NOVO TEMPO - Lições da Bíblia
Lição 1 de 29 de setembro
a 6 de outubro
O grande conflito:
fundamento de nossas crenças
Lição 1 de 29 de setembro a 6 de outubro
O grande conflito: fundamento de nossas crenças
Sábado à tarde
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Ano Bíblico: Zc 1–4
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VERSO PARA MEMORIZAR: “Porei inimizade entre ti e a mulher,
entre a tua descendência e o Seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu Lhe
ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).
Pensamento-chave: O tema do grande conflito é o conceito abrangente
que dá coesão às crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Dizem que “a necessidade é a mãe da invenção.” A palavra mãe, nesse
caso, significa “a fonte”, “a força motriz” e “o fundamento”. É a carência, a
necessidade de algo que move as pessoas à ação. Por exemplo, a necessidade de
um ar mais puro é a base, a força motriz por trás do movimento por outras
fontes de energia diferentes dos combustíveis fósseis.
Assim como ocorre com as invenções físicas, um sistema de crenças também precisa de uma base, um princípio que o explique.
Os adventistas do sétimo dia professam um corpo de 28 crenças fundamentais. Essas crenças têm o fundamento no conceito que chamamos de “grande conflito”. Cada uma das 28 crenças fundamentais aborda um aspecto específico desse conflito cósmico. As crenças que serão estudadas neste trimestre têm mais sentido contra o pano de fundo do tema do grande conflito. Nesta semana, consideraremos alguns dos pontos principais desse fundamento.
Ano Bíblico: Zc 5–8
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O conflito e seus atores
Ao longo de toda a história registrada, as pessoas têm percebido que a
humanidade está em um tipo de batalha, uma guerra, uma luta entre forças
inimigas.
O poeta T. S. Eliot escreveu: “Em todos os meus anos, uma coisa não muda./Por mais que você a disfarce, essa coisa não muda:/A perpétua luta entre o bem e o mal” (T. S. Eliot: The Complete Poems & Plays [T. S. Eliot: Peças de Teatro e Poemas Completos]; Nova York, San Diego, Londres; Harcourt Brace & Company, 1952, p. 98).
Embora essa compreensão seja comum, as pessoas têm visões radicalmente diferentes a respeito do significado do conflito, acerca de quem está envolvido, o que está em jogo e como ele vai acabar. No entanto, como adventistas do sétimo dia, temos uma perspectiva decididamente sobrenaturalista acerca dessa batalha, uma perspectiva que vem da nossa compreensão bíblica e da forma pela qual a Bíblia descreve o que chamamos de “grande conflito entre Cristo e Satanás”.
1. Quais são os atores
principais no conflito? Embora símbolos às vezes sejam utilizados para
descrever os atores, por que acreditamos que os poderes descritos são seres
reais, literais? O que aconteceria com todo o nosso sistema de crenças se
entendêssemos apenas de modo espiritual a realidade do grande conflito entre
Cristo e Satanás e nosso papel nele?
Gn 3:15; Ap 12:1-17
Não é incomum as pessoas usarem termos como diabo, anjos e até mesmo
Deus, quando querem falar de algo muito diferente do que aquelas palavras
normalmente significam. Por exemplo, há alguns cujo interesse no uso da palavra
“Deus” focaliza apenas a função que essa palavra desempenha na linguagem e
sociedade humanas. Elas não têm interesse em saber se “Deus”, de alguma forma,
existe.
Sejam quais forem os símbolos utilizados para descrevê-las, a Bíblia ensina que essas figuras são entidades reais, envolvidas em um conflito real. É assim que os adventistas do sétimo dia as entendem. A maioria das doutrinas estudadas neste trimestre não terão sentido se os atores identificados no conflito não forem considerados literalmente, o que muitas vezes nos coloca decididamente em conflito com a cultura dominante.
De fato, embora o secularismo tenha assumido diferentes contornos e formas ao longo dos últimos dois séculos, nada o caracteriza mais do que o esforço para eliminar toda a linguagem sobrenatural do discurso humano. Com o sucesso da ciência, a cultura contemporânea está testemunhando uma extinção gradual da crença no sobrenatural.
A cultura de sua região é fortemente afetada pela visão secular e
científica acerca do mundo? Você foi influenciado por essa visão? Contra que
aspectos dela especialmente devemos nos guardar?
Ano Bíblico: Zc 9–11
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A queda de Lúcifer
Embora a Bíblia não mencione explicitamente as questões envolvidas no
conflito entre Deus e Satanás, elas podem ser deduzidas a partir de algumas
passagens bíblicas relacionadas ao assunto, tais como Isaías 14:4-21 e Ezequiel 28:12-19. Em seus cenários originais, esses textos
representavam os reis pagãos de Tiro e Babilônia, mas, quando lidos
cuidadosamente, apresentam detalhes que vão além desses antigos governantes
orientais. Na verdade, eles apontam para a origem, posição e queda de Satanás.
2. Em 1
Timóteo 3:6, Paulo adverte contra a ordenação de um novo converso,
alertando que isso pode levar a pessoa a se tornar vaidosa e a cair na mesma
condenação do diabo. Como a declaração de Paulo esclarece Isaías
14:4-21 e Ezequiel
28:12-19? De que forma essas três passagens nos ajudam a entender
algumas questões do conflito?
Pelo menos três questões são levantadas nos textos citados acima:
orgulho, autonomia e independência. O Antigo Testamento retrata um ser criado,
dependente, desejando ser autossuficiente e independente. Mas independência é
sempre independência de algo ou alguém. A primeira carta de João 3:8 diz que o
diabo vive pecando desde o princípio; 1 João 3:4 define “pecado” como transgressão da lei. Segue-se, então, que o
pecado de Satanás, que se manifestou como uma busca por independência e
autonomia – representava o desejo de ser livre das “restrições” de Deus e de
Suas leis. Assim, ao recusar se submeter à autoridade da lei de Deus, Satanás
mostrou que desejava viver sob um conjunto diferente de condições. Essa rebelião
também implicava que o sistema de leis do Céu não era o ideal e que, na
verdade, algo estava errado com essas leis. Mas, pelo fato de que a lei de Deus
é um reflexo de Seu caráter, um defeito na lei equivaleria a um defeito no
caráter de Deus. Em resumo, a rebelião de Satanás foi tanto contra o próprio
Deus como contra qualquer outra coisa.
Orgulho, autonomia, independência. O que essas palavras trazem à sua
mente? De que maneira todos nós estamos em perigo de cair nas armadilhas, às
vezes muito sutis, que o orgulho, a autonomia e a independência colocam diante
de nós? Afinal de contas, sob as condições corretas, o que há de errado nesses
conceitos?
Ano Bíblico: Zc 12–14
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A arma de Deus
3. De que forma o grande
conflito é revelado em Gênesis
3:15?
A linguagem enigmática de Gênesis 3:15, na qual o conflito está predito, nos dá um indício das regras divinas
para essa guerra. Podemos ver que o conflito, que tinha acabado de começar na
Terra, envolvendo a serpente e a mulher, tomaria forma, envolvendo os
seguidores dos participantes iniciais: a “semente” da mulher e a “semente” da
serpente. No devido tempo, como sabemos, o conflito culminaria em um confronto
mortal entre Satanás e um descendente da mulher, Jesus de Nazaré. A arma
escolhida por Deus foi Jesus, que viria para lutar em favor da mulher, seria ferido,
mas finalmente desferiria um golpe mortal na serpente. A arma escolhida foi um
ato de sacrifício, por meio de Jesus, um ato de amor altruísta.
4. Que assuntos envolvidos no
grande conflito são esclarecidos nos textos a seguir?
Por que o plano da salvação é
central nessa questão?
Ano Bíblico: Malaquias
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A batalha de Satanás
Se você olhar atentamente para a lição de ontem, verá uma progressão na
maneira pela qual Deus manifestou a Si mesmo e Sua verdade, em meio ao grande
conflito. Deus atuou por meio dos rituais no tempo dos patriarcas e no
santuário israelita, por intermédio da morte expiatória e sacrifical de Cristo,
por meio da igreja e no próprio ministério de Cristo no santuário celestial.
No entanto, Satanás tem trabalhado incansavelmente para minar os planos do Senhor. Grande parte do grande conflito tem sido, e ainda é, travada em torno desses mesmos temas.
Por exemplo, o sistema de sacrifícios praticado pelos patriarcas e no ritual do santuário de Israel, foi designado por Deus para que a humanidade se lembrasse do Criador e para manter viva a esperança de redenção.
5. Como Satanás procurou
usurpar e destruir a verdade sobre o plano da salvação, especialmente a verdade
revelada no sistema de sacrifícios? Rm 1:20-28; Dt 32:17, 18
Claro, a encarnação de Cristo, Seu ministério na Terra e Seu sacrifício
expiatório na cruz foram as partes centrais do modo como Deus preferiu derrotar
Satanás no grande conflito. A morte de Cristo garantiria a destruição de
Satanás, que trabalhou incansavelmente contra Cristo.
Depois de Sua morte e ressurreição, Cristo estabeleceu Sua igreja na
Terra, para proclamar à humanidade perdida a boa notícia da salvação. Desde o
início da igreja, Satanás tem procurado enfraquecê-la e destruí-la. As
passagens a seguir mostram algumas das táticas que ele usa contra a igreja
(leia At 5:17, 18; 7:54-60; 2Ts 2:1-4; 1Tm 4:1; 2Pe 2:1; Ap 12:13-17).
Entretanto, a carta aos Hebreus fala de um santuário real no Céu, onde Cristo entrou depois de Sua ascensão (Hb 4:14-16; 9:24), para realizar uma função sacerdotal em favor da humanidade pecadora (Hb 7:27). Em Daniel 8:11-14, podemos ver a atividade de Satanás oposta ao ministério sacerdotal de Cristo no santuário celestial e sua tentativa de usurpar esse ministério.
Uma coisa é ler 1 Pedro 5:8, 9 e ter uma compreensão intelectual dessa advertência; outra coisa é
realmente vivê-la em nosso dia a dia. Como podemos, de fato, resistir ao diabo?
Quantas vezes durante um único dia você está ciente dos esforços de Satanás
contra você?
Ano Bíblico: Vista geral do Antigo Testamento
Escolhas
Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se
aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos
deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao
Senhor” (Js
24:15). Como esse texto revela o que é, em muitos aspectos, a questão mais
fundamental no grande conflito?
As profecias apresentam uma visão das cenas finais do conflito entre Deus e Satanás. Por um período de 1.260 anos (Dn 7:25; 12:7; Ap 11:2; 12:14; 13:5), Satanás esporadicamente, mas persistentemente, perseguiu o povo de Deus. Em um confronto final descrito em Apocalipse 12 e 13, ele emprega dois poderes terrestres: uma besta semelhante a leopardo (Ap 13:1-10) e uma besta de dois chifres (Ap 13:11-17). Esses poderes empregam todas as táticas de Satanás, mencionadas na lição de ontem.
7. Apocalipse
14 descreve o contra-ataque divino às manobras de Satanás, durante
as etapas finais do conflito, com o objetivo de encerrar a guerra. De que
maneira algumas questões do grande conflito serão reveladas? Ap 14:6-13
Do ponto de vista de Deus, uma proclamação clara das questões
envolvidas no conflito (aqui representadas como sendo transmitidas por três
anjos) é necessária antes do fim do conflito. A humanidade precisa ser
informada de modo inteligente para que as pessoas tomem uma decisão sobre essas
questões.
No conflito final haverá pessoas que permanecerão leais a Deus. Em Apocalipse 14 elas são simbolizadas com o número 144.000, possivelmente representativo de um povo inumerável de todas as nações da Terra (Ap 7:4). Mas elas permanecerão obedientes aos mandamentos de Deus em um tempo de grande angústia e serão inteiramente dedicadas à adoração de seu Deus Criador. Receberão a aprovação de Deus e serão vitoriosas com Ele, enquanto as impenitentes serão destruídas na colheita seguinte (Ap 14:14-20). O ponto é que um dia esse grande conflito estará terminado.
Uma coisa a respeito do grande conflito: ninguém pode ser neutro. Você
está de um lado ou do outro. Qualquer um pode alegar estar do lado do Senhor (Jo 16:2). Como você pode saber, com certeza, que realmente está do lado certo?
Comente com a classe.
Ano Bíblico: Mt 1–4
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Estudo adicional
Leia de Frank B. Holbrook, “The Great Controversy” [O Grande Conflito],
p. 969-1008, em Raoul Dederen (editor), Handbook of Seventh-day Adventist
Theology [Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia].
“A Bíblia explica-se por si mesma. Textos devem ser comparados com textos. O estudante deve aprender a ver a Palavra como um todo, e bem assim a relação de suas partes. Deve obter conhecimento de seu grandioso tema central, do propósito original de Deus em relação a este mundo, da origem do grande conflito, e da obra da redenção. Deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da História e da profecia, até a grande consumação. Deve enxergar como esse conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato da vida ele revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira ou não, ele está agora mesmo decidindo de que lado do conflito estará” (Ellen G. White, Educação, p. 190).
Perguntas para reflexão
1. Alguns falam sobre uma “demora” na segunda vinda de Cristo. Com a quantidade de injustiça e de sofrimento sem sentido no mundo, parece que cada dia adicional de vida na Terra já é demais. Peça que os alunos compartilhem suas perspectivas sobre o tema do grande conflito do ponto de vista da assim chamada “demora”.
2. Como podemos saber que estamos do lado do Senhor? A resposta é relevante especialmente por causa do nosso entendimento de quem serão os perseguidores nos últimos dias. Como podemos ter certeza de que estaremos no lado certo?
Respostas sugestivas: 1. Jesus e Satanás; a Bíblia afirma que o
conflito e seus atores são reais. Se tudo fosse apenas algo espiritual, não
haveria esperança real. 2. Satanás ficou orgulhoso por causa da beleza,
perfeição e privilégios que o Criador havia dado a ele; quis ser igual a Deus,
cobiçou a adoração dos anjos e corrompeu sua santidade, dando origem ao
conflito. 3. Na inimizade entre a serpente e a mulher; Jesus, o descendente da
mulher esmagaria, na cruz, a cabeça da serpente. 4. O plano da salvação está em
todas as questões: (A) O verdadeiro e o falso sistema de adoração; a verdadeira
fé, que obedece, e a presunção, que se rebela contra Deus; (B) A bênção será
dada aos que aceitarem o sacrifício de Jesus, descendente de Abraão; os
seguidores da serpente serão amaldiçoados; (C) O ritual do santuário anunciou o
evangelho no Antigo Testamento, mas nem todos aproveitaram; (D) Nossos pecados
foram lançados sobre Jesus por causa do amor de Deus por nós; (E) Fundamentada
em Cristo, a igreja tem autoridade para resolver problemas internos e vencer as
forças externas do mal; (F) Jesus está à direita do trono da majestade,
ministrando como Sumo Sacerdote, em favor de Seu povo. 5. Buscou transformar a
glória de Deus na semelhança do homem corruptível e de animais; levou as
pessoas a desonrar o corpo e a adorar a criatura em lugar do Criador; e a
oferecer sacrifícios aos demônios. 6. Procurou matar o menino Jesus; apresentou
tentações para que Jesus pecasse; usou Pedro para desviar Cristo de Sua missão;
desafiou Jesus a descer da cruz. 7. Os mensageiros divinos apresentarão: o
evangelho eterno, o dever de adorar somente ao Criador e o juízo divino; diante
do evangelho, as mentiras de Babilônia serão derrubadas; os adoradores da besta
serão destruídos e os adoradores do Criador receberão a vida.
ESCOLA SABATINA
Resumo da Lição 1: O grande conflito: fundamento de nossas crenças
Texto-chave: Gênesis 3:15
O aluno deverá:
Conhecer: Os eventos do grande conflito entre Deus e Satanás e como este afeta todos os aspectos da vida do cristão e seu sistema de crenças.
Sentir: O significado eterno da escolha individual nesse grande conflito.
Fazer: Aceitar o sacrifício de Cristo em seu favor e cooperar para partilhar esse evangelho como parte essencial do grande conflito.
Esboço do aprendizado
I. Conhecer: O quadro completo
A. Que eventos críticos ocorreram até a presente data, e que eventos terão lugar no futuro, a fim de erradicar o mal do Universo?
B. De que forma o conflito entre o bem e o mal afeta tudo o que os cristãos, bem como os não cristãos, fazem e pensam no dia a dia?
II. Sentir: Escolhas com
significado eterno
A. Que parte as decisões diárias desempenham na formação do destino eterno?
B. Por que é tão importante proteger as oportunidades que todos têm de escolher entre o caminho de Deus e o caminho de Satanás, bem como de influenciar os outros sobre as escolhas eternas que Deus os convoca a fazer?
III. Fazer: Cooperar com
os agentes divinos
A. Por que é essencial aceitarmos o sacrifício de Cristo em base diária?
B. Que oportunidades de partilhar o evangelho estão à disposição todos os dias?
C. Quais são as melhores maneiras de cooperar com os agentes celestiais em partilhar a mensagem do evangelho nestes últimos dias?
Resumo: O grande conflito entre o bem e o mal afeta a vida de todos no Universo. O mais importante é a escolha que cada um deve fazer entre Deus e Satanás.
MOTIVAÇÃO
Conceito-chave para o
crescimento espiritual: A vida
é uma guerra constante entre o bem e o mal, entre Cristo e Satanás. Ao
estudarmos esse conflito e como afeta nossa vida e destino, a questão central
deve ser: de que lado escolhemos estar – de Cristo ou de Satanás?
Só para o professor: Em uma época em que as pessoas se recusam
a reconhecer a necessidade de fidelidade moral e espiritual a Deus, é essencial
reconhecer que estamos envolvidos em uma verdadeira guerra espiritual. Entender
que guerra é essa e como obter a vitória é o foco central de nossa lição desta
semana.
Atividade de abertura: Gautama, herdeiro do trono de Kapilavastu,
no antigo Nepal, era o único objeto de amor e cuidado de seu pai. O rei
protegeu o príncipe de qualquer conhecimento ou experiência com a dor, o
sofrimento e a morte. Mas, um dia, quando ainda era adolescente, o príncipe
saiu do palácio e, pela primeira vez, viu as aflições da velhice, da doença e
da morte. Muito aflito, Gautama deixou o palácio, sua jovem esposa e o filho, e
vagou pelas florestas, suportando anos de muita aflição, jejum e meditação, até
que, um dia, afirmou ter encontrado a resposta para a questão do mal. Assim
nasceu Buda, cujo ensino essencial era este: a resposta para o problema do
sofrimento pode ser encontrada na renúncia a todo desejo de sensualidade.
Essa é uma resposta. O hinduísmo oferece outra: a morte nada mais é que a porta para uma nova forma de vida no ciclo infinito de reencarnações. Alguns negam a realidade do pecado, enquanto outros consideram a morte o fim normal de um processo biológico.
Mas que diz a Bíblia sobre a origem e as soluções para a dor, o sofrimento e a morte? Veja Gn 3:1-23, Rm 5:12, 6:23, Is 14:12-15 e Ap 12:1-4; 20:7-15.
Comente: A partir dos versos acima, e de outras
passagens, quais são as causas da dor, do sofrimento e da morte? Onde se
originou o pecado, e quais foram seus resultados no conflito conhecido como o
grande conflito entre Deus e Lúcifer? Quando será o fim do grande conflito, e
qual será o resultado final?
Compreensão
Só para o professor: Conduza em sua classe uma breve revisão do grande conflito em relação à sua natureza, origem, os oponentes e sua conclusão final.
Na história cristã, nenhuma outra igreja entende tão bem quanto a
Igreja Adventista do Sétimo Dia a importância do tema do grande conflito no
tocante ao problema do pecado e sua destruição final. A série de cinco volumes
de Ellen G. White, "O Conflito dos Séculos", começa com as palavras "Deus
é amor" e termina com as palavras "Deus é amor". Nesse ínterim,
mais de três mil páginas de narrativa traçam a história do grande conflito
entre Cristo e Satanás, proporcionando um comentário mais ampliado sobre a
história da redenção, desde a origem do pecado até a restauração definitiva da
justiça, conforme está retratado na Bíblia. A lição de hoje analisa a origem, a
natureza e a conclusão do grande conflito.
I. A origem do grande conflito
"Houve guerra nos Céus" (Ap 12:7, NVI). A frase em si é um
paradoxo e um mistério. Como pode haver guerra no Céu – o lugar em que está o
trono de Deus (Is 66:1) e habitam absoluta santidade, justiça, amor e paz? A palavra guerra
indica que no Céu surgiu alguém contrário à vontade de Deus. Apocalipse 12:7-9 identifica o rebelde como o
"dragão", "o grande dragão", "a antiga serpente
chamada Diabo ou Satanás" (NVI). Além disso, a mesma passagem diz que
Satanás e seus anjos lutaram contra "Miguel e Seus anjos" (v. 7). Miguel, nome usado apenas em passagens apocalípticas (veja Dn 10:13, 21; 12:1; Jd 9; Ap 12:7) para representar Cristo em conflito direto com Satanás, prevaleceu na
guerra. Isso levou à expulsão de Satanás e seu exército para a Terra, onde a
antiga serpente enganou Adão e Eva e mergulhou o mundo no pecado (Gn
3:1-15). Assim começou o grande conflito, um conflito cósmico entre Cristo
e Satanás, entre as forças do bem e do mal.
Pense nisto: Todo ato contrário à vontade de Deus, como
fez Lúcifer, é um ato de guerra contra o trono de Deus. Por que Deus não
exterminou simplesmente o pecado e Satanás nos primeiros sinais da revolta,
antes que se transformasse em uma guerra em grande escala, que terminou com a
expulsão de Satanás e seus anjos rebeldes para a Terra? O que a resposta revela
sobre a justiça e a misericórdia de Deus?
II. O grande conflito:
Sua natureza
Várias passagens bíblicas, como Isaías 14:12-15, Ezequiel 28:12-17, Gênesis 3:1-15 e Apocalipse 12:1-17 revelam alguns dos aspectos básicos do
grande conflito.
Primeiramente, o grande conflito é uma batalha entre a criatura e o Criador a respeito do caráter de amor e a soberania de Deus. Por sua própria essência, a relação Criador-criatura traz em si um limite. O Criador concede à criatura vida, amor e comunhão, e a criatura deve responder com amor, obediência e louvor. O desrespeito a esse limite representa rebelião. Esse foi um dos primeiros pecados de Lúcifer, além de inveja e ambição. Ele se gabava: "Serei como o Altíssimo" (Is 14:14, NVI). O orgulho levou a arrogância, orgulho e ilegalidade, culminando com uma revolta contra a autoridade de Deus.
Segundo, o grande conflito é uma batalha pela fidelidade. Pertencemos a Deus ou a Satanás? "Em vez de procurar fazer com que Deus fosse supremo nas afeições e lealdade de Suas criaturas, era esforço de Lúcifer conquistar para si o seu serviço e homenagem. E, cobiçando a honra que o infinito Pai conferira a Seu Filho, esse príncipe dos anjos aspirou ao poder cujo uso era prerrogativa de Cristo, unicamente" (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 494).
Terceiro, o grande conflito é uma batalha universal que afeta cada pessoa até culminar com a destruição de Satanás (Ap 20:7-10). Desde que Satanás introduziu esse conflito cósmico na história da raça humana, enganando Adão e Eva (Gn 3:1-15), a criação inteira se tornou campo de batalha entre Cristo e Satanás. Ninguém pode escapar da batalha, e todos podem aproveitar a vitória disponível por meio de Cristo. O cristão "deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da História e da profecia, até à grande consumação. Deve enxergar como este conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato de sua vida ele próprio revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira quer não, ele está mesmo agora a decidir de que lado do conflito estará" (Ellen G. White, Educação, p. 190).
Pense nisto: Um pensamento preocupante: cada ato da
vida revela de que lado do grande conflito estamos: de Cristo ou de Satanás.
Tente compreender realmente todas as implicações desse pensamento. Por que é um
engano fatal crer em algo menos que essa realidade? Por que realmente não há
terreno neutro nesse conflito, e o que isso diz sobre a verdade de que todos –
pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos – estamos envolvidos?
O conflito cósmico teve origem na acusação de Satanás de que Deus é
arbitrário, Seu amor é falso e Sua lei não pode ser guardada. Embora o conflito
no Céu tenha sido resolvido quando Cristo esmagou suas raízes e Satanás foi
expulso para a Terra, o arqui-inimigo de Deus continua o conflito na Terra,
onde espera enganar toda a humanidade e se tornar o príncipe deste mundo. Ele
verificou que se não podia possuir a Terra mediante o poder de criação, iria
fazê-lo enganando os habitantes da Terra e voltando-os contra Deus. Mas Deus
não deixou este mundo desprotegido e, de fato, demonstrou ter um plano para
atender a essa contingência do mal: Cristo certamente foi “conhecido antes da
criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês. Por meio
dEle vocês creem em Deus, que O ressuscitou dentre os mortos e O glorificou, de
modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus" (1Pe 1:20, 21, NVI).
Pela cruz e pela ressurreição, Cristo obteve a vitória final sobre o pecado e
Satanás. No entanto, o conflito aguarda sua consumação final no fim do milênio,
quando pecado e pecadores não mais existirão e o próprio diabo será lançado
"no lago de fogo" (Ap
20:7-10).
Pense nisto: Na seção dois, lemos em Ezequiel 28:12-17 como Lúcifer andava entre as pedras
afogueadas no Céu. Seja qual for o significado dessas pedras, uma coisa é
clara. Lúcifer andava com impunidade entre essas pedras, imune às chamas. Ele
era "à prova de fogo". Mas, na consumação final do grande conflito,
Satanás será inflamável e sua imunidade não mais existirá. Esse contraste
contém uma lição espiritual para nós. Nosso Deus é um fogo consumidor. Temos
uma escolha entre duas: permitir que, durante este período de prova, na
fornalha da aflição, Ele refine nosso caráter de toda escória até que brilhe o
ouro puro de Sua imagem, ou recusar submissão e sofrer o processo de refino no
lago de fogo. As duas escolhas queimam o pecado em nós. Mas uma consome o
pecado, apenas, e tem como resultado a vida eterna; a outra nos consome e
resulta em morte eterna. Que tipo de proteção Deus nos dá agora, assim como deu
aos três amigos de Daniel, à prova de fogo na fornalha da aflição, assim como o
fogo purifica e refina?
Aplicação
Só para o professor: A Bíblia é um grande livro texto sobre o
assunto do grande conflito entre Cristo e Satanás. Por meio de fracassos e
triunfos de muitos dos personagens bíblicos, nos altos e baixos da história de
Israel, nas advertências e bênçãos proféticas, na vida, morte e ressurreição de
Jesus e nos eventos finais da história da Terra, devemos crer que Deus está no
controle da história e que levará os que nEle confiam ao triunfo inevitável.
Perguntas de aplicação
Por que o estudo do grande conflito é importante para a vida cristã?
José. Davi. Ester. Pedro. Judas. Como esses personagens ilustram que os seres humanos estão muito envolvidos no grande conflito?
Criatividade
Só para o professor: Para cada ser humano assaltado pelo poder do
pecado e de Satanás, a cruz é a garantia de triunfo. Enfatize perante a classe
esta lição de maneira tão poderosa quanto puder.
Atividade: Leia com a classe a seguinte citação.
Comente a esperança de vitória que Satanás alimentava e como essa esperança se
desfez. Por que Satanás continua insistindo, mesmo sabendo que, finalmente,
deve morrer?
"Quando Jesus foi posto no sepulcro, Satanás triunfou. Ousou
esperar que o Salvador não retomaria novamente a vida. Reclamava o corpo do
Senhor, e pôs sua guarda em torno do túmulo, procurando manter Cristo
prisioneiro. Ficou furioso quando seus anjos fugiram diante do mensageiro
celestial. Ao ver Cristo sair em triunfo compreendeu que seu reino chegaria a
termo, e que ele devia morrer afinal" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as
Nações, p. 782).
Lição 1 – O grande conflito: fundamento de nossas crenças
Por Otoniel de Lima Ferreira, D.Min.
Professor de Evangelismo e Crescimento de Igreja.
SALT, IAENE
Introdução
Desde que houve a rebelião de Lúcifer e seus anjos no Céu e eles foram expulsos para a Terra, o grande conflito passou a fazer parte da vida de cada ser humano. Começou na mente de Eva nossa primeira mãe. “O que é certo?”, questionava ela. “Comer ou não do fruto do conhecimento do bem e do mal?” Ela foi vencida e então a herança da morte e do grande conflito passou para seu marido. “O que devo fazer?” pensou ele. “Fico do lado de Deus ou do lado de minha esposa?”. O grande conflito estava apenas começando...
O grande conflito está presente em toda e qualquer decisão que o ser humano tem que tomar. Em todas as escolhas estão presentes o bem e o mal.
O grande conflito e seus
atores
Em Gênesis 3:15 estão os principais personagens do grande conflito entre o bem e o mal. “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Nesse texto vemos que os dois principais personagens são a mulher e a serpente. Mas a semente, isto é, a descendência da mulher e a descendência da serpente também estariam envolvidas. Quem é a mulher e quem é a serpente? Em Apocalipse 12 podemos ver o desfecho desta explicação com mais detalhes: “O dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo” (v. 17, ACF).
A mulher é interpretada como a Igreja de Deus e a serpente como o dragão, Satanás. Mesmo sabendo que é um inimigo derrotado, o objetivo do dragão é destruir, enfraquecer, deturpar, perseguir a igreja verdadeira, bem como todos os seus descendentes. Em especial os remanescentes. Ellen G. White comenta: “A grande controvérsia entre o bem e o mal há de assumir proporções cada vez maiores até seu desenlace. Em todas as épocas a ira de Satanás esteve voltada contra a igreja de Cristo, motivo pelo qual Deus lhe concedeu Seu Espírito e Sua graça para que ela pudesse enfrentar todas as oposições do mal” (O Grande Conflito, p. 7).
Mas a Palavra de Deus nos diz que a mulher feriria a cabeça da serpente e a derrotaria. Cremos que a serpente já foi derrotada quando Jesus Cristo morreu na cruz do Calvário, vencendo a morte por meio de Sua ressurreição e dando o direito de vida eterna a todos aqueles que nEle crerem (Jo 3:16).
A queda de Lúcifer
Tudo era perfeito, havia paz, liberdade e harmonia no Céu. Deus não criou o mundo para ser um lugar de sofrimento, violência e destruição. Mas houve, no Céu, “um ser que preferiu perverter essa liberdade. O pecado teve origem com aquele que, abaixo de Cristo, era o mais honrado por Deus e o mais elevado em poder e glória entre os habitantes do Céu” (O Grande Conflito, p. 493, 494). Em sua narrativa, Ellen G. White diz: “Antes de sua queda, Lúcifer foi o primeiro dos querubins cobridores, santo e incontaminado” (p. 494). A Bíblia também declara que Lúcifer era “o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura." "Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti" (Ez 28:12-15).
Em outras palavras, Lúcifer não se contentou com tudo isso. Ele quis mais: desejou o lugar de Cristo. O materialismo, o deus deste século, é semelhante ao pecado de Lúcifer. Sempre queremos algo mais. O egocentrismo, o orgulho e a arrogância são a origem da maioria dos problemas da Terra.
Na Igreja, essas características não deveriam existir. Por isso, o apóstolo Paulo nos adverte a não delegarmos cargos de alta responsabilidade a pessoas muito novas na fé, para que não haja o orgulho e elas venham a se perder. Embora ele estivesse certo, creio que uma pessoa que aceita a nova fé deve ser colocada imediatamente para trabalhar no serviço do Senhor, porém com responsabilidades menores e mais simples, para que aprendam com os mais experientes e assim prossigam no processo de maturidade do cristianismo. O grande problema hoje é o oposto do que estamos referindo. As pessoas entram na igreja e não são bem recebidas nem treinadas para realizar alguma tarefa para o crescimento da causa do Senhor. Assim, perdemos os que entram e desmotivamos os que desejam buscar os perdidos. Evitemos o orgulho, e também a falta de treinamento e valorização dos novos cristãos.
A arma de Deus
O grande conflito é revelado de várias formas e de maneira simbólica na vida do cristão. Em Apocalipse 12:17, a serpente, o dragão está irado com aqueles que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. Alguns podem interpretar Gênesis 3:15, pois é notória a inimizade mortal entre a serpente e o ser humano.
Portanto, o grande conflito é revelado de diferentes formas. O autor da lição sugere alguns textos que salientamessas diferentes formas com fatos e ocasiões diferentes . Um dos exemplos foi quando Deus Se agradou da oferta de Abel e não da oferta de Caim. Ali estavam estampadas as duas forças: a do bem a do mal. Abel ouviu a voz de Deus e Caim atendeu a voz do Satanás (compare Gn 4:4 com Hb 11:4).
Outro exemplo é encontrado na comparação entre Gênesis 12:3 e 22:18 com Gálatas 3:16. A descendência mencionada ali não se refere às descendências de todas as nações, mas sim ao descendente de Abraão, Jesus Cristo, o Redentor do mundo. Na verdade, essa é a principal arma de Deus contra a serpente. “...esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15). Jesus foi ferido pela serpente. Não podemos negar isso, pois há marcas dos cravos em Suas mãos e pés, e também há a marca da lança em Seu lado. Mas a serpente foi ferida na cabeça, se tornando de uma vez por todas um inimigo derrotado pelo sacrifício na cruz do calvário e pela ressurreição de Jesus.
A maior vitória de Cristo sobre Satanás está registrada em Isaías 53:6. “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos”. Sabendo que o maior objetivo do inimigo é destruir o maior número dos filhos de Deus, o Senhor provou Seu próprio amor para conosco morrendo em nosso lugar. É maravilho o grande amor de Deus por Seus filhos, provendo um plano infalível para salvá-los. Resumindo, a arma infalível de Deus é, sem dúvida, nosso Senhor Jesus Cristo, nosso sumo sacerdote. “Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos Céus à destra do trono da majestade” (Hb 8:1).
A luta de Satanás
Um dos principais objetivos de Satanás é contrafazer os planos de Deus, especialmente quando se trata do plano de buscar e salvar o perdido. Ele tenta apagar o valor do ritual do santuário, jogando por terra o sacrifício vivo oferecido para expiação dos pecados da humanidade (Rm 1:20-28; Dt 32:17, 18).
Ele usou Herodes para perseguir Jesus quando nasceu, causando a fuga de José e Maria para o Egito (Mt 2:1-18). O inimigo também se aproveitou do momento do início do ministério de Cristo para colocar sobre Seus ombros as mais terríveis tentações, motivando-O a desistir de Seu plano de salvar a humanidade (Mt 4:1-11). Satanás também lutou para destruir o plano de salvação usando um discípulo (Pedro) para fazer com que Jesus desistisse de morrer em nosso lugar, mas foi repreendido (Mt 16:21-23). Finalmente, no ato da crucifixão, ele usou pessoas para tentá-Lo a desistir e descer da cruz, usando Seu poder (Mt 27:39-42). Penso também que uma das tentativas do inimigo foi colocar dois salteadores sendo crucificados com Ele, com o objetivo de ofuscar pela comparação o brilho de Seu ato redentor. Mas em tudo nosso Senhor saiu mais que vencedor e Satanás foi, ali mesmo, derrotado.
Destinos
Outro dia, recebi de um amigo uma parábola que contava a historia de dois irmãos gêmeos: João e Mário.
João morava em uma casa luxuosa, tinha um bom emprego e se tornou um dos empresários mais bem-sucedidos da cidade. Ele era respeitado e todos tinham orgulho de tê-lo como membro da sociedade. Quando precisavam de palestra de motivação nas empresas ou nas universidades, João era um dos primeiros convidados.
Enquanto isso, Mário vivia num imóvel emprestado, dependia de favores, e todo o dinheiro que ganhava, era gasto em bebidas e jogos em um bar próximo de sua casa. Por causa dessa escolha, ele estava solteiro, pois três mulheres já o haviam abandonado por causa da bebida e porque haviam se cansado de ser espancadas todos dias. Perguntaram então a Mário, qual foi a razão que o levou àquela vida miserável. Ele então respondeu: “Nasci em uma família desorientada. Meu pai era um bêbado inveterado e quando chegava em casa nos espancava. Não tínhamos alimento suficiente. Certo dia, decidi sair de casa e levar a vida por mim mesmo. Isso foi o que me tornou assim. Eu tinha um irmão que também saiu de casa e deve estar vivendo da mesma forma que eu.”
Naquela mesma ocasião, João estava em uma universidade de sua cidade ministrando uma palestra de motivação para os acadêmicos do curso de Administração. Um dos alunos lhe fez a seguinte pergunta. Sr. João, qual é a razão de o senhor ter uma vida tão bem-sucedida? Ele respondeu: “Nasci em uma família desorientada. Meu pai era um bêbado inveterado. Quando chegava em casa nos espancava. Não tínhamos alimento suficiente, então, um dia decidi sair de casa e levar a vida por mim mesmo. Decidi que eu ofereceria um lar diferente para minha família. Eu tinha um irmão que também saiu de casa e deve estar vivendo da mesma forma que eu”. Na verdade, nosso destino depende das escolhas que fazemos. Na vida cristã não é diferente. O autor da lição diz: “Uma coisa a respeito do grande conflito: ninguém pode ser neutro. Você está de um lado ou do outro. Qualquer um pode alegar estar do lado do Senhor (Jo 16:2). Como você pode saber, com certeza, que realmente está do lado certo?” (Lição de quinta-feira).
Conclusão
Todos os dias, quando acordamos, temos a chance de tomar a decisão certa. Porém, a grande maioria da humanidade decide pelo lado errado. A decisão certa está estampada nas páginas sagradas do evangelho de Mateus; “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33). Quando buscamos em primeiro lugar o reino de Deus, estamos dizendo de que lado do grande conflito queremos estar. Satanás não terá poder sobre os que escolherem estar do lado de Deus. “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4:7).
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