sábado, 22 de dezembro de 2012

ES - Lição 12 - As últimas coisas: Jesus e os salvos – 4º Trim, 2012





NOVO TEMPO - Lições da Bíblia








Lição 12 de 15 a 22 de dezembro

As últimas coisas: Jesus e os salvos







Sábado à tarde
Ano Bíblico: Hb 10, 11

VERSO PARA MEMORIZAR: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. E envie Ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, o qual convém que o Céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os Seus santos profetas, desde o princípio”(At 3:19-21, RC).

Leituras da semana: Hb 8:1-5; Is 53:6; Rm 3:24, 25; 1Tm 2:5; Hb 9:23; At 3:19-21

Pensamento-chave: O ensino bíblico sobre o ministério de Cristo no santuário celestial, Sua segunda vinda e a ressurreição dos mortos estão juntos como uma mensagem de esperança para os que colocaram nEle sua confiança.

A história do grande conflito entre o bem e o mal teve muitos momentos decisivos, mas seu clímax foi na cruz, na qual a derrota final e destruição de Satanás foram asseguradas. Ao mesmo tempo, a profecia bíblica aponta para um “tempo do fim” (Dn 12:4, 9), um período na história da salvação com seu próprio significado em termos do relacionamento entre o Senhor e Seu povo. Os eventos desse período do “tempo do fim” são descritos como escatológicos, porque dizem respeito às “últimas coisas”.

Na lição desta semana examinaremos três eventos especiais dentro desse período geral das “últimas coisas”, que têm imensas implicações espirituais: O ministério de Cristo no santuário celestial, a segunda vinda de Cristo e a ressurreição dos que morreram na fé verdadeira.

Domingo
Ano Bíblico: Hb 12, 13

O santuário celestial: parte 1

A crença fundamental número 24 começa com as seguintes palavras: “Há um santuário no Céu, o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb 8:2). Um dos fatos pressupostos na Bíblia é a existência de um santuário celestial (Sl 11:4).

1. Leia Hebreus 8:1-5. Qual é o ponto principal ensinado nesses versos?

O santuário terrestre é descrito como um tipo, ou modelo, do celestial. Isso significa que, no mínimo, o primeiro tem alguma correspondência funcional com o último. O santuário terrestre ensina muita coisa sobre o celestial. Ainda assim, o significado do santuário terrestre para o povo de Israel encontrava seu verdadeiro significado no santuário celestial e no que hoje acontece ali. Pela eficácia do sacrifício e ministério sacerdotal, o modelo terreno nos ensinou sobre as realidades do santuário celestial. O ministério do santuário terrestre era o meio divino de ensinar os princípios da salvação ao povo de Deus, um prenúncio da “realidade”, que é o ministério de Cristo (Hb 9:9-15), através de Sua morte e intercessão no santuário celestial.

O ministério no santuário terrestre ensinava que, embora o derramamento de sangue fosse necessário (Hb 9:22) para expiar o pecado, ainda havia a necessidade de um mediador sacerdotal entre os pecadores e um Deus santo, como resultado desse sangue derramado. O ministério do sacerdote no lugar santíssimo purificava o santuário do pecado e requeria aflição e arrependimento por parte do povo. Assim, o juízo também era destacado como parte integrante do ministério completo da salvação.

Igualmente fascinante é o que Hebreus 8:1, 2 diz: que o objetivo de todos os sete capítulos anteriores do livro é apontar ao leitor a realidade do santuário celestial e a posição de Cristo como nosso Sumo Sacerdote nesse santuário. É difícil entender como alguém poderia deixar de ver o grande significado que Hebreus dá ao ministério de Cristo no santuário celestial, como parte do plano da salvação.
Nada nesses versos indica que o santuário no Céu, e muito menos o ministério de Cristo ali, devam ser vistos como metafóricos ou simbólicos. Na verdade, o verso 5 deixa claro que o santuário terrestre – uma estrutura real com sacerdotes reais e sacrifícios reais – era apenas uma “sombra” da realidade do que Cristo está fazendo por nós no santuário celestial.

Segunda
Ano Bíblico: Tiago

O santuário celestial: parte 2

O ritual do santuário terrestre revelava três fases da salvação: sacrifício substitutivo, mediação sacerdotal e juízo. A Bíblia ensina que todas as três fases da salvação são incorporadas no ministério de Cristo em favor dos pecadores.

2. Como a morte de Cristo na cruz satisfaz o aspecto substitutivo da salvação?
3. O que a Bíblia diz a respeito de Cristo e da mediação em favor dos pecadores? 1Tm 2:5; Hb 7:25

Assim como os sacrifícios de animais apontavam para a morte de Cristo, o ministério sacerdotal prenunciava o verdadeiro ministério de Cristo no santuário celestial. Especialmente, o ministério contínuo, ou diário, dos sacerdotes no lugar santo, simbolizava o acesso do pecador a Deus por meio do ministério de Cristo como intercessor e mediador no santuário celestial (Hb 4:14-16).

4. Como a purificação das coisas celestiais se relaciona com a obra sacerdotal no santuário terrestre, no Dia da Expiação?Hb 9:23

Tendo o ritual do santuário terrestre como pano de fundo, Hebreus 9:23 aponta claramente para um ministério de purificação, realizado por Cristo no Céu. Esse texto tem confundido os estudiosos, porque ensina claramente que alguma coisa no Céu foi contaminada e precisa ser purificada. Para os adventistas do sétimo dia, com sua compreensão das duas fases da obra celestial de Cristo em nosso favor, essa purificação é o antítipo – que corresponde à purificação anual do santuário terrestre, no Dia da Expiação.

Pense na expiação – o que ela significa, como é realizada, e quem unicamente pode fazer expiação por nós. Por que a notícia de que estamos vivendo no “Dia da Expiação” deve ser algo positivo e esperançoso?

Terça
Ano Bíblico: 1 Pedro

A segunda vinda de Cristo

5. Como o cancelamento dos pecados se relaciona com a purificação do santuário? At 3:19-21

Embora Pedro possivelmente não tenha conhecido os “tempos ou épocas” (At 1:7), sua referência à profecia de Joel, em Atos 2:14-21, revela sua compreensão do cumprimento da profecia em seu tempo. Em sua percepção profética, parece evidente que “Pedro, falando por inspiração, e, portanto, além de sua compreensão finita, estava se referindo, laconicamente, a dois grandes acontecimentos dos últimos dias da Terra: (1) O poderoso derramamento do Espírito de Deus; (2) O cancelamento definitivo dos pecados dos justos. Esses eventos estão ligados a um terceiro acontecimento culminante, o segundo advento de Cristo” (The SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 6, p. 160).

A igreja primitiva tinha certeza tanto da segunda vinda de Cristo quanto da promessa de um novo céu e uma nova Terra (2Pe 3:13). A primeira vinda de Cristo proveu a base teológica para a segunda. Quanto a nós, sem a segunda vinda de Cristo, a primeira vinda teria sido inútil. O processo de lidar com o problema do pecado, um processo que Ele começou com Seu sacrifício na cruz, atinge sua consumação quando, após a “purificação do santuário”, Ele “aparecerá segunda vez ... para a salvação” (Hb 9:26, 28). De fato, sem a segunda vinda, e a ressurreição que ela trará, o que a promessa da salvação significaria para nós? (1Ts 4:16-18). Nada!

A segunda vinda de Cristo marcará a conclusão do grande conflito, no que diz respeito ao destino dos mortais. Satanás, sabendo que o fim do conflito está à vista, busca, por meio do engano, extraviar o maior número possível de pessoas. Está escrito: “À medida que se aproxima o segundo aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, agentes satânicos são impelidos por um poder de baixo. Satanás não somente aparecerá como ser humano, mas personificará Jesus Cristo, e o mundo que tem rejeitado a verdade o receberá como Senhor dos senhores e rei dos reis” (Ellen G. White, Eventos Finais, p. 168, 169). Contra esse engano temos sido advertidos de que a vinda de Cristo será um evento literal, pessoal e visível, que afetará o mundo inteiro, acabando com as coisas que vemos no mundo hoje: pecado, sofrimento, miséria, decepção e morte.

Olhe para nosso mundo. Temos feito dele um lugar melhor? Embora devamos tentar melhorar a vida dos menos afortunados do que nós, e dos que sofrem e passam por necessidades, por que devemos manter sempre diante de nós aquilo que é a única solução?

Quarta
Ano Bíblico: 2 Pedro

Esperando o advento

6. Quais serão as diferenças entre os salvos e os perdidos no tempo da volta de Jesus? Qual é a importância dessa mensagem para nós? Como essas palavras podem nos ajudar em nossa vida prática? 1Ts 5:1-11

Existe muita coisa nesses versos, mas um ponto deve se destacar de forma muito clara: a esperança que devem ter os que aguardam a volta de Cristo. Certamente, precisamos ser sóbrios e vigilantes para que aquele dia não nos surpreenda como um ladrão de noite. Mas também devemos estar cheios de fé, amor e esperança, porque “quer vigiemos, quer durmamos” (isto é, quer morramos antes de Sua vinda ou estejamos vivos quando Ele vier), temos a promessa de vida eterna com Ele.

Nesta época, quando vemos sinais ao nosso redor, devemos ter cuidado com nossa maneira de interpretá-los. Muitas vezes podemos ficar envolvidos com eventos que causam todos os tipos de agitação, drama e expectativa, apenas para ver que sua importância desaparece. Quando essas coisas acabam, podem deixar os membros da igreja descontentes, desanimados, e mesmo cheios de dúvidas. Precisamos ser vigilantes, mas também precisamos ser cautelosos, prudentes e humildes, enquanto procuramos interpretar e discernir os sinais dos tempos (Mt 16:1-4).

7. Qual é o propósito dos “sinais dos tempos”? Jo 13:19; 14:29

As predições sobre o fim dos tempos não foram dadas para satisfazer a curiosidade dos fiéis, mas para estimulá-los a continuar vigiando (Mt 24:32-44). Enquanto aguardamos o segundo advento, precisamos manter nossos olhos abertos e conhecer o que a Palavra de Deus ensina sobre os eventos dos últimos dias. Isso é especialmente importante porque, entre os próprios cristãos, há muitas ideias falsas sobre os sinais dos tempos.

Como podemos encontrar o equilíbrio entre viver na expectativa da segunda vinda e, ao mesmo tempo, abster-nos de ver cada manchete de jornal como um sinal do fim? Como podemos evitar a complacência, de um lado, e o fanatismo, do outro?

Quinta
Ano Bíblico: 1 João

Morte e ressurreição

No Novo Testamento, um dos eventos relacionados com a segunda vinda de Cristo é a ressurreição dos que morreram crendo nEle. Na verdade, no que diz respeito à maioria dos crentes, essa é a parte mais importante da segunda vinda, porque a maioria dos seguidores de Cristo estará morta quando Ele voltar.

8. O que a Bíblia ensina sobre a ressurreição no momento da volta de Cristo?

A Bíblia ensina que, na ressurreição, o “corpo” voltará à vida. Em outras palavras, a ressurreição bíblica é uma ressurreição corporal. Essa verdade se torna ainda mais clara quando temos em mente o fato de que, após a ressurreição de Cristo, Seu túmulo ficou vazio. O corpo morto não permaneceu na sepultura. Na certeza da Sua ressurreição, temos a certeza da nossa.

9. Se a ressurreição significa a destruição do poder da morte, por que só é possível alcançá-la “em Cristo”? 2Tm 1:8-10

A chave para a imortalidade não está na investigação científica mais profunda. O poder da morte já foi quebrado pela própria morte e ressurreição de Cristo (Rm 6:9). Com base nessa realização, Ele pode conceder imortalidade aos que se identificam com Sua morte e ressurreição por meio do batismo (Rm 6:23). Além disso, a Bíblia deixa claro que o dom da imortalidade não é dado aos crentes no momento da morte, mas na segunda vinda de Jesus, ao soar a “última trombeta” (1Co 15:51-54).

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11:25). Como você pode compreender melhor a esperança contida nessas palavras? Sem ela, o que seria de você?

Sexta
Ano Bíblico: 2 João; 3 João; Judas

Estudo adicional

A intercessão de Cristo no santuário celestial, em favor do homem, é tão essencial ao plano da redenção como foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte, Ele iniciou a obra para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir. Pela fé devemos penetrar até o interior do véu, ‘onde Jesus, como Precursor, entrou por nós’ (Hb 6:20). Ali se reflete a luz da cruz do Calvário. Ali podemos obter percepção mais clara dos mistérios da redenção. A salvação do homem se efetua a preço infinito para o Céu” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 489).

Para o crente, Cristo é a ressurreição e a vida. Em nosso Salvador é restaurada a vida que se perdeu mediante o pecado, pois Ele possui vida em Si mesmo, para vivificar a quem quer. Acha-Se investido do direito de conceder a imortalidade. A vida que Ele depusera como homem, Ele reassumiu e concedeu aos homens (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 786, 787).

Perguntas para reflexão

1. João Calvino chamou a obra de intercessão de Cristo de a “aplicação contínua de Sua morte para nossa salvação”, e é dito que “a existência de um santuário celestial era um padrão teológico entre os clérigos puritanos”. Não é difícil perceber por que a obra de intercessão de Cristo deve ser vista como um ensinamento tão importante. Considere quanto do Antigo Testamento está centralizado em torno do santuário e do templo. Pense em quanto do Novo Testamento também está relacionado ao santuário! O que isso deve nos dizer sobre a importância dessa doutrina?

2. Pense mais em Hebreus 9:23, um texto que durante séculos tem confundido os estudiosos bíblicos, que não conseguem entender como alguma coisa no Céu poderia realmente precisar de purificação. Embora tenhamos ainda muita coisa a aprender sobre o que esse texto significa, como nossa compreensão, por exemplo, de Daniel 8:14, ajuda a esclarecer esse conceito importante?

Respostas sugestivas: 1. Jesus é o Sumo Sacerdote que intercede por nós no santuário celestial, como havia sido prefigurado nas cerimônias do santuário terrestre. 2. Na cruz, Deus colocou sobre Cristo os nossos pecados; fomos justificados por essa graça, mediante a fé no sangue de Jesus; o Justo foi sacrificado para que os injustos fossem justificados. 3. Jesus é o único mediador entre Deus e os homens; Ele pode salvar os que se aproximam de Deus, porque sempre intercede por eles. 4. O santuário terrestre e as pessoas eram purificados do pecado por meio do sangue de animais, como símbolo do sangue de Cristo, que purifica o santuário celestial do registro dos nossos pecados. 5. Quando nos arrependemos, nossos pecados são apagados (“purificados”) do livro de registro celestial e recebemos o poder do Espírito Santo para viver com Jesus, enquanto esperamos Sua volta. 6. (A) Salvos: estão preparados; andam na luz; são sóbrios e vigilantes; usam a couraça da fé e do amor e o capacete da esperança de salvação; (B) Perdidos: São apanhados de surpresa; são iludidos pela falsa segurança; estão nas trevas; embriagam-se, adormecem no pecado e não percebem o perigo; seguem na direção da ira; (C) devemos usar essa mensagem para advertir e consolar as pessoas. 7. Despertar fé e confiança na Palavra de Deus. 8. Os que morreram na fé em Cristo serão ressuscitados no momento da Sua segunda vinda; a certeza da nossa ressurreição está fundamentada na ressurreição de Cristo. 9. Porque nossa salvação não é alcançada por meio de nossas obras, mas pela determinação e graça concedidas antes dos tempos eternos, mas cumpridas pelo evangelho de Cristo, o único capaz de destruir o poder da morte.

Resumo da lição 12 – As últimas coisas: Jesus e os salvos

Texto Chave: Atos 3:19-21

O aluno deverá:

Conhecer: a obra contínua de Cristo, que se inicia com a cruz e culmina com o juízo e a segunda vinda.

Sentir: A necessidade de alerta vigilância e fidelidade por parte dos que esperam ver o Mestre, a qualquer momento.

Fazer: Seguir a Cristo por trás do véu do santuário enquanto Ele intercede por nós diante do trono da graça.

Esboço do aprendizado

I. Conhecer: Cristo no santuário

A. Como a obra de Cristo como Sumo sacerdote se baseia no que Ele fez na cruz por nós? Como essa obra culmina com o juízo e a segunda vinda?

B. Como as atividades do santuário terrestre nos ajudam a explicar os eventos atuais dos últimos dias no santuário celestial?

II. Sentir: O Rei está voltando

A. Que a atitude adequada os seguidores de Cristo devem ter em relação aos sinais dos últimos dias?

B. Contra que enganos devemos estar atentos?

III. Fazer: Seguindo o Sumo sacerdote

A. Que parte devem ter os seguidores de Cristo enquanto seu Sumo sacerdote intercede com o Pai em seu favor?

B. Após a purificação do templo celestial, o que vem a seguir no grande conflito, e o que os seguidores de Cristo devem fazer?

Resumo: Após resgatar Seus amados na cruz, Cristo intercede por eles como seu Sumo sacerdote celestial. Ele purifica o santuário celestial e, em seguida, retorna para levar Seu povo para viver com Ele.

Ciclo do aprendizado

MOTIVAÇÃO
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A segunda vinda de Cristo não é um conto de fadas, mas uma realidade. Sem ela, nossa fé em Cristo é vã.

Só para o professor: A fim de motivar a fé na segunda vinda de Cristo e outros eventos relacionados nos últimos dias da história da redenção, peça que um membro idoso da classe leia a seguinte narrativa fictícia. Em seguida, comente as implicações da história.

História para ler: "Como adolescente precoce, eu me tornei membro fundador da igreja de Tessalônica. Quando Paulo veio à nossa cidade, a mensagem do evangelho desafiou todos os sistemas filosóficos e crenças que tínhamos conhecido. Platão estava fora, Jesus estava dentro. Os ídolos se foram, o Deus encarnado em Jesus Se tornou nosso soberano. Recebemos a Palavra de coração (1Ts 1:6). Nossa fé era conhecida em toda parte (1Ts 1:8), pois passamos a servir a um Deus vivo e verdadeiro e esperar pelo breve retorno de Jesus para estabelecer Seu reino (1Ts 1:9, 10). Mas como sempre acontece, nem tudo foram rosas em nossa igreja. Satanás estava criando problemas. Ele levou alguns santos a duvidar e questionar. Uma das grandes verdades que o apóstolo Paulo nos trouxe é que Jesus, que veio e morreu por nossos pecados, está no Céu e logo voltará para nos levar para casa. Vivíamos com aquela incrível esperança. Mas Satanás estava ocupado semeando a dúvida. Alguns crentes idosos estavam começando a morrer, e os membros começaram a perguntar: a segunda vinda de Cristo é real? Que acontecerá com aqueles que estão morrendo, um a um, sem ver o Filho vindo do Céu? A dúvida atacou a fé. Estávamos todos preocupados. Contra essas dúvidas e preocupações, Paulo nos escreveu uma linda carta. No clímax da epístola, ele nos assegurou: "Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;  depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares (1Ts 4:16-18). Eu vivo e estou pronto para morrer com essa esperança em meu coração."

Perguntas a fazer:
1. Alguma vez você já duvidou da segunda vinda? Se assim for, por quê? Se não, por quê?

2. Já se passaram quase dois mil anos desde que Paulo escreveu essas palavras. Em que base podemos dizer que elas ainda são confiáveis?

Compreensão

Só para o professor: Das muitas certezas que Jesus deu a Seus discípulos, João 14:1-3 é uma das melhores. Apesar da tristeza que a sombra da cruz trouxe aos discípulos, Jesus não os deixou sem conforto. Duas razões para Sua certeza consoladora podem ser citadas: primeira, Jesus ia transformar o instrumento de morte em um meio de triunfo e ia ressuscitar vitorioso sobre o pecado; em segundo lugar, Jesus ia para o Pai e retornaria para levar os discípulos para o lar. A lição de hoje trata da segunda parte; é importante conduzir a classe a uma discussão e estudo que renove a fé nesse tema.

Comentário: Nenhum outro fundador de qualquer filosofia ou religião deixou a seus seguidores uma promessa tão importante e significativa quanto a que Jesus deixou. "Vou" para Meu Pai, disse Jesus aos discípulos, e imediatamente lhes assegurou: "voltarei" (Jo 14:1-3). O tempo entre a Sua ida e volta é conhecido como os últimos dias. Entre os eventos dos últimos dias, três são objeto de nosso estudo nesta semana: o ministério de Jesus no Céu, a segunda vinda de Cristo e a ressurreição dos santos.





Comentário Bíblico

I. Eventos dos últimos dias: O santuário celestial

(Leia com a classe Hebreus 7:22-28)

A cruz é a solução definitiva para o problema do pecado. “Pois, quanto a ter morrido, de uma vez [Jesus] para sempre morreu para o pecado" (Rm 6:10). Nenhum sacrifício mais é necessário. Depois de Se oferecer como um sacrifício "uma vez por todas", Cristo entrou no santuário celestial para realizar Seu ministério mediador (Hb 7:22-28). O livro de Hebreus ensina que o santuário terrestre é um modelo do celestial (Hb 8:5; 9:23-26). O santuário terrestre ensinava os procedimentos – os sacrifícios diários, os deveres sacerdotais, os serviços anuais de julgamento – a ser seguidos no trato com o pecado, mostrando assim ao povo de Deus a gravidade do pecado e o custo da salvação. Todos esses eram a sombra terrestre de uma realidade celestial (Hb 8:5). A realidade divina é o que Cristo está fazendo por nós no santuário celestial (Hb 9:9-15), "tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados" na cruz (Hb 10:12). Quando o ministério no Céu – incluindo a purificação do santuário celestial (Hb 9:23) caracterizado pelo Dia anual da Expiação – se encerrar, Cristo voltará à Terra pela "segunda vez" para levar Seus filhos para o lar (Hb 9:28).

Pense nisto: Qual é a relação entre o santuário terrestre e o celestial? Como o santuário terrestre mostra a gravidade do pecado? Como o serviço terrestre tipifica o celestial?

II. Eventos Finais: A segunda vinda

(Leia com a classe Mateus 24:5-7 e 25:37-39.)

A promessa de Cristo "virei outra vez" (Jo 14:3) explica firmemente que a segunda vinda é distinta da primeira. Hebreus ressalta claramente essa distinção: "Cristo, tendo-Se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O aguardam para a salvação" (Hb 9:28). A missão da segunda vinda não é para expiar o pecado, mas para reunir em Seu reino eterno aqueles "que O aguardam para a salvação".

No Sermão do Monte, nosso Senhor (Mt 24, Mc 13, Lc 21) fala especificamente da segunda vinda em termos de uma reunião universal de Seus discípulos desde a "extremidade da Terra" (Mc 13:27) no reino de Deus. É o tempo da colheita (Mc 4:29; Ap 14:15). Sua vinda será precedida por vários sinais, incluindo falsos cristos (Mt 24:5), guerras e rumores de guerras (Mt 24:6, 7), fomes e terremotos (Mt 24:7) e a proclamação mundial do evangelho (Mt 24:14). Pouco antes de Sua vinda haverá uma grande tribulação (Mt 24:21) apatia e deterioração espiritual (Mt 25:37-39; Lc 17:28-30). Esses e outros sinais são dados não para elaborar um cronograma cronológico de quando Jesus virá, mas para manter o povo de Deus em estado de preparação. Vigilância e prontidão são a resposta perpétua do cristão à promessa da Parousia.

Pense nisto: Qual é a missão e o propósito da segunda vinda? Qual é a diferença da primeira? Quais são os sinais da segunda vinda de Cristo dentro da igreja e no mundo? Como devem nos preparar para Sua volta em breve?

III. Eventos finais: A ressurreição dos santos

No trauma da morte, os cristãos não devem entristecer-se “como os demais, que não têm esperança" (1Ts 4:13). Um Platão pode considerar a morte a libertação da dor e da corrupção da vida e a porta de entrada para uma nova vida. Um Sêneca pode emitir um chamado para a auto-disciplina em face da morte. Um hindu pode ver na morte a possibilidade de reencarnações infinitas. Mas não o cristão. Para ele, a dor deve ser colocada dentro da perspectiva da esperança cristã, e essa esperança está ancorada na certeza de que "os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1Ts 4:16). Aí está a resposta do cristão e o conforto para o problema da morte.

Mas quando é que os mortos em Cristo vão ressuscitar? A resposta de Paulo é clara: "Porquanto o Senhor mesmo [...] descerá dos céus. [...] e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1Ts 4:16, 17). A palavra grega para "encontro", apanteesin, está carregada com poder e importância, dando a ideia do retorno de um herói conquistador. O herói de todos os séculos, o Rei dos reis, o Soberano do Universo está voltando, e Seus súditos irão encontrá-Lo no ar. Jesus, o Soberano do cosmos, o Senhor do céu e da Terra, está chegando para buscar os Seus. Essa é nossa "bendita esperança" (Tt 2:13).

Pense nisto: Com base na autoridade das Escrituras, qual é a compreensão bíblica de quando os mortos em Cristo ressuscitarão? Como o conhecimento da palavra grega traduzida como "encontro", em 1 Tessalonicenses 4:16, 17 reforça nossa compreensão do que acontece na segunda vinda?




Aplicação

Só para o professor: A lição de hoje traz muitas áreas de verdade, peculiares aos adventistas do sétimo dia. Na apresentação da lição, certifique-se de enfatizar essas áreas exclusivas dos eventos dos últimos dias.

Perguntas de aplicação

1. Por que a nossa fé será vã se a segunda vinda não for real?

2. O que a segunda vinda significa para você pessoalmente? Você consegue se lembrar de uma experiência em que encontrou uma bênção nessa doutrina?

Criatividade

Só para o professor: Procure fazer com que a classe entenda que sem a segunda vinda de Cristo, a primeira vinda não tem nenhum significado, no que se refere à vitória final sobre o mal e a morte. A cruz assegura a vitória sobre o maligno. Foi pela cruz e a ressurreição que a batalha decisiva foi vencida.

Atividade. Peça que diversos alunos leiam em voz alta as seguintes passagens e digam o que o texto significa para eles: Romanos 13:13; 1 Coríntios 11:26; 15:54, 55; Filipenses 3:20, 21; 1 Tessalonicenses 5:6; 1 Pedro 1:3, 5; 4:7; 2 Pedro 3:12.

Comentário Nº 12 – As últimas coisas: Jesus e os salvos

Felippe Amorim Professor de História, Ensino Básico Iaene e Graduando em Teologia, Salt-Iaene, 2012 /// Otoniel de Lima Ferreira D.Min. Professor de Evangelismo e Crescimento de Igreja Salt-Iaene

O santuário celestial 

No plano da redenção, a morte e ressurreição de Cristo são os eventos mais importantes. Foi no monte Calvário que o problema do pecado foi definitivamente resolvido. Tendo o sangue expiatório de Jesus sido derramado sobre aquele madeiro, a justiça de Deus foi satisfeita e os seres humanos poderiam desfrutar novamente da vida eterna.

Porém, a justiça de Cristo e Seus méritos precisam ser aplicados a cada pecador arrependido. Por isso Jesus Se dirigiu para o santuário celestial após a ressurreição. Lá, Ele faz o trabalho de intercessor em favor de cada pecador que aceitar Seu sacrifício.

Para entender o trabalho de Cristo no santuário celestial é necessário entender primeiro os rituais do santuário do Antigo Testamento. Todos os dias eram sacrificados animais que apontavam para a morte do Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo (Jo 1:29).

Na Bíblia não encontramos uma explicação para a origem do sistema sacrifical. A primeira vez que ele aparece (Gn 4:2-5) já acontece como se fosse bastante conhecido dos homens.

Muitos personagens bíblicos fizeram sacrifícios. Caim e Abel (Gn 4:3), Noé (Gn 8:20), Abraão (Gn 22) e muitos outros. Portanto, a ideia de um substituto para o pecado do homem é tão antiga quanto o próprio homem.

No pátio do santuário havia um altar de sacrifícios, ao lado de uma bacia de bronze que era utilizada para que os sacerdotes lavassem as mãos. No lugar santo havia uma mesa sobre a qual ficavam doze pães. Em frente à mesa ficava o candelabro de ouro. Ainda no lugar santo ficava o altar de incenso, diante do véu do santíssimo.  No lugar santíssimo ficava a arca da aliança, dentro da qual estavam as tábuas dos dez mandamentos. Sobre a arca havia o propiciatório.

À medida que os sacrifícios eram feitos no pátio, o santuário ficava impuro e uma vez por ano o sumo sacerdote entrava em todos os compartimentos do santuário para fazer sua purificação.

Todo esse ritual era uma figura que apontava para o santuário real que existia (e existe) no Céu. Diz o autor de Hebreus sobre Jesus: “Ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem (Hb 8:2).

O livro de Hebreus apresenta diversas evidências da existência do santuário celestial. Encontramos, por exemplo, que o santuário é um lugar real e que Cristo entrou nele após Sua ascensão (Hb 4:14-16; 6:19-20; 9:24; 10:12) e lá está realizando uma obra sacerdotal (7:27).

“Seguindo os ensinos do Antigo Testamento, Hebreus defende a existência de um santuário real no Céu. As passagens que parecem sugerir uma interpretação metafórica do santuário celestial, quando examinadas mais detidamente, apoiam uma interpretação literal” (Tratado de Teologia Adventista, p. 436).

O que está acontecendo no santuário celestial desde 22/10/1844, de acordo com a profecia de Daniel 8:14, é o grande dia da expiação, que é o antítipo do dia da expiação no santuário terrestre. Jesus está, portanto, está diante do Pai, intercedendo em favor de cada um de nós.

A segunda vinda de Cristo
Quando Cristo terminar Seu ministério sumo sacerdotal no santuário celestial, voltará finalmente para buscar todos aqueles que aceitaram Seu sacrifício expiatório. Essa é a grande promessa da Bíblia, apresentada em João 14: 1-3.

Existem muitos motivos para ser cristão: A tradição da família, os princípios cristãos que nos ajudam a viver em paz neste mundo conturbado, o hábito e outros motivos que nos levam a frequentar a igreja. A despeito de todos os motivos acima mencionados, nenhum é mais importante para justificar a vida cristã do que a esperança da volta de Jesus.

As palavras de João 14:1-3  foram proferidas por Jesus aos Seus discípulos quando eles estavam angustiados pela iminência da separação de seu Mestre. Eles ainda não compreendiam muito bem as palavras de Jesus a respeito dos acontecimentos que em breve ocorreriam e ficaram amedrontados ao pensar que teriam que continuar o trabalho sem seu Senhor.

Nesse contexto, Jesus fez a mais linda e importante promessa da Bíblia: A Sua segunda vinda. É a mais importante promessa das Escrituras, primeiramente porque é o motivo da nossa jornada cristã. A existência de escolas, hospitais e igrejas adventistas só se justifica se o pano de fundo for a esperança da volta de Jesus. Se essas instituições perderem esse foco, perderão também o razão de existir.

Outro motivo que torna a promessa de João 14:1-3 o mais importante tema da Bíblia é que esta é a única e realmente eficiente solução para os problemas do mundo. Por mais que tenhamos estratégias para combater a violência, a destruição do meio ambiente, a corrupção e outros problemas que têm afetado cada um de nós, nenhuma delas é absoluta. Somente a vinda de Jesus dará a solução final para os problemas da humanidade.

O primeiro grande ensinamento dessa promessa é que crer é o segredo para a tranquilidade. Os discípulos estavam com o coração agitado, cheios de perguntas sem respostas, cheios de medos e incertezas. Assim como, às vezes, acontece conosco hoje, eles não conseguiam viver com tranquilidade. Jesus, então, lhes deu a receita infalível para uma vida de paz: “credes em Deus, crede também em Mim”. A fé, a entrega de nossa vida a Deus em atitude de completa confiança, é a única maneira de vivermos em paz em meio às tempestades. A primeira parte da promessa garante que podemos viver um vislumbre do Céu na Terra quando cremos no Senhor.

O Salvador continuou Sua preciosa promessa falando do lugar para o qual iremos. A expressão usada é muito interessante. Ele disse que na “casa do Pai” há muitas moradas e que iria preparar um lugar para nós. No Céu não haverá pessoas que morarão mais próximas do trono de Deus e outras mais distantes. Não haverá periferia no Céu. Todos moraremos na mesma casa, sem distinção, sem classificação, todos teremos um quarto dentro da casa do Pai.

Existe, porém, a parte central da promessa. Jesus disse: “Voltarei”. Todas as palavras de Jesus não teriam sentido se não existisse essa parte. Só podemos viver tranquilos e sonhando com a casa do Pai porque Jesus prometeu voltar. Essa é a maior e mais importante doutrina Bíblica e, consequentemente, motivo maior da existência da Igreja Adventista do Sétimo Dia.. O nome nosso já diz isso: Somos adventistas.

Essa esperança moveu os nossos pioneiros. O ano de 1844 é, sem dúvida, um marco na nossa história. Naquele ano, milhares de pessoas aguardaram a vinda de Jesus para o dia 22 de outubro. A vontade de ver o Senhor era tão grande que para eles não havia assunto mais importante do que esse. Em qualquer momento e para qualquer pessoa eles falavam sobre esse evento.

Nos meses que antecederam a data marcada, os adventistas milleritas venderam tudo o que tinham e investiram na pregação sobre a vinda de Jesus. O evento era prioridade para eles, portanto, não mediam esforços para proclamá-lo.

O dia 22 de outubro de 1844 chegou e com ele uma alegria que não cabia no coração. Era o dia do encontro com o Salvador. O líder do movimento, Guilherme Miller, havia trabalhado arduamente para pregar a mensagem da vinda de Cristo e muitas pessoas também desejavam ver Jesus nas nuvens dos céus. O dia passou, a noite chegou e Jesus não veio. Ocorreu um grande desapontamento.

Não seria diferente para Miller, era a segunda vez que ele se decepcionava. Muitos zombaram dele e sua vida se tornou dolorosa. Mas, em vez de desanimar, ele afirmou que tinha uma nova data para a vinda do Senhor. Ele disse que aguardaria Jesus para “hoje, hoje e hoje, até que Ele [viesse]”. Que fé!

Mais de 160 anos já se passaram desde aqueles dias e, infelizmente, alguns adventistas do sétimo dia não mais têm acesa em seu coração a chama da crença na vinda de Jesus. Vivem como se não tivessem essa esperança. Não falam, não sonham e não se preparam para esse evento. Parece que este mundo está bom demais para que desejem sair dele.

Não existe real motivo para a vida cristã se não arder em nosso coração o anseio pela vinda de Jesus. Parece estar demorando, mas o tempo é de Deus, não nosso. Nossa preocupação deve estar na nossa condição. O “quando” é de Deus. Precisamos voltar a ter a chama da fé na vinda de Jesus em nosso coração. Não podemos nos deixar abater por causa do tempo. Devemos fazer como Guilherme Miller: aguardar Jesus para “hoje, hoje e hoje, até que Ele venha”. A chama não pode se apagar!

Ellen White faz um alerta sobre esse assunto: “Por que a doutrina e pregação da segunda vinda de Cristo foram tão mal recebidas pelas igrejas? Enquanto que, para os ímpios, o advento do Senhor traz miséria e desolação, para os justos está repleto de alegria e esperança. [...] Foi o compassivo Salvador que, antecipando-Se aos sentimentos de solidão e tristeza de Seus seguidores, incumbiu anjos de confortá-los com a certeza de que Ele viria outra vez, em pessoa, assim como foi para o Céu. [...] Não se regozijavam porque Jesus deles Se houvesse separado, e tivessem sido deixados a lutar com as provações e tentações do mundo, mas pela certeza dada pelo anjo de que Ele viria outra vez.

“A proclamação da vinda de Cristo deveria ser agora, como quando foi feita pelos anjos aos pastores de Belém: boas-novas de grande alegria. Os que realmente amam o Salvador saúdam com alegria o anúncio da Palavra de Deus, de que Aquele em quem se centralizam as esperanças de vida eterna, virá outra vez, não para ser insultado, desprezado e rejeitado, como se deu no primeiro advento, mas com poder e glória, para remir Seu povo. Os que não amam o Salvador é que não desejam Sua vinda. E não poderá haver prova mais conclusiva de que as igrejas se afastaram de Deus do que a irritação e a animosidade despertada por esta mensagem enviada pelo Céu” (Cristo em Seu Santuário, p. 63).

Morte e ressurreição

No mundo há muita controvérsia a respeito da morte. A doutrina espírita tem invadido cada vez mais o pensamento ocidental. A imortalidade da alma foi a primeira mentira dita neste planeta. Por meio da serpente, Satanás disse para Eva: “Certamente não morrereis” (Gn 3:4). Essa filosofia aos poucos invadiu o mundo religioso e tem entrado com muita força no mundo cristão. Muitas das grandes denominações religiosas do cristianismo já defendem a imortalidade da alma.

A doutrina espírita dispensa a necessidade humana de um salvador, pois por si mesma a alma humana vai reencarnando até chegar ao ponto da perfeição. Quanto mais a doutrina espírita afetar a igreja cristã, mais distante de Jesus estarão aqueles que assim acreditam.

O espiritismo está muito difundido no mundo. Quase todos os filmes produzidos pela indústria cinematográfica têm algum elemento de espiritismo. Os desenhos animados há muito tempo deixaram de ser inocentes entretenimentos. Hoje, eles servem como um dos maiores formadores de futuros espíritas, ao colocarem as crianças em contato com a doutrina da vida após a morte de uma forma bem “divertida”.

“[...] A Palavra de Deus declara que os mortos não sabem coisa nenhuma; até seu ódio e seu amor já pereceram. Temos de recorrer à segura palavra da profecia como nossa fonte de autoridade. A menos que sejamos versados nas Escrituras, quando esse extraordinário poder satânico de realizar milagres for manifesto em nosso mundo, poderá acontecer de sermos enganados e atribuirmos a Deus os enganos! [...] Se Satanás conseguir fazer-nos crer que existem na Palavra de Deus porções não inspiradas, ele estará, então, preparado para enlaçar-nos. Não teremos segurança, nem certeza no momento mesmo em que precisarmos saber qual é a verdade” (Review and Herald, 18 de dezembro de 1888).

A Bíblia é clara a respeito do estado dos mortos. Eclesiastes 9:5 é apenas um dos diversos textos que falam a respeito da mortalidade da alma. Do ponto de vista bíblico, portanto, a verdade de Deus é que todos os que morrem estão em um estado semelhante ao de um sono profundo, esperando o dia da ressurreição, “os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5 29).

Ellen White descreve o momento da ressurreição dos justos: “O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus se enrolam como um pergaminho, a Terra treme diante dEle e todas as montanhas e ilhas se movem de seu lugar. [...]

"[...] a voz do Filho de Deus chama os santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e, levantando as mãos para o céu, brada: ‘Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!’ Por todo o comprimento e largura da Terra, os mortos ouvirão aquela voz, e os que ouvirem viverão. E a Terra inteira ressoará com o passar do exército extraordinariamente grande de toda nação, tribo, língua e povo. Do cárcere da morte eles vêm revestidos de glória imortal, clamando: ‘Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?’ (1Co 15:55). E os vivos justos e os santos ressuscitados unem as vozes em prolongada e jubilosa aclamação de vitória.

“Todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram. [...] Todos, porém, surgem com a vivacidade e o vigor de eterna juventude. [...] As formas mortais, corruptíveis, destituídas de vigor, poluídas pelo pecado, se tornam perfeitas, belas e imortais. Todos os defeitos e deformidades são deixados no túmulo. [...]

“Os justos vivos são transformados ‘num momento, num abrir e fechar de olhos’. À voz de Deus eles foram glorificados; então se tornam imortais e, com os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares. Os anjos ‘ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus’ (Mt 24:31) [...] Amigos há muito separados pela morte se reúnem para nunca mais se separarem e, com cânticos de alegria, ascendem juntamente para a cidade de Deus” (O Grande Conflito, p. 641, 642, 644 e 645).

Que esse dia chegue logo e todos nós estejamos preparados!

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