domingo, 23 de junho de 2013

ES - Lição 13 - Para que não nos esqueçamos (Malaquias) – 2º Trim, 2013





Lição 13 - Para que não nos esqueçamos (Malaquias)


22 a 29 de junho






Sábado à tarde

Ano Bíblico: Sl 46–50 

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações o Meu nome; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras, porque o Meu nome é grande entre as nações, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 1:11).


Leituras da Semana:


Pensamento-chave: Malaquias nos ensina a extensão do comprometimento de Deus com Seu povo, mas também aponta para suas sagradas responsabilidades.

O nome Malaquias significa “meu mensageiro”. Não sabemos nada sobre ele, exceto o que podemos encontrar em seu pequeno livro, que termina a seção do Antigo Testamento chamada de Profetas Menores (ou O Livro dos Doze). 
É também o último livro do Antigo Testamento.

A mensagem central de Malaquias é que, embora Deus tivesse revelado amor por Seu povo ao longo da sua história, esse amor também tornou Seu povo responsável diante dEle. O Senhor esperava que a nação escolhida e seus líderes obedecessem aos Seus mandamentos.

Ainda que a idolatria aberta aparentemente houvesse desaparecido (o livro parece ter sido escrito para judeus que haviam retornado do cativeiro babilônico), o povo não estava vivendo à altura das expectativas da aliança. Embora eles estivessem cumprindo a rotina das cerimônias religiosas, tudo era formalismo destituído de vida e de sincera convicção.

Que nossa igreja tome cuidado com esse perigo!


Domingo

Ano Bíblico: Sl 51–55 

Grande é o Senhor

1. Leia Malaquias 1. De que problema o profeta estava tratando? Temos manifestado a mesma atitude que motivou essa repreensão?

Malaquias contrastou o amor de Deus por Seu povo com a atitude dos sacerdotes, a quem ele acusou do pecado de desprezo pelo santo nome de Deus. Ao realizar seus deveres no templo, esses descendentes de Arão aceitavam animais coxos, cegos e doentes para os sacrifícios ao Senhor. Dessa forma, o povo era levado a pensar que os sacrifícios não eram importantes. No entanto, no deserto, Deus havia instruído Arão e seus filhos declarando que os animais sacrificados deviam ser fisicamente perfeitos, sem defeito (Lv 1:1-3; 22:19).

O profeta enumerou então três razões importantes pelas quais Deus merecia ser honrado e respeitado pelo povo de Israel. Primeira: Deus era seu Pai. Assim como os filhos devem honrar seus pais, as pessoas devem respeitar seu Pai do Céu. Segunda: Deus era seu Mestre e Senhor. Assim como os servos obedecem aos seus mestres, o povo de Deus deve tratá-Lo da mesma forma. Terceira: O Senhor era um grande Rei. Um rei terreno não aceitaria um animal com defeito ou doente como presente de um de seus súditos. Então, o profeta perguntou: Por que o povo apresentaria esse tipo de animal ao Rei dos reis, que governa o mundo inteiro?

O que tornava suas ações ainda mais detestáveis à vista de Deus era que todos esses sacrifícios apontavam para Jesus, o imaculado Filho de Deus (Jo 1:29; 1Pe 1:18, 19). Os animais deviam ser sem defeito porque, para ser nosso perfeito sacrifício, Jesus não podia ter defeito.

“Para honra e glória de Deus, Seu Filho Amado – o Penhor, o Substituto – foi entregue e desceu para a prisão da sepultura. Ele ficou encerrado nas câmaras rochosas do túmulo novo. Se um único pecado tivesse manchado Seu caráter, a pedra nunca teria sido removida da porta de Sua câmara rochosa, e o mundo, com seu fardo de culpa teria perecido” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 10, p. 385). É de admirar que os sacrifícios que apontavam para Jesus tivessem que ser perfeitos?


Segunda

Ano Bíblico: Sl 56–61 

Amor e respeito mútuos

A voz de Deus, que aparece no livro de Malaquias, é a voz de um Pai amoroso que apela ao Seus filhos. Quando o povo levanta questões e faz reclamações, Ele está pronto para dialogar. A maioria das questões discutidas por Deus e Seu povo tem a ver com algumas atitudes básicas.

2. Leia Malaquias 2. Embora diversas questões sejam abordadas, que prática específica o Senhor estava condenando? Ml 2:13-16

Embora todos os judeus reconhecessem Deus como Pai e Criador em sua adoração, nem todos eles viviam como se Deus fosse o Senhor de sua vida. Malaquias usou o casamento como exemplo para ilustrar a falta de fidelidade e comprometimento com os semelhantes. Segundo a Bíblia, o casamento é uma sagrada instituição estabelecida por Deus. O povo de Israel foi advertido contra o casamento fora da comunidade da fé, porque esse tipo de casamento prejudicaria seu compromisso com o Senhor e eles cairiam na idolatria (Js 23:12, 13.)

Deus havia planejado que o casamento fosse um compromisso para toda a vida. No entanto, no tempo de Malaquias, muitos homens estavam quebrando os votos feitos no início da vida com a “mulher da [sua] mocidade”, como disse o profeta 
(Ml 2:14). Vendo suas esposas envelhecendo, os maridos se divorciavam e se casavam com mulheres mais jovens e mais atraentes. Por essa razão, Deus disse que odeia o divórcio (Ml 2:16). Essa forte declaração revela a seriedade com que Deus trata o compromisso do casamento, que as pessoas muitas vezes não levam a sério. As regras rígidas da Bíblia sobre o divórcio mostram que o casamento é sagrado.

Visto que o divórcio era legalizado em Israel (Dt 24:1-4), alguns homens não hesitavam em quebrar seus votos matrimoniais. Perto do fim do período do Antigo Testamento, o divórcio parece ter se tornado comum, até certo ponto como em muitos países hoje. No entanto, na Bíblia o casamento é constantemente apresentado como uma santa aliança diante de Deus (Gn 2:24; Ef 5:21-33).

Leia Malaquias 2:17. Qual é a advertência do texto, especialmente no contexto da lição do dia? Qual é a advertência em outros aspectos? Estamos aprovando essa atitude, mesmo inconscientemente?


Terça

Ano Bíblico: Sl 62–67 

Dízimo na casa do tesouro

3. O que Deus estava dizendo ao Seu povo em Malaquias 3:1-10? Que elementos específicos são encontrados nesse texto e por que todos eles estão interligados?

Com esses versos, Deus reafirmou a mensagem básica dos Profetas Menores: Seu amor continua firme e inabalável. No verso 7, o chamado de Deus é ouvido mais uma vez: “Tornai-vos para Mim, e Eu Me tornarei para vós outros.” O povo então perguntou: “Em que havemos de tornar?” Essa pergunta é semelhante à de Miqueias 6:6, sobre os sacrifícios apresentados a Deus. No caso de Malaquias, no entanto, foi dada uma resposta específica e, surpreendentemente, tinha a ver com a questão da entrega ou não do dízimo.

Na verdade, eles foram acusados de roubar o que pertence a Deus. Isso aconteceu porque eles não foram fiéis na devolução de seus dízimos e ofertas.

O costume de entregar o dízimo, devolvendo 10% da renda, é apresentado na Bíblia como lembrete de que Deus é dono de tudo e tudo o que as pessoas têm provém dEle. O dízimo era usado em Israel para sustentar os levitas que ministravam no templo. De acordo com Malaquias, negligenciar a devolução do dízimo é o mesmo que roubar a Deus.

Malaquias 3:10 é um dos raros textos em que Deus desafia as pessoas a prová-­Lo. Nas águas de Meribá, no deserto, os filhos de Israel repetidamente “puseram à prova” a paciência de Deus, o que O deixou irado (Sl 95:8-11). Em Malaquias, no entanto, Deus estava convidando Israel a prová-Lo. Ele queria que eles vissem que podiam confiar nEle a respeito desse assunto, o que, de acordo com o texto, é algo de grande significado espiritual.

Como o ato de entregar o dízimo (e também de dar ofertas) fortalece você espiritualmente? Em outras palavras, quando você é desonesto na entrega do dízimo, por que você está enganando a si mesmo, além de tentar enganar a Deus?

Quarta

Ano Bíblico: Sl 68–71 

Um memorial escrito

Em Malaquias 3:13-18, o povo se queixou de que o Senhor não Se importava com os pecados da nação. Aqueles que praticavam o mal e a injustiça pareciam escapar despercebidos e assim, muitos se perguntavam por que deviam servir ao Senhor e viver de modo justo, quando o mal parecia ficar impune.

4. Por que é fácil entender a queixa apresentada em Malaquias 3:14, 15?

5. Como o Senhor respondeu? Ml 3:16-18

Neste mundo, onde há tanta injustiça, é fácil questionar se um dia a justiça será feita. A mensagem de Malaquias, no entanto, é que Deus sabe de todas essas coisas, e recompensará os que são fiéis a Ele.

6. A expressão “memorial escrito” (RA) ou “livro como memorial” (NVI) é encontrada apenas nessa passagem das Escrituras. O que as seguintes passagens ensinam sobre os livros de Deus nos quais são registrados os nomes e as ações das pessoas? Êx 32:32; Sl 139:16; Is 4:3; 65:6; Ap 20:11-15

A conclusão é de que o Senhor conhece todas as coisas. Ele conhece os que são Seus (2Tm 2:19) e os que não são. Como pecadores, tudo que podemos fazer é suplicar Sua justiça, clamar por Suas promessas de perdão e poder. Depois, confiando nos méritos de Cristo, morrer para o eu e viver para Ele e para os semelhantes, sabendo que, no fim, nossa única esperança está em Sua graça. Se colocarmos nossa esperança em nós mesmos, com certeza nos decepcionaremos.


Quinta

Ano Bíblico: Sl 72–77 

O Sol da justiça

Em uma ocasião anterior, as pessoas perguntaram: “Onde está o Deus do juízo?” (Ml 2:17). No início do capítulo 4, uma solene promessa é feita de que um dia Deus executará Seu juízo sobre o mundo. Como resultado, os orgulhosos serão destruídos com os ímpios, assim como a palha é consumida pelo fogo. A palha é a parte inútil do grão, e dura apenas alguns segundos quando jogada no fogo. No Dia do Senhor, o fogo será o agente de destruição, assim como foi a água nos dias de Noé.

7. Leia Malaquias 4. Que grande contraste é apresentado entre os salvos e os perdidos? Leia também Dt 30:19; Jo 3:16

Enquanto o destino dos ímpios é descrito no verso 1, o verso 2 se concentra nas bênçãos futuras dos justos. A pergunta “Onde está o Deus do juízo?” é respondida novamente, mas dessa vez pela certeza de um dia no futuro, em que o Sol da Justiça Se levantará trazendo cura em suas asas (Ml 4:2, NVI). O nascimento do “Sol da Justiça” é uma metáfora para representar o amanhecer de um novo dia, que marca uma nova era na história da salvação. Nesse tempo, de uma vez por todas o mal será destruído para sempre, os salvos desfrutarão do resultado final do que Cristo realizou por eles e o Universo se tornará eternamente seguro.

Malaquias encerra seu livro com duas admoestações que caracterizam a fé bíblica. A primeira é um chamado para que as pessoas se lembrem da revelação divina por intermédio de Moisés, os cinco primeiros livros da Bíblia e fundamento do Antigo Testamento.
A segunda admoestação fala do papel profético de Elias. Cheio do Espírito Santo, esse profeta convidou o povo a se arrepender e voltar para Deus. Embora o próprio Jesus tenha visto João Batista como um cumprimento dessa profecia (Mt 11:13, 14), acreditamos também que ela se cumprirá no fim dos tempos, quando Deus terá um povo que anunciará destemidamente Sua mensagem ao mundo. “Os que devem preparar o caminho para a segunda vinda de Cristo são representados pelo fiel Elias, assim como João veio no espírito de Elias para preparar o caminho para o primeiro advento de Cristo” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Saúde, p. 73).

Como devemos cumprir esse papel sagrado? Como estamos nos saindo nessa tarefa?

Sexta

Ano Bíblico: Sl 78–80 

Estudo adicional

Deus abençoa a obra das mãos dos homens, para que eles possam devolver-Lhe Sua porção. Dá-lhes a luz do Sol e a chuva; faz que a vegetação brote; concede saúde e habilidade para a aquisição de meios. Todas as bênçãos vêm de Suas generosas mãos, e Ele deseja que homens e mulheres mostrem gratidão devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas – em ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo pecado. Eles devem devotar seus meios a Seu serviço, para que Sua vinha não venha a ser um deserto estéril. Precisam estudar o que o Senhor faria em lugar deles. Devem levar a Ele em oração toda questão difícil. Devem revelar interesse altruísta na edificação de Sua obra em todas as partes do mundo” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 707, 708).

Perguntas para reflexão

1. O casamento seria sagrado e importante se pudesse ser facilmente terminado? Se você pudesse sair dele por razões triviais, o casamento seria trivial. As regras contra o término do casamento provam que ele é especial. Você concorda?

2. Leia atentamente 
Malaquias 2:17. O que o juízo pré-advento tem a dizer aos que expressam os mesmos sentimentos desse verso?

3. Malaquias 4 fala sobre a destruição dos perdidos. Nada permanece. Como esse ensino se contrasta com a ideia de um fogo do inferno queimando eternamente? Por que o contraste entre essas duas visões é um bom exemplo de como uma falsa doutrina pode levar a uma falsa compreensão do caráter de Deus?

4. Na obra “The Grand Inquisitor” [O Grande Inquisidor], o escritor russo Dostoiévski descreveu a Igreja em seu tempo como tendo tanto controle sobre as coisas que não precisava mais de Cristo. Estamos diante desse perigo hoje? Como esse perigo pode ser mais sutil do que percebemos?

Respostas sugestivas: 1. Ingratidão, irreverência, desonra e profanação ao nome de Deus entre os israelitas. As ofertas e atos religiosos não correspondiam ao amor e proteção concedidos pelo Senhor. 2. O casamento entre judeus, adoradores do Deus verdadeiro e adoradoras de deuses estranhos. Muitos judeus estavam se divorciando de suas esposas, para se unirem às mulheres de outros povos, transgredindo a aliança do Senhor. 3. Profecia sobre a vinda de João Batista para preparar o povo para a primeira vinda de Jesus, que julgará e purificará o coração de Seu povo; advertência contra feiticeiros, adúlteros, falsas testemunhas e opressores. Um dos sintomas do afastamento de Deus foi a infidelidade nos dízimos e ofertas. Deus chama o povo de volta ao relacionamento de aliança com Ele, advertindo contra o pecado e prometendo bênçãos para a fidelidade. 4. Porque os justos muitas vezes sofrem e os ímpios prosperam. Se não considerarmos que, em longo prazo, o pecado traz desvantagem, ficaremos desanimados diante das injustiças do mundo. 5. O Senhor mostrou que existe um livro memorial, no qual são registrados os atos dos que temem a Deus; um dia, os fiéis serão poupados da destruição, e serão considerados o tesouro especial de Deus; então aparecerá a diferença entre o justo e o perverso. 6. A pessoa pode ser incluída e excluída do livro da vida; a inclusão está fundamentada no perdão; no “livro” de Deus existe um plano de salvação, que depende da nossa aceitação para ser cumprido; nossas obras, registradas nos livros, determinam nossa recompensa; existem vários livros; o mais importante é o livro da vida. Quem não estiver inscrito nesse livro, sofrerá a morte eterna. 7. No dia do juízo, os perdidos serão destruídos, enquanto os salvos verão o Sol da justiça, trazendo cura e crescimento. Para os salvos haverá vida eterna e bênção. Para os perdidos haverá morte eterna e maldição.


ESCOLA SABATINA


Texto-chave: Malaquias 1:11

O aluno deverá...

Saber: Que o compromisso de Deus com Seu povo resultará na manifestação gloriosa de Sua presença e em certas atividades proféticas no clímax da história do mundo.

Sentir: Apreço pelas grandes bênçãos do Senhor, reservadas aos Seus seguidores que valorizam Suas dádivas.

Fazer: Ter uma vida responsável celebrando a grandeza do nome de Deus.

Esboço

I. Saber: Compromisso de Deus com Seu povo

A. Na prática, o que significa o amor de Deus por Seu povo?

B. Por que Deus Se envolve em diferentes diálogos com Seu povo?

II. Sentir: Apreço pelas bênçãos de Deus

A. Entregar o dízimo e as ofertas nos ajuda a apreciar as bênçãos de Deus.

B. Qual é a relação entre a fé e o estilo de vida?

III. Fazer: Vida responsável

A. Por que a fidelidade ao cônjuge se reflete na fidelidade ao Senhor?

B. O que podemos fazer para encorajar as pessoas a pensar nas necessidades dos outros e a não ser egoístas?

C. Você seria rico se Deus lhe desse o dobro da quantidade de dinheiro que você deu aos pobres e necessitados? Por que dar é mais valioso do que guardar ou receber?

Resumo: Deus dialoga com Seu povo a fim de que Seus filhos percebam quão profundamente Ele os ama e Se preocupa com seu bem-estar, chamando-os a ser fiéis em todos os aspectos da vida. Ele enfatiza a fidelidade conjugal, paternidade, liderança e o dízimo.

Ciclo do Aprendizado

Motivação

Focalizando a Palavra: Malaquias 1:2

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus declara que ama Seu povo. Seus filhos duvidam e, como resultado, vivem de modo egoísta e perverso. Isso significa que nossa vida espiritual e nosso crescimento dependem da imagem que temos de Deus. Quando acreditamos plenamente que Ele quer o nosso melhor, entregamos nossa vida a Ele em completa confiança, vivemos em total dependência dEle e, por gratidão, seguimos Sua vontade. Só então poderemos prosperar.
Só para o professor: A lição desta semana se concentra no amor de Deus por Seu povo e na vinda de Jesus Cristo no Dia do Senhor. Enfatize para a classe que, como Seus seguidores, somos aconselhados com veemência a fazer o que é correto porque o dia do acerto de contas está próximo.

Discussão de abertura

Muitas vezes desprezamos as bênçãos preciosas que experimentamos na vida. Considere atentamente a seguinte pergunta: Como podemos aprender a apreciar e ser mais gratos pelas bênçãos que Deus nos dá?

Perguntas para discussão

1. De acordo com o livro de Malaquias, quantas perguntas o povo fez a Deus? Essas perguntas ajudam a descobrir os diferentes temas com os quais o profeta lidou (veja as perguntas em Ml 1:2, 6, 7; 2:14, 17; 3:7, 8, 13). Preste muita atenção às respostas de Deus. Ele responde às nossas perguntas quando estamos confusos em nossa compreensão das questões reais da vida. Em Seu amor, Ele dialoga com Seu povo, embora possa simplesmente ordenar nossa obediência.

2. Como devemos entender o chamado de Deus ao povo: “Voltem para Mim e Eu voltarei para vocês”? (NVI). Quem está dando o primeiro passo? Quem está chamando? (Ml 3:7). Note que as pessoas deviam voltar para Deus porque Ele, com amor e paciência, as convidou a voltar.

Compreensão

Só para o professor: No livro de Malaquias aparecem oito perguntas feitas pelo povo e respondidas por Deus. Também nós precisamos pensar nessas questões para restabelecer de forma prática nosso relacionamento de aliança com Deus.


Comentário Bíblico

Considere estas questões essenciais:

I. Deus ama você. Você O ama?

(Recapitule com a classe Ml 1:2, 3.)

O livro de Malaquias começa com uma declaração divina difícil: “Amei a Jacó, porém aborreci a Esaú” (Ml 1:2, 3). Como devemos entender essa declaração contrária à natureza de Deus?

O que significa o fato de Deus ter odiado Esaú?

Ele não ama todas as pessoas?

Deus reafirmou ao Seu povo Sua aliança de amor e o convidou a olhar para trás e ver a diferença na história entre eles e os descendentes de Esaú. Esse contraste foi explicado com base na eleição para o serviço e não tem nada a ver com a ideia de salvação. Trata-se de uma diferença estabelecida sobre a presciência de Deus a respeito das decisões de Jacó e Esaú, sobre as perspectivas de vida e orientações espirituais.

A palavra ódio em hebraico por vezes tem um significado diferente da nossa atual compreensão dessa palavra. Considere os dois exemplos a seguir: (1) Jacó amava mais a Raquel do que a Lia (Gn 29:30), mas o texto bíblico descreve essa preferência com a forte palavra ódio: “Quando o Senhor viu que Lia era desprezada [odiada, na versão English Standard Bible, Bíblia Inglesa Padrão], concedeu-lhe filhos” (Gn 29:31, NVI). (2) Jesus declarou as condições em que Seus seguidores devem “odiar” mesmo os mais próximos a eles: “Se alguém vem a Mim e não aborrece [odeia] a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser Meu discípulo” (Lc 14:26). Esse ódio não tem absolutamente nada a ver com a hostilidade emocional para com os entes queridos. Ao contrário, significa que o discípulo de Cristo precisa amá-Lo mais do que a seus pais, cônjuge, filhos ou outros parentes próximos (Mt 10:37; Dt 6:5). Cristo precisa ser nossa prioridade número um. Assim, a palavra ódio pode se referir a uma expressão idiomática que significa “não ser preferido”, “não ser objeto de escolha pessoal (para uma tarefa especial)”, como Lia não foi a esposa preferida de Jacó, embora ele tivesse seis filhos e uma filha com ela.

Pense nisto: Como devemos entender a afirmação de que Deus amou Jacó, mas odiou Esaú? Da mesma forma, o que Jesus quis dizer ao afirmar que, se Seus seguidores viessem a Ele, mas não aborrecessem seus entes queridos, não eram dignos dEle?

II. Deus é fiel. Você é fiel a Deus?

(Recapitule com a classe 1Jo 4:7-12.)

Nossa fidelidade a Deus é demonstrada de forma palpável, pelo nosso respeito por Sua lei e em nossa maneira de conduzir nossos relacionamentos (Jo 14:15; 1Jo 4:7-12, 19-21). João perguntou: Como as pessoas podem afirmar que amam a Deus, que não pode ser visto, quando não amam o irmão, que vive ao lado delas? Se não revelamos de forma prática nosso carinho, respeito e amor, mentimos para nós mesmos. Consequentemente, nosso relacionamento com Deus não é genuíno.

Pense nisto: O que é fidelidade verdadeira? Como Deus demonstra Sua fidelidade a nós? Como devemos demonstrar nossa fidelidade a Ele?

III. Você é fiel ao seu cônjuge?

(Recapitule com a classe Ml 2:10-16.)

Nossa fidelidade a Deus é mostrada acima de tudo em nossa fidelidade ao cônjuge.

O centro literário e temático do livro de Malaquias é o capítulo 2:10-16. Esse tema é forte: “Pare de ser infiel!” Nessa passagem, a definição de pecado é ser infiel: “Tenham bom senso; não sejam infiéis” (Ml 2:16, NVI; leia também Rm 14:23). Em hebraico, bagad é a palavra para “ser [infiel]”, “ser [desleal]” ou agir “aleivosamente” (Tradução Brasileira). Ela ocorre nessa curta passagem de Malaquias (e somente nesse trecho do livro) cinco vezes (v. 10, 11, 14, 15, 16) e exerce um papel fundamental. Deus virá em juízo, e chamará as pessoas a prestar contas a Ele. Por isso, elas precisam ser fiéis e cultivar relacionamentos corretos, que vêm da fé. No livro de Malaquias, ter fé significa ser fiel à aliança que fizemos com Deus e também com nosso cônjuge.

O relacionamento de fé deve ser vivido em nosso casamento. Aqui não podemos mentir. Ou somos fiéis ao nosso cônjuge ou quebramos esse íntimo relacionamento de aliança. Uma relação conjugal amorosa terá uma influência duradoura e positiva sobre nossos filhos.

Pergunta para discussão

Por que Deus odeia o divórcio? O que é tão prejudicial nessa situação? Como ela afeta a vida espiritual e o futuro do casal envolvido e dos filhos? Quais são as causas legítimas para o divórcio? Quando ele pode ser justificado? Veja a resposta de Jesus à questão apresentada por alguns fariseus: “É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?” (Mt 19:3-9).

Discussão: Malaquias usou uma ilustração viva e forte no seu ensino sobre o que significa ter uma vida dedicada a Deus. Fale aos outros sobre a fidelidade de Deus no cumprimento de Suas promessas em relação ao dízimo. Como é que nove décimos tornam sua renda sempre maior do que dez décimos? Incentive os outros a ser fiéis ao Senhor na esfera financeira da vida, para que eles também experimentem a bênção especial de Deus (Ml 3:10-12).

IV. Você é um pai amoroso, atencioso e responsável?

(Recapitule com a classe Ml 4:5, 6.)

A mensagem profética do Antigo Testamento termina com uma questão que é muito esperançosa e séria ao mesmo tempo. A missão do profeta Elias, o movimento profético para os últimos dias, consiste em converter o coração dos pais aos filhos e trazer os filhos para perto de seus pais (Ml 4:5, 6).

Note que essa obra está ligada ao retorno do povo de Deus para o Sol da justiça (Ml 4:2) e à lei de Deus (Ml 4:4). Somente dessa forma as muitas bênçãos de Deus podem fluir.

Pense nisto: O Senhor afirma que no fim haverá uma distinção entre os que seguem a Deus e os que vivem de acordo com sua própria vontade (Ml 3:18). Como Deus pode mostrar a diferença entre o justo e o perverso? Como podemos reconhecer que alguém está servindo a Deus de todo o coração?

Aplicação

Só para o professor: A fim de entender melhor as perguntas do povo e as respostas que Deus deu, convide os alunos a participar da atividade a seguir.


COMENTÁRIO SEMANAL


Luiz Gustavo S. Assis é formado em teologia pelo Unasp Campus 2 e atualmente exerce a função de pastor distrital no bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, RS.

Ampliação

Chegamos ao último dos profetas menores. Cobrimos um período de aproximadamente 300 anos desde Oseias até Malaquias. Foram doze profetas que Deus escolheu para convidar nações para uma vida com mais significado, evitando o mal e buscando o bem.
Mas Israel seguiu outro caminho. Como seres humanos, somos tardios para aprender e por causa disso, Deus insistentemente trabalha conosco. Hoje, temos esses doze pequenos livros para nos ajudar a compreender aquilo que o Senhor espera de nós. Se a mensagem de muitos deles foi ignorada pelos primeiros ouvintes, conosco precisa ser diferente. Que vivamos o que estudamos neste trimestre!
E quanto a Malaquias? Se Ester é o único livro bíblico em que Deus não é explicitamente citado, mas está inegavelmente presente na trama, vemos o oposto em Malaquias. Dos 55 versos desse livro, Deus é mencionado em 53, mas quase completamente ausente na vida do Seu povo. A seguir, você aprenderá sobre as áreas da vida dos israelitas que necessitavam de renovação espiritual e como podemos caminhar na mesma direção.

I. Conhecendo o livro

Se alguns dos profetas estudados neste trimestre não nos ofereceram muitas informações biográficas, Malaquias oferece menos ainda. Isso porque paira uma dúvida sobre o nome. Malaquias em hebraico significa “meu mensageiro”. Ou seja, talvez o livro seja anônimo. Foi assim que a versão grega do Antigo Testamento, a Septuaginta, traduziu o primeiro verso do livro: “Sentença pronunciada pelo Senhor contra Israel, por intermédio do seu mensageiro”. No entanto, existe a possibilidade de Malaquias ser a forma abreviada do nome hebraico Malachiayahu, “mensageiro do Senhor”. Em ambos os casos, a ênfase está na mensagem apresentada.

Apesar de o livro não nos oferecer datas nem eventos específicos, existem algumas pistas que nos ajudam a situar o contexto. Sacrifícios estavam sendo feitos no Templo (1:7-10); os judeus estavam sob um governador (1:8), o que sugere o período Persa, e homens judeus estavam se casando com mulheres estrangeiras (2:11), um problema que já existia desde os dias de Esdras e Neemias. Por causa disso, é seguro afirmar que o livro tenha sido escrito em algum momento do 5º século a.C., em meados de 450 a.C.

Após a reconstrução do templo, nos dias de Ageu e Zacarias, os israelitas se afundaram num estado de apatia espiritual. Tornaram-se desiludidos em relação ao futuro e céticos quanto às promessas de Deus. Esses sintomas geralmente levam a práticas perigosas como as que veremos a seguir. Foi para essa audiência apática que Deus falou por meio de Malaquias.

II. A mensagem de Malaquias

1. A aliança de amor por Israel (1:1-5)

2. Reprovação da infidelidade de Israel (1:6–2:16)
a) A infidelidade dos sacerdotes (1:6–2:9)
b) A infidelidade do povo (2:10-16)

3. A vinda do Senhor (2:17–4:6)
a) Sua vinda trará purificação e julgamento (2:17–3:5)
b) Arrependimento é necessário para a vinda do Senhor (3:6-18)
c) É certo que virá o Dia do Senhor (4)

a) A infidelidade de Israel: Malaquias repreendeu o povo por ter caído novamente na infidelidade. Os sacerdotes mostravam desprezo pelo nome de Deus ao oferecerem animais doentes ou deficientes (1:6-14) e por violarem a aliança (2:1-9). Os homens de Israel estavam se casando com mulheres idólatras de outras nações, enquanto se divorciavam das suas esposas israelitas (2:10-16), e o povo estava em falta com Deus nos dízimos (3:8-12). O profeta demonstrou ao povo aquilo que Deus esperava do Seu povo (1:7-8) – tanto no culto como no estilo de vida. O que é mais chocante nessa infidelidade é o descaso dos israelitas diante de tudo o que Deus já havia feito e demonstrado a eles. “Eu vos tenho amado, diz o Senhor; mas vós dizeis: Em que nos tens amado?” (1:2). Será que a demonstração do amor divino tinha sido feita de maneira tão enigmática que não era reconhecida? Quando não tiramos um tempo diário para relembrar em meditação e oração aquilo que Deus fez ao longo das páginas das Escrituras e na nossa vida, a tendência é reagir como os israelitas.

Há alguns anos conheci a história de um assistente social que trocou uma carreira promissora de advogado para ajudar pessoas carentes no Harlem, bairro com sérios problemas sociais em Nova York. William Stringfellow descreveu a reação dele diante de um dos jovens desse bairro:

“Ele é sujo, ignorante, arrogante, desonesto, desempregado, não confiável, feio, rejeitado, sozinho. E ele sabe disso. Sabe que não tem nada digno de elogio. Ele não tem nada para oferecer. Não há nada que desperte amor por ele. É indigno de ser amado. No entanto, é exatamente [pelo fato] de que ele não merece o amor de outro que ele representa todos nós. Porque nenhum de nós é diferente dele nesse sentido. Todos nós somos indignos de ser amados. Mais do que isso, a vida desse garoto nos revela algo além de si mesmo. Ela nos [conduz ao] Evangelho, a Deus, que nos ama apesar de O odiarmos; que nos ama apesar de não [correspondermos ao Seu] amor; que nos ama apesar de não O agradarmos; que nos ama, não por causa de nós mesmos, mas por causa de Si mesmo; que nos ama livremente; que nos aceita, mesmo que não tenhamos nada aceitável para Lhe oferecer. No íntimo da existência detestável desse menino está o segredo escandaloso da Palavra de Deus.”

Quando olhamos para nosso coração, é fácil perceber que não merecemos esse maravilhoso amor de Deus.

b) Julgamento: Deus julgaria aqueles que praticavam o mal (2:17-3:5; 4:1) mas aqueles que O honravam seriam salvos e recompensados (3:16-18; 4:2-3). A adoração fiel a Deus sempre seria lembrada e recompensada (3:13-18).

III. A relevância da mensagem de Malaquias
A mensagem de Malaquias é relevante para nossa vida em pelo menos quatro áreas:

Família: O casamento está sob constante ataque. Essa maravilhosa instituição divina tem sido escarnecida em filmes, novelas, músicas e livros. Por exemplo, de acordo com o IBGE, em 1984 tivemos 30.847 divórcios. Já em 2007, esse número subiu assustadoramente para 179.342. Muitos não mais levam a sério o casamento justamente pelo exemplo de muitos cristãos. Deus é explícito em Malaquias: “Eu odeio o divórcio” (2:16). Não creio que Deus seja o único a odiar o divórcio. Filhos também o odeiam. A esposa abandonada e o marido traído também. É lógico que, diante de abusos físicos e verbais a situação se torna insustentável, mas de maneira geral, o divórcio representa uma triste cicatriz na vida dos que estão envolvidos. Por outro lado, é necessário enfrentar os problemas e buscar ao Senhor em oração, não ignorá-los imaginando que, ao fazer isso eles se resolverão. Robert Murray McCheyne estava certo quando disse que a marca do hipócrita é ser cristão em toda parte, menos em casa.

Mandamentos (3:7): Não é somente em assuntos familiares que temos deixado a desejar como igreja. Os mandamentos de Deus também estão sendo tratados de maneira leviana. Muitos cristãos, mesmo estando cientes das recomendações de Levítico 11, não se importam em consumir esporadicamente algum alimento de origem suína. Outros, não se sentem incomodados em fazer uso moderado de vinho. O que dizer daqueles que, por serem tão obcecados por futebol, naturalmente acompanham uma partida da sua seleção ou time nas sagradas horas sabatáticas? Dois mil e quatrocentos anos depois de Malaquias, me questiono se somos melhores que os israelitas da época do profeta.

Dízimo (3:10): A Bíblia promete prosperidade material para os dizimistas fiéis? Não! Ela promete “bênçãos sem medida” (Ml 3:10). A ideia de “bênção” não tem que ver somente com finanças. A paz, os filhos, a saúde, uma família estruturada e a própria presença de Deus são considerados bênçãos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Valores monetários não são o único tipo de benção que Deus promete em Sua Palavra. No entanto, nossa fidelidade ao Senhor não deve ser motivada por interesse, mas pela gratidão pelo que Ele tem feito por nós.

Ao convidar Seu povo a ser fiel nos dízimos, Deus faz um pedido estranho e raro na Bíblia: “Fazei prova de Mim.” Ao longo da Bíblia, é comum vermos o contrário: Deus provando os seres humanos (Gn 22:1; Sl 11:5; 26:2; 66:10; 81:8, Pv 17:3). Deus pedindo para ser colocado à prova, além de raro, é curioso. Homens como Acaz, Gideão, Moisés e Elias são alguns que colocaram Deus à prova. Todos esses personagens estavam em situações especiais, assim como Malaquias. Numa época marcada pelo ceticismo e falta de compromisso com a verdade, Deus convida Seus filhos a renovar a confiança nEle por meio da fidelidade.

Um último detalhe a respeito de Malaquias 3:10: Deus promete abrir as “janelas do Céu” e derramar “bênçãos sem medida”. A mesma expressão “janelas” ou “comportas do Céu” (‘arubot hashamaim em hebraico) é usada em Gênesis 7:11 para descrever o início do dilúvio. Em Gênesis, essas janelas se abriram para destruir o que os seres humanos já haviam destruído: a Terra. Em Malaquias, elas se abririam para abençoar aqueles que se aproximassem do Soberano do Universo de maneira completa.

Adoração (1:6-2:9): Se na época de profetas como Sofonias e Oseias o problema de Israel era a idolatria, Malaquias estava enfrentando outro problema. Tratava-se do desinteresse na adoração. Logo nos primeiros versos do livro é possível ver um total descaso para com a adoração. Deus mesmo ironizou Seus adoradores sugerindo que eles levassem os animais oferecidos a um governante local para saber se ele aceitaria ou não! Note bem: esse problema não foi comum apenas durante o 5º século a.C. Podemos presenciá-lo e praticá-lo nos nossos cultos.

Lembro-me de uma ocasião em que agendei um horário com um cônsul alemão que residia em Porto Alegre. Meu objetivo era obter uma bolsa de estudos num renomado instituto de língua alemã na capital gaúcha. Tomei cuidado para ser pontual e apresentei-me com um traje que demonstrasse meu respeito e seriedade por aquele momento. No consulado, pediram que eu desligasse meu celular e o deixasse num determinado lugar. Enquanto aguardava meu horário, comecei a comparar minha preparação para me apresentar diante de um ser humano e a forma pela qual costumo me apresentar diante de Deus. Podemos pensar que não há necessidade de pontualidade, nem que nosso vestuário seja tão importante assim. Ou que não haja problemas em utilizar alguns aplicativos de um Ipad, Iphone ou de um smartphone qualquer enquanto se canta um hino ou o sermão é pregado.

Se Deus é quem Ele afirma ser, Ele é digno de uma adoração apresentada com todo o nosso ser, não apenas com nossa presença física. William Temple (1881–1944), arcebispo de Canterbury, Inglaterra, assim descreveu a adoração:

“Adoração é a submissão de todo o nosso ser a Deus. É tomar consciência da Sua santidade; é o sustento da mente com Sua verdade; é a purificação da imaginação pela Sua real beleza; é a abertura do coração ao Seu amor; é a rendição da vontade aos Seus propósitos. E tudo isso se traduz em adoração, a mais íntima emoção”

Adoração não ocorre apenas na igreja. Para o cristão, a diferença não está entre o sagrado e o secular. A diferença está entre o sagrado e o profano. Uma vida de adoração é o ideal cristão. Um hino escrito por Charles Wesley, no século 17, tem me acompanhado há algum tempo:

Tu que veio do alto, ó, Senhor,
Para trazer o puro fogo celestial e calor;
A chama do amor sagrado acender
Para no simples altar do meu coração Sua vida trazer.


Deixe-a por Sua glória arder
Com Sua chama inextinguível prevalecer,
E que trêmula, à Sua fonte retornar
Na oração humilde e no louvor ardente habitar.


Jesus, o desejo de meu coração venha confirmar
Pelo Senhor trabalhar e falar e pensar;
Mas deixe-me o fogo sagrado manter, 
E ainda Seus dons em mim crescer.

Para Sua vontade perfeita me preparar, Meus atos de amor e fé repetidos desabrochar,
Até que a morte sele Sua infinita bondade,
E torne completo meu sacrifício e verdade.
Faça das palavras desse hino sua oração e torne sua vida um sacrifício aceitável a Deus.





William Stringfellow, The Christian Century, 10 May 1961.

William Temple citado em David Watson, I Believe in Evangelism (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1976), p. 157.

Vídeos

Introdução - Esboço da Lição “Busque ao Senhor e Viva” (aqui).

Esboço da Lição 13 - Para que não nos esqueçamos (Malaquias) (aqui). 




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