sábado, 1 de dezembro de 2012

ES - Lição 10 - A lei e o evangelho – 4º Trim, 2012








Lição 10 de 1 a 8 de dezembro


A lei e o evangelho






Sábado à tarde
Ano Bíblico: Gl 4–6

VERSO PARA MEMORIZAR: “Ora, sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos. Aquele que diz: Eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade” (1Jo 2:3, 4).


Pensamento-chave: A lei moral de Deus revela nosso pecado e, assim, nossa necessidade de um Salvador. A lei e o evangelho são, portanto, inseparáveis.

A lei e o caráter de Deus são centrais no grande conflito e, quando a batalha finalmente acabar, a lei e o caráter de Deus serão vindicados perante o Universo expectante. Até lá, o conflito será travado, e, como seres humanos, terminaremos de um lado ou de outro, e o lado que escolhermos determinará o mestre que seguiremos. Nas palavras de Bob Dylan, “Você terá que servir a alguém. Bem, pode ser o diabo ou pode ser o Senhor. Mas você terá que servir a alguém.”

Os que decidem servir ao Senhor, o fazem por amor e apreciação pelo que Cristo fez por eles. Tendo sido sepultados com Cristo pelo batismo na Sua morte, eles sabem que o corpo do pecado foi destruído, de modo que eles não precisam mais servir ao seu antigo mestre, o pecado, mas agora receberam a liberdade para obedecer a Deus e à Sua lei.

Na lição desta semana, estudaremos a natureza da lei, sua finalidade e sua relação com as boas-novas da graça salvadora de Deus. Pois, corretamente entendida, a lei de Deus ajuda a revelar justamente o que a graça de Deus nos ofereceu em Cristo.

Domingo
Ano Bíblico: Ef 1–3

Leis e normas divinas

A palavra hebraica torá é usada frequentemente no Antigo Testamento e é, muitas vezes, traduzida como lei. O Novo Testamento usa a palavra grega nomos (lei) para traduzir torá, que significa “direção” ou “orientação”. Visto que a Bíblia é um registro do relacionamento de Deus com os seres humanos, a lei na Bíblia geralmente se refere a todas as instruções de Deus para Seu povo. Sendo que Deus é bom e justo, guia e instrui Seu povo em bondade e justiça, com razão supomos que a lei revela Sua bondade e justiça. Ou, como gostamos de dizer, a lei é um reflexo do caráter de Deus.

1. O que a Bíblia nos diz sobre a lei e, em última instância, sobre Deus? Sl 19:7, 8; Rm 7:12; Sl 119:151, 152, 172

Foi por meio da Bíblia que Deus Se revelou explicitamente para a humanidade. Quando lemos o texto sagrado, deparamo-nos com uma abundância de materiais que são, basicamente, orientações ou instruções que abrangem muitos aspectos da vida humana: moral, ética, saúde, sexualidade, alimentação, trabalho, etc. Algumas dessas instruções são claramente universais, enquanto outras parecem ser mais limitadas no tempo e no espaço. Mas visto que todas são instruções de Deus (torá), muito cuidado é necessário no desenvolvimento de princípios que nos ajudem a entender o que é universal e o que é limitado. Os adventistas do sétimo dia e muitos outros grupos cristãos geralmente fazem uma distinção entre as leis “cerimoniais” (regulamentos que ensinam o plano da salvação por meio de símbolos e práticas rituais), “leis civis” (instruções relativas à vida comunitária do antigo Israel), e leis “morais” (instruções acerca do padrão divino de conduta para a humanidade).

O livro de Levítico apresenta grande quantidade de leis cerimoniais, especialmente no que diz respeito ao serviço do santuário e seus rituais. A natureza das leis civis e o princípio da justiça subjacente a elas podem ser vistos, por exemplo, em 
Êxodo 23:1-9. Depois, há a lei moral, os Dez Mandamentos, ainda considerada pela maioria dos cristãos (pelo menos em teoria) como a lei de Deus para toda a humanidade.

Examine Êxodo 23:1-9. Que princípios morais universais podemos tirar do que foi dado especificamente ao antigo Israel?

Segunda
Ano Bíblico: Ef 4–6

A lei moral hoje

A maioria dos cristãos afirma que os Dez Mandamentos são o código moral universal de Deus. Esse conceito é visto, por exemplo, em várias batalhas legais nos Estados Unidos, nas quais os cristãos têm procurado colocar os Dez Mandamentos em vários lugares públicos, especialmente em escolas públicas. Anos atrás, o Alabama foi envolvido em uma batalha legal envolvendo um juiz estadual que se recusou a remover um monumento dos Dez Mandamentos de um tribunal, apesar das ordens para removê-lo, dadas por uma instância superior. Na mente de muitos, os Dez Mandamentos, longe de estar invalidados, permanecem sendo o padrão legal de Deus para a moralidade, e com boa razão. Para começar, embora o Decálogo (os Dez Mandamentos) tenham sido codificados no Sinai, o livro de Gênesis sugere que a maioria dos mandamentos era conhecida antes desse tempo.

2. O que a Bíblia diz sobre a existência da lei antes do Monte Sinai? Gn 35:1-4; 2:3; 4:8-11; 39:7-9; 44:8; 12:18

Por razões lógicas, não faz sentido que os Dez Mandamentos tenham sido simplesmente uma instituição judaica, destinada unicamente a um determinado povo em determinado tempo e lugar. Não é verdade que as questões morais, como furto, assassinato, adultério e idolatria são problemas universais, independentemente da cultura? Além disso, quando a Bíblia afirma, de modo muito claro, que o pecado é definido pela lei (Rm 7:7), a noção da anulação ou substituição da lei é uma posição incoerente para um cristão que crê na Bíblia.

3. O que o Novo Testamento nos diz sobre a perpetuidade da lei de Deus? Tg 2:11; 1Jo 2:3, 4

O texto de 1 João 5:3 diz que a obediência aos mandamentos de Deus é uma expressão do nosso amor por Ele. O que significa isso? Por que a obediência aos mandamentos é uma expressão desse amor?

Terça
Ano Bíblico: Filipenses

A lei e o evangelho

Embora muitos entendam que os Dez Mandamentos continuam sendo obrigatórios para os cristãos, o papel que eles desempenham no plano da salvação pode se tornar confuso. Se não somos salvos pela obediência à lei, então qual é o seu propósito?

4. Qual é o papel da lei na vida dos que são salvos pela graça?

A lei nunca foi planejada para ser meio de salvação. Por meio da obra do Espírito Santo, a lei cria no pecador a necessidade da graça (o evangelho) de Cristo. Ao apontar o que é certo, o que é bom, o que é verdade, os que ficam aquém desse padrão (e todos nós ficamos), percebem sua necessidade de salvação. Nesse sentido, a lei aponta para nossa necessidade do evangelho e da graça. Essa graça nos vem por Jesus. Mesmo no Antigo Testamento, a função da lei foi mostrar nossa necessidade de salvação. Ela nunca foi um meio de proporcionar essa salvação.

“Perguntar se a lei pode trazer salvação é fazer a pergunta errada, no que se refere ao ensino das Escrituras, no Antigo e no Novo Testamentos! A Bíblia nunca afirma, implica e nem mesmo sugere que esse em algum momento tenha sido o caso. [...]

“Outro erro é argumentar que o escritor de Hebreus (
10:1-4) tenha corrigido a lei, como se ela tivesse ensinado que ‘o sangue de touros e de bodes [pudesse] tirar pecados.’ ... Os sacrifícios eram figuras, tipos e modelos do único perfeito sacrifício que havia de vir” (Walter C. Kaiser, Five Views on Law and Gospel [Cinco Opiniões Sobre a Lei e o Evangelho]; Michigan, Zondervan, 1993, p. 394, 395).

Olhe ao redor o que a violação da lei de Deus causou à humanidade. Sua vida foi afetada pela transgressão da lei de Deus? O que sua resposta diz sobre a relevância da lei ainda hoje?

Quarta
Ano Bíblico: Colossenses

O sábado e a lei

Como vimos na lição de segunda-feira, muitos cristãos ainda acreditam no caráter obrigatório da lei de Deus. Enquanto aceitarmos a realidade do pecado, será difícil ver como alguém poderia acreditar em algo diferente.

No entanto, como sabemos muito bem, a questão do dever cristão para com a lei repentinamente fica muito sombria, quando surge a questão da obediência ao quarto mandamento, especificamente no que diz respeito ao sétimo dia. Na verdade, a ironia é que o juiz que se envolveu em dificuldades por sua insistência em colocar o monumento dos Dez Mandamentos num tribunal do Alabama, estava transgredindo essa lei porque, por mais rigoroso que ele fosse na guarda do domingo, não estava guardando o mandamento bíblico de descansar no sétimo dia. Se aceitarmos o que a Bíblia diz, de acordo com Tiago, “qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tg 2:10). Portanto, o juiz era culpado de violar todos os preceitos da lei que ele insistia em deixar no tribunal!

Êxodo 20:9, 10 explica o mandamento do sábado. O texto é cuidadoso em salientar quando ocorre o sábado (no sétimo dia), e como ele deve ser observado (cessação do trabalho regular de todos sob o mesmo abrigo) a fim de que sua santidade seja mantida. “O sábado não é retratado como um dia de recuperação dos muito fracos para continuar trabalhando dia após dia, sem descanso, mas como uma parada boa para todos, com o objetivo de focalizar novamente a santidade (todas as preocupações que decorrem de pertencer a Deus: isso é a essência da santidade), a fim de desfrutar as bênçãos de Deus para esse dia, e o seu potencial” (Douglas K. Stuart, The New American Commentary, Êxodo, v. 2; Broadman & Holman Publishers, 2006, p. 460).

5. O potencial espiritual do sábado está incorporado no que ele simboliza. Qual é o significado espiritual do sábado? Como sua experiência com o sábado o ajudou a apreciar melhor esse significado? Êx 20:11; Dt 5:15; Êx 31:13; Ez 20:20; Hb 4:3-9

Quinta
Ano Bíblico: 1 Tessalonicenses

O sábado e o evangelho

Na última pergunta da lição de ontem, examinamos tanto Êxodo 20:11, 12 quanto Deuteronômio 5:15. O que vemos ali é o sábado apontando duas ideias: criação e redenção, dois conceitos muito fortemente ligados na Bíblia. Deus não é somente nosso criador, mas também nosso redentor. Essas duas importantes verdades espirituais se tornam claras a cada semana, a cada sétimo dia, quando descansamos no sábado, “segundo o mandamento” (Lc 23:56), assim como fizeram “as mulheres que tinham vindo da Galileia com Jesus” (Lc 23:55).

6. Qual é a ligação entre a função de Jesus como criador e Seu papel como redentor? Cl 1:14-16; Jo 1:1-14

Visto que a lei divina é tão sagrada quanto o próprio Deus, unicamente um Ser igual a Deus poderia fazer expiação por sua transgressão. Ninguém, a não ser Cristo, poderia redimir da maldição da lei o homem decaído, e levá-lo novamente à harmonia com o Céu (Ellen G. White, A Maravilhosa Graça de Deus [Meditações Matinais, 1974], p. 40). Apenas como Criador, como Alguém igual a Deus e como Aquele que tinha feito “todas as coisas” (Jo 1:3), Jesus poderia ser o redentor da humanidade caída.

Ao apontar Cristo como nosso criador e redentor, o sábado é um poderoso símbolo do evangelho da graça. Na verdade, nosso descanso no sábado revela que nós, de fato, não somos salvos pelas obras da lei, mas pelo que Cristo fez por nós. Assim, o descanso do sábado se torna um símbolo do descanso que temos em Jesus (Hb 4:3-9).

Salvação também é restauração, recriação, um processo que não apenas começa agora, quando aceitamos Jesus (
2Co 5:17; Gl 6:15), mas que culmina com a recriação dos céus e da Terra (Is 65:17; Ap 21:5). Esses versos mostram ainda mais claramente como a criação e a redenção estão ligadas, e essas duas verdades fundamentais são incorporadas no mandamento do sábado.

Uma coisa é dizer que você é guardador sábado, e até mesmo descansar no sábado. Os escribas e fariseus faziam isso. Mas outra coisa é experimentar a plenitude e riqueza do sábado. Como você tem guardado o sábado? O que você poderia fazer para aproveitar mais as bênçãos físicas e espirituais oferecidas nesse dia?

Sexta
Ano Bíblico: 2 Tessalonicenses

Estudo adicional

Leia de Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 440-488: “Apelo à Igreja”; O Grande Conflito, p. 433-450: “A Imutável Lei de Deus”.

“Deus gostaria que compreendêssemos que Ele tem direito à mente, alma, corpo e espírito - a tudo que possuímos. Somos Seus pela criação e pela redenção. Como nosso Criador, Ele requer nosso inteiro serviço. Como nosso Redentor, tem uma reivindicação tanto de amor como de direito - uma reivindicação de amor sem paralelo. ... Nosso corpo, nossa alma, nossa vida, Lhe pertencem, não apenas porque são livre dom de Sua parte, mas porque Ele nos supre constantemente com Seus benefícios e nos dá força para usarmos nossas faculdades. ...” (A Maravilhosa Graça de Deus [Meditações Matinais, 1974], p. 243).

“A todos quantos recebem o sábado como sinal do poder criador e redentor de Cristo, ele será um deleite. Vendo nele Cristo, nEle se deleitam. O sábado lhes aponta as obras da criação, como testemunho de Seu grande poder em redimir. Ao passo que evoca a perdida paz edênica, fala da paz restaurada por meio do Salvador. E tudo na natureza repete o Seu convite: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei” (Mt 11:28, RC; 
O Desejado de Todas as Nações, p. 289).

Perguntas para reflexão

1. 
Jeremias 31:33 diz: “Esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as Minhas leis, também no coração lhas inscreverei; Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo.” Alguns tentam usar esse texto para mostrar que a lei (ou, realmente, o sábado do sétimo dia) foi revogada sob a nova aliança. O que há de errado com essa linha de raciocínio? De fato, de que modo esse texto reforça a posição adventista do sétimo dia a respeito da lei, incluindo o sábado?

2. Visto que acreditamos que a lei, incluindo o sábado, deve ser guardada, por que devemos ter cuidado para não cair na armadilha do legalismo? Pergunte aos alunos o que é legalismo e como podemos evitá-lo.

3. Pense no papel da lei no grande conflito. Por que, em seu ataque à lei de Deus, Satanás decidiu combater o mandamento do sábado de modo especial? Por que essa foi uma estratégia “brilhante” de sua parte?

Respostas sugestivas: 1. A lei é perfeita, fiel, justa, pura, santa, boa, verdadeira e eterna. 2. Jacó mostrou que a idolatria é pecado; o sábado foi santificado na criação; o homicídio foi condenado; José declarou que o adultério é pecado; os irmãos de José sabiam que furtar é pecado; Faraó indicou que mentir é errado. 3. É importante guardar todos os mandamentos da lei; a obediência à lei é uma evidência de que conhecemos a Cristo; dizer que conhece a Cristo e não guardar os mandamentos é ser mentiroso. 4. A lei nos faz conhecer o pecado e nos mostra o caminho da vida. 5. O sábado é um memorial da criação e nos lembra de que temos um Criador; é um sinal da libertação do pecado e de que o Senhor nos santifica; o sábado significa descanso espiritual em Cristo. 6. Jesus tem poder para criar e somente Ele tem poder e autoridade para recriar, por meio do plano da redenção; nossa origem dependeu da criação e nosso futuro depende da redenção.
Resumo da lição 10 – A lei e o evangelho


ESCOLA SABATINA






Resumo da Lição


Texto-chave: 1 João 2: 3, 4

O aluno deverá:

Saber:
 Comparar e contrastar os papéis da lei e do evangelho no grande conflito.
Sentir: Reverência pelo irresistível dom da vida, oferecido pelo Criador para benefício do pecador, em resposta às justas reivindicações da lei.
Fazer: Descansar do trabalho no sábado, em reconhecimento do trabalho do Criador, tanto na criação como na redenção da humanidade.

Esboço do aprendizado

I. Conhecer: Legislador e Salvador

A. Que importante papel desempenha a lei na salvação?

B. O que o evangelho provê e que é impossível à lei?

C. Quanto custou ao Criador o atendimento às exigências de uma lei justa?

II. Sentir: Dom da vida

A. Como você se sente ao perceber a impossibilidade de cumprir as exigências de uma lei que é tão justa quanto o próprio Deus?

B. Como você se sente ao saber que as exigências foram atendidas pelo próprio Criador, ao depor a vida a fim de tomar a pena de morte que os pecadores merecem?

III. Fazer: Descanso sabático

A. Como a guarda do sábado honra a criação, a redenção e a nova Terra?

B. Como o ato de guardar o sábado (e outras leis) honra o Criador da Lei?

Resumo: A lei ensina a necessidade de um Salvador porque é impossível atendermos às demandas dos exigentes reclamos da lei para obter a salvação.

Ciclo do aprendizado

MOTIVAÇÃO

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Normalmente, não costumamos relacionar as palavras lei e obediência com amor e comunhão. No entanto, a palavra coração as reúne como o ponto em que Deus e Seus filhos se encontram na plena expressão de todas essas palavras.

Só para o professor: Nesta seção, queremos introduzir os conceitos de lei e obediência, com idéias práticas sobre como a lei diz respeito à vida pessoal. Também queremos ter certeza de refletir sobre o Deus que deu a lei.

Discussão de abertura: A lição desta semana examina o tema "A Lei e o Evangelho", estabelecendo não só a necessidade da lei moral como um todo, mas também enfatizando sua relação com a graça de Deus, tal como foi estendida por meio de Jesus Cristo.

Perguntas para reflexão

Como você descreveria um cidadão cumpridor da lei?

Você conhece alguém que reflete bem a lei de Deus? Se assim for, que características essa pessoa apresenta?

O que a lei de Deus revela sobre Ele?

Compreensão

Só para o professor: O objetivo desta seção é aprofundar os conceitos de lei, amor e obediência.

Comentário Bíblico

I. Lei, coração e comunhão

O profeta Jeremias viveu numa época de contínua crise política e moral em Judá. Como profeta de Deus, vez após outra, ele apresentou mensagens de advertência, destruição e juízo, tanto a Judá como a Jerusalém.

Como escritor talentoso, com um brilhante dom poético, as profundas emoções de Jeremias são comunicadas de maneira a expressar o coração misericordioso de Deus, sempre chamando Seu povo a se afastar da idolatria e do abandono total de Sua lei.

Jeremias 31:31-34 é uma das passagens mais profundas das Escrituras, unindo o Antigo e o Novo Testamento com a introdução da expressão “nova aliança”.

É importante ler as palavras de Jeremias para sentir todo o seu impacto: “Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a Minha aliança, não obstante Eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as Minhas leis, também no coração lhas inscreverei; Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos Me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais Me lembrarei.”

Observe as frases profundamente relacionais nessa passagem: "[Eu] os tomei pela mão", "não obstante Eu os haver desposado", "no coração lhas inscreverei", e "Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo”. Todas essas frases comunicam tanto amor em ação como uma lei de amor que exprime a comunhão de tudo o que somos com o Deus que dá tudo o que é para nós.

Pense nisto: Observe também a intimidade do conhecimento e a generosidade da graça contida nas palavras finais dessa passagem. Que palavras em particular descrevem a intimidade que Deus deseja ter conosco? Que palavras retratam Sua generosidade para conosco? O que essas palavras, quando tomadas em conjunto, revelam sobre o caráter de Deus?

II. Obediência e conquista

(Leia 
1 João 5:3-5).

Como podemos pôr em prática a guarda dos mandamentos em nossa vida diária? Observe que 1 João 5:3-5 afirma:

"Amar a Deus significa obedecer aos Seus mandamentos, e esses Seus mandamentos não são pesados... Na verdade, nossa fé é a única maneira de o mundo ser conquistado. Pois quem poderia ter a ordem de conquistar o mundo... a não ser aquele que realmente crê que Jesus é o Filho de Deus?" (Phillips).

Observe a conexão entre a obediência, o amor e a crença. Jeremias estabelece o fato de que o amor está no centro da nova aliança. Nesta passagem, João afirma que o amor a Deus se expressa pela obediência aos Seus mandamentos. Observe seu comentário sobre esse processo: “E esses Seus mandamentos não são pesados". Por que João fez essa declaração e como esclareceu esse ponto de vista?

Observe as seguintes razões que ele expõe: O filho de Deus ama e obedece a Deus, portanto, sua fé e crença em Jesus Cristo o capacitam a vencer o mundo. Assim, o componente significativo da fé vitoriosa é a crença de que Jesus é o Filho único de Deus.

Nesse contexto, que pressupõe o amor a Deus Pai e amor a Deus Filho, a obediência aos mandamentos de Deus não é onerosa nem obrigatória. Ao contrário, o filho de Deus vive a realidade das palavras de Jesus: "Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve" (Mt 11:30).

Em resumo, não há dúvida de que o que cremos sobre Deus influencia e forma o nosso entendimento do amor. Esse entendimento, por sua vez, afeta nossa resposta à lei de Deus.

Pense nisto: Qual é a relação entre a lei e o amor nos escritos de João? Como isso se compara com os ensinos de Jeremias, estudados na seção anterior?

Aplicação

Só para o Professor: Contar histórias é um poderoso recurso que permite que os ouvintes descubram por si mesmos as ideias e implicações. Esse processo contém o potencial de permitir que a informação viaje a partir da cabeça ao coração, influenciando as ações. Você pode fazer uma cópia desta história parafraseada e pedir que diferentes membros da classe leiam em voz alta para o grupo.

Atividade: "Obediência Testada": uma versão de Daniel 3:1-30.

O grande e poderoso rei Nabucodonosor constrói e ergue uma enorme estátua de ouro, colocando-a na planície de Dura. Ele convida todos os líderes da elite e governadores para a cerimônia de dedicação.

Ao som de muitos instrumentos, todos os que estão reunidos para essa grande exibição são instruídos a se curvar e adorar a imagem de ouro. Aqueles que não o fizerem serão jogados em uma fornalha de fogo ardente.

Alguns jovens, chamados Sadraque, Mesaque e Abednego, se recusam a curvar-se. Eles sabem que a exposição do rei nada mais é do que um ídolo, e também sabem que, ajoelhando-se e adorando-a, estariam indo contra o mandamento de Deus, em 
Êxodo 20:4, 5: "Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto”.

Os astrólogos bajuladores do rei ​​mal puderam se conter para sair correndo e contar ao rei. Eles o informaram da violação do mandamento do rei, declarando: "Sadraque, Mesaque e Abede-nego... não te dão ouvidos, ó rei. Não prestam culto aos teus deuses nem adoram a imagem de ouro que mandaste erguer"(NVI).

A ira de Nabucodonosor ardeu como o calor da fornalha. Ele convocou os três jovens e lhes perguntou por que eles se recusavam a cumprir seu mandamento de adorar a estátua, acrescentando: “Mas, se não a adorarem, serão imediatamente atirados numa fornalha em chamas. E que deus poderá livrá-los das minhas mãos?” (NVI).

De pé diante do rei, eles responderam: "Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e Ele nos livrará das tuas mãos, ó rei. Mas, se Ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer" (NVI).

Como se poderia esquecer o que aconteceu? O rei os lançou na fornalha ardente; no entanto, sua fidelidade foi recompensada, e Deus Se uniu a eles ali.

Nabucodonosor ficou impressionado, declarando: "Louvado seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o Seu anjo e livrou os Seus servos! Eles confiaram nEle, desafiaram a ordem do rei, preferindo abrir mão de sua vida a prestar culto e adorar a outro deus que não fosse o seu próprio Deus" (v. 28, NVI). E então, ele os promoveu!

Sadraque, Mesaque e Abednego demonstram a verdade das palavras de Jeremias: "Na mente, lhes imprimirei as Minhas leis, também no coração lhas inscreverei; Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo" (
Jr 31:33).

Perguntas para reflexão

1. Onde você encontra os conceitos de lei, obediência e amor ligados nessa história?

2.Que implicações essa história pode ter para você em sua jornada espiritual?

Criatividade

Só para o professor: Por favor, forneça utensílios de escrita para este exercício, se possível. Como alternativa, comente e compartilhe as tradições abaixo.

Atividade: A lição desta semana também destacou o sábado e a lei. Mencione três tradições sabáticas que você pratica e que trazem alegria à lei do sábado. Por sua vez, peça que os membros de sua classe acrescentem outros itens à lista, compartilhando as tradições significativas da guarda do sábado à experiência deles. Como essas tradições expandiram a compreensão do amor de Deus por eles e aumentaram seu amor a Deus?



Comentários Lição 10 – A Lei e o Evangelho



Felippe Amorim
Professor de História, Ensino Básico Iaene e Graduando em Teologia, Salt-Iaene, 2012
Otoniel de Lima Ferreira
D.Min. Professor de Evangelismo e Crescimento de Igreja Salt-Iaene


Introdução

A graça é suficiente para me salvar ou preciso fazer algo? Se sou salvo pela graça, por que devo guardar a lei? Se Jesus é amor, Ele me condenará porque não cumpro a lei? Ainda devo cumprir a lei mesmo estando sob a graça?

Algumas pessoas ainda pensam que o evangelho, as boas novas de salvação em Cristo, anula a lei moral estabelecida pelo próprio Deus. Esse é um pensamento perigoso do ponto de vista espiritual.

Salvação somente pela graça

Um dos assuntos mais lindos na Bíblia é a graça. Ao longo de todo o Livro Sagrado encontramos evidências desse inexplicável e incompreensível amor que nos salva, apesar de nós mesmos.

A Bíblia apresenta o que devo fazer para ser salvo.O carcereiro perguntou a Paulo e Silas: “Senhores, que me é necessário fazer para me salvar? Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (At 16:30, 31). A condição humana pede um amor nas dimensões do amor de Deus, pois, “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23). Todos estamos na condição de pecadores e, portanto, perdidos. Nossa justiça não serve para nos garantir a salvação e por isso somos “justificados gratuitamente pela Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24). Que graça! Paulo completa: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei” (Rm 3:28; Ef 2:8, 9). Ninguém poderá chegar ao céu e dizer que se encontra lá por seus próprios méritos. Todos reconhecerão que estarão salvos em virtude do incrível amor de Deus (Jo 3:16).

Conta-se a história de um menino que morava nos EUA. Certo dia, ao passear com o pai por um parque da cidade, o menino viu um grande monumento que ficava no meio do parque. O menino puxou a calça de seu pai e disse: “Pai, quero comprar o monumento para mim!” Comovido pela inocência do garoto, o pai pediu que ele falasse com o policial que estava perto do objeto.

O menino se aproximou do policial e falou de sua intenção de comprar aquele grande objeto. Com um sorriso, o policial perguntou quanto o menino tinha no bolso. Depois de conferir, ele disse ao policial que tinha cinquenta centavos e perguntou se com aquele valor ele poderia comprar o monumento.

O policial perguntou se o garoto era americano e a resposta foi positiva. Então, ele pediu que o garoto guardasse seu dinheiro e disse: Este monumento não está à venda e nem todo o seu dinheiro o compraria. Mas por você ser americano, ele já é seu.

É assim com a salvação. Não está à venda, nem todo o nosso dinheiro a compraria, mas já pertence a todos aqueles que aceitam o sacrifício de Cristo.

A graça nos isenta da obediência à lei?

          
Muitos acreditam que a morte de Jesus na cruz(a mensagem do evangelho) nos isenta de cumprir a lei. Mas não é isso que a Bíblia ensina.

Somos salvos apenas pela graça, como vimos no tópico anterior, mas a graça de Cristo não anulou a lei de Deus.

A primeira coisa que precisamos é entender a função da lei. Em Romanos 7:7 lemos: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Contudo, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”. A função da lei nunca foi salvar. Como lemos anteriormente, a lei serve para indicar o pecado. A ilustração do espelho é muito útil. Quando nos olhamos em um espelho e detectamos sujeira em nosso rosto, não apelamos para que o espelho nos limpe. Vamos até a água para nos lavar. A lei é como o espelho: ao olharmos para ela vemos onde estamos errados, mas somente Jesus, a água da vida, pode nos limpar do nosso pecado.

Somente esse versículo já seria o bastante para que concluíssemos que a lei não foi abolida. Mas pode ser que ainda reste um pensamento de que a graça de Deus nos livra das obrigações da lei. Por isso leremos Romanos 6:1,2,14 e 15: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?[...] Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Pois quê? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum”. É útil neste momento definirmos pecado: “todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é transgressão da lei” (1Jo 3:4).

Podemos concluir que a lei de Deus não foi anulada pela morte de Jesus. Ainda temos a obrigação de observá-la.

Infelizmente, alguns cristãos estão confundindo o pecado acidental (presente na vida do cristão convertido) com o pecado por rebelião. A graça de Cristo é suficiente para perdoar o pecado acidental. Mas Deus reprova e condena o pecador consciente, ou seja, aquele que pratica o pecado por escolha.

Deus fala sobre filhos rebeldes em Isaías 30: 1, 8 “Ai dos filhos rebeldes [...], filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do Senhor”. O Novo Testamento confirma a aversão de Deus ao pecado consciente. O autor de Hebreus diz no capítulo 10:12: “Se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados”. Não há respaldo bíblico para transgredirmos a lei de Deus com base na graça de Cristo.

O fato é que uma grande parte dos cristãos não têm problema com 9 dos 10 mandamentos. Dificilmente veremos alguém defendendo o furto, o adultério ou a desonra a pai e mãe. O mandamento que incomoda é o quarto, o sábado. Por isso não podemos encerrar esta sessão sem citarmos Tiago 2:10: “Qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos”. Portanto, mesmo após a morte de Cristo, ainda é vontade de Deus que guardemos todos os seus mandamentos.

O Sábado

Antes de entrarmos efetivamente no estudo a respeito do sábado, será útil vermos todas as passagens bíblicas que do primeiro dia da semana (o domingo): Mateus 28:1, Marcos 16:1, 2 e 9, Lucas 24:1, João 20:1, 19, Atos 20:7, 8 e 1 Coríntios 16:1, 2. Nenhum desses textos  diz que o primeiro dia da semana deve ser santificado, ou mesmo que houve a transferência do sábado para o domingo.

Certamente, se Jesus tivesse que mudar algum dos Seus mandamentos, escritos pelo Seu próprio dedo, Ele teria avisado em Sua Palavra, mas Ele não o fez. Apenas a Bíblia tem autoridade para estabelecer doutrinas. Se a Bíblia não pede a santificação do domingo, por que deveríamos santificá-lo?

O sábado ao longo da Bíblia:

O sábado foi estabelecido na criação. Em Gênesis 2:1-3, Deus o estabeleceu como memorial da criação. Durante a caminhada do povo de Deus pelo deserto (Gn 16:4, 16-19) vemos mais uma confirmação de Deus sobre a santidade do sábado. O maná era mandado todos os dias para o povo de Israel, mas na sexta-feira eles deveriam colher em dobro, pois o outro dia seria sábado e nele não havia o maná.

Logo após, o Senhor ratificou Sua vontade na lei (Êxodo 20:8-11). Deus estabeleceu o sábado como um dos dez mandamentos (o quarto), escrevendo-o na lei com Seu dedo, representando assim a eternidade da lei.

No quarto mandamento encontramos respostas para algumas perguntas importantes: Qual é o atributo do sábado? Ele é santo, separado por Deus. Quantos dias devemos trabalhar?  Seis dias. A quem pertence o sábado? Ao Senhor Deus. Por que devemos guardar o sábado? “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra e no sétimo descansou”.

O próprio Deus santificou o sábado ao encerrar Sua criação no sexto dia e nos deu o exemplo ao descansar no sétimo. Quando o profeta Ezequiel falou a respeito do concerto de Deus com Seu povo, citou o sábado (Ez 20:12, 20). Nesses versos, vemos que o sábado seria um sinal entre Deus e Seu povo.

Alguns textos tomados fora do seu contexto podem nos levar a alguma confusão sobre esse assunto. Quando a Bíblia fala do sábado semanal e dos sábados cerimoniais há, para algumas pessoas, uma certa confusão.

Em adição aos sábados semanais (Lv 23:3) existiam sete sábados anuais, cerimoniais, distribuídos ao longo do calendário religioso israelita. Esses sábados da antiguidade não se achavam diretamente vinculados ao sábado do sétimo dia ou ao ciclo semanal. Tais sábados, "além dos sábados do Senhor" (Lv 23:38), eram o primeiro e o último dia da festa dos pães asmos, o dia do pentecostes, a festa das trombetas, o dia da expiação, e o primeiro e o último dia da festa dos tabernáculos (Lv 23: 7, 8, 21, 24, 25, 27, 28, 35, 36). Portanto, o sábado cerimonial não correspondia necessariamente ao sábado semanal. Quando isso acontecia era chamado de "grande dia" (Jo 19:31).

Os sábados cerimoniais foram cravados na cruz pela morte de Jesus, mas o sábado instituído na criação continuou. Ele não era cerimonial.

A Bíblia diz que Cristo foi o criador (1Co 8:6, Hb 1:1, 2; Jo 1:3). Assim, foi Cristo quem estabeleceu o sábado no Éden. O Salvador Se identificou como o grande EU SOU que falava com Moisés (Jo 8:58, Êx 3:14). Portanto, foi Jesus quem estabeleceu os dez mandamentos, inclusive o sábado.

Jesus Se autoafirmou como “Senhor do sábado” (Mc 2:28). Sendo assim, Ele tinha autoridade de anular o sábado, mas não o fez. Ao contrário, disse que “o sábado foi feito por causa do homem”(v. 27). Portanto, Jesus exemplificou a fiel observância do sábado. A Bíblia diz que era “Seu costume” adorar no sábado (Lc 4:16).

Jesus Se preocupava tanto com o sábado que, ao falar a respeito da perseguição que ocorreria após Sua ascensão, declarou: “ Orem para que a fuga de vocês não aconteça no inverno nem no sábado”(Mt 24:20, NVI). Isso mostra que, mesmo depois da ascensão de Jesus, os cristãos ainda tinham obrigações em relação ao sábado.

Ao terminar Sua obra criadora, Cristo descansou no Éden. Ao terminar sua obra redentora, Cristo também descansou no sábado. “Está consumado” (Jo 19:30), Ele disse. As Escrituras enfatizam que, quando Jesus morreu, "era o dia da preparação, e começava o sábado" (Lc 23: 54). O sábado é um memorial tanto da obra criadora, quanto da obra redentora de Jesus.

A mensagem do Evangelho deve nos levar à obediência
Imagine que você recebeu um presente muito grande e caro de alguém que não tinha obrigação nenhuma de presenteá-lo. Certamente, seu sentimento em relação à pessoa que o presenteou seria de muita gratidão.

O presente que recebemos de Jesus, a salvação, é maior do que qualquer presente que possamos receber. Nosso sentimento em relação a Ele é de amor. Dificilmente você ouvirá de um cristão que ele não ama Jesus.

Nosso amor cresce mais ainda quando meditamos no desprendido amor de Deus. “Deus dá prova do Seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”(Rm 5:8). Não tem como não amar Alguém que me ama tanto!

A Bíblia nos diz quais são os sinais existentes na vida de alguém que ama Jesus. Em João 14:15 Jesus nos diz: “Se vocês Me amam, obedecerão aos Meus mandamentos”.

Os cristãos gostam de se autodenominar “amigos de Jesus”. Todos queremos ser amigos do grande Mestre. Jesus estabeleceu as “regras” dessa amizade: “Vocês serão Meus amigos, se fizerem o que Eu lhes ordeno”(Jo 15:14).

Amar a Deus é mais que palavras. Amar a Deus envolve ação. “Se amamos a Deus e guardamos os Seus mandamentos” (1Jo 5:2, 3).

Imagine que um marido infiel foi descoberto por sua esposa, que depois de muito sofrimento resolveu perdoar o marido e aceitá-lo de volta. Esse marido perdoado, depois de pouco tempo voltou a trair sua esposa, crendo que seria perdoado novamente. Esse marido não entendeu o perdão da esposa. Ela não o perdoou para que ele continuasse no erro.

Quando Jesus nos perdoa, seu perdão deve nos levar a abandonar o pecado e buscar a fidelidade à Sua vontade. A graça de Cristo é suficiente para nos perdoar, mas, além disso, a graça nos dá poder para que deixemos as trevas e andemos na luz.



Fonte: Casa Publicadora Brasileira ( http://www.cpb.com.br/ )

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