sábado, 1 de junho de 2013

ES - Lição 10 - As primeiras coisas primeiro! (Ageu) – 2º Trim, 2013






Lição 10 - As primeiras coisas primeiro! (Ageu)     1º a 8 de junho








Sábado à tarde

Ano Bíblico: Jó 1, 2 

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Minha é a prata, Meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2:8).


Leituras da Semana:


Pensamento-chave: A mensagem de Ageu é simples: Quais são as nossas prioridades e por que é tão importante ajustá-las?

O livro de Ageu, um dos mais curtos da Bíblia, foi escrito em um momento crítico na vida de Judá. Os exilados tinham voltado do cativeiro em Babilônia quase vinte anos antes. No entanto, eles pareciam ter esquecido o motivo de seu regresso. Eles permitiram que o templo de Deus ficasse em ruínas, enquanto dedicavam suas energias para a construção das próprias casas.

Assim, o profeta exortou os exilados que haviam retornado a dar atenção cuidadosa à sua situação. A mensagem foi simples e lógica. O povo trabalhava arduamente, mas não ganhava muito. Isso acontecia porque eles tinham confundido as prioridades. Eles precisavam colocar Deus em primeiro lugar em tudo o que faziam. Como o próprio Jesus disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33).

Hoje, também, é tão fácil ficar envolvido na luta pela vida que nos esquecemos de qual deve ser nossa prioridade: fazer sempre a vontade do Senhor.


Domingo

Ano Bíblico: Jó 3–5 


Plantando muito, colhendo pouco

1. Leia Ageu 1:1-11. O que estava acontecendo ali? Por que estava ocorrendo? Pode acontecer o mesmo conosco?

Por mais de um ano o templo foi negligenciado, e quase abandonado. O povo habitava em seus lares, e tudo fazia para alcançar prosperidade temporal, mas sua situação era deplorável. Por mais que trabalhassem não prosperavam. Os próprios elementos da natureza pareciam conspirar contra eles. Visto que haviam permitido que o templo continuasse em ruínas, o Senhor enviou sobre seus recursos uma ruinosa estiagem. Deus lhes havia concedido os frutos do campo, dos pomares, o cereal, o vinho e o óleo, como sinal do Seu favor, mas como haviam usado essas generosas dádivas de modo tão egoísta, as bênçãos foram retiradas” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 573).

Ageu confrontou o povo com sua condição. Inutilidade do trabalho era uma das maldições que resultaram da transgressão da aliança divina (Lv 26:16, 20). Até que as pessoas voltassem sua atenção para essa prioridade, não haveria prosperidade para elas.

Ageu tinha grande zelo pelo templo do Senhor e quis que o povo completasse sua reconstrução imediatamente. Seu desejo era contrário à complacência dos que não se importavam com o templo tanto quanto se preocupavam com seu próprio conforto. Enquanto a grande preocupação de Ageu era com o templo, as pessoas estavam mais interessadas em suas próprias casas.

O Senhor usou Ageu para mover o coração das pessoas na direção das preocupações de Deus. Ele não poderia ser honrado corretamente enquanto Sua casa estivesse em ruínas. O templo em Jerusalém simbolizava a presença divina em meio à humanidade caída. Era um lembrete visível ao mundo inteiro de que o soberano Senhor é o Deus dos céus e da Terra. Como os filhos de Israel poderiam testemunhar do Deus verdadeiro enquanto o próprio símbolo desse Deus e de todo o plano da salvação estava em ruínas (Jo 2:19; Mt 26:61)? Em muitos aspectos, a atitude deles para com o templo revelou um problema espiritual mais profundo: a perda do senso da sua missão divina como povo remanescente de Deus.

Que advertência a mensagem de Ageu traz para nossa vida?


Segunda

Ano Bíblico: Jó 6, 7 

A grande promessa de Deus

2. Leia Ageu 1:12-14. Observe o senso de unidade de propósito nesses versos. Por que isso era tão importante para que o povo obedecesse ao chamado de Deus?

Dessa vez, a mensagem foi obedecida imediatamente pelos líderes e pelo povo remanescente. Eles se prepararam, coletaram materiais e retomaram o trabalho no templo três semanas depois. Uma semana depois eles ergueram um altar e restabeleceram a adoração sacrifical (Ed 3:1-6). Em menos de cinco anos, o templo foi concluído.

Embora o reino de Deus não possa ser identificado com um edifício material, o livro de Ageu é um lembrete de que Deus às vezes usa coisas materiais, como edifícios, para fins espirituais.

Se o cumprimento imediato da mensagem profética é considerado a medida do sucesso de um profeta, Ageu se destaca como um dos profetas mais bem-sucedidos. Sua pregação moveu as pessoas à ação. No mesmo mês, a obra no templo foi retomada com os profetas assegurando ao povo que o Senhor os ajudaria.

Ageu 1:12-14 relata a resposta dos líderes e do povo à mensagem de Ageu. Todos obedeceram ao Senhor porque reconheceram que o profeta havia sido enviado por Deus. O povo “temeu diante do Senhor” (v. 12) e mostrou isso ao adorá-Lo e Lhe dar a devida atenção. Ageu então poderia dar uma nova palavra do Senhor: “Eu Sou convosco” (v. 13). Assim que as pessoas decidiram obedecer ao Senhor, as mensagens de reprovação foram substituídas por palavras de encorajamento. A certeza da presença de Deus lhes deu a promessa de todas as outras bênçãos. A declaração “Eu Sou convosco” relembra as promessas da aliança que Deus fez durante o tempo dos patriarcas e Moisés (Gn 26:3; Êx 3:12; Nm 14:9).

A maior manifestação de Deus “conosco” é Jesus (Is 7:14; Mt 1:23; 28:20). Pense na ideia de que Jesus, o Criador e Mantenedor do Universo, viveu entre nós. O que isso nos diz sobre nossa importância, em um Universo tão grande que facilmente podemos ser levados a nos considerar insignificantes?

Terça

Ano Bíblico: Jó 8–10 

Não tema!

Ageu 2:1-5 apresenta um momento interessante no grande reavivamento que estava ocorrendo entre o povo de Deus. Cerca de um mês após o começo da edificação do templo, Deus enviou uma palavra de incentivo por meio de Ageu para o remanescente que havia decidido, mesmo sem recursos suficientes, reconstruir a casa de Deus conforme a orientação dos profetas. Ageu perguntou aos anciãos como o estado do templo se comparava à sua aparência antes do exílio. O aspecto do templo reconstruído não correspondia à glória anterior. As pessoas podem ter ficado desencorajadas porque não tinham condição de reproduzir o esplendor do templo de Salomão, que havia existido no mesmo lugar.

3. O que Deus mandou dizer ao povo e aos líderes de Sua obra? Ag 2:4, 5

O profeta encorajou o povo a continuar trabalhando porque o Espírito de Deus estava com eles. Ele pediu que todos os membros da comunidade remanescente fossem fortes e trabalhassem arduamente por causa da presença do Deus Todo-­poderoso em seu meio. As palavras de Ageu aos líderes foram: “Sê forte”, “Não temais”. Elas soam como as palavras do Senhor a Josué após a morte de Moisés (Js 1:5-9). Quanto menores e mais fracos fossem os recursos de Israel, maior seria sua necessidade de fé em Deus. O profeta declarou que, no fim, o Senhor tornaria a glória do último templo maior do que sua glória anterior. Isso se tornou realidade, no entanto, somente porque Alguém maior do que o templo havia chegado (Mt 12:6).

A presença do Espírito Santo confirmou a continuidade do reino de Deus em Israel. O Espírito de Deus, que tinha guiado Moisés e os anciãos, e que enviara profetas com mensagens inspiradas, estava no meio do remanescente. A resposta piedosa dos líderes e do povo testemunhou acerca da reforma espiritual que havia ocorrido. O Espírito Santo estava presente ao renová-los e aproximá-los de seu Deus. A presença do Espírito de Deus garantiu também a plenitude das bênçãos. O profeta encorajou os membros da comunidade a trabalhar para que as promessas divinas se cumprissem.

Ageu ministrou a Palavra de Deus às pessoas que conheciam as dificuldades da vida e a decepção da esperança não realizada. Ele atraiu a atenção delas para Deus, que é fiel e que esperava que os cidadãos da nova comunidade fossem responsáveis para com Seu reino, perseverando em fazer o bem e, assim, encontrando verdadeiro significado e propósito em sua vida.

Um homem que havia desistido de crer em Deus, deixou uma nota de suicídio de 1.900 páginas. A certa altura, ele escreveu: “Todas as palavras, pensamentos e emoções se voltam para um problema central: A vida não tem sentido.”

Como nossa crença em Deus e nossa vontade de obedecer a Ele dão sentido à vida?

Quarta

Ano Bíblico: Jó 11–14 

O Desejado de todas as nações 

4. Leia Ageu 2:6-9. Qual é a promessa desses versos, e como devemos entender seu cumprimento?

Por intermédio de Ageu, Deus anunciou um grande abalo das nações no Dia do Senhor, quando o templo se enchesse da presença divina. O profeta chamou seus contemporâneos a olhar além das adversidades e pobreza daqueles dias, para a futura glória do reino de Deus, simbolizada pelo templo.

A principal razão para o esplendor incorporado ao templo de Jerusalém era torná-lo digno da presença de Deus. No entanto, de acordo com esse texto, o Senhor estava disposto a habitar na casa menos gloriosa e, posteriormente, trazer esplendor a ela. As pessoas não precisavam se preocupar excessivamente com a forma de financiar a reconstrução do templo. Todos os tesouros pertencem ao Deus que havia prometido morar nele. O próprio Senhor era o provedor do esplendor do templo.

“Enquanto o povo procurava fazer sua parte, buscando uma renovação da graça de Deus no coração e na vida, mensagem após mensagem era dada a eles por intermédio de Ageu e Zacarias, com a certeza de que sua fé seria ricamente recompensada, e que não falharia a Palavra de Deus com respeito à futura glória do templo cujas paredes eles estavam reparando. Nesse mesmo edifício apareceria, na plenitude do tempo, o Desejado de todas as nações como o Mestre e Salvador da humanidade” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 577).

Deus prometeu que o esplendor do segundo templo seria maior do que a glória do antigo. Seria um tipo diferente de glória porque esse templo seria honrado pela presença física de Jesus. De fato, a presença de Cristo fez com que a glória do novo templo fosse maior do que a do templo de Salomão.

Leia Hebreus 8:1-5. Não importa qual tenha sido a glória do templo terreno, nunca devemos nos esquecer de que ele foi apenas uma sombra, um símbolo do plano da salvação. O que significa o fato de que, agora, Jesus está ministrando em nosso favor no “verdadeiro tabernáculo”, feito por Deus, não pelo homem? Como podemos aprender a avaliar melhor a importância da mensagem do santuário no plano da salvação?

Quinta

Ano Bíblico: Jó 15–17 

Anel de selar

Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, tomar-te-ei, ó Zorobabel, filho de Salatiel, servo Meu, diz o Senhor, e te farei como um anel de selar, porque te escolhi, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2:23).

A mensagem final do Senhor a Ageu foi dada no mesmo dia da mensagem anterior, a fim de complementá-la (Ag 2:22, 23). O Senhor advertiu a respeito de uma iminente destruição de reinos e nações durante o dia do juízo de Deus. Mas nesse mesmo dia, disse o profeta, o servo do Senhor concluirá a designada tarefa divina de salvação. Em última análise, isso se cumprirá somente na segunda vinda de Jesus e durante os eventos posteriores a esse acontecimento.

O líder político da nação está associado nesse caso com o glorioso reinado do rei Davi de Israel, de quem ele era descendente. Zorobabel era neto do rei Joaquim e herdeiro legítimo do trono de Davi depois do exílio babilônico. Ele serviu como governador de Judá sob o rei persa Dario, o Grande, e foi a principal força por trás da reconstrução do templo em Jerusalém. Josué foi o sumo sacerdote que também ajudou a reconstruir o templo.

O profeta disse que Zorobabel seria anel de selar do Senhor, um objeto que provê evidência de autoridade real e propriedade. Como um rei selando documentos legais com um anel, o Senhor iria impressionar o mundo inteiro pelo trabalho de Seu servo. Embora o papel fundamental de Zorobabel na reconstrução do templo não deva ser subestimado, ele não realizou tudo que Deus lhe havia prometido por meio de Ageu. Os inspirados escritores dos evangelhos apontam para a pessoa e ministério de Jesus Cristo, descendente de Davi e de Zorobabel, como cumprimento final de todas as promessas messiânicas encontradas na Bíblia.

5. Leia Lucas 24:13-27, com especial destaque para as palavras de Cristo aos dois discípulos. Que mensagem importante Ele estava dando a eles, e como Suas palavras mostram a importância de compreender as profecias do Antigo Testamento? Essas profecias ainda são relevantes para os cristãos hoje?



Sexta

Ano Bíblico: Jó 18, 19 

Estudo adicional

Mas nem mesmo aquela hora escura foi sem esperança para aqueles cuja confiança estava em Deus. Os profetas Ageu e Zacarias foram despertados para enfrentar a crise. Com encorajadores testemunhos, esses mensageiros escolhidos revelaram ao povo a causa de suas dificuldades. A falta de prosperidade temporal era o resultado da negligência em dar prioridade aos interesses de Deus, os profetas afirmaram” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 573, 574).

“O segundo templo não foi honrado com a nuvem de glória de Jeová, mas com a presença viva dAquele em quem habita corporalmente a plenitude da Divindade – que era o próprio Deus manifestado em carne. ‘O Desejado de todas as nações’ havia, em verdade, chegado ao Seu templo quando o Homem de Nazaré ensinava e curava nos pátios sagrados. Com a presença de Cristo, e com ela somente, o segundo templo excedeu o primeiro em glória” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 24).
Perguntas para reflexão

1. O que a presença de Jesus na nossa vida e o Seu sacrifício pelos pecados do mundo nos dizem sobre nosso valor? Qual é a diferença entre essa visão da humanidade e o ponto de vista ateísta e evolucionista, tão comuns no mundo?

2. Isaías falou sobre o orgulhoso rei de Babilônia que, no auge de seu poder, “fazia estremecer a Terra e tremer os reinos” (Is 14:16, 17). Qual é a diferença entre esse tremor e o abalo provocado pela intervenção do Senhor, descrito por Ageu no capítulo 2 de seu livro?

3. Os antigos israelitas muitas vezes foram desobedientes às mensagens proclamadas pelos profetas de Deus. De que maneira o povo de Deus hoje está resistindo às mensagens que o Senhor lhe está enviando?

4. O antigo templo e seu sistema sacrifical perderam todo o valor, de uma vez por todas, depois da morte de Jesus. O que os capítulos 8 e 9 de Hebreus falam sobre o que Cristo fez e faz por nós, que o santuário terrestre não poderia fazer?

Respostas sugestivas: 1. A nação judaica estava enfrentando uma séria crise econômica, provocada por uma maldição divina, devido à negligência em relação à reconstrução do templo. Podemos deixar de alcançar o máximo do nosso potencial quando não consagramos toda a nossa vida ao Senhor. 2. Profeta, líderes e povo trabalharam unidos no mesmo propósito, em favor da obra do Senhor. A unidade era importante para fortalecer a coragem do povo e demonstrar que Deus estava à frente da obra, animando o coração de todos. 3. Sejam fortes; trabalhem, porque Eu estou com vocês e Meu Espírito está entre vocês. 4. A glória do segundo templo seria maior que a do primeiro, porque o Desejado de todas as nações entraria nele; essa promessa começou a se cumprir quando Deus abençoou a reconstrução do segundo templo e culminou com a presença de Jesus (O Desejado de todas as nações) no templo de Jerusalém. 5. Disse que precisavam acreditar nos escritos de Moisés, dos profetas e em todo o Antigo Testamento, porque esses escritos confirmavam que Ele era o Messias verdadeiro, que devia sofrer e depois entrar em Sua glória. Essas profecias ainda são relevantes, porque destacam o Cristo que veio e que voltará para salvar Seu povo.


ESCOLA SABATINA


Texto-chave: Ageu 2:8

O aluno deverá...

Saber: Que, sendo Criador de tudo e fonte de todas as bênçãos, Deus desperta as pessoas para a ação e deseja abençoá-las.

Sentir: Coragem em saber que tudo pertence a Deus e que Ele provê todas as coisas.

Fazer: Responder ao amor e cuidado divinos.

Esboço

I. Saber: O Deus do relacionamento

A. Por que é tão importante saber que Deus está conosco?

B. Quais são os sinais da bênção divina?

C. Como as dificuldades da vida, nas quais parece que Deus está ausente, podem nos inspirar a ter mais segurança e confiança?

II. Sentir: Encorajamento e bênção

A. Qual era a maior bênção para o povo de Deus no tempo de Ageu?

B. Como você reagiria se o Senhor lhe dissesse que Ele estaria com você e o abençoaria se seguisse Suas instruções?

C. Por que era tão importante que o povo de Deus soubesse que o Desejado de todas as nações viria ao novo templo?

III. Fazer: Deus da ação

A. Qual é a importância da união entre os que fazem a obra de Deus?

B. Você é ativo na igreja? Você poderia ser mais ativo no cumprimento da missão da igreja?

C. Que diferença faria se todos em sua congregação usassem seus talentos para beneficiar os outros?

Resumo: Deus assegura ao Seu povo Sua presença e desejo de abençoá-los. “O Desejado de todas as nações” virá, e a única resposta correta é crer que Ele nos guiará e protegerá, mesmo em momentos de dificuldade.


Ciclo do Aprendizado

Motivação

Focalizando a Palavra: Ageu 1:7, 8

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Porque deseja abençoá-los com prosperidade, Deus encoraja Seu povo a reconsiderar suas prioridades e trabalhar na construção de Sua casa.

Só para o professor: No tempo de crise, quando as expectativas do povo haviam desmoronado, Deus chamou o profeta Ageu para despertar a mente das pessoas e exortá-las ao trabalho no templo do Senhor. A lição desta semana nos lembra que devemos reconsiderar nosso estilo de vida e colocar Deus em primeiro lugar em tudo que fazemos. Incentive os alunos a se tornarem os Ageus de nossos dias. Precisamos de Ageus modernos que encorajem o povo de Deus a trabalhar unido em Sua causa.

Discussão de abertura

Por que é tão atrativo focalizar o que consideramos as prioridades mais importantes da vida, em vez de nos concentrarmos nos valores eternos? Por que tantas vezes colocamos Deus em segundo lugar? Por que é mais fácil dar dinheiro do que dedicar tempo e envolvimento pessoal às coisas que precisam ser feitas na igreja?


Perguntas para discussão:

1. Como Deus pode ser honrado em nossas ações?

2. O que significa dizer que Deus Se deleitará em Seu povo?

Compreensão

Só para o professor: Enfatize as mensagens de Ageu aos líderes e ao povo daquele tempo. Pergunte aos alunos que tipo de sermão Ageu precisaria pregar em nossa igreja, com base em nossos desafios atuais.


Comentário Bíblico

Visão geral

Ageu pregou ao todo cinco sermões, quatro para a comunidade de fé e o último a Zorobabel, governador e líder político do povo de Deus naquela época. O ministério de Ageu durou menos de quatro meses, na segunda parte do ano 520 a.C. Ele serviu durante o tempo de Dario, o rei medo-persa que, com seus decretos, notavelmente ajudou o povo de Deus, dando-lhe permissão para concluir sua obra no templo (para detalhes, leia Ed 5:1–6:14). Felizmente, cada uma das mensagens de Ageu foi datada. Por isso, sabemos exatamente quando seus discursos foram proferidos.

O ministério de Ageu ocorreu no momento em que o povo de Deus estava desanimado. Eles haviam retornado do exílio babilônico (cerca de 537 a.C.) com grandes expectativas, mas quando começaram a reconstruir o templo e a cidade de Jerusalém, a oposição se levantou (Ed 4:1-5, 24). Em seu desespero, eles pararam de trabalhar na casa do Senhor. Em vez disso, apenas se concentraram nos próprios negócios e casas. Perderam a fé na ajuda de Deus, bem como a confiança na Sua liderança, embora Ele tivesse preparado um futuro brilhante para eles. Depois de muitos anos de crise, Deus chamou Ageu para transmitir Sua palavra ao povo, a fim de despertá-lo da letargia (Ed 5:1, 2; 6:14).

I. Primeiro sermão, proferido em 29 de agosto de 520 a.C.

(Recapitule com a classe Ag 1:1-12.)

Deus entrou em discussão com Seu povo e pediu que ele reconsiderasse sua vida, seus hábitos e os resultados de seu trabalho. Por duas vezes Ele pediu: “Vejam aonde os seus caminhos os levaram” (v. 5, 7, NVI), o que significa que eles precisavam acabar com sua incredulidade e estilo de vida egoísta. Eles trabalhavam muito, mas alcançavam pouco. “’Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada’” (Ag 1:6, NVI). Sem a bênção divina, a vida é muito difícil. Deus está no comando e faz um apelo: “’Subam o monte para trazer madeira. Construam o templo, para que Eu Me alegre e nele seja glorificado’, diz o Senhor’” (Ag 1:8, NVI). A resposta deles foi extraordinária. Todos juntos (líderes, sacerdotes e povo) “obedeceram à voz do Senhor, o seu Deus, retornaram a Ele e O temeram (Ag 1:12).

Pense nisto: Qual foi a causa principal da falta de prosperidade das pessoas? O que Deus mandou que eles fizessem para reverter a situação? O que significa ver “aonde os [nossos] caminhos [nos] levaram?

II. Segundo sermão, proferido em 21 de setembro de 520 a.C.

(Recapitule com a classe Ag 1:13-15.)

A segunda mensagem foi o sermão mais curto e consiste apenas em sete palavras (apenas quatro palavras em hebraico): “’Eu estou com vocês’, diz o Senhor” (v. 13, NVI). Essa proclamação era tudo o que o povo precisava ouvir. Deus lhe assegurou que estava e estaria com ele! Essa foi a ampla promessa de Deus. Se o Senhor estava com Seu povo, ninguém poderia vencê-lo. A presença de Deus proveria tudo o que precisavam para sua vida física e espiritual. Se Deus é por nós, quem será contra nós? Ninguém, nada pode nos separar do amor de Deus (Rm 8:35-39). Como resultado, após três semanas de profundo reavivamento, o povo de Deus começou a trabalhar na casa do Senhor Todo-poderoso (Ag 1:14).

Pense nisto: Quando Deus declarou ao povo: “Eu estou com vocês”, que amplas garantias essa proclamação incluía? Que significado e promessas estavam reservadas para nós nessas palavras?

III. Terceiro sermão, proferido em 17 de outubro de 520 a.C.

(Recapitule com a classe Ag 2:1-9.)

Deus encorajou os líderes e o povo a não olhar para as dificuldades e não comparar esse templo com o glorioso templo de Salomão. O santuário atual podia parecer insignificante, mas eles não deviam se desesperar. Deus os animou: “’Coragem [...] Porque Eu estou com vocês’ [...] ‘Esta é a aliança que fiz com vocês [...] Meu Espírito está entre vocês’” (Ag 2:4, 5, NVI). A obra seria realizada pelo Espírito de Deus (leia também Zc 4:6). Deus disse mais: “’A glória deste novo templo será maior do que a do antigo’” templo de Salomão (Ag 2:9, NVI), porque o Messias, Jesus Cristo, viria a ele.

Esse terceiro sermão contém uma das mais belas profecias messiânicas: “’Farei tremer todas as nações, e virá o Desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória’, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2:7, RC). “O Desejado de todas as nações” (essa expressão aparece apenas uma vez em toda a Bíblia) não é outro senão Jesus Cristo.

Pense nisto: O título do livro O Desejado de Todas as Nações de Ellen G. White, sobre a vida de Jesus Cristo, foi inspirado nesse verso. O que significa a palavra “desejado”? O que há em Cristo que “todas as nações” poderiam desejar?

IV. Quarto sermão, proferido em 18 de dezembro de 520 a.C.

(Recapitule com a classe Ag 2:10-19.)

Ageu fez duas perguntas aos sacerdotes: A carne consagrada santificará as coisas em que ela toca? (v. 12). A resposta a essa primeira pergunta foi “Não”. A segunda pergunta foi: Uma pessoa que se tornou impura pelo contato com um corpo morto contamina as coisas em que toca? (v. 13). A resposta foi “Sim” (NVI). O que essas perguntas significam? O pecado se espalha automaticamente em torno de nós. Portanto, se queremos que algo bom aconteça ao nosso redor, isso deve ser cultivado com cuidado! A erva daninha cresce por si só em um jardim, mas para ter vegetais, a pessoa precisa cultivá-los. Só Deus pode produzir santidade na vida de alguém, porque Ele é a única fonte de santidade. Pessoas, coisas e tempo podem se tornar santos unicamente por meio do relacionamento com Deus.

Essa foi a última mensagem a todo o povo. Deus os encorajou: “Prestem atenção” (a ideia é repetida três vezes, nos versos 15 e 18, NVI), levando as pessoas a pensar e observar cuidadosamente. Então Ele prometeu: “’De hoje em diante, abençoarei vocês’” (v. 19).

Pense nisto: Por que, frequentemente, quando você tenta fazer o bem, de repente enfrenta muitos obstáculos e dificuldades? O que isso diz sobre a existência do mal?

V. Quinto sermão, proferido em 18 de dezembro de 520 a.C.

(Recapitule com a classe Ag 2:20-23.)

A última mensagem foi pessoal e específica para Zorobabel, o governador de Jerusalém. Deus disse que interviria e Seus propósitos seriam realizados. O governador seria o anel de selar do Senhor, se cooperasse com Ele, sendo um exemplo vivo do caráter de Deus, tanto quanto pode ser revelado pelo instrumento humano. Zorobabel seria a garantia e assinatura divina. Zorobabel não precisava se preocupar com nada. Deus trabalharia “por ele” e “por meio dele” (veja o contraste com o rei Joaquim [Jeconias ou Conias] em Jr 22:24). Zorobabel mais tarde foi mencionado na genealogia de Jesus (Mt 1:12, 13).

Pense nisto: Zorobabel foi “escolhido” por Deus. Com que finalidade? O que significa ser um modelo ou instrumento humano do Senhor? O que era um anel de selar, e para que era utilizado? Que dimensões as palavras “por meio dele” e “por ele” sugerem em termos do tipo de obra que Deus pretende realizar por nosso intermédio?

Aplicação

Só para o professor: Deus quer abençoar Seu povo, mas primeiramente ele precisa responder ao Seu chamado, apresentado por Sua Palavra e Seu Espírito. Note como, na Bíblia, a Palavra de Deus e Seu Espírito caminham juntos a fim de produzir vida (Gn 1:1-3; Sl 33:6; Ez 37:3-14).


COMENTÁRIO SEMANAL


Luiz Gustavo S. Assis é formado em teologia pelo Unasp Campus 2 e atualmente exerce a função de pastor distrital no bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, RS.

Ampliação

Os profetas estudados até agora (Oseias a Sofonias) desempenharam suas funções antes do chamado cativeiro babilônico, quando o exército de Nabucodonosor marchou contra Jerusalém e, depois de duas deportações de prisioneiros (605 e 597 a.C.), ele a destruiu em 586 a.C. De acordo com uma profecia de Jeremias, os judeus ficariam em Babilônia por 70 anos (cf. Jr 25:11; 29:10; Dn 9:2) e após esse período voltariam para a cidade, que estaria reduzida à cinzas. 

Foi após esse período que Deus levantou dois profetas: Ageu e Zacarias. Eles fizeram parte de uma fase espiritualmente próspera na história bíblica. Tendo como aliados Zorobabel e o sumo sacerdote Josué, os judeus desfrutaram de uma renovada atmosfera de espiritualidade. Nas próximas três semanas, estudaremos os livros desses dois profetas. A seguir, você conhecerá um pouco mais do contexto e conteúdo da obra do profeta Ageu.

I. Conhecendo o livro

O livro de Ageu tem algumas características peculiares. É o segundo menor do Antigo Testamento, ficando à frente apenas Obadias. Também é o mais preciso dos profetas menores. Tão preciso que é possível identificar o dia, o mês e o ano em que cada uma de suas mensagens foi apresentada ao povo. Por causa disso, podemos afirmar de maneira segura que Ageu recebeu suas mensagens durante quatro meses, de agosto a dezembro de 520  a.C. A enfraquecida Babilônia havia sucumbido diante dos persas liderados por Ciro, tornando-se então a potência daqueles dias. O rei persa na época de Ageu era Dario I, também conhecido como Dario, o Grande, que reinou de 522 a 486 a.C.





Crédito: visopsys.org

Na foto, você pode ver um relevo de Dario com dois oficiais (atrás) e alguns prisioneiros de guerra de Babilônia, Elão e Susã. Por sinal, foram os textos persa, elamita e acadiano deste relevo conhecido como “inscrição de Behistun” que possibilitaram a tradução da complexa escrita cuneiforme, feita pelo britânico Henry Rawlinson, em meados de 1840. Uma das mensagens de Ageu envolvia a reconstrução do templo de Jerusalém. Na verdade, a mensagem era para atrair a atenção do povo de volta para essa obra inacabada. Em Esdras 5:13-16 somos informados de que a reconstrução começou imediatamente após o decreto de Ciro em 538 a.C. (cf. Ed 1). A estrutura do templo foi feita (Ed 3:8-11), mas foi interrompida devido à oposição dos inimigos ao redor (Ed 4:23-24). Enquanto os judeus habitavam em casas agradáveis, a morada de Deus continuava em ruínas (cf. Ag 1:4). Como resultado, diversas situações econômicas desfavoráveis ocorriam na na nação (1:6).

Como é sugerido no título da lição desta semana, a mensagem do profeta tinha que ver com prioridades, e, graças a alguns achados arqueológicos, podemos entender melhor a profundidade desse problema nos dias de Ageu. Por exemplo, foram descobertos em Nippur, uma importante cidade do império babilônico e diversos recibos de um empreendimento chamado Murashu & Irmãos. Este e outros nomes hebraicos que são mencionados nos recibos de argila demonstram como muitos judeus se desenvolveram profissionalmente enquanto estavam em Babilônia. Talvez esse tenha sido o principal motivo pelo qual muitos judeus não retornaram para Jerusalém por ocasião do já mencionado decreto de Ciro. Por sua vez, aqueles que voltaram necessitavam de um redirecionamento em suas prioridades.

Ageu, cujo nome significa “festival”, se intitulou como “mensageiro do Senhor” (1:13). Não é coincidência que Ageu tenha enfatizado mais de 20 vezes a origem divina de sua mensagem ao usar expressões como: “Assim fala o Senhor”, “Palavra do Senhor”, e “diz o Senhor” (1:1, 2, 3, 5, 7, 8, 9, 13; 2:1, 4 (2x), 7, 8, 9, 10, 11, 14, 17, 20, 23 (3x). Quando comparado com os demais profetas menores, Ageu tem mais um diferencial. Ele viu os resultados de sua pregação ainda em seus dias. Enquanto Oseias, Amós e Miqueias não puderam ver uma mudança na vida dos seus ouvintes, Ageu teve esse privilégio e observou o povo saindo de sua letargia espiritual para obedecer ao Senhor.

II. A mensagem de Ageu

Apesar de ter apenas dois capítulos, o livro de Ageu contém quatro mensagens específicas que Deus enviou para Seu povo naquela ocasião. Graças aos esforços de muitos eruditos em calcular datas em calendários utilizados no antigo Oriente Médio, somos capazes de encontrar as datas fornecidas por Ageu em nosso calendário atual.

1ª mensagem: 29 de agosto de 520 a.C. – Reconstrução do templo (1:1-15)
Ageu repreendeu o povo e o desafiou para reconstruir o templo (1:1-11)
Resposta positiva do povo (1:12-15)

2ª mensagem: 17 de outubro de 520 a.C. – futura glória do templo (2:1-9)

3ª mensagem: 18 de dezembro de 520 a.C. – futura glória do povo (2:10-19)

4ª mensagem: 18 de dezembro de 520 a.C. – exaltação de Zorobabel (2:20-23)

Os profetas anteriores a Ageu tiveram mensagens centralizadas em juízo e restauração. O enfoque da mensagem profética deste livro vai em outra direção:

Prioridades: O povo havia negligenciado a reconstrução do templo de Deus enquanto concentrava seus esforços na construção de belas casas para si (1:2-4, 9). Ageu instruiu as pessoas, declarando que o templo do Senhor e Sua obra deveriam ser a principal prioridade deles. Eles deviam “considerar” (1:5, 7; 2:15, 18) seus caminhos, pois o prazer e a honra de Deus deveriam ser seus objetivos primordiais (1:8)

Obediência: Surgem consequências quando desobedecemos a Deus (1:6, 11; 2:16-17). Mas quando o povo de Deus O segue (1:12) Ele graciosamente proporciona entusiasmo (1:14), força (2:4-5) e recursos (2:8) para cumprir Sua vontade. Deus havia prometido à comunidade pós-exílica que, quando voltasse para uma vida de obediência, Ele a abençoaria com Sua presença (2:9), paz (2:9) e prosperidade (2:19).

III. Relevância da mensagem de Ageu

Permita-me compartilhar três itens importantes de como observar e aplicar a mensagem de Ageu:

Jesus e o 2º templo: Sem dúvida, o templo construído por Salomão foi muito mais belo do que aquele construído nos dias de Ageu (Ag 2:1-9). Alguns dos judeus que ouviram a pregação de Ageu conheceram a beleza do templo de Salomão (v. 3). No entanto, foi o segundo que recebeu a pessoa de Jesus Cristo. A famosa frase “o Desejado de todas as nações” ocorre no versículo 7 e ao longo dos séculos seu significado tem sido discutido. A interpretação mais conhecida é a de que se trata de uma referência ao Messias, como Deus encarnado, que traria glória para o templo por meio de Sua presença física. Outra possibilidade é uma referência às ofertas que seriam ali oferecidas pelos gentios para embelezar o templo e reverenciar a Deus. Existe um apoio para esta segunda interpretação no versículo 8, e também no livro de Isaías (60:5-7, 11-13).

Há uma referência a Zorobabel como a garantia de que a futura glória do templo se cumpriria, assim como Ageu havia profetizado (2:20-23). Ele é comparado a um anel, que funcionava como uma assinatura, sinal ou garantia de um pagamento efetuado. Na linhagem de Jesus em Mateus 1, pode-se ler o nome deste personagem (v. 12-13). Quando retornaram de Babilônia, Deus quis relembrá-los da promessa do Messias que percorre todas as Escrituras hebraicas (cf. Lc 24:44-48), e essa promessa teria a participação de Zorobabel.

Igreja/templo: É importante estabelecermos uma diferença entre igreja, como apresentada no Novo Testamento, e o templo de Jerusalém. No quarto século da era cristã, houve diversas mudanças eclesiológicas, isto é, relacionadas à igreja. Diversos concílios foram realizados para tratar desse assunto. E, como consequência disso, na teologia católica, o lugar de adoração se tornou um templo, o pastor se tornou um sacerdote, o púlpito se tornou um altar, e o culto, um sacrifício da missa. Itens como candelabro e incenso que eram utilizados no templo foram introduzidos na igreja cristã. A igreja se tornou um meio de unir Deus e o pecador. A fé somente não era suficiente.

Por vivermos em um país profundamente marcado pela tradição católica, algumas dessas ideias podem ser vistas no adventismo. Por exemplo, alguns insistem em dizer que o local do púlpito é o lugar santíssimo e a congregação é o lugar santo. É comum chamarmos a igreja de “Casa de Deus” e “Templo de Deus”. Mas quando lemos o Novo Testamento não encontramos esse tipo de linguagem aplicada à igreja. O templo era o local de habitação de Deus (cf. Êx 25:8). Se alguém desejasse adorar a Deus, deveria ir até lá. No Novo Testamento, nós somos o templo (cf. 1Co 6:19; Jo 4:23-24). Podemos adorar a Deus em qualquer lugar, inclusive na igreja. Por sinal, o modelo de igreja que temos no cristianismo do primeiro século d.C. era o modelo de sinagoga, onde a adoração era dinâmica. Louvor, comunhão, estudo e espontaneidade fazem parte desse modelo adotado pelos apóstolos. Em suma, Deus não tem mais um santuário na Terra.

A mensagem de Ageu para nós, cristãos, é relevante quando pensamos em como temos adorado a Deus com nossa vida, não somente com um lugar em que semanalmente nos reunimos. Já mencionei o pensamento a seguir no segundo comentário da lição de Amós, mas repito: Se não adorarmos a Deus em particular, durante a semana, não conseguiremos adorá-Lo em família. E se isso não acontecer, dificilmente conseguiremos adorá-Lo de maneira genuína com a congregação.

John N. Andrews: Você provavelmente já tenha ouvido falar de John Andrews, um dos principais nomes no início do adventismo. Apesar de ter frequentado a escola até os 11 anos de idade, Andrews era dotado de mente privilegiada o que o levou a aprender até o fim da vida sete idiomas, incluindo os idiomas originais da Bíblia. Era um escritor prolífico, não apenas de artigos, mas também de livros. Foi o primeiro missionário oficial da Igreja Adventista na Europa e autor de inúmeros materiais em francês. Mas Andrews nem sempre esteve com as prioridades bem ajustadas.

Durante a década de 1850, depois de passar alguns meses recuperando sua saúde em Paris, uma pequena cidade no estado do Maine, EUA, Andrews soube que as possibilidades econômicas na cidade de Waukon, no estado de Iowa eram bem mais promissoras do que no Maine. Ele e sua família se mudaram para lá com outros adventistas, incluindo um importante pioneiro chamado John Loughborough. De fato, a região era fértil, e isso fez com que Andrews e os demais adventistas que ali estavam prosperassem financeiramente enquanto a vida espiritual deles enfraquecia. Muitos trabalhavam de 14 a 16 horas por dia, incluindo as sextas-feiras, demonstrando indiferença para com o sábado. De maneira estranha, as ofertas estavam diminuindo significativamente nos sábados.  Andrews não escrevia havia um bom tempo para nenhuma de nossas revistas. As prioridades tinham sido invertidas na vida deste gigante do adventismo, e por muito pouco nosso movimento não o perdeu, o que teria sido uma tragédia. Hoje, o principal seminário de teologia da Igreja Adventista é o da Universidade Andrews, nome dado em homenagem a esse pioneiro.

Essa situação foi mostrada em visão para Ellen White. Durante um inverno, ela e seu esposo viajaram mais de 200 km sob chuva, atravessando campos de lama, neve e com sérios riscos de morte com o único objetivo de ajudar esse grupo de irmãos a colocar “as primeiras coisas primeiro”! Andrews foi acordado de uma letargia e pôde contribuir de maneira significativa para o movimento adventista.

Infelizmente, a Igreja Adventista completou 150 anos de sua organização em maio. Digo infelizmente porque nem o mais pessimista dos pioneiros imaginava que Jesus não voltaria em 150 anos. Precisamos redescobrir o senso de urgência na nossa pregação. Não é tempo de ociosidade e indiferença quanto à obra de do Senhor. Deus está chamando homens e mulheres como Ageu para acordar muitos membros que estão com as prioridades invertidas. Poderia Ele contar conosco?


1 Para saber um pouco da história da tradução da escrita cuneiforme, acesse:


2 NKJV Andrews Study Bible, p. 1211. 

3 Estes dois parágrafos baseiam-se em Wilson Paroschi, Atos e Epístolas (Anotações de classe, 2006).

4 Virgil Robinson. John Nevins Andrews: Flame for the Lord (Hagerstown, MD: Review and Herald). p. 35-53.


Vídeos

Introdução - Esboço da Lição “Busque ao Senhor e Viva” (aqui).


 Esboço da Lição 10 - As primeiras coisas primeiro! (Ageu) (aqui). 





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