mundo.

10. Leia atentamente e depois responda: “Evangelismo é o processo de proclamar o evangelho de Jesus Cristo de maneira clara e persuasiva, de modo que as pessoas O aceitem como Salvador e O sigam como Senhor, para que se tornem discípulas e formadoras de discípulos.” Você concorda? O que você acrescentaria ou tiraria?

Embora a definição de uma tarefa não seja necessariamente uma descrição detalhada de trabalho, ela dá algumas orientações gerais. Com certeza, quando se trata de testemunhar, a situação individual e a própria experiência do cristão com Deus determinará a abordagem. No entanto, a compreensão do desejo de Deus de alcançar o mundo perdido por meio da igreja nos levará a considerar uma abordagem planejada para o testemunho e evangelismo.


O rápido crescimento da igreja primitiva foi devido, em grande parte, à convicção e empenho de seus membros. Por sua vez, isso estava fundamentado em sua experiência pessoal com Jesus e no derramamento especial do poder do Espírito Santo. Os ensinamentos de Jesus e a influência do Espírito Santo ainda são fundamentais e essenciais para todo testemunho e evangelismo.


“Milhares podem ser alcançados de modo mais simples e humilde. Os mais intelectuais, os que são considerados os homens e mulheres mais talentosos do mundo, são muitas vezes refrigerados pelas simples palavras de alguém que ama a Deus e que pode falar desse amor tão naturalmente como o mundano fala das coisas que mais profundamente o interessam. Muitas vezes, as palavras bem preparadas e ponderadas têm apenas pequena influência. Mas a verdadeira e honesta expressão de um filho ou filha de Deus, falada com natural simplicidade, tem poder para abrir a porta do coração que por muito tempo esteve fechado para Cristo e Seu amor” (Ellen G. White,
O Colportor Evangelista, p. 38).

Sexta

Ano Bíblico: 2Sm 15–17

Estudo adicional

Você está preparado para dar seu testemunho pessoal quando a oportunidade surgir? Separe um tempo para sentar calmamente e considerar as atividades da igreja nas quais você gosta de se envolver ou as áreas em que você gostaria de se envolver. Anote essas informações. Você pode estar interessado em áreas evangelísticas nas quais sua igreja não está atualmente envolvida. Anote essas áreas também.


Pense de que forma você pode se envolver em um ministério evangelístico de sua igreja. Se você já está envolvido em um ministério e deseja continuar, ore para que o Senhor continue a abençoar esse ministério. Se você não está envolvido, ore para que Deus revele a você onde Ele quer que você trabalhe para Ele.

Perguntas para reflexão


1. Na comissão evangélica de
Mateus 28:19, 20
, há quatro orientações: ir, fazer discípulos, batizar e ensinar. As ordens para ir, batizar e ensinar são todas subordinadas ao imperativo que diz: “façam discípulos” (NVI). Considerando essa clara ênfase, comente o que significa ser discípulo e como os discípulos são formados.


2. Considere a seguinte citação e responda a questão: Como podemos nos tornar parte do canal de comunicação de Deus a um mundo perdido? “Para ser Seus representantes entre os homens, Cristo não escolheu anjos que nunca pecaram, mas seres humanos semelhantes em paixões àqueles a quem buscavam salvar. Cristo tomou sobre Si a humanidade, a fim de alcançar a humanidade. A Divindade necessitava da humanidade, pois era necessário tanto o divino como o humano para trazer salvação ao mundo. A Divindade necessitava da humanidade, a fim de que esta proporcionasse o meio de comunicação entre Deus e o homem” (Ellen G. White,
O Desejado de Todas as Nações
, p. 296).


3. Examine sua vida. Que tipo de exemplo você apresenta ao mundo? Como suas palavras, ações, roupas, comportamento e atitudes influenciam as pessoas ao seu redor? Em resumo, que tipo de testemunho você apresenta ao mundo, mesmo quando não está “testemunhando” ativamente? Em que áreas você pode melhorar?

Respostas sugestivas: 1. Jesus crucificado; ressurreição; arrependimento; perdão; batismo; Jesus como Senhor; intercessão no Céu; obediência; dom do Espírito. 2. Salvação: o que vimos e ouvimos; antes de testemunhar, precisamos ser batizados; buscamos incluir outros na comunhão com o Senhor. 3. Pregar o evangelho de cidade em cidade, anunciando a judeus e gentios a esperança em Cristo. 4. Prática da oração e dedicação ao ministério da Palavra. 5. Era judeu zeloso, instruído e perseguidor dos cristãos. 6. Jesus apareceu a ele no caminho de Damasco e transformou sua vida. 7. Deus Se revelou a ele e o chamou para pregar aos gentios. 8. Atividade para ser realizada em classe: Dê a cada aluno a oportunidade de comentar sua resposta. 9. Santificar Cristo, como Senhor, no coração; comunhão com Deus traz esperança e sabedoria para tocar o coração das pessoas. 10. Peça a opinião dos alunos a respeito dessa definição.

Resumo da Lição 1 – Definindo evangelismo e testemunho


Texto-chave: Mateus 28:19, 20


O aluno deverá...


Conhecer: Comparar e contrastar as atividades dos membros da igreja no evangelismo e testemunho.


Sentir: A grande urgência de pregar a mensagem do evangelho e suas conseqüências eternas para cada pessoa.


Fazer: Desempenhar sua parte no trabalho individual e na obra corporativa de compartilhar o evangelho.


Esboço


I. Conhecer: Descrição do trabalho


A. Quais são as semelhanças entre testemunho e evangelismo, e quais são as diferenças?

 

Por que são importantes ambas as formas de compartilhar o evangelho?


B. A experiência da igreja primitiva nos leva a perceber a importância do testemunho pessoal e também do evangelismo corporativo.


II. Sentir: O poder do evangelho eterno


A. O evangelho é uma mensagem urgente a ser compartilhada.


B. O testemunho pessoal torna a pregação do evangelho mais atrativa.


III. Fazer: Trabalho individual e corporativo


A. O que Deus fez por você na última semana? Somente você pode contar aos outros a respeito de sua história com Deus. É importante compartilhar com seus amigos, familiares e colegas de trabalho a experiência do seu relacionamento com Deus.
B. Que papel você pode desempenhar no trabalho evangelístico da igreja, atividade que lhe daria grande alegria enquanto você leva bênçãos aos outros?


Resumo: Compartilhar a história do que Cristo fez por nós é um importante testemunho individual, de pessoa para pessoa. Nosso trabalho individual para Deus pode também ser uma parte decisiva do trabalho evangelístico da igreja em longo prazo.


Ciclo do aprendizado


Motivação


Conceito-chave para o crescimento espiritual: Depois de passar tempo com Jesus, Seus primeiros seguidores compartilharam sua experiência com os outros. O testemunho, ao mesmo tempo em que foi um resultado natural dos momentos passados com Cristo, foi capaz de mudar a vida deles. Mas o testemunho foi também uma tarefa específica dada a eles e é dada também a nós.


Só para o professor: Quando alguém é descrito como testemunha, a imagem típica que nos vem à mente é a de alguém em pé em um tribunal para falar sobre algo que viu. No tribunal, há regras que restringem a testemunha a falar sobre a própria experiência. Se alguém faz comentários sobre coisas que não conhece diretamente, pouca credibilidade é dada a tal testemunho. Assim ocorre com a tarefa de testemunhar em favor de Jesus. Somos testemunhas do que temos experimentado. É isso que torna o testemunho digno de crédito. Isso também faz diferença em nossa maneira de testemunhar.


Atividade de abertura: Peça que os alunos formem duplas, de preferência com alguém que eles não conhecem muito bem. Dê a cada pessoa a tarefa de apresentar seu par para o restante do grupo, compartilhando a coisa mais positiva que aconteceu a essa pessoa durante a última semana. Se todos na classe já conhecem bem uns aos outros, peça a cada pessoa que descubra um fato novo sobre seu parceiro. Separe alguns minutos para que as pessoas troquem informações. Depois, convide cada pessoa para apresentar ao grupo seu parceiro. Antes de chamar as pessoas, comente com a classe, de modo breve, a importância vital de conhecer bem alguém para ser capaz de apresentar a pessoa aos outros.


Compreensão


Só para o professor: Esta seção permite considerar aspectos importantes da tarefa de testemunhar acerca de Jesus e examina maneiras diferentes de fazer isso.


Comentário Bíblico


I. Jesus disse: “Faça isso”


(Recapitule com a classe Mt 28:1-20; Mc 16:15-18; Lc 24:47-49; Jo 20:21; At 1:6-8.)


Peça que os membros da classe leiam em voz alta os cinco textos mencionados. Em seguida, peça que eles comparem e contrastem os diferentes contextos e ênfases entre essas várias versões da ordem de Jesus aos Seus discípulos, de contar Sua história daquele momento em diante. No caso dos quatro relatos dos evangelhos, essa ordem vem como parte da conclusão da história que culmina com a morte e ressurreição de Jesus, seguidas pela conclusão lógica da história, em que as pessoas que tinham visto e experimentado o que havia acontecido iriam e fariam alguma coisa a respeito disso. Essa ordem tem o peso das histórias do evangelho por atrás delas para dar a cada conclusão seu vigor. Em contraste com isso, a ordem dada em Atos é o começo de uma nova história. O restante do livro de Atos e a maior parte do Novo Testamento são um registro do que aconteceu quando aqueles primeiros discípulos saíram para cumprir a ordem que haviam recebido.


Pense nisto: 1. O que podemos aprender com as diferenças entre essas cinco passagens? 2. Que semelhanças existem entre alguns ou entre todos esses relatos? O que é importante acerca desses pontos em comum?


II. Testemunhas


(Recapitule com a classe Mc 5:18-20; At 4:8-13; 22:15, 16; 1Jo 1:1-3.)


O incrível testemunho registrado em Atos estava fundamentado em uma experiência pessoal que os discípulos e os outros cristãos primitivos haviam tido com Jesus (1Jo 1:1-3). Os discípulos tiveram variadas formas de experiência com Jesus: eles O viram, tocaram nEle e com Ele se associaram. Uma vez que os discípulos conheceram Jesus, a vida deles mudou, e eles foram capazes de dizer a outros o que tinham experimentado. Então, se pensarmos sobre a forma pela qual conhecemos a Deus e aprendemos sobre Ele, podemos descobrir maneiras de compartilhar nossa experiência.


Pense nisto: 1. Por que uma experiência com Jesus é fundamental para qualquer tipo de testemunho? 2. De que maneiras podemos conhecer Jesus? Elas também podem servir como formas de compartilhar nosso conhecimento e experiência com Ele?


III. Evangelistas


(Recapitule com a classe At 6:1-7; 13:1-49.)


Quando o grupo de testemunhas e fiéis cresceu, e surgiram novas necessidades, algumas pessoas foram designadas para ministrar a essas necessidades. Por exemplo, em Atos 6 os primeiros diáconos foram nomeados após uma reunião convocada pelos doze discípulos para discutir a distribuição de alimento para as viúvas. Mas o verdadeiro objetivo dessa ação foi liberar os doze para que ficassem mais concentrados no evangelismo. De modo semelhante, indivíduos talentosos, como Paulo e Barnabé, foram apontados de maneira formal e informal para se concentrar em tarefas específicas de evangelismo, tornando-se testemunhas de tempo integral para Jesus e para a missão da igreja primitiva.


Pense nisto: Como você explicaria a diferença entre "testemunho" e "evangelismo"?


IV. Estejam preparados para responder (com mansidão)


(Recapitule com a classe 1Pe 3:15, 16.)


Pedro foi uma das primeiras testemunhas e um dos primeiros pregadores da mensagem de Jesus. Mas o quadro do evangelismo que ele descreve em 1 Pedro 3:15, 16 não parece tão dramático, pelo menos de uma perspectiva superficial. No entanto, após exame minucioso, começamos a ter consciência da profundidade dessas verdades aparentemente simples: reverenciar a Deus, estar preparado para explicar nossa esperança, quando solicitados, responder com mansidão e viver de modo autêntico. Nossa resposta ao chamado para ser testemunhas de Jesus pode não incluir a pregação e conversão dramática de milhares de uma só vez. Ao contrário, nosso testemunho mais importante pode ser viver humilde e calmamente, com esperança diante dos outros, praticar a bondade e responder com mansidão quando alguém perguntar as razões da nossa esperança.


O evangelho é uma arma poderosa contra a ignorância e o engano.


Jesus disse que não veio trazer paz, mas espada (Mt 10:34). Muitas vezes essa declaração tem sido interpretada como significando que Sua Palavra, quando vivida, separa Seus verdadeiros seguidores dos seguidores do mundo. No entanto, Pedro nos instrui (de certa forma) a manejar a espada da fé com mansidão. O que significa dar uma razão da nossa fé com mansidão? Não importa quanto nossa crença esteja correta, não podemos alcançar as pessoas impondo a verdade de modo agressivo, mas podemos alcançá-las quando apresentamos com bondade as razões de nossa fé.


Pense nisto: Quando se trata de evangelismo, por que não é suficiente apenas viver uma "vida boa"?


Aplicação
Só para o professor: Ao longo deste trimestre, com certeza haverá bastante discussão sobre erros e acertos nas maneiras de se realizar evangelismo. Essa discussão é importante, porque o chamado para ser evangelista é um convite para apresentar e representar Deus neste mundo de pecadores que precisam dEle, desesperadamente, mesmo que nem sempre reconheçam isso. Para atender a esse chamado, devemos pensar, aprender, orar, compartilhar e trabalhar da melhor maneira, a começar pelo intenso esforço para envolver nossa classe da Escola Sabatina durante este trimestre a fim de cumprir essa sagrada missão.

Perguntas de aplicação:


1. Para os primeiros discípulos de Jesus, testemunhar era natural. Se isso parecia algo fácil e natural para eles, apesar da oposição contínua, por que tantas vezes é difícil para nós, e como podemos superar os obstáculos?


2. Até que ponto a igreja de Atos deve servir de modelo para o evangelismo atual? De que maneira somos diferentes da igreja primitiva? De que maneira nosso mundo é diferente? Que princípios de evangelismo usados pela igreja em Atos podemos aplicar, para lidar com essas diferenças?


3. Quando falamos de testemunho, podemos nos sentir desencorajados porque nosso relacionamento com Deus não é suficientemente forte para apoiar nosso testemunho. Como podemos ter confiança suficiente em nosso cristianismo para compartilhá-lo? Por outro lado, como o testemunho pode ser um fator para o crescimento de um relacionamento mais forte com Deus?


4. Que orientações devem ser aplicadas no testemunho adequado? Quais são as coisas que não devemos fazer no testemunho? Por quê?


5. Como encontrar o equilíbrio entre não ofender, perturbar ou irritar as pessoas a quem estamos tentando testemunhar e mostrar a elas a importância de conhecer Jesus?


6. Qual é a importância da distinção entre "testemunho" e "evangelismo"?


Criatividade


Só para o professor: As atividades a seguir são destinadas a (1) incentivar os alunos a desenvolver uma consciência crescente acerca do testemunho individual e do testemunho da igreja e (2) acompanhar o desenvolvimento dessa consciência durante o trimestre.

Sugestões para atividades individuais: Distribua papel e caneta aos alunos e peça que eles anotem os nomes de três amigos pelos quais eles gostariam de orar nas próximas semanas. Esses nomes devem ser de pessoas conhecidas, que morem perto dos alunos e a quem eles gostariam de conduzir a Jesus e à igreja. Durante os próximos três meses, desafie os membros da classe a orar todos os dias em favor de seus amigos e pela oportunidade de testemunhar a eles. Peça que eles guardem o pedaço de papel como um marca-página em sua lição da Escola Sabatina ou dentro da Bíblia, para apresentar um relatório no fim do trimestre sobre a resposta de Deus às suas orações.


Sugestões para atividades em duplas ou grupos: Realize uma avaliação do testemunho e evangelismo de sua igreja. Faça uma lista das coisas das quais os membros de sua igreja participam que podem ser consideradas evangelismo, utilizando uma compreensão ampla do que está incluído nessa palavra. Quando, na opinião dos alunos, a lista tiver abrangência suficiente, classifique as diferentes atividades ou projetos quanto à sua eficácia em cumprir a comissão evangélica (Você pode colocá-los em ordem de importância/eficácia, ou enumerá-los de 1 a 10, sendo o número 10 excelente). Permita que os alunos expressem uma variedade de opiniões em relação a essas questões. Guarde a lista para que você possa examiná-la novamente na conclusão do trimestre. Nessa ocasião, considere se os membros da classe mudaram alguma de suas opiniões quanto ao que constitui o evangelismo. Considere também o que é mais importante ou eficaz nessa tarefa.

 

Comentário Lição 1 - Definindo Evangelismo e Testemunho

 

Sobre o autor: O Pr. Marcelo E. C. Dias é Professor do SALT/UNASP e Doutorando (PhD) em Missiologia pela Universidade Andrews


mecdias@hotmail.com

I. A missão de Deus


A revelação de Deus aponta que desde sempre Sua intenção era que os seres humanos vivessem num perfeito relacionamento com o Criador, que trouxesse honra e glória ao Seu nome. Mesmo após o pecado, Deus continua buscando alcançar Seu objetivo para com Seus filhos através do plano de salvação, que começa, se desenvolve e termina no coração de um Deus missionário.


Para a humanidade que escolheu não crer em Deus, o plano da salvação se torna a única opção para escapar das conseqüências destrutivas eternas dessa separação. Logo no princípio, o livro de Gênesis demonstra a necessidade de um Salvador para a humanidade e a iniciativa de um Deus de misericórdia, amor e graça: “Adão, onde você está?”


Fiel ao Seu caráter, Deus envolve Seus filhos nesse plano de apresentar a mensagem de esperança às demais pessoas, de forma explícita, desde o chamado, envio e promessa a Abraão (Gn 12) até a igreja cristã atual. No Novo Testamento, essa característica importante – um Deus que envia – fica ainda mais evidente.


No momento mais dramático da missão de Deus, Jesus Se tornou o Salvador do mundo. A encarnação foi evangelística em sua intenção, o ministério de Cristo estabeleceu o modelo evangelístico, Sua morte e ressurreição incorporaram a mensagem do evangelismo, e Sua comissão ordenou que todos participem do evangelismo.


Portanto, Deus enviou Jesus, que voltou para Deus e enviou o Espírito Santo para Seus seguidores que, no poder do Espírito, são enviados por Jesus a todo o mundo “para proclamar o reino de Deus e convidar as pessoas a glorificar o Rei dos Reis através de um estilo de vida de adoração” (Introducing World Missions, p. 40). Individual e coletivamente, a igreja tem um privilégio e uma responsabilidade, no contexto da aliança com Deus, nos dias que antecedem a consumação desse plano e encerramento dessa missão.

Portanto, parafraseando Christopher J. H. Right, a Bíblia apresenta a narrativa da missão de Deus através do Seu povo, em seu engajamento com o mundo de Deus, pelo bem de toda a criação de Deus (The Mission of God, p. 21, 22).


II. A Grande Comissão


O texto de Mateus 28:18-20, conhecido como a Grande Comissão, é o texto principal do estudo desta semana. A partir de 1792, após a publicação do famoso livreto (An Enquiry into the Obligations of Christians to Use Means for the Conversion of the Heathens) de William Carey, pai das missões modernas, a Grande Comissão passou a ser o principal texto e a grande motivação para a missão da igreja.
O conteúdo desses versos também é mencionado pelos demais evangelistas: Marcos 16:14-18, Lucas 24:36-49, João 20:19-23 e Atos 1:8. Embora o imperativo para a evangelização seja o mesmo, cada autor enfatiza um aspecto diferente, mantendo a mesma orientação.


Em cada texto:


(1) Cristo dá a ordem com base em Sua obra e em Sua Palavra;


(2) a comissão é focalizada nos outros, todos aqueles que não pertencem à família de Deus;


(3) a ordem é dada após a ressurreição de Cristo, confirmando Sua vitória sobre o pecado;


(4) Cristo está no centro da comissão; e


(5) o Espírito Santo é o capacitador.

No contexto do evangelho de Mateus, é intersessante notar que a Grande Comissão está em paralelo com os primeiros versos do livro que relatam a genealogia de Jesus a partir de Abraão. Como conclusão do livro, o autor parece reafirmar que a promessa feita a Abraão há de se cumprir.

Em Mateus, é possível identificar:


(1) a autoridade (Toda a autoridade Me foi dada no Céu e na Terra),


(2) a tarefa (Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado),


(3) o escopo (Ide...a todas as nações),


(4) a promessa (Eis que estou convosco todos os dias) e


(5) a duração da Grande Comissão (até à consumação do século).

A Grande Comissão marca um momento de transição, resumindo tudo o que veio antes e preparando para o que haveria de vir. “Esse mandado é o clímax do ensinamento de Jesus, uma consequência lógica da Sua obra redentora, Sua ordem de marcha para a igreja e Suas palavras de despedida no limiar de uma nova era na história da salvação” (Encountering Theology of Mission, p. 41).


III. Definindo evangelismo e testemunho


As metáforas mais usadas na Bíblia em relação à atividade da igreja estão relacionadas ao dia a dia das pessoas, como por exemplo: evangelho, no sistema de comunicação; a testemunha, no sistema judicial; o discípulo, no sistema educacional e da proclamação. A lição escolheu se concentrar em duas: o evangelismo e o testemunho.


A palavra grega traduzida por testemunha é martyria, de onde se herdou a palavra mártir. Essa imagem nasce no contexto de um julgamento em que as declarações das testemunhas eram o meio primário de prova (Nm 35:30; Dt 19:15; Mt 18:15-20). A omissão de dar o testemunho verdadeiro era punida (Êx 20:16; Lv 5:1;Pv 29:24). Na igreja, o testemunho se refere a compartilhar destemidamente aquilo experimentamos em nossa caminhada com Cristo, como instrumentos do Espírito Santo no chamado à conversão. Uma testemunha é alguém que, por explicação ou demonstração, dá evidência visível ou audível daquilo que tem visto ou ouvido
sem se alterar pelas consequências dessas ações (S. Briscoe, Getting Into God, p. 76).


Em contrapartida, evangelismo tem sido definido de várias formas. D. B. Barret listou 75 definições diferentes (Evangelize! A Historical Survey of the concept, p. 22). Apesar de a palavra evangelismo não se encontrar na Bíblia, o verbo euanggelizo aparece cerca de 55 vezes no Novo Testamento grego e significa “trazer ou anunciar boas-novas”.

David Bosch definiu evangelismo como “a proclamação da salvação em Cristo àqueles que não creem nEle, chamando-os ao arrependimento e conversão, anunciando o perdão dos pecados e convidando-os a se tornarem membros vivos da comunidade de Cristo na Terra e a começar uma vida de serviço a outros no poder do Espírito Santo” (Transforming Mission, p. 11).

Segundo o Pacto de Lausanne, o processo de evangelização envolve:


“(1) a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com


(2) o intuito de persuadir as pessoas a vir a Ele pessoalmente e, assim,


(3) se reconciliarem com Deus.


(4) Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. ...


(5) Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em Sua igreja e um serviço responsável no mundo” (http://www.lausanne.org/pt/pt/1662-covenant.html).

Evangelismo não é o mesmo que missão, mas é importante dizer que evangelismo é o coração da missão, é parte integral da missão, é uma dimensão essencial da missão e não pode ser tratado de forma isolada. Portanto, evangelismo é mais do que uma vida moral, recrutamento de membros ou uma função para especialistas. Dizer que tudo o que se faz na igreja é evangelismo ou equipará-lo a séries de conferências também não contribui para uma definição precisa do termo. A lição comenta que “é importante ver evangelismo e testemunho como um processo contínuo em vez de um único programa ou evento”.

Em suas crenças fundamentais e em uma de suas declarações oficiais, a Igreja Adventista reafirma que Deus chamou os cristãos para o evangelismo. “Isso é central para a vida e testemunho cristãos. Portanto, o cristianismo é missionário pela própria natureza”
(http://adventist.org/beliefs/statements/main-stat50.html).


Por isso, Ellen G. White afirma que “O Senhor determinou que a proclamação desta mensagem fosse a maior e mais importante obra no mundo, para o tempo presente” (Evangelismo, p. 18).

IV. Minha missão


A esta altura, deve estar claro que evangelismo e testemunho não são descrições da sua função. São muito mais do que isso, são parte importante da definição de quem você é e daquilo que dá sentido à sua vida como estrangeiro no mundo.


“Você nasceu de acordo com o propósito divino e para o Seu propósito” (The Purpose Driven Life, p. 17). Nasceu com uma missão única porque sua história é única. O chamado é para contar a história de Jesus e como ela moldou sua história. Por isso, Jesus disse que as pessoas seriam Suas testemunhas, não Seus advogados. Vale lembrar que o testemunho daqueles que vivem o cristianismo desde o nascimento pode ser tão impactante quanto o daqueles que se converteram ou retornaram à fé.


“Se a adoração do Criador é o propósito criado por trás da vida, se deve ser a motivação por trás de cada ato na nossa vida, se é o glorioso cumprimento futuro e final de toda a criação, então é imperativo que ninguém fique sem essa oportunidade de se unir nessa jornada” (Evangelism Handbook, p. 51). Karl Barth, por exemplo, considera que o que faz alguém ser um cristão não é primariamente sua experiência pessoal de graça e redenção, mas seu ministério. A igreja existe para o mundo, não o mundo para a igreja.

As pessoas não são chamadas para ser cristãs simplesmente para receber vida, mas para dar vida (Evangelism: Theological Currents and Cross-Currents Today, p. 15).


“A obra evangelística de abrir as Escrituras aos outros, advertindo homens e mulheres daquilo que está para vir ao mundo, deve ocupar, mais e mais, o tempo dos servos de Deus” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 17).


Os detalhes a respeito de como ser uma fiel testemunha e um evangelista segundo a vontade de Deus serão abordados durante o trimestre, mas algumas características iniciais já podem ser listadas:


a. O testemunho acontece de forma consciente e inconsciente. O objetivo deste estudo é demonstrar a importância da atividade do Espírito em orientar ambas as situações e explorar a habilidade de aproveitar as oportunidades para o testemunho consciente.
b. A igreja testemunha de forma individual e coletiva. Durante o trimestre, as duas situações serão enfatizadas. Existe um papel importante para o testemunho pessoal, mas é igualmente importante aproveitar e participar das oportunidades que a igreja oferece.
c. As pessoas testemunham em particular e em público. Cada uma dessas modalidades serve para um propósito e ajuda na proclamação do evangelho de maneira distinta.

Qualquer que seja a metáfora usada para descrever a atividade da igreja na missão de Deus, formando um ciclo, três aspectos se destacam.


(1) Antes. Esse engajamento missionário pressupõe uma conversão já que a proclamação e o testemunho são, acima de tudo, fundamentados no que Deus já realizou (Mc 5:18–20; At 22:15, 16; 1Jo 1:3). A lição aponta uma verdade: é muito mais fácil as pessoas desafiarem a sua doutrina, teologia e crenças do que seu testemunho pessoal. No contexto do pós-modernismo, isso é ainda mais real.


(2) Durante. Não é possível subestimar o processo e o conteúdo dessa proclamação centralizada em Jesus (At 2:14–36; 4:33; 5:42; 7:56; 13:48, 49).


(3) Depois. A participação da igreja na missão não se restringe a informar, mas também a fazer o convite para aceitar Jesus e se unir à Sua família (At 2:36–39). Assim completa-se o ciclo.


Existe uma dívida para com as testemunhas evangelísticas que compartilharam sua experiência com Jesus e que um dia alcançou você.


Ilustração Certo navegador passava mal em alto mar devido a uma grande tempestade. Naquele momento, ele ouviu a respeito de outro tripulante que havia se desequilibrado e caído no mar. Preocupado em saber como poderia ajudar a salvá-lo, ele achou uma lanterna e a ergueu em frente à janelinha redonda do seu camarote.


O homem que se afogava foi salvo. Dias depois, num encontro casual com o colega no deque do navio, ele disse que, na ocasião do naufrágio, ele já havia afundado duas vezes nas águas revoltas e estava próximo da terceira quando consequiu levantar o braço. Naquele momento, alguém o iluminou através de uma das janelas. Um dos que tentavam resgatá-lo conseguiu ver sua mão e o puxou para o barco.


A função humana nesse processo muitas vezes se assemelha à daquele de levantar a luz para que outros sejam resgatados e unam-se à família de Deus (Moody's Anecdotes, p. 44). O evangelismo é uma responsabilidade e um privilégio dos quais devemos nos
aproximar com zelo, humildade e respeito. Apesar da atual condição de pecado, o mundo foi criado por Deus e para Ele. Deus amou o mundo de tal maneira, e você?

 

Publicado em 29/03/2012 por LicoesdaBiblia "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei. E Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" Mt 28: 19, 20 Com a aprticipação do Pastor Everon Donato (Departamental Ministerio Pessoal da Divisão Sul-Americana), e do Doutor Luigi Braga (Advogado da Divisão Sul-Americana)

 

Fontes:

Casa Publicadora Brasileira ( http://www.cpb.com.br/ )

Novo Tempo Lições da Bíblia ( http://novotempo.com/licoesdabiblia/ )

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