sexta-feira, 18 de maio de 2012

Escola Sabatina: Evangelismo e Testemunho - Lição 7 - Evangelismo corporativo e testemunho

 

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Lição 7 de 12 a 19 de maio

 

Evangelismo corporativo e testemunho

 

 

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Sábado à tarde

Ano Bíblico: 2Cr 8, 9

VERSO PARA MEMORIZAR: “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros” (2Tm 2:2, NVI).


Leituras da semana:
Ec 4:9-12; Sl 37; Fp 1:5-18; Ef 4:15, 16; Cl 1:28, 29

Pensamento-chave: A disseminação da verdade de Deus não se limita aos ministros. A verdade deve ser espalhada por todos os que alegam ser discípulos de Cristo.

Como vimos, é importante que todos os cristãos reconheçam o potencial que Deus lhes deu. As Escrituras dão muitos exemplos nos quais os cristãos usaram seus dons enquanto trabalhavam com os líderes em uma equipe do ministério de evangelismo.


Em
Atos 13:13, a referência de Lucas a “Paulo e seus companheiros” sugere que o apóstolo Paulo era o líder reconhecido de um grupo missionário que incluía Barnabé (v. 1). Lucas nos diz que, às vezes, o trabalho missionário de Paulo e Barnabé demostra que eles trabalhavam juntos (At 13:50, 14:1).


Às vezes é difícil para alguém se envolver no programa de evangelismo e testemunho na igreja local porque os líderes não estão constantemente procurando pessoas capacitadas para incorporar nessa obra.


Na semana passada, estudamos a contribuição individual dos membros em relação ao evangelismo e testemunho da igreja. Nesta semana, consideraremos alguns aspectos das estratégias corporativas da igreja e como os indivíduos podem se envolver.

Domingo

Ano Bíblico: 2Cr 10–13


Permitindo que a mão esquerda e a direita saibam

Muitas pessoas na igreja estão envolvidas, enquanto outras, por várias razões, atuam relativamente pouco. De toda maneira, as pessoas muitas vezes não sabem o que sua igreja está planejando nem em que direção trabalha. Consequentemente, não percebem como as atividades em que estão envolvidas contribuem para alcançar os objetivos gerais da igreja.

1. Quais são as vantagens de trabalhar em grupo no contexto profissional e social? Podemos aplicar essa verdade ao contexto missionário? Ec 4:9-12

Esses versos descrevem os benefícios da ajuda mútua, do apoio e cuidado em qualquer situação. O que é verdade para duas ou três pessoas também é verdade para a igreja local. Para que as bênçãos descritas em Eclesiastes 4:9-12 se realizem, cada pessoa deve estar ciente do que os outros estão fazendo ou planejando. Se as pessoas não têm conhecimento disso, como podem saber que tipo de apoio é necessário e quando? Assim, se os membros não conhecem o programa de testemunho e evangelismo da igreja, como poderão ajudar? Infelizmente, devido à falta de apoio, os que estão na linha de frente do testemunho e evangelismo às vezes pensam que ninguém se preocupa com esse ministério vital, quando, na realidade, o problema é que os outros membros não sabem o que está acontecendo.

2. Que tarefas de apoio foram realizadas por Lídia e pelo carcereiro? Como essas atividades contribuíram para a missão geral de pregar o evangelho? At 16:14, 15, 33, 34

Inicialmente pode parecer que certas atividades não têm nenhuma relação com as estratégias de evangelismo e testemunho da igreja. Mas, após um exame mais aprofundado, elas se revelam vitais ao processo geral. Os que proveem alimentação e abrigo para um evangelista visitante desempenham parte essencial, assim como os que recepcionam as pessoas que comparecem às reuniões. Muitos membros da igreja se dispõem a apoiar quando sabem qual é o programa, o que é necessário e quando estão certos de que sua contribuição é parte integrante do programa geral da igreja. Nesse contexto, é importante permitir que “a mão direita saiba o que a mão esquerda está fazendo”.

Segunda

Ano Bíblico: 2Cr 14–16


Planejando juntos

Muitas vezes, o planejamento dos objetivos e estratégias para evangelismo e testemunho, envolve pouquíssimas pessoas. Então, quando os planos são estabelecidos, aquelas poucas pessoas se lançam na tarefa de tentar envolver os outros nas fases de implementação. É muito melhor envolver um grupo maior desde o início. Por isso, o Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia afirma que a principal preocupação da comissão da igreja é o trabalho de planejar e promover o evangelismo em todas as suas fases.

3. O que deve caracterizar o culto oferecido a Deus? Que vantagem esse princípio pode trazer ao trabalho evangelístico? Quais são os prejuízos da falta de planejamento ou de um plano inadequado para o evangelismo? 1Co 14:40

Há uma série de erros que as igrejas podem cometer ao considerar seu envolvimento no testemunho e evangelismo. Elas podem definir os alvos, mas deixar de apresentar estratégias necessárias para alcançá-los. Podem tentar trabalhar com algumas estratégias sem fixar nenhum alvo definido, ou podem tentar fazer as duas coisas, mas sem considerar um processo de avaliação. Alvos e planos caminham lado a lado, mas os objetivos sempre vêm em primeiro lugar, para que sejam estabelecidos os planos que permitam alcançar tais objetivos. Além disso, é o processo de avaliação que ajuda a manter a igreja no caminho certo e mede o progresso em direção aos seus objetivos.


Cada igreja deve estar ciente do conceito de propriedade do objetivo. Os que estabelecem objetivos e estão envolvidos no planejamento estratégico são tipicamente os que aderem ao processo e seguem na mesma direção. É importante, portanto, que tantas pessoas quanto possível deem alguma contribuição em cada fase do planejamento, a fim de que elas também tenham um senso de propriedade. Se isso não acontecer, muito provavelmente, os planos a longo prazo passarão a ser propriedade de alguns poucos escolhidos que lutarão para cumpri-los. Nesse caso, o sucesso é improvável.

4. Que certeza podemos ter em relação ao sucesso das nossas atividades de testemunho, evangelismo e muitas outras coisas? Que princípios e promessas Deus tem para nós diante desses desafios? Sl 37

Terça

Ano Bíblico: 2Cr 17–20


Trabalhando em equipe

Élógico pensar que havia momentos em que cada um dos discípulos compartilhava sua fé de pessoa para pessoa, mas, na maior parte do tempo, percebemos que eles compartilhavam o ministério com outros discípulos e eram apoiados por outros cristãos. Há algo especial em trabalhar de acordo com um plano global e receber apoio e incentivo de outras pessoas da equipe.


A Bíblia provê um modelo eficaz para evangelismo e testemunho, e não deve nos surpreender o fato de que, mesmo hoje, quando Deus levanta alguém para uma grande responsabilidade, Ele inspira uma equipe para se reunir em torno do líder.

5. Que lição simples podemos aprender com o fato de que Jesus tinha uma equipe de discípulos? Mt 10:2-4; Mc 3:16-19; Lc 6:12-16

Sem dúvida, os primeiros cristãos trabalhavam em grupos. Existe muito sentido nisso. Além do fato de que cada pessoa tem dons e talentos únicos e específicos que outros não têm, há também uma proteção no trabalho em equipe. Há um senso de responsabilidade: os outros estão observando você, podem guiá-lo e podem ajudá-lo a evitar uma direção que poderia levá-lo a uma tragédia. A maneira ideal de fazer evangelismo é ter uma equipe sólida de irmãos e irmãs fiéis, na qual cada um cuida do outro e todos têm um objetivo comum a alcançar.

6. Que elogios de Paulo indicam que os cristãos de seu tempo estavam envolvidos no testemunho e evangelismo em equipe? Fp 1:5-18

No início de sua carta aos Filipenses, Paulo fala de sua cooperação no evangelho (v. 5). Eles haviam defendido e confirmado o evangelho (v. 7) e tinham anunciado a Palavra de Deus sem medo (v. 14). Ele também compartilhou sua alegria porque a mensagem de Cristo era pregada continuamente (v. 15-18). Lembre-se, Paulo estava escrevendo para a igreja, não aos indivíduos. Claro, ela era formada por indivíduos que pregavam a Cristo, mas o fato de Paulo elogiar a igreja, revela que essa pregação evangelística era uma estratégia corporativa.

O desejo de testemunhar já expôs você a tentações que teriam sido evitadas se estivesse trabalhando em equipe? Por que é importante cultivar a atitude de humildade e responsabilidade se você planeja trabalhar em grupo?

Quarta

Ano Bíblico: 2Cr 21–23

Cada pessoa faz sua parte

Quando uma igreja unida está concentrada na tarefa evangelística diante dela, o Senhor abençoa seus esforços combinados. Cuidadoso estudo da Bíblia revela quanto do Novo Testamento foi escrito para mostrar aos cristãos como viver e trabalhar juntos e em harmonia. Passagens que trazem a expressão “uns aos outros” estão espalhadas abundantemente em suas páginas. Somos ordenados a amar uns aos outros (Jo 15:12), perdoar uns aos outros (Ef 4:32), e orar uns pelos outros (Tg 5:16), entre outra coisas. Além das passagens com a expressão “uns aos outros”, existem muitos textos bíblicos relacionados com a igreja corporativamente, com o trabalho que ela faz, e com seu crescimento.

7. Como o trabalho em equipe contribui para o crescimento e edificação da igreja? Ef 4:15, 16

Paulo nos diz que é da vontade de Deus que cresçamos em Jesus Cristo. Isso mostra que o corpo da igreja está em uma jornada espiritual e, até certo ponto, essa é a nossa própria caminhada espiritual. No entanto, o texto explica que o crescimento de cada indivíduo afetará o crescimento do corpo, tanto numericamente quanto espiritualmente.


À medida que os cristãos crescem em Cristo, acontece algo maravilhoso e sobrenatural. Por meio de suas contribuições pessoais, eles são “ajustados e unidos” à igreja como um todo. A máxima eficácia de qualquer igreja é alcançada quando cada membro faz sua parte. De acordo com
Atos 1:12-14, o que os primeiros cristãos fizeram enquanto esperavam em Jerusalém o prometido Espírito Santo?


A resposta deve nos dizer muito sobre o que significava adoração coletiva. Na verdade, os primeiros cristãos só ficaram prontos para a tarefa de cumprir a comissão evangélica depois que o Espírito Santo foi derramado sobre eles. Esse grupo, totalizando cerca de cento e vinte pessoas, estava unido em oração e continuava em comunhão. Sem dúvida, era a promessa do Espírito Santo, feita por Jesus, que os unia e constantemente os aproximava em oração, enquanto esperavam o poder que os habilitaria a cumprir a ordem do Senhor. A igreja hoje deve fazer o mesmo.

Quanto tempo e esforço sua igreja, como um todo, dedica ao trabalho de alcançar pessoas, ao testemunho e evangelismo? Em contraste com isso, quanto tempo é dedicado a questões internas, desde a liturgia, formato da adoração, música, etc.? Comente com a classe.

Quinta

Ano Bíblico: 2Cr 24, 25

A necessidade de unidade coletiva

Tem sido dito, e com razão, que um cristianismo que não começa com o indivíduo não começa de fato, mas um cristianismo que fica apenas com o indivíduo acaba morrendo. Essa declaração ressalta a importância da integração de cada novo cristão ao corpo de crentes. Como ocorre com o testemunho e evangelismo, também é verdade que a integração não pode ser tarefa apenas de certos indivíduos na comunidade. Integração é responsabilidade de toda a igreja.

8. Que objetivo específico deve ser alcançado na experiência cristã? O que a igreja deve fazer para cumprir esse propósito?Cl 1:28, 29

A maturidade cristã, o crescimento até a plenitude de Cristo (Ef 3:19), é o correto objetivo da congregação local. Trabalhar pela maturidade dos novos conversos é tão importante quanto trabalhar para levá-los a aceitar a Cristo e se unir à Sua Igreja. Na verdade, o trabalho de integração da igreja ajudará a garantir que seus esforços evangelísticos não se tornem perda de tempo. Geralmente, antes do começo de qualquer projeto de evangelismo e testemunho, há um tempo de preparação da igreja, quando focalizamos o transporte, cuidado das crianças, recepcionistas, equipes de oração e grupos de visitação. O apóstolo Paulo nos instruiria a focalizar a integração como outra parte importante dessa preparação. Considere a pergunta a seguir:

9. O que é mais importante perguntar, e por quê? Como os novos cristãos podem se envolver na vida da igreja e em seus programas? Como a igreja pode entrar na vida dos novos cristãos e ajudá-los a amadurecer? De que modo esses dois conceitos estão relacionados?

Muitas vezes vemos o trabalho de acompanhamento e integração como de responsabilidade de quem levou a pessoa a Jesus Cristo. Para constatar que esse não é o método bíblico, precisamos apenas entender que teria sido impossível para o apóstolo Paulo alimentar todos os que creram por intermédio de seu ministério. Acompanhamento não é apenas o trabalho de um ou dois líderes designados, mas é o trabalho de toda a igreja.


Muitas vezes lamentamos o fato de que os novos cristãos entram pela porta da frente e saem pela porta de trás logo em seguida. Essa é uma tragédia de consequências eternas.

Sexta

Ano Bíblico: 2Cr 26–28


Estudo adicional

Alvos realistas têm quatro características:


1. Acessíveis. As finanças desempenham um papel importante em muitas estratégias da igreja. Considere os custos com publicidade, transporte, materiais, correspondências, aluguel de espaço, alimentação, etc.


2. Realizáveis. Os alvos são atingíveis? Temos dinheiro, tempo, apoio, instalações e pessoal para alcançar os resultados? É melhor começar com um projeto pequeno e desenvolver um projeto maior, à medida que outros se unem à equipe, ao mesmo tempo em que é dado apoio a outras áreas importantes.


3. Sustentáveis. Se um ministério de evangelismo é bem-sucedido, vale a pena repeti-lo. Pode ser que seu ministério seja parte de uma estratégia permanente. Nesse caso, é preciso olhar para a frente, a fim de organizar o que for necessário para sustentar esse ministério.
4. Sujeitos à avaliação. Tenha certeza de que são avaliados continuamente todos os aspectos do ministério, equipe, finanças, treinamento, resultados, etc. Devem ser estabelecidos e respeitados períodos de avaliação definidos e regulares. Examine a forma pela qual esse empreendimento contribuiu para o evangelismo geral da igreja.

Perguntas para reflexão


1. Por que as igrejas muito ocupadas com lutas internas raramente se envolvem na obra de alcançar pessoas? Como o esforço para alcançar os perdidos poderia unificar uma igreja?


2. “Ao trabalhar em lugares em que já se encontram alguns na fé, no começo o pastor não deve buscar tanto converter os incrédulos quanto treinar os membros da igreja para prestarem cooperação proveitosa” (Ellen G. White,
Obreiros Evangélicos, p. 196).

Quantos membros de sua igreja têm pelo menos uma ideia de como trabalhar pelas pessoas? Se não são muitos, como essa situação pode ser melhorada?

Respostas sugestivas: 1. Mais resultados e progresso; apoio mútuo; calor humano; proteção e resistência; evangelizar em grupo aumenta as chances de vitória. 2. Hospedagem dos missionários; cuidados com a saúde; provisão de alimentos; acolhimento. 3. Ordem e decência; planejamento e qualidade trazem mais êxito ao evangelismo; sem um plano adequado a igreja acaba regredindo. 4. Agradar-se do Senhor; confiar nEle; fazer nossa parte e o mais Ele fará; satisfará desejos dos justos; eles serão uma bênção. 5. Jesus escolheu, em oração, um grupo para participar de Sua obra e anunciar a salvação; diferentes talentos; necessidades específicas. 6. Eles estavam cooperando constantemente no evangelho; eram participantes da graça ao lado de Paulo. 7. O amor de Cristo faz com que as partes do corpo se ajustem umas às outras; pela cooperação dos membros, o corpo cresce. 8. Perfeição em Cristo; anunciar, advertir, ensinar na sabedoria do evangelho, se afadigar e se esforçar, segundo a eficácia de Cristo. 9. Como a igreja pode entrar na vida dos... cristãos...? Relação: a igreja integra as pessoas, as quais são motivadas a alcançar outras.

Resumo da Lição 7 – Evangelismo corporativo e testemunho


Texto-chave:
2 Timóteo 2:2


O aluno deverá...


Conhecer: Os benefícios que resultam de cooperar com uma equipe na pregação do evangelho de Cristo.


Sentir: O poder e a alegria do trabalho harmonioso que une o corpo de Cristo em amor.
Fazer: Unir-se com os outros na oração e no poder do Espírito Santo, cada um fazendo sua parte, conforme a orientação do Espírito Santo.


Esboço


I. Conhecer: Construindo juntos


A. Quais são os benefícios de participar da obra de testemunhar e evangelizar ao lado dos outros membros da igreja?


B. Que fraquezas resultantes do trabalho isolado podem ser aliviadas no trabalho organizado de um grupo?


C. A experiência da igreja primitiva revelou o poder e a unidade do evangelismo realizado por meio da oração e pela atuação do Espírito Santo.


II. Sentir: Trabalho harmonioso


A. Como o corpo de Cristo é unido em amor por meio do trabalho corporativo?


B. Quando estabelecemos metas, planejamos e avaliamos o trabalho juntos, produzimos relações de trabalho harmoniosas.


III. Fazer: Unidos em amor e no Espírito Santo


A. Como podemos experimentar a unidade dos discípulos antes, durante e depois do Pentecostes?


B. O que precisamos fazer para amar mais uns aos outros e atuar juntos de modo mais estreito?


Resumo: Por meio do trabalho conjunto, dirigido pelo Espírito Santo, para estabelecer alvos, planejar e avaliar nossos programas de testemunho e evangelismo, nos unimos em oração e apoio amoroso aos esforços uns dos outros.


Ciclo do aprendizado


Motivação


Conceito-chave para o crescimento espiritual: Trabalhar juntos como parte de uma equipe que compartilha o evangelho é o verdadeiro trabalho do corpo de Cristo.


Só para o professor: O propósito da atividade de abertura é cultivar o apreço pelo trabalho em equipe e inspirar os alunos a sentir que, sem a ajuda dos outros, não podem ser bem-sucedidos em seus esforços evangelísticos, nem em seu testemunho.

Atividade de abertura: Peça que os alunos escrevam seus nomes completos em um pedaço de papel. Em seguida, peça que escrevam seus nomes com a outra mão. Compare as assinaturas. Qual delas é a mais legível?


Agora peça aos alunos que tentem fazer novamente o mesmo exercício com a mão que usam para escrever normalmente, mas instrua-os a não mover o pulso nem o braço enquanto escrevem seu nome. Até que ponto eles conseguem avançar na página?


Para reflexão e discussão: É fácil desvalorizar ou menosprezar o esforço envolvido no que uma parte do corpo faz até que você atribua essa mesma tarefa a outra parte do corpo. Então se torna quase impossível executá-la. Mas mesmo o ato de escrever com a mão que usamos todos os dias se torna difícil, se não impossível, quando o movimento é restrito. A mão precisa do pulso para escrever, para guiá-la através da página, assim como precisa dos dedos para segurar a caneta. Da mesma forma, explique como as diferentes partes são necessárias para que o corpo funcione como uma equipe, suprindo o necessário para executar as tarefas. Podemos aplicar esse princípio ao modo pelo qual as diferentes partes do corpo de Cristo funcionam juntas, para cumprir a missão?


Compreensão


Só para o professor: Use este estudo para ajudar sua classe a examinar como, nas Escrituras, as equipes trabalharam unidas.

Comentário Bíblico


I. O corpo de Cristo


(Recapitule com a classe
Ef 4:15, 16.)


A Bíblia afirma claramente que o corpo de Cristo é unido "pelo auxílio de todas as juntas" (v. 16, NVI). Deus projetou as diferentes partes da igreja a fim de que elas sejam unidas para suprir as necessidades uns dos outros. O ponto importante é que Cristo supre suas necessidades somente quando todos se unem, e isso resulta em crescimento.


Em outras palavras, o pulso é incapaz de pegar um copo ou digitar uma letra. Esse é o trabalho do mecanismo delicado da mão, com o polegar que pode tocar na frente dos quatro dedos. Mas se a mão não estivesse ligada ao pulso, não poderia segurar nada. Cristo poderia ter suprido as necessidades de cada uma das diferentes partes de Sua igreja, separada e diretamente, mas, em vez disso, assim como no corpo humano, Ele designou Sua igreja para que as próprias partes do corpo, quando se unissem, pudessem suprir o necessário, por meio de Sua graça.


À medida que o Espírito atua dentro de nós, suave e profundamente, capacitando-nos a viver na plenitude de Deus, nós, como corpo de Cristo, O glorificamos. Os dons que Cristo concede nos habilitam a cooperar "para que todos possam trabalhar juntos em perfeita harmonia e sintonia, numa resposta cheia de gratidão e dedicação eficiente ao Filho de Deus, como adultos plenamente maduros, plenamente desenvolvidos, plenamente cheios de vida, como Cristo" (Ef 4:13, Bíblia Mensagem).


Pense nisto: Como a compreensão de toda a verdade prepara os membros do corpo de Cristo para o trabalho na colheita divina? Em que áreas é fundamental unir os esforços? O que acontece com o trabalho quando os membros da igreja não se unem? Como Cristo nos mantém em sintonia com os outros?


II. Testemunho e evangelismo, parte 1: promessas para o sucesso


(Recapitule com a classe
Sl 37.)


O
Salmo 37 é um tesouro de promessas. Uma das promessas mais poderosas das Sagradas Escrituras é encontrada nos versos 4 e 5: "Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá aos desejos do seu coração. Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nEle, e Ele agirá" (NVI). Essa promessa oferece infinitas possibilidades para o testemunho e esforços evangelísticos.


Cada promessa na Bíblia é uma dádiva de Deus. A dádiva muitas vezes nos revela algo tanto sobre o doador quanto sobre o beneficiário. O que essa promessa nos fala sobre Deus? Ela proclama Seu poder incrível e capacidade absoluta. Nenhum ser humano, não importando sua riqueza ou autoridade, poderia fazer uma promessa tão extraordinária. Certa vez, um rei bêbado tolamente se ofereceu para dar de sua opulência a uma garota que dançou para ele: "Seja o que for que me pedir, eu lhe darei, até a metade do meu reino” (Mc 6:23, NVI), jamais imaginando que ela deixaria de lado seu trono, a coroa, navios de passeio, e pediria a cabeça não lavada de um profeta dissidente e preso.


Mas mesmo a promessa de riqueza desse rei, corrupta como fosse, era apenas uma pálida sombra do que Deus oferece aqui. Tal promessa dos lábios de um mero ser humano está limitada à esfera de influência dessa pessoa e, na melhor das hipóteses, é arrogante. Mas o poder de Deus não é limitado pela fraqueza humana, e Ele nada reterá do fiel que confia no cumprimento de Sua palavra, esperando que Ele complete a obra. Que esperança essa promessa oferece aos que, de todo o coração, desejam ver outras pessoas entregando a vida a Jesus!


Pense nisto: O que significa a promessa de que Deus realizará os desejos do nosso coração? Como podemos evitar a presunção ao reivindicar essa promessa? Como podemos entender essa promessa no contexto do testemunho e evangelismo? De acordo com o
Salmo 37, do que depende o cumprimento dessa promessa?


Quais são algumas das outras promessas nesse salmo que oferecem segurança em nossos esforços para levar pessoas a Cristo? Que condições Deus coloca para o cumprimento das promessas?


III. Testemunho e evangelismo, parte 2: princípios do sucesso


(Recapitule com a classe
Sl 37.)


O sucesso de qualquer esforço em grupo no evangelismo e no testemunho depende da qualidade da vida espiritual dos indivíduos no grupo. Um testemunho poderoso e eficaz começa com uma vida consagrada. Os indivíduos devem ser consagrados à verdade que ensinam e ser por ela santificados, tendo sempre em mente que a verdade é uma pessoa, e essa pessoa é Jesus Cristo.


O
Salmo 37 não é apenas uma fonte de promessas, é um modelo de inteira consagração. Cheio de princípios para se viver em santidade, esse modelo, se for seguido, fortalecerá e dinamizará o grupo e seus esforços para levar pessoas a Jesus. Esses princípios, praticados na vida, nos habilitarão a perceber a plenitude e as riquezas das promessas contidas nesse salmo.


Quais são esses princípios? Davi começa com a ordem de não se aborrecer: preocupar-se, estar ansioso, ficar nervoso, temer. Essa ordem era tão essencial em sua mente que ele a repetiu no verso 8: "Não se irrite: isso só leva ao mal” (NVI). Por quê? Porque a preocupação é uma espécie de falta de confiança em Deus. É o fruto estragado e decadente da infidelidade e não oferece nenhum alimento para o espírito. Sua lista de proibições também inclui a ordem de não ter inveja, deixar a ira, rejeitar a fúria e desviar-se do mal.


“Ele deixará claro como a alvorada que você é justo, e como o sol do meio-dia que você é inocente” (v. 6, NVI). Os que desejam que Deus cumpra essa promessa em sua vida são exortados por Davi a fazer uma série de coisas a fim de obter Suas bênçãos: (1) confiar nEle; (2) fazer o bem; (3) alimentar-se da verdade" (
v. 3); (4) descansar no Senhor; (5) aguardar por Ele com paciência (v. 7, NVI). A paciência é um dos frutos do Espírito e, muitas vezes, ao que parece, um dos mais desagradáveis. Poucos gostam de esperar. Mas a bênção de esperar é que a espera nos ensina a confiar em Deus e a desconfiar de nossos esforços. Descansar em Deus é mais do que simplesmente o ato de esperar ou ser paciente. Isaías diz que não há paz para os ímpios (Is 48:22; 57:20, 21). O pecado rouba do coração o descanso e a paz. Descansar no Senhor é deixar o solo do coração repousar, dar a ele um descanso do pecado e se alimentar da verdade divina (v. 3).


O cantor de Israel ordena também aos que buscam obter as promessas de Deus a estar contentes com pouco. Isso é de importância vital. Devemos ter os olhos voltados especialmente para a glória de Deus. Tentar conseguir riquezas e fama, ser ambicioso e perseguir as coisas do mundo é ter o coração dividido. Deus quer tudo ou nada. Qualquer coisa menos do que a completa consagração a Ele é lealdade dividida. A obra mais elevada de cada pessoa é tentar ganhar outros para o Céu. Qualquer coisa que nos desvie desse objetivo é um ídolo. Em contraste com isso, como diz o salmista, os justos demonstram misericórdia e ajudam os outros (
v. 21).


Os justos também falam da sabedoria e buscam a justiça (
v. 30). A lei de Deus está em seu coração (v. 31). O salmista nos assegura que todos os que fizerem essas coisas não vacilarão. Que certeza maravilhosa, a de que Deus nos sustentará nos momentos de desânimo e tentações, enquanto procuramos levar os perdidos de volta para Seu redil!


Pense nisto: Se a verdade é uma Pessoa, como foi afirmado, o que significa ter essa verdade vivendo dentro de você? O que significa ser inteiramente consagrado a Jesus? De acordo com o
Salmo 37, que coisas devemos evitar para ter essa vida consagrada? Quais são os princípios de uma vida consagrada? Como esses princípios ajudam nosso grupo a ser bem-sucedido em suas atividades de testemunho e evangelismo?


Aplicação


Só para o professor: Use as seguintes perguntas para examinar com os alunos os aspectos práticos do trabalho em equipe.

Perguntas de aplicação

1. Ao treinar cavalos para puxar o arado juntos, os cavalos mais novos, não treinados, normalmente são atrelados aos mais velhos, bem treinados. Quando os comandos são dados, o animal mais velho obedece, ensinando ao mais novo como se faz o trabalho, enquanto responde às solicitações do mestre. Como essa analogia pode ser aplicada em relação ao trabalho na igreja? Em que áreas do trabalho na igreja os mais jovens podem aprender a unir seus esforços com os trabalhadores mais idosos e mais experientes no evangelho?
2. Boas equipes geralmente reúnem pessoas com diferentes habilidades que trazem equilíbrio ao grupo. Por exemplo, os líderes da Escola Cristã de Férias frequentemente se beneficiam ao combinar as habilidades de um bom administrador com as de um líder que é visionário e criativo. Outras áreas podem ser beneficiadas com um equilíbrio similar. Quais são seus pontos fortes e fracos, e como você pode ser beneficiado ao compartilhar o trabalho com outras pessoas que têm habilidades diferentes?


Criatividade


Só para o professor: Sugira as seguintes idéias para a próxima semana:

1. Crie uma lista que identifique interesses e habilidades semelhantes no serviço: assistência social, hospitalidade, artesanato, música ou outras áreas pelas quais os membros da classe se interessem.


2. Use esse levantamento para identificar as equipes que possam ajudar nos ministérios que estão funcionando na igreja e, também, em possíveis programas novos. Reconheça que as equipes podem precisar de pessoas com diferentes habilidades, não apenas das que têm habilidades e interesses semelhantes.

Evangelismo Corporativo e Testemunho

Pr. Marcelo E. C. Dias


Professor do SALT/UNASP


Doutorando (PhD) em Missiologia pela Universidade Andrews


mecdias@hotmail.com

I. O modelo bíblico

Tanto no Antigo como no Novo Testamento, encontra-se a idéia do evangelismo e testemunho corporativo. Dentro de uma dinâmica que reflete a cosmo visão bíblica, o evangelismo pessoal (tratado na semana passada) e o evangelismo corporativo se harmonizam, se complementam, se seguem, mas não se substituem. No contexto específico da igreja do primeiro século, como descrito no livro de Atos e demais livros do Novo Testamento, esse conceito fica ainda mais evidente e se torna um modelo para todos os grupos de cristãos.


João Batista e Jesus, exemplos missionários do Novo Testamento, têm discípulos que, como grupo, seguem o trabalho do mestre proclamando o evangelho. Raramente, os discípulos são mencionados testemunhando sozinhos. Jesus estabelece que a eficácia do testemunho dos Seus discípulos depende da relação de uns para com os outros – um testemunho corporativo (Jo 13:35). Na oração sacerdotal, Jesus reforçou a importância do testemunho da igreja para que a missão fosse realizada com eficiência – “para que o mundo conheça que Tu Me enviaste e os amaste” (Jo 17:20-23). Se o testemunho pessoal coerente é fundamental no evangelismo pessoal, o testemunho corporativo igualmente coerente é essencial para o evangelismo corporativo.


Uma das principais marcas da igreja apostólica, descrita no livro de Atos, é sua convivência como comunidade. Lucas parece traçar uma relação estreita entre o testemunho corporativo e a missão, ao escrever sobre os cristãos primitivos: “diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”(At 2:46-47). E também ao mencionar que “com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles” (At 4:33-34). Essa unidade era parte integral da igreja e influenciava o dia a dia, refletindo-se nas atividades missionárias.


Paulo, apesar de normalmente ser visto como um evangelista itinerante solitário, também ministrava em associação com outros, num modelo de evangelismo corporativo, e sempre esteve inserido no contexto da igreja. Talvez Romanos 1:11, 12, 15 seja uma das explicações mais claras da visão de Paulo sobre a dinâmica da comunhão com o testemunho: “Muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom spiritual, para que sejais confirmados, isto é, para que em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e minha. ... Estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma”.


Segundo o estudo de George W. Murray, Paulo se engajou no evangelismo corporativo por 8 razões:

1. Comunhão (At 9:19, 26-28)

2. Companhia (At 18:18; 19:29; 20:34; 27:1-2; 28:15)

3. Proteção (At 9:30; 17:15; 20:2-4)

4. Encorajamento (At 28:15)

5. Combater a fome (At 11:30; 20:4)

6. Suprir necessidades materiais (At 18:1-3; 24:23; 27:3; 28:14)

7. Ministério da edificação (At 11:25-26; 14:21-23; 15:35; 15:40-41; 16:4-5; 19:9; 20:6-38)

8. Ministério do evangelismo (At 9:28-30; 13:1-5, 13-16, 44-46; 14:1, 7, 20-21, 25; 17:1-15; 18:5-8)

Nestas breves considerações é importante mencionar o texto de 1 Pedro 2:9  novamente (ele apareceu no comentário da lição 2). Pedro, na sua descrição multifacetada da igreja, utilizou imagens coletivas em conexão com a missão. Quando ele escreveu “vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz”, o apóstolo enfatizou o testemunho como evangelismo corporativo. O verso 12 é igualmente elucidativo: “Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, mesmo que eles os acusem de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da Sua intervenção.”

II. A Igreja “corporativa”

O subtítulo desta seção poderia ser somente um pleonasmo (repetição desnecessária). No entanto, desde o início da era cristã a igreja tem enfrentado cinco desafios para manter sua identidade segundo o modelo bíblico, o que tem minado o potencial da igreja para o evangelismo corporativo (Handbook of Evangelism, p. 368).

1. Individualismo. O individualismo prega a independência da vida espiritual do cristão e o leva a questionar a própria noção de igreja. O indivíduo se torna o único responsável pela espiritualidade e missão. Não basta a igreja ser uma comunidade de testemunhas, tem que ser uma comunidade testemunhadora.

2. Institucionalização. A ênfase exagerada no aspecto geográfico da igreja a torna somente um lugar em que cristãos se reúnem para adoração e enlevo espiritual. No entanto, a igreja funciona dentro de uma dinâmica fascinante em que em alguns momentos a igreja está reunida numa localização geográfica, como por exemplo nos cultos, e nos demais momentos ela é uma igreja dispersa que alcança extensões geográficas e culturais.

3. Pragmatização. Os cristãos também têm sido desafiados a seguir o modelo encarnacional de Jesus em vez de se apoiar num modelo pragmático, no qual eles se acomodam e, no máximo, colaboram assistindo a um programa da igreja.

4. Compartimentalização. O desafio da igreja é trabalhar de forma a ter todos os membros do corpo com um foco único. O modelo de Atos incluía testemunho, comunhão, adoração e ensino no contexto diário, como um ministério integral.

5. Consumismo. Finalmente, a igreja tem sido desafiada a conduzir as pessoas do modo consumista para o de serviço. A igreja não é um produto de propaganda comercial.

Expressões comuns do dia a dia refletem essas ideias: “Vou à igreja”, como vou ao supermercado; “frequento a igreja”, como frequento a escola; “pertenço a uma igreja”, como pertenço a um clube. A correção para essas ênfases unilaterais passa pela ideia de que a igreja é um grupo de pessoas numa missão santa. A igreja não pode perder suas características de organismo e movimento, de acordo com o modelo bíblico.

III. Evangelismo corporativo

Quando a igreja se conhece e entende sua identidade, o evangelismo corporativo se torna algo natural. A vida dinâmica do Corpo de Cristo só permanece saudável quando cumpre seus propósitos.


Um modelo aponta para cinco categorias gerais:


(1) Adoração: Ama ao Senhor, teu Deus, de todo o coração,


(2) Ministério: Ame seu próximo como a si mesmo,


(3) Evangelismo: Vá e faça discípulos,


(4) Comunhão: Batizando-os.


(5) Discipulado: ensinando-os a obedecer.
(Rick Warren, The Purpose Driven Church).


Ao focalizar a atividade evangelística da igreja, de forma prática, percebe-se que ela segue os mesmos passos do evangelismo pessoal. O evangelismo corporativo deve:


(1) Seguir os princípios bíblicos,


(2) Ser dependente da orientação espiritual (através da oração e do Espírito Santo),


(3) Estar centralizado no evangelho,


(4) Apresentar Jesus,


(5) Atentar para o contexto,


(6) Envolver todos de forma integral.


(5) Convidar as pessoas à conversão e à comunhão da igreja.


Há diversas estratégias para o evangelismo corporativo, ou seja, que envolve a igreja como um todo. Entre elas, as mais conhecidas são as séries de conferências, pequenos grupos, classes bíblicas, distribuição de literatura, projetos comunitários e duplas missionárias. Vale lembrar, no entanto, que nem todo evangelismo corporativo precisa ser atracional. O contexto atual favorece esforços para evangelismo corporativo missional, que vai ao alcance das pessoas onde elas estão, demonstrando também, nesse processo, o verdadeiro interesse.


Observa-se na prática diversas importantes vantagens do testemunho corporativo. Aqui estão três delas:


Primeiramente, as pessoas que se convertem no contexto de uma comunidade são as que têm maiores chances de permanecer na igreja. O Crer e o pertencer devem fazer parte de uma só experiência. Alguns sugerem que pertencer deve vir até mesmo antes decrer. Portanto, o evangelismo corporativo deveria se concentrar em ajudar pessoas a pertencer e crer.


Em segundo lugar, nessa dinâmica de crer e pertencer, a maioria das pessoas que foram alcançadas com o evangelho através de evangelismo corporativo reconhece a importância do evangelismo pessoal, de alguma forma, no processo da sua conversão, demonstrando a dependência entre as duas realidades.


Finalmente, o evangelismo corporativo é capaz de modelar exatamente o que se busca recriar: uma comunidade de cristãos. Outras vantagens dessa abordagem coletiva incluem a incomparável glorificação a Deus, a maior credibilidade de um grupo de testemunhas, a possibilidade de unir os dons espirituais, o apoio mútuo em face da batalha espiritual, a responsabilidade compartilhada, alcance incalculável nas missões mundiais e resultados mais abundantes (George W. Murray, Paul’s Corporate Evangelism in the Book of Acts).


A crença fundamental adventista número 12 define que “a Igreja é a comunidade de crentes que confessam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Unimo-nos para prestar culto, para comunhão, para instrução na Palavra, para a celebração da Ceia do Senhor, para o serviço a toda a humanidade e para a proclamação mundial do Evangelho”.


Isso nem sempre aconteceu ou acontece assim. Muitas vezes, o contato com a comunidade ficava quase que reservado para a fase pós-batismo. Hoje, as igrejas buscam integrar as pessoas através do Clube de Desbravadores, Assistência Social, Classe Bíblica, JA e Ministério da Mulher, numa visão integral de comunidade.

IV. O nosso evangelismo

Uma das características principais do fenômeno das redes sociais é a formação de comunidades fundamentadas em interesses comuns. Pertencer a essas comunidades significa estar ligado à identidade daqueles que pertencem a essa rede social. É assim que a sociedade atual supre essa necessidade universal.


Curiosamente, já em 1958, Suzanne de Dietrich identificava uma fome e sede por uma comunidade no mundo, e isso aponta para a igreja. Uma parte essencial do chamado da igreja é mostrar ao mundo o que é uma verdadeira comunidade: uma comunhão de pessoas livres, embora subjugadas umas às outras por um chamado e um serviço comuns (The Witnessing Community, p. 13).


Fazer parte da família de Deus supre nossa necessidade de pertencer e transforma nossa identidade. Rick Richardson explica que “toda vez que pessoas aderem a uma nova identidade — a transformação que ocorre na conversão — elas estão abraçando a comunidade que torna aquela identidade possível” (Reimagining Evangelism, p. 52). Palavras como Deus, oração, devoção, adoração, confissão, obediência e pecado são conceitos e disciplinas que não significam nada quando desconectados das práticas de uma comunidade.


Se você entender isso, saberá testemunhar corporativamente. Aqui estão algumas dicas:

1. Promova a unidade e o amor cristãos na sua igreja.

2. Ajude os membros da sua igreja a testemunhar.

3. Planeje projetos missionários na igreja com seu grupo de amigos.

4. Participe dos projetos missionários corporativos da igreja.

5. Exponha seus amigos que não são da igreja à vida corporativa da sua igreja.

Deixe que eles notem como a igreja faz parte do seu dia a dia e as bênçãos relacionadas a isso. Por exemplo, não esconda seu compromisso com o ensaio do coral da igreja ou uma distribuição de alimentos do Mutirão de Natal.

6. Fale aos seus amigos sobre as atividades da igreja. Talvez, você possa compartilhar sua impressão sobre os talentos do novo pastor ou sua empolgação com o novo projeto comunitário. Eventualmente será possível falar diretamente sobre o que é a igreja e a importância dela na sua vida.

7. Convide seus amigos para conhecer amigos da igreja e visitar sua igreja.

O Pacto de Lausanne define que “a evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça nosso testemunho ... Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativar necessariamente a evangelização.  Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho.”

Ilustração


John Stott descreve o evangelismo através da igreja local como “o método mais normal, natural e produtivo de espalhar o evangelho hoje”. Por outro lado, Francis Schaeffer argumenta que, se faltar o principal, não se pode esperar que o mundo ouça a igreja, mesmo que ela tenha as respostas corretas. As respostas são essenciais, mas é necessário lembrar que a “apologia final”, como ele chama, é o amor observável entre verdadeiros cristãos.


Para isso, uma mudança radical na mentalidade é sugerida por Alan Hirsch. De “comunidade para mim” para “eu para a comunidade e a comunidade para o mundo”. Faz-nos tristes a reflexão sobre o fato de que, se algumas de nossas igrejas deixassem de existir subitamente, a comunidade não sentiria sua falta. O evangelismo corporativo muitas vezes não tem sido eficaz nem com os de mais perto. Mas talvez devêssemos perguntar também o que aconteceria conosco se a comunidade deixasse de existir. Se isso não deixar um vazio, certamente o foco da nossa vida não tem sido missionário.


“Nossa maior necessidade é o coração puro, limpo e a mente compreensiva. Todos os tipos de falsidades maliciosas foram apresentados para tentar a Cristo, e também serão utilizados contra o povo que guarda os mandamentos de Deus. Como vamos provar que tudo isso é falso? Por acaso temos que construir uma parede entre nós e o mundo?’ (Ellen G. White, Pastoral Ministry, p. 91).

 

Publicado em 02/05/2012 por LicoesdaBiblia "E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros" 2Tm 2:2 Com a participação do pastor Ibson Roosevelt (Dep. de Mordomia e Lar e Família da Associação Planalto Cantral) do pastor Guilherme Chateaubriand (Departamental Jovem da Associação Brasil Central)

 

Fontes:

Casa Publicadora Brasileira ( http://www.cpb.com.br/ )

Novo Tempo Lições da Bíblia ( http://novotempo.com/licoesdabiblia/ )

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