sexta-feira, 22 de junho de 2012

Escola Sabatina: Evangelismo e Testemunho - Lição 13 - Um ministério perpétuo

 

capala22012

 

Lição 13 – de 23 a 30 de junho

Um ministério perpétuo

 

image

 

 

Sábado à tarde

Ano Bíblico: Sl 51–55

VERSO PARA MEMORIZAR: “Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei? É como um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta. Ele cresceu e se tornou uma árvore, e as aves do céu fizeram ninhos em seus ramos” (Lc 13:18, 19, NVI).

Leituras da semana: Jo 4:7-30; At 2:42; 11:19-23; 2Tm 2:1-7; 2Co 5:18-20

Pensamento-chave: Evangelismo e testemunho são o meio pelo qual a semente de mostarda (a igreja de Deus) se torna uma grande árvore que enche o mundo.

Você pode ter ouvido dizer ou pode até mesmo ter dito: “Eu já fiz a minha parte. Agora deixarei a tarefa para os mais jovens.” Ou: “Fui líder de evangelismo durante muito tempo. Agora vou deixar que as pessoas mais novas assumam a liderança.”

Em certo sentido, esse tipo de declaração é compreensível. As pessoas envelhecem, às vezes sua saúde falha ou outras circunstâncias da vida as impedem de manter a liderança nos ministérios da igreja. Às vezes as pessoas simplesmente ficam esgotadas e precisam de uma pausa. Além disso, também, alguns podem acreditar que o Senhor os chama a cumprir Sua vontade em outras áreas do trabalho da igreja.

No entanto, há uma grande diferença entre mudar a ênfase do ministério e deixar de ministrar. Enquanto temos fôlego devemos, de uma forma ou de outra, continuar ministrando.

Nesta semana focalizaremos nossa necessidade de permanecer envolvidos nos ministérios de evangelismo e testemunho. Não importa qual seja nossa função na igreja, sempre haverá oportunidade de nos envolvermos em algum ministério.

Domingo

Ano Bíblico: Sl 56–61

Evangelismo e testemunho incessante

Épreciso enfatizar novamente que testemunho e evangelismo devem continuar enquanto houver pessoas que necessitam de salvação. É plano de Deus salvar tantas pessoas quanto possível. Entretanto, os que aceitaram Jesus como Salvador pessoal são chamados a trabalhar com Deus nessa obra de salvar. Não importa quem somos, onde estamos e em que circunstâncias nos encontramos; se nosso coração está em sintonia com Cristo, se temos profunda apreciação pelo que Ele fez por nós e pelo que Ele nos pede que façamos em resposta, sempre teremos oportunidade de testemunhar e ministrar.

1. O que a mulher samaritana encontrou na pessoa e nas palavras de Jesus que a impeliu a compartilhar com os habitantes da sua cidade? Que princípios do testemunho encontrados nesse relato podem nos ajudar na obra de alcançar os outros? Jo 4:7-30

Parece que Jesus seguiu uma “fórmula” simples quando falou com a mulher de Samaria: 1. Ele chamou sua atenção: “Dê-me um pouco de água” (v. 7, NVI); 2. Ele despertou seu interesse: “Como o Senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?” (v. 9, NVI); 3. Ele criou um desejo: “Senhor, dê-me dessa água” (v. 15, NVI); 4. Ele produziu convicção: “Senhor, vejo que é profeta” (v. 19, NVI); e 5. Ações posteriores: “Venham ver um homem que me disse tudo o que tenho feito. Será que Ele não é o Cristo?” (v. 29, NVI).

Esses cinco estágios de evangelismo não precisam necessariamente ocorrer em um único encontro como aconteceu com Jesus e a mulher junto ao poço de Jacó. Eles podem acontecer durante um período em que você continua a testemunhar para alguém. As situações variam muito, mas os princípios vistos nessa passagem podem ser amplamente aplicados às nossas tentativas de alcançar as pessoas.

Além disso, embora a conversa inicial estivesse relacionada com a água literal, o objetivo de Jesus era fazer com que a mulher samaritana desejasse beber a água da vida. No fim, ainda que sejamos chamados a ajudar as pessoas nas situações em que as encontramos, e a ministrar às suas necessidades da forma que podemos, nunca devemos nos esquecer de que sua maior necessidade é a salvação em Jesus.

Quantas vezes você aproveita as oportunidades de testemunhar ou de ministrar? Não é verdade que muitas vezes encontramos pessoas que, apesar da interação conosco, não têm a mínima ideia da doutrina em que acreditamos, dos princípios que defendemos nem da esperança que temos? Como podemos nos tornar testemunhas mais eficientes?

Segunda

Ano Bíblico: Sl 62–67

Um ambiente estimulante

Uma parte vital da evangelização ocorre na igreja a cada semana. Esse aspecto do evangelismo é chamado de “nutrição” e “integração”. Temos sido muito bons em convidar as pessoas para nossas igrejas, mas nem sempre temos criado com tanta eficiência um ambiente que incentive as pessoas a voltar e se firmar na comunhão. Se devemos fazer discípulos, precisamos dar atenção ao estabelecimento e sustentação de cada novo cristão.

O que isso significa? “Estabelecer” dá a ideia de colocar alguma coisa sobre uma base firme e permanente. É ajudar a proporcionar ao recém-convertido um alicerce de fé e comunhão. A ideia de “nutrir” geralmente é explicada por conceitos como “cultivar, criar, cuidar, promover, treinar e educar”. Quando alguém aceita o Senhor Jesus como Salvador pessoal, todas essas áreas do estabelecimento e nutrição devem ser aplicadas espiritual e socialmente dentro da comunidade cristã. Em outras palavras, um novo cristão precisa ser desenvolvido, cuidado, estimulado, treinado e educado nos caminhos do Senhor.

“Companheirismo” é fundamental. Nesse ambiente, as pessoas tocam e influenciam umas às outras. Os que se unem a uma igreja devem receber atenção por meio da comunhão espiritual.

2. Qual é a importância da comunhão espiritual entre os cristãos? Por que isso é especialmente importante no caso de novos cristãos, aqueles que vêm para a igreja por meio do nosso evangelismo e testemunho? 1Jo 1:7; At 2:42; 11:19-23;20:35 e Rm 1:11, 12

A palavra nós em 1 João 1:7 nos revela que, embora devamos andar na luz, individualmente, devemos também andar na luz em comunidade. Se os cristãos andarem na luz, haverá comunhão e unidade. Consequentemente, haverá um ambiente de crescimento, no qual as pessoas focalizarão a vontade de Deus para sua vida e o encorajamento de uns aos outros na caminhada cristã. Embora seja importante ajudar os novos membros a se sentir felizes e satisfeitos na igreja, também é importante levá-los a se tornar discípulos no sentido mais pleno da palavra, o que inclui o desenvolvimento da capacidade de levar outros a um relacionamento salvífico com o Senhor Jesus.

Sua igreja dedica atenção à consolidação dos novos membros de modo planejado? Como você pode se tornar mais envolvido em ajudar a nutrir os novos membros (ou até mesmo os “mais antigos”), em relação a esse assunto?

Terça

Ano Bíblico: Sl 68–71

Formando instrutores

No mundo em que vivemos, as pessoas estão sempre mudando. As igrejas locais estão regularmente efetuando transferências de membros que vêm e vão, e muitas vezes lamentam a perda de membros capazes que se dedicavam a ministérios importantes. Devido a essa possível transferência de habilidades, e visto que o ministério de evangelismo e testemunho da igreja local deve continuar se expandindo, há grande necessidade de multiplicar esses ministérios.

3. Que princípios a respeito da formação de instrutores podemos tirar das instruções de Paulo a Timóteo? Como devemos aplicar esses princípios em nosso trabalho para o Senhor, seja qual for a função que desempenhamos? 2Tm 2:1-7

Paulo apresentou a Timóteo a importância de ver o quadro mais amplo do trabalho da igreja, em relação à sua extensão e duração. Os ministérios pastoral e de ensino não devem ser centralizados apenas em um homem. Eles devem ser a obra de grande número de testemunhas e evangelistas na igreja. Basicamente, Paulo estava dizendo a Timóteo que treinasse outros para a liderança na igreja porque, finalmente, a geração mais antiga de líderes morreria. Um princípio da instrução a Timóteo é que aqueles a quem ele instruísse, por sua vez também ensinariam aos outros, garantindo assim que a missão da Igreja no mundo fosse contínua e expansiva. Isso está em harmonia com o chamado de Jesus para que haja mais trabalhadores na seara.

Dizem: “Dê a um homem um peixe e você o alimentará por um dia; ensine-o a pescar e você o alimentará e à sua família enquanto ele viver”. O problema é que, se o homem não transmitir aos filhos sua habilidade de pescar, a geração seguinte passará fome. Talvez o ditado devesse ser modificado: “Dê a um homem um peixe e você o alimentará por um dia; ensine um homem a pescar e a transmitir seu conhecimento e técnicas de pescaria, e um número incontável de pessoas continuarão a ser alimentadas”. Essa é a diferença entre formar pessoas e treiná-las para ser instrutores.

Pense em sua experiência. Alguém já lhe ensinou como testemunhar aos outros? Você já pediu para ser treinado quanto à maneira de testemunhar aos outros? Comente com a classe.

Quarta

Ano Bíblico: Sl 72–77

Resgatando pessoas afastadas

Apóstata é uma palavra que gostaríamos de eliminar do vocabulário cristão. No entanto, o fato é que muitas pessoas se afastam da igreja e de um relacionamento de salvação com o Senhor. Embora as pessoas às vezes nos deixem por causa da doutrina, na maioria das vezes elas nos deixam por outros motivos, geralmente conflitos pessoais e coisas semelhantes. Independentemente das razões, precisamos fazer tudo o que pudermos para criar um ambiente de amor e carinho que motive os que se unem conosco a permanecer entre nós, apesar dos problemas pessoais que surgem inevitavelmente.

Ao mesmo tempo, precisamos ter um ministério para cuidar dos ex-membros e dos membros que não mais estão frequentando, como parte do planejamento do nosso programa de testemunho e evangelismo. Uma rápida olhada na lista de membros de muitas igrejas provavelmente revelará que há muito mais nomes na lista do que pessoas que frequentam o culto a cada sábado. Esses nomes podem ser o início de um ministério especial em favor das pessoas que Deus jamais deixou de amar intensamente.

4. Com base no contexto da reconciliação realizada por Cristo, que princípio podemos aplicar em nossa igreja? Qual é a importância do ministério da reconciliação para os que seguiram a Deus no passado, mas dEle se afastaram? 2Co 5:18-20

Resgatar ex-membros é um ministério especial. Além disso, esse ministério é tão evangelístico quanto a obra de alcançar pessoas que jamais aceitaram a Cristo antes. A própria palavra reconciliação implica que anteriormente houve uma unidade e comunhão entre o homem e Deus, e que foi restaurada por meio de Jesus Cristo. Da mesma forma, recebemos agora um ministério de reconciliação que inclui o esforço para alcançar os que, no passado, adoraram conosco.

Na verdade, é possível argumentar que, em Mateus 10:5, 6, Jesus enviou Seus discípulos para reconquistar os judeus que se haviam afastado de um relacionamento salvífico com seu Senhor. Assim, é inteiramente apropriado que nós hoje também participemos do trabalho em favor das pessoas que têm uma história especial com Deus e Sua igreja.

Pense naqueles que deixaram a igreja e na razão pela qual eles fizeram isso. Há alguma pessoa com quem você poderia restabelecer contato e recomeçar a amizade, a quem você poderia ministrar e procurar reconectar com a igreja? Ore buscando descobrir como fazer isso.

Quinta

Ano Bíblico: Sl 78–80

A porta dos fundos

Você já notou como as pessoas lamentam o fato de que muitas vezes os membros da igreja saem “pela porta dos fundos”? Elas até declaram firmemente que a porta dos fundos da igreja deve ser fechada, mas falham em nos mostrar como fechar essa porta ou até mesmo a localização dela. Algumas igrejas em crescimento podem pensar que sua porta dos fundos está fechada, mas na realidade pode estar acontecendo simplesmente que mais pessoas estão entrando pela porta da frente do que saindo pela porta dos fundos. Embora seja melhor que mais pessoas estejam entrando pela porta da frente do que saindo pela porta dos fundos (o que ocorre em alguns lugares), ainda assim queremos fazer o que for possível para conservar nossos membros.

Descobrir qual é a porta dos fundos e tentar fechá-la exigirá estratégias que são, de fato, evangelísticas, visto que nossa missão não é simplesmente ganhar pessoas para Deus, mas também conservá-las.

5. Por que os cristãos devem se reunir regularmente? Quando nos reunimos para a comunhão, temos encorajado uns aos outros? Como podemos intensificar esse princípio? Hb 10:25

A decisão de deixar a comunhão geralmente não é tomada subitamente. Em vez disso, a maioria das pessoas passa por um processo de afastamento silencioso. Assim como, para elas, aproximar-se de Cristo e da igreja foi uma jornada, o processo de saída é outra jornada. Na maioria das vezes, o afastamento não é uma estratégia conscientemente planejada. Pouco a pouco, as pessoas começam a ficar desligadas, desencantadas e insatisfeitas com as coisas na igreja. Talvez, em alguns casos, com razão. Portanto, procuremos estar cientes da jornada dos que nos rodeiam na igreja.

6. Que admoestações podem nos ajudar a manter fechada a porta dos fundos? O que você e sua igreja podem fazer para viver essas importantes verdades? Rm 14:13; Gl 5:13; Ef 4:32

Uma igreja carinhosa, que continua cuidando, é um lugar no qual todos estão concentrados em seu relacionamento pessoal com Jesus. Eles têm um conceito claro do valor que Jesus dá a cada indivíduo. Fechar a porta dos fundos envolve se aproximar das pessoas, descobrindo suas necessidades, na medida em que elas estejam dispostas a compartilhar, e atender a essas necessidades, quando for apropriado. Isso é algo que nenhum programa da igreja pode proporcionar. Apenas pessoas amorosas e carinhosas conseguem fazer isso.

Sexta

Ano Bíblico: Sl 81–85

Estudo adicional

Os envolvidos em um ministério de testemunho devem dar atenção à forma pela qual possam fazer com que seu ministério seja contínuo, e não um evento ocorrido uma única vez. O que você deve fazer?

1. Tenha disposição para compartilhar a liderança, em vez de ser uma banda de uma só pessoa.

2. Faça o que for possível para manter diante da igreja a importância do ministério de sua equipe. Isso incluirá relatórios periódicos à comissão geral de evangelismo, informações no boletim da igreja, informativo especial, cartazes no quadro de avisos e solicitação de verbas no orçamento da igreja.

3. Procure constantemente pessoas que você possa convidar para participar de sua equipe ou para formar outra equipe. Se alguém se oferecer para participar da equipe, isso é bom; no entanto, será melhor convidar individualmente as pessoas.

4. Realize regularmente eventos de treinamento.

Perguntas para reflexão

1. Sua igreja tem um programa de treinamento evangelístico? Como melhorar a situação?
2. “Precisamos ser canais através dos quais Deus possa enviar luz e graça ao mundo. Os infiéis precisam ser recuperados. Precisamos apartar-nos de nossos pecados, pela confissão e pelo arrependimento, humilhando nosso orgulhoso coração perante Deus. Torrentes de poder espiritual serão derramadas sobre aqueles que estão preparados para recebê-las” (Ellen G. White,
Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 46). O que é necessário, e por que, para ajudar a trazer as pessoas de volta para a igreja e para a maravilhosa mensagem da “verdade presente”?
3. Quando as pessoas se afastarem da igreja, vamos amá-las e manter contato com elas; vamos evitar julgá-las e chamá-las de “apóstatas” ou, ainda pior, não atiremos contra elas citações de Ellen White sobre pessoas que se afastam. Em vez disso, vamos usar essas experiências tristes para, como disse Paulo, examinar se estamos na fé (
2Co 13:5) e perguntar se poderíamos ter feito alguma coisa de modo diferente a fim de ajudar a manter essas pessoas entre nós. E ainda mais importante, vamos evitar alguma atitude que torne mais difícil a volta delas.

Respostas sugestivas: 1. Jesus derrubou preconceitos; ofereceu vida eterna; conhecia a mulher; ensinou-lhe sobre adoração; a mulher falou de sua experiência. 2. Jesus está na luz; se andarmos na luz, teremos comunhão com Ele e com os que estão na luz; a comunhão traz segurança espiritual. 3. Devemos nos fortalecer na graça; transmitir o conhecimento a pessoas fiéis, que devem intruir a outros, e assim sucessivamente. 4. Deus nos reconciliou consigo por meio de Cristo; Jesus reconcilia outras pessoas com Ele por meio de nós. 5. Na congregação recebemos orientações e exortações que nos preparam para a volta de Jesus, e encorajamos os irmãos. 6. Não julgar uns aos outros; não usar a liberdade para pecar; servir aos outros pelo amor; bondade, compaixão e perdão.

Resumo da Lição 13 – Um ministério perpétuo

Texto-chave: Lucas 13:18, 19

O aluno deverá...

Saber: Que não há “aposentadoria” do ministério espiritual e que devemos, ao mesmo tempo, transmiti-lo aos outros por meio de orientação e discipulado.
Sentir: A experiência de comunhão e serviço que assegura o crescimento dos novos cristãos e oferece reconciliação aos que se afastaram da comunhão.
Fazer: Orientar e treinar outros nos ministérios em que são habilitados.

Esboço

I. Saber: Ministério perpétuo

A. Por que devemos considerar que nosso trabalho de compartilhar o evangelho e promover o crescimento da igreja jamais está concluído?

B. Como Cristo nos ensinou a capacitar os outros? Como podemos orientar outras pessoas para assumir os ministérios pelos quais somos apaixonados?

II. Sentir: Alimentando e reconciliando

A. Que atitudes são importantes ao nutrir nos novos cristãos a comunhão e o senso de que pertencem à família da igreja?

B. Que atitudes são importantes quando procuramos reconciliar os que se tornaram desiludidos e perderam o senso de comunhão no corpo de Cristo?

III. Fazer: Discipulado

A. Como podemos ajudar os novos cristãos a criar novos laços de amizade e se firmar na comunhão?

B. O que podemos fazer para orientar os novos crentes no serviço? Como podemos ajudá-los a encontrar seu lugar como obreiros no reino de Deus?

Resumo: Visto que somos filhos de Deus, sempre procuraremos promover Seu reino, ministrar aos Seus filhos e compartilhar tudo o que sabemos de Sua bondade.

Ciclo do aprendizado

Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A força da vida cristã é o profundo relacionamento de amor com Deus. Uma vibrante e saudável caminhada com Ele se manifesta no desejo permanente de salvar os perdidos.

Só para o professor: Conte a seguinte história com suas próprias palavras. O ponto mais importante que ela apresenta é que o evangelismo pode, às vezes, ser difícil, mas devemos continuar na força do Senhor.

Numa tarde de sábado, uma igreja reuniu os jovens para uma atividade de testemunho na comunidade. A igreja havia comprado uma série de folhetos. Após algumas orientações de segurança, os jovens e seus líderes entraram nos carros e saíram para semear as sementes para o reino de Deus.

Tendo estacionado em vários cantos da cidade, começaram a distribuir os folhetos para as pessoas que passavam. No início, muitos jovens estavam apreensivos, mas a cada folheto entregue eles se tornavam cada vez mais ousados, tendo até mesmo longas conversas com estranhos.

Então, um dos adolescentes entregou um folheto a um homem dentro de um carro parado em um cruzamento. O homem pegou o folheto com um sorriso. Ele tirou o acendedor de cigarros e queimou o folheto, antes de jogá-lo na rua e acelerar enquanto dava uma risada.

Pense nisto: Como o ato de desdém do homem que queimou o folheto afetou o rapaz que lhe havia entregado o material? O que esse episódio nos diz sobre o mundo em que somos chamados a ministrar? O que você, como líder, diria a alguém, jovem ou idoso, que experimentasse um insulto semelhante?

Compreensão
Só para o professor: Jesus viveu um ministério perpétuo. Ele nos deixou o exemplo. Sua vida jamais foi dividida em compartimentos. Ele viveu “uma” vida, que O habilitou a ministrar aos outros com muita eficiência.

Comentário Bíblico

I. Um novo paradigma

(Recapitule com a classe Jo 4:7-30; Mt 28:18-20.)

A ênfase da lição de domingo sobre os passos do evangelismo é instrutiva. Há um processo pelo qual as pessoas são levadas de uma vida de pecado para uma vida de entrega a Deus. Essa obra do reino é o grande chamado da vida do cristão (Mt 28:18-20). Esse chamado exige muito dos que o aceitam.

Quando Jesus percebeu a oportunidade de dar "água viva" à mulher samaritana, Ele estava consciente de todos os tabus que quebraria ao falar com ela, um dos quais era o ódio racial que existia entre judeus e samaritanos (leia um pouco mais sobre essa história em 2Rs 17:23-29; Ed 4). O Comentário Bíblico Adventista [The SDA Bible Commentary] diz: "O ódio racial mantinha judeus e samaritanos tão distantes que eles evitavam o convívio social, se possível" (v. 5, p. 938).

Pense nisto: O que as ações de Jesus nos dizem sobre a importância de compartilhar a mensagem da salvação a todo custo? Que outros tabus culturais Jesus quebrou ao Se aproximar da mulher samaritana? Que lições existem para nós na comunicação de Jesus com essa mulher, apesar de sua má reputação?

II. Comunhão profunda

(Recapitule com a classe At 2:42.)

Na lição de segunda-feira, aprendemos que a comunhão cristã é uma das formas pelas quais Deus fundamenta os novos cristãos na fé. A palavra koinonia, usada por Paulo em Atos 2:42, significa compartilhar, unidade, estreita associação, companheirismo, participação, sociedade, comunhão e fraternidade. Koinonia é a unidade iniciada e dirigida pelo Espírito Santo.

Os novos cristãos mencionados em Atos se entregavam de todo o coração a Deus e ao serviço uns dos outros. Eles comiam juntos. Há comunhão mais íntima entre amigos do que compartilhar uma refeição? Jesus foi repreendido porque comia com os pecadores (Lc 15:2). Devemos notar aqui que os crentes não relegam a comunicação e o companheirismo a um determinado dia da semana ou a certa forma de foco ministerial. Eles não se reúnem apenas quando a igreja sai para realizar um ministério em algum lugar. Os cristãos possuem uma cultura espiritual de solicitude e de testemunho.

Pense nisto: A Escola Sabatina é um dos ministérios essenciais da igreja local. Ela pode ser uma experiência que ofereça cuidado e crescimento? Além de proporcionar a oportunidade de estudar a verdade, para que outro propósito a Escola Sabatina existe? Depois de ser atacados durante a semana pelo diabo, como podemos encorajar os que vão à Escola Sabatina?

III. O alvo em vista

(Recapitule com a classe Mt 28:18-20.)

A lição desta semana termina com um duplo foco na recuperação dos membros perdidos e na conservação de todos os membros, de modo que nenhum deles deixe a comunhão.

À medida que novos membros se unem à igreja, há uma sensação palpável de entusiasmo. Muitas vezes, os membros antigos veem isso como prova de que Deus está abençoando a igreja e que a igreja está ativamente envolvida no ministério ao qual foi chamada. Os novos membros são conduzidos ao ministério ativo e preparados para o serviço. Igrejas que crescem têm uma aura sobre elas. Isso pode levar a uma espécie de negligência em relação ao ministério para a comunidade mais ampla? Essas igrejas podem se tornar focalizadas em si mesmas, enquanto professam cumprir a comissão evangélica?

Em seu livro desafiador The Externally Focused Church [A Igreja Focalizada para Fora], os autores Rick Rusaw e Eric Swanson escreveram: "Igrejas focalizadas para dentro se concentram em trazer pessoas para dentro da igreja e gerar atividades ali. ... Essas são boas igrejas, cheias de pessoas boas. O que elas fazem é vital, mas não é suficiente para que sejam igrejas sadias. Adoração, ensino e devoção pessoal são absolutamente necessários para desenvolver a capacidade interna essencial a fim de manter o foco externo. No entanto, se todos os recursos humanos e financeiros são aplicados dentro das quatro paredes da igreja, não importando que as coisas pareçam ser "espirituais", algo está faltando" (Loveland, Colorado; Group Publishing, 2004, p. 16).

Pense nisto: Como você pode ajudar sua igreja a cumprir a comissão evangélica de Mateus 28:18-20 e evitar a obsessão pelo que acontece dentro de suas quatro paredes?

Aplicação

Só para o professor: Como podemos aplicar os processos de avaliação à nossa vida pessoal? Incentive os membros da classe a responder às perguntas abaixo, formulando as respostas a partir de sua experiência pessoal com Deus.

Perguntas para reflexão

1. Algumas igrejas estabelecem um processo claro para a incorporação dos novos cristãos na comunhão e no trabalho da igreja. Que coisas devem ser incluídas em tal processo? O que não deve ser incluído?

2. Leia Gálatas 6:2. O que os membros do corpo de Cristo devem fazer pelos outros membros? Por quê? De que maneiras específicas essa ética de cuidar dos outros fortalece o trabalho da igreja?

Perguntas de aplicação

1. Leia Hebreus 10:25. Parte desse verso transmite o senso de urgência a respeito de nos reunirmos como família de cristãos. Alguns membros acreditam que podem se concentrar melhor em Deus adorando pela internet, em vez de ir à igreja. O que você diria para convencê-los a começar a frequentar a igreja?

2. Algumas igrejas têm uma cultura de comunhão tão forte que as pessoas de fora dificilmente podem ter acesso a ela. O que os membros podem fazer para romper com a cultura exclusivista na igreja?

3. Como sua classe da Escola Sabatina pode ajudar a recuperar os membros afastados da igreja? Qual é o papel da oração nesse processo?

4. Como a Escola Sabatina pode apoiar a missão mundial da igreja? A missão mundial é um dos principais focos da Escola Sabatina.

Perguntas para testemunhar

1. Testemunhar pode ser um processo "sujo". Quando participamos dele, nossa vida, muitas vezes, se envolve com pessoas que têm problemas significativos. Como podemos continuar a ministrar aos que sofrem quando suas dores começam a complicar nossa vida?

2. Que contribuição, além de dinheiro, os idosos podem dar aos esforços evangelísticos da igreja? Como isso pode se tornar uma parte essencial dos esforços de uma congregação para alcançar os de dentro e os de fora?

Criatividade

Só para o professor: Peça que um aluno leia Hebreus 11:21. O objetivo deste exercício final é a aceitação do chamado ao ministério por toda a vida. Jacó tinha muitas falhas. Ele cometeu muitos erros, porém Deus o perdoou, o abençoou e o habilitou a abençoar os outros. Mostre que, no caso de morrermos antes da vinda de Jesus, devemos ser totalmente consumidos, tendo consagrado tudo a Deus!

O incidente mencionado em Hebreus 11:21 ocorreu em Gênesis 48. Jacó era um homem idoso, cego e fraco. Ele havia sofrido muito e aprendido duras lições nas mãos de Deus. Enquanto se preparava para a morte, continuou seu ministério, principalmente para com a família. Abençoou os filhos de José, Manassés e Efraim, e adorou a Deus até o fim da vida.

1. Como foi a vida de Jacó? Apesar de sua falta de fidelidade, em alguns momentos, o que a história dele revela sobre a misericórdia de Deus para conosco?

2. O que a família de Jacó sofreu como resultado de seus pecados e falhas como pai?

3. Que momento mudou sua vida para sempre? O que Deus fez por ele (Gn 32:26-28)?

Comentários - Um ministério perpétuo

Pr. Marcelo E. C. Dias

Professor do SALT/UNASP

Doutorando (PhD) em Missiologia pela Universidade Andrews
mecdias@hotmail.com

II. O Mestre Jesus

A iniciativa do discipulado se origina no chamado de Jesus (Mc 1:17; 2:14; Mt 4:19; 9:9). A resposta a esse chamado, no entanto, envolve reconhecer e crer na identidade de Jesus, obedecê-Lo (Mc 1:18, 20), dedicar total lealdade a Ele (Lc 14:25-28; Mt 19:23-30) e participar na Sua missão. Esse chamado é o começo de algo novo. Isso significa deixar para trás a vida antiga (Mt 8:34-37; Lc 9:23-25), encontrar nova vida na família de Deus (Mt 12:46-50) e ser enviado pelo Pai para o mundo (Jo 20:21). Porém, o chamado para o discipulado de Jesus também veio acompanhado de um convite para se considerar o custo do discipulado (Lc 9:57-62; 14:25-33).

“Quando Jesus chamou homens e mulheres para O seguir, Ele ofereceu um relacionamento pessoal consigo mesmo, não simplesmente um estilo de vida alternativo nem práticas religiosas diferentes nem uma nova organização social” (Evangelical Dictionary of World Missions, p. 279). Através desse relacionamento os díscipulos foram conhecendo os mistérios do reino de Deus (Lc 8:10) tanto pela associação como pela explicação (Robert E. Coleman, The Master Plan of Evangelism). Não importa quão avançado o discípulo de Jesus esteja, ele sempre será um discípulo de Jesus.

Com o objetivo final de se tornar mais semelhante a Jesus, o Mestre (Mt 10:24-25; Lc 6:40), se poderia resumir os aspectos do desenvolvimento espiritual em três:

(1) Permanecer na Palavra de Jesus como a verdade que rege todas as áreas da vida (Jo 8:31-32);

(2) Amar uns aos outros como Jesus amou Seus discípulos (Jo 13:34-35);

(3) Frutificar, incluindo o fruto do Espírito Santo (Gl 5:22-26), novos discípulos (Jo 4:3-38), justiça e boas obras (Fl 1:11; Cl 1:10) e testemunho de proclamação ao mundo (Jo 20:21).

Portanto, o discipulado foi central no ministério terrestre de Jesus, assim como deve ocupar um lugar central na missão da igreja, em todos os tempos, ao fazer discípulos em todas as nações e ajudar os novos discípulos no crescimento espiritual (Evangelical Dictionary of World Missions, p. 278). Uma igreja assim é uma comunidade de discípulos. Na Grande Comissão final, Jesus enfatizou a importância do discipulado como responsabilidade dos Seus discípulos, em todo o tempo e em todos os lugares. Se começamos o trimestre comentando sobre a Grande Comissão e sua essência (ver comentário da lição 1), concluímos o estudo ressaltando a ordem central de Cristo, que foi a de fazer discípulos.

II. Discipulado

Naturalmente, o discipulado de Jesus continua até os dias de hoje e deveria seguir as características da prática, quando instituída por Ele. Por isso, não há como enfatizar demais que “discipulado não é um programa nem um evento; é um modo de vida. Não é por um tempo limitado, mas para toda a nossa vida. Discipulado não é para iniciantes apenas; é para todos os crentes, em cada dia da sua vida” (Bill Hull, The Complete Book of Discipleship, p. 24). De forma resumida, discipulado significa constantemente aprender e seguir o Mestre.

Robert E. Coleman identifica, de forma didática, oito passos desse processo: (1) seleção, (2) associação, (3) consagração, (4) transmissão, (5) demonstração, (6) delegação, (7) supervisão e (8) reprodução. É importante lembrar que, na prática, esses estágios geralmente não acontecem de maneira organizada, sequencial e segmentada, mas o desenvolvimento de um discípulo maduro certamente incluirá todas elas.

Da mesma forma, o amadurecimento do cristão é representado de maneira didática por Rick Warren (The Purpose-driven Life) em quatro etapas: (1) Comprometido em ser membro; (2) comprometido em amadurecer; (3) comprometido em ministrar; e (4) comprometido em ser missionário. Essa compreensão do discipulado como processo que envolve tempo e relacionamentos tem inspirado vários programas que incluem ciclos de 40 dias de dedicação especial ao crescimento espiritual.

Refletindo sobre maneiras de se assemelhar a Jesus, Hull sugere seis áreas que

precisam ser transformadas no ser humano:

(1) mente: crer naquilo que Jesus acreditava;

(2) caráter: viver do jeito que Jesus viveu;

(3) relacionamentos: amar como Jesus amava;

(4) hábitos: praticar o que Jesus praticava;

(5) serviço: ministrar como Jesus ministrava; e

(6) influência: liderar como Jesus liderava (p. 130).

Apesar de o processo de discipulado ter sido comum no Seu tempo, a singularidade do discipulado de Jesus estava em quatro aspectos:

1. Em quem Ele escolheu: Jesus escolheu pessoas com paixão e sede espiritual. Pessoas comuns que pudessem se relacionar com todos e que teriam a disponibilidade de aprender.

2. Tinha por base unicamente a amizade e o respeito comum: Jesus ilustrou Sua crítica aos fariseus através do Seu sistema de discipulado sem ambições egoístas nem hipocrisia.

3. Redefiniu o que significa ser um discípulo: Pessoas que amam umas às outras como a si mesmas, e a Deus acima de todas as coisas.

4. Demonstrou como aplicá-lo hoje: Jesus foi o modelo de discipulador.

Por isso, Dietrich Bonhoeffer, no clássico The Cost of Discipleship, afirma que “cristianismo sem discipulado é sempre cristianismo sem Cristo. Ele permanece uma ideia abstrata, um mito que tem um lugar para a paternidade de Deus, mas omite Cristo como o Filho vivo” (p. 64).

III. Crescimento espiritual

"Entre as lições quase inumeráveis ensinadas pelos vários processos do crescimento, algumas das mais preciosas são apresentadas na parábola do Salvador, sobre a semente. ... A germinação da semente representa o começo da vida espiritual e o desenvolvimento da planta é uma figura do desenvolvimento do caráter. Não pode haver vida sem crescimento" (Ellen White, Maravilhosa Graça [MM 1974], p. 195).

Seguindo o modelo dos seres vivos, a vida humana obedece às mesmas etapas: nascimento, crescimento e morte. Como cristãos, no entanto, escrevemos uma biografia diferente, que apresenta novo nascimento, crescimento, descanso e vida eterna.

Em diferentes épocas, fases distintas dessa experiência foram enfatizadas pela Igreja, geralmente, priorizando o novo nascimento – a conversão e o batismo. Hoje, a Igreja tem assumido uma posição bem mais equilibrada e saudável, compreendendo a importância de focalizar não só o novo nascimento, mas também o crescimento do cristão. Na assembleia da Associação Geral, em 2005, a doutrina número onze foi acrescentada, refletindo esse pensamento.

Em Efésios 4:14 e 15, Paulo reconheceu a possibilidade de pessoas estagnarem em um estágio inicial em sua vida espiritual, comparando-as com crianças (nepioi, no original grego, também usada em Mateus 11:25 e Romanos 2:20). No entanto, o Comentário Bíblico Adventista ressalta que a ênfase nesse caso é negativa. "Somos incentivados a nos tornar como ‘crianças’, (paidia, no original) em Mateus 18:2-4, quanto à humildade e confiabilidade, mas não na impulsividade e imaturidade." A mesma exortação ao crescimento é feita em 1 Pedro 2:1-3, 2 Pedro 3:18 e por Paulo em 2 Coríntios 7:1.

IV. Eu, um discípulo

Uma exortação deve ser dada quanto aos fatores que dificultam o crescimento espiritual. Berndt D. Wolter (Como se faz um cristão,Ministério, nov.-dez./2011, p. 9-10) explica algumas percepções distorcidas:

(1) influência da coletividade: espera-se que aconteça com todos;

(2) transferência de responsabilidade: espera-se um empurrão espiritual do grupo;

(3) pensamento fatalista: espera-se que só aconteça com alguns;

(4) atitude de espectador: espera-se que o grupo faça enquanto assisto; e

(5) inveja espiritual: espera-se ser o que alguém é.

Há ainda outros mitos comuns relacionados com essas percepções que impedem o desenvolvimento espiritual do cristão.

(1) "Dentro da igreja, todos estão crescendo espiritualmente de forma igual": Na família de Deus o crescimento é um processo individual. E vale lembrar que alguns crescem mais rapidamente do que outros. Enquanto outros crescem mais vagarosamente, mas oscilam menos.

(2) "Na igreja não existe responsabilidade fraternal":"Um dos planos divinos para o desenvolvimento é a comunicação. O cristão deve adquirir forças, fortalecendo outros. ‘O que regar também será regado’ (Pv 11:25). Isso não é somente uma promessa; é uma lei divina, uma lei pela qual Deus designa que as correntes de benevolência, como as águas do grande abismo, sejam postas em constante circulação, refluindo à sua fonte. No cumprimento a essa lei está o segredo do crescimento espiritual” (Ellen White, Maravilhosa Graça[MM 1974], p. 283).

"A verdadeira santificação vem por meio da operação do princípio do amor. ... A vida daquele em cujo coração Cristo habita, revelará a piedade prática. O caráter será purificado, elevado, enobrecido e glorificado. A doutrina pura estará entretecida com as obras de justiça. Os preceitos celestiais serão mesclados com as práticas santas" (Ellen White, Atos dos Apóstolos, p. 560).

Por ser natural que cada um esteja em um estágio diferente do crescimento, a Palavra também orienta nesse convívio, dando a responsabilidade aos irmãos de não escandalizarem uns aos outros (Mt 18:6-9). Ainda para com os irmãos da igreja, é necessário tato espiritual. A compreensão sobre o processo de crescimento certamente deve se refletir no tratamento e apoio que se oferece entre as pessoas. O oposto disso, obviamente, era a maneira fria, calculista e desprovida de espiritualidade com que os fariseus tratavam os pecadores, motivo pelo qual foram repreendidos por Jesus.

(3) "O crescimento espiritual gera um crescimento automático da igreja":Na maioria dos casos, o crescimento espiritual leva a um crescimento da igreja, sim, mas nem sempre é automático. Sob a condução do Espírito Santo, esse é o resultado natural. No caso da experiência pessoal, alguém poderia dizer que santificação é o processo pelo qual o cristão, em sua comunhão com Deus, a cada momento, passa a ser menos do mundo e mais no mundo (Jo 17:14-15). Em outras palavras, a vontade e o caráter são transformados pelo amor de Deus e o testemunho desenvolvido pelo Seu poder. Para que o crescimento espiritual seja completo em cada etapa, é necessário que essa experiência inclua a utilização dos dons na pregação do evangelho e no testemunho pessoal.

(4) "Durante o crescimento espiritual não pecarei mais":Uma história procura ilustrar essa questão. Uma menina aceitou Jesus como seu Salvador e se tornou membro da igreja local. "Você era uma pecadora, antes de receber o Senhor Jesus em sua vida?" perguntou um diácono zeloso. "Sim, senhor", ela respondeu. "Bem, você ainda é uma pecadora?" insistiu o homem. "Francamente, sinto que sou mais pecadora do que nunca." "Mas, então, qual foi a mudança real que você experimentou?" "Não sei bem explicar isso, mas eu era uma pecadora que corria atrás do pecado. Agora, sou uma pecadora que corre do pecado!"

(5) "O crescimento espiritual só acontece até os 60 anos":É relatado que, quando Pablo Casals, o virtuoso catalão, completou 95 anos, um repórter iniciante o questionou: "Sr. Casals, aos 95 anos, sendo o maior violoncelista que já viveu, por que o senhor ainda pratica seis horas por dia?" E Casals respondeu: "Porque eu acho que ainda estou progredindo."

ILUSTRAÇÃO

C.S. Lewis conta que, quando criança, com frequência tinha dor de dente. No entanto, ele sabia, que, se chamasse a mãe, ela lhe daria algo para tomar que não deixaria doer o dente, durante aquela noite e ele poderia dormir. Mas ele não procurava a mãe até que a dor se tornava insuportável. A razão era a seguinte: ele não duvidava de que ela daria um analgésico para ele, mas também sabia de outra coisa: ela o levaria ao dentista no dia seguinte. Ele não conseguia o que queria, sem levar a segunda parte, que não era desejada. Sua vontade era eliminar a dor momentânea. A da mãe era eliminá-la de forma permanente.

C.S. Lewis conclui a comparação dizendo que Deus é como o dentista. Muitas pessoas O procuram para curar um pecado particular. Bem, Ele vai sanar aquele problema, mas não vai parar ali. Pode ser que aquilo seja o que você tenha pedido, mas uma vez que você se coloca sob Seus cuidados, Ele lhe dará o tratamento completo: uma vida transformada.

“Fazer discípulos não tem nada a ver com ganhar pessoas para uma filosofia ou torná-las pessoas boas, que sorriem sempre. Em vez disso, a Grande Comissão lança uma missão de resgate; todos os seguidores recebem ordens com autoridade total para agir onde quer que estejam. Discipulado envolve salvar pessoas delas mesmas e da condenação eterna, permitindo que o poder transformador de Deus as mude de dentro para fora” (Bill Hull, A Complete Book of Discipleship, p. 27). O segredo é que uma pessoa transformada pode mudar o mundo.

"Se nos fosse possível obter plena compreensão de Deus e Sua verdade, não haveria para nós novas descobertas de verdades, nem maior conhecimento, nem desenvolvimento adicional. ... Graças a Deus que não é assim! Sendo que Deus é infinito, e que nEle estão todos os tesouros da sabedoria, poderemos, durante toda a eternidade, estar sempre pesquisando, sempre aprendendo, sem nunca esgotar as riquezas de Sua sabedoria, bondade ou poder" (Ellen White, Maranata, o Senhor Vem, [MM 1977], p. 363).

Sikberto Marks

Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)

Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original

www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868

Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

Verso para memorizar: “Com que se parece o Reino de DEUS? Com que o compararei? É como um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta. Ele cresceu e se tornou uma árvore e as aves do céu fizeram ninhos em seus ramos” (Luc. 13:18 e 19, NVI).

Introdução de sábado à tarde

Como se entende o verso acima? Resumidamente, o Reino de DEUS está em permanente crescimento. Sempre se expande.

Por um lado, DEUS é o Criador, e frequentemente agrega novas criações, embora tenha parado de fazer isso após a intromissão do pecado no Universo. Por um lado, na pessoa, esse reino se inicia minúsculo, mas cresce indefinidamente. E ainda por outro lado, a igreja iniciou pequenina, mas cresceu, foi perseguida, encolheu-se, contudo no tempo do fim tornou a crescer. E abrangerá pessoas no mundo inteiro, acolherá homens e mulheres de todos os lugares do planeta, e muitos, crendo o que a igreja ensina, serão salvos para a vida eterna.

“Durante séculos de trevas espirituais a igreja de Deus tem sido como uma cidade edificada sobre um monte. De século em século, através de sucessivas gerações, as puras doutrinas do Céu têm sido desdobradas dentro de seus limites. Fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre que Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça, na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações.

“"A que", perguntava Cristo, "assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos?" Mar. 4:30. Ele não podia empregar os reinos do mundo como uma similitude. Na sociedade nada achou com que o pudesse comparar. Os reinos da Terra se regem pela supremacia do poder físico; mas do reino de Cristo são banidos cada arma carnal, cada instrumento de coerção. Este reino deve erguer e enobrecer a humanidade. A igreja de Deus é o recinto de vida santa, plena de variados dons e dotada com o Espírito Santo. Os membros devem encontrar sua felicidade na felicidade daqueles a quem ajudam e abençoam” (Atos dos Apóstolos, 12).

Primeiro dia: Evangelismo e testemunho incessante

O verdadeiro cristão nunca cessa de trabalhar pela salvação de vidas humanas. Ele morre trabalhando, assim como JESUS, que trabalhou até pendurado na cruz. Só parou ao expirar. Ainda, a influência dos verdadeiros cristãos continua após sua morte.

Tenhamos em mente um casal de pessoas bem idosas. Elas não podem mais fazer nada, como se diz. Nem andam mais, senão que precisam de amparo de outros, até para as necessidades higiênicas. Podem elas continuar trabalhando pela vida eterna de outras pessoas? Podem sim. Mas como? Agora elas trabalharão pelo método mais poderoso possível a qualquer ser humano: o seu testemunho de vida, ou seja, o que os outros falam a respeito da vida delas. Se foram pessoas de boa reputação cristã, nessa situação fala bem alto o seu passado. Outros comentam positivamente. Há os que se inspiram na vida delas. Também há pessoas que as usam como exemplo em seus trabalhos. E assim por diante. Tais pessoas são como JESUS: de alguma maneira trabalham quando já foram imobilizadas pela vida. JESUS já não podia mais mover-se na cruz. A única coisa que podia fazer era falar. E isso Ele fez. Salvou um dos ladrões; perdoou os pecados dos que O crucificaram (foi para perdoar que estava ali); criou condições para que a Sua mãe tivesse quem pudesse cuidar dela (apesar de ter outros filhos); e fez o principal: tornou-Se o Salvador do mundo, pendurado numa cruz. Vejam só que coisa! Os habitantes desse planeta têm sua esperança na decisão tomada por um homem, um único homem, pregado rusticamente em dois pedaços de madeira. Ali Ele fez o trabalho mais importante em todos os tempos, desde que há vida nesse planeta.

Do mesmo modo, quantos são os velhinhos que trabalham poderosamente, já imobilizados pela idade! Às vezes são poucas e sussurradas palavras, mas que comovem os corações e alertam seres humanos. Nessa situação fala não somente a experiência de vida, mas a fé inabalável munida do poder do ESPÍRITO SANTO. Se tal testemunho não comove alguma pessoa, será que vai ter que ressuscitar algum dos grandes profetas mortos para sensibilizar? JESUS mesmo disse que nem assim se moveria o coração insensível.

Portanto, se pessoas em seus últimos momentos de vida, ‘sem fazerem nada’ fazem muito mais, quem sabe, do que quando estavam na ativa, o que dizer de quem ainda tem condições de agir? Isso leva a uma reflexão profunda: quem age no tempo da plenitude de suas forças, quando esta lhe faltar, seu testemunho permanecerá pelo valor de seu caráter relatado por outros. Que DEUS abençoe aqueles que, pela doença ou pela idade, ainda trabalham com grande poder, de sua cama, de onde certamente sairão para uma cova. Ou melhor, de onde, quando acordarem, se verão diante da face do Salvador, em quem creram e em quem esperaram até seu último momento de vida.

Esta obra não pode parar, ou, dito de maneira mais realista, ela não irá parar, mesmo que eu ou você não façamos a nossa parte. E mesmo que os mais poderosos inimigos deste planeta, sejam seres humanos sejam espíritos, desencadeiem a oposição mais poderosa imaginável. Um homem velhinho ou uma senhora velhinha, cuja luz se esteja apagando, mas cujo coração esteja ligado a DEUS, sua oração, mesmo balbuciada, ou só no pensamento, quando nem mais os olhos se abrem, tem poder superior a todas as hostes dos demônios e humanos reunidos. É importante saber que, ao lado de DEUS, não há condição desfavorável, seja pendurado numa cruz seja deitado numa cama.

Segunda: Um ambiente estimulante

Esse é um tema vital para a salvação de pessoas. Elas vivem em seu ambiente social, ao qual se adaptaram e do qual se tornaram dependentes. É um ambiente, geralmente de noitadas desregradas, festas com álcool, cigarros, som alto e glutonaria. Filmes imorais e também violentos. Novelas e outros programas altamente nocivos ao caráter. Práticas de vida condenáveis, como sonegação, pirataria de direitos autorais e pouca atenção a valores e princípios de vida com ética e com caráter bem fundamentado. Tudo regado a mais explícita falta de moralidade.

Aí a pessoa conhece a verdade. Entende e aceita. É tanta mudança que deve ocorrer que pode, por vezes, vacilar, mas vai em frente. Descobre a realidade da vida eterna. Percebe que existe um estilo superior de se viver já nessa Terra. Encanta-se com tudo isso, e principalmente que existe um DEUS de puro amor. Nos primeiros tempos sente uma experiência interessante de vida. Ela é batizada, e esse é um grande dia.

Porém, aí, aos poucos, vem uma ou outra experiência de decepção. Estamos nos baseando em fatos reais (vide, mais adiante, o comentário de 4ª feira). Essa experiência torna-se angustiosa. A família não tem ambiente social. Os velhos amigos pressionam, e novos amigos são poucos, ou nem existem. Entraram para a igreja verdadeira, mas não encontraram uma sociedade acolhedora. Sentem falta de pertencer a um grupo onde possam interagir, ter convívio, conversar, sentirem-se seres sociais, como foram criados por DEUS.

Então o que acontece? Voltam para a antiga sociedade de onde vieram, largando tudo o que haviam recebido. Ou melhor, largam a vida eterna, porque sociabilidade não haviam recebido. A vida eterna é uma promessa para o futuro, mas a sociabilidade é a condição necessária de vida no presente, enquanto esse tão almejado futuro não vem. Receberam JESUS, que lhes foi oferecido, mas quem lhes deu JESUS, não os acolheu como amigos. Perceberam-se uma família fora do ninho.

Quando isso acontece, houve grave falha por parte da igreja, como um todo. Se formos uma comunidade de crentes socialmente bem integrados, então iremos atrair pessoas, mesmo sem grande esforço evangelístico. Mas se for como a ilustração acima, então até devemos orar para que DEUS não nos dê novos interessados pelo batismo, pois a experiência de descobrir algo superior e ter que largar por não poder sustentar é decepcionante.

Terça: Formando instrutores

A lição de hoje é de caráter prático e é importante para o crescimento das igrejas e grupos. Mas ela deve ser posta em prática. Nada resolve estudarmos e ficar tudo como antes desse estudo. Temos que mudar urgentemente com relação a formação de líderes na igreja.

Hoje o autor foi muito feliz. Em poucas linhas expôs o problema e também a solução. Qual é o problema? É a escassez de liderança na igreja e a dependência de poucas pessoas capazes de dinamizar o funcionamento da igreja ou grupo. É necessário que, mesmo grupos com poucos irmãos, isolados de outra igreja mais numerosa, sejam dinâmicos a tal ponto que possam criar condições atraentes de programação, e inventarem novidades coerentes com os nossos princípios para quebrar a monotonia. Ainda que, quando os líderes que estiverem na ativa não puderem mais atuar, que já haja outros em ação, tanto para que aqueles sejam substituídos quanto para que a carga deles seja distribuída a maior número de pessoas.

Um dos nossos grandes problemas é a falta de liderança na igreja, em especial, nas menores e mais humildes e nos grupos do interior. Falta qualificação de pessoas para essa atividade. Resulta em igrejas pequenas e grupos desanimados, com programas sem atrativos, sempre a mesma coisa, com baixa contribuição espiritual. Pensando nisso, estamos elaborando um vídeo a fim de colaborar na formação de lideranças locais. Nós devíamos ter preocupação em formar liderança em todos os lugares onde se abrem novos grupos ou igrejas. Isso não é difícil, mas quase nada é feito, e em grande parte dos casos, absolutamente nada é feito. Não faz sentido um tremendo evangelismo só para depois abandonar os recém-conversos à sua própria sorte. Aqui vai um apelo aos profissionais ‘leigos’ da igreja: tomemos a iniciativa de realizar cursos de formação de líderes para lugares onde isso é uma carência. Sabemos que uma iniciativa oficial da igreja não haverá. Quem for empresário, gerente, ou que tiver formação e for líder em sua atividade, deixe de pregar e de dar estudos bíblicos, se for o caso, e dedique-se à manutenção do que já foi alcançado, e crie cursos de treinamento para a formação desse tipo de líder, para fortalecer a igreja. Será que esse é um apelo tolo?

Quarta: Resgatando pessoas afastadas

Faremos uma inversão dos assuntos. Mesmo mantendo os títulos, abordaremos o que vem amanhã, e no estudo de quinta abordaremos o de hoje. É o mais lógico.

Para esse assunto, vamos analisar um estudo muito bom elaborado pelo Pr. Rubén Pereyra, Doutor em Ministério pela Andrews University. Quais são as causas mais relevantes da apostasia? Resumidamente elenquemos o que ele dispôs em seu estudo. Esse estudo não é recente, mas é facilmente perceptível o quanto ainda é atual em nossos dias.

“A motivação do, ou dos mensageiros que participam da campanha”, ou seja, o alcance da “quota de produção” ou alvo de batismos. Diz o pastor: “Em algumas das igrejas que mais crescem solidamente, nota-se uma maior ênfase na pregação da verdade do que nas cifras estatísticas, resultando assim em mais decisões que perduram. A excessiva pressão sobre números que é dada em certos círculos da Igreja, produz uma tensão que resulta em profissionais desprovidos da verdadeira motivação redentora.”

“Tipo de experiência prévia ao batismo. A diferença entre proselitismo e conversão está, basicamente, no fato de que no primeiro caso se convence ou se conquista a pessoa a mudar de igreja, filiando-se a uma outra...” “Tal experiência não terá profundidade suficiente para a sobrevivência após o "nascimento". No livro Evangelismo lê-se de tais experiências: "A salvação não está em ser batizado, em ter nosso nome nos livros da igreja, nem em pregar a verdade. Mas em uma viva união com Jesus Cristo para ser renovado no coração..." Evangelismo, pág. 319.” ... “Nosso evangelismo deveria ser fruto de encontro e experiência com Cristo através do conhecimento. Não de conhecimento e prática das normas cristãs somente, mas impregnadas do amor por Cristo e de uma entrega total a Ele.” ... “Qual seria, pois, a solução? Um enfoque menos teológico e mais experimental do que é o cristianismo, enfatizando a fé, a entrega, a conversão, baseando tudo no conhecimento de Cristo e no Espírito Santo.”

O novo converso necessita de um ambiente caloroso, receptivo, de uma nova sociedade que o acolha fraternalmente, o tempo todo. O Pr. Rubén explica isso detalhadamente, que por razão de espaço, reduzimos aqui, em itens:

“O espírito de alegria, de fraternidade e fidelidade que existe na igreja. O desapontamento que produz uma igreja desunida ou adormecida pode ser fatal para quem vibra com seu primeiro amor.

A inspiração que recebe o novo membro ao ser integrado na atividade missionária. Exigir que ele faça atividades que deve cumprir como obrigação religiosa pode enfadar o novo membro. Por outro lado, a participação motivada pelo grande amor à verdade e a Cristo é um tonificante contra um possível estado de desânimo.

O apoio nos momentos de luta. Logo em seguida ao batismo podem vir tempos difíceis como rejeição dos familiares e amigos, conflitos na adaptação à nova forma de viver, dificuldades para a observância do sábado, ou ainda incertezas quanto a sua nova fé. Sentir-se abandonado em momentos assim pode ser fatal para um novo membro.

A edificação espiritual promovida pelo próprio crente. Em um folheto intitulado "Equipamento de Sobrevivência para Cristãos Novos", escrito por Ralph Neighbour Jr. e publicado pela Convention Press (7a. Edição, 1982) estão descritas algumas "fases pelas quais passam quase todos os novos cristãos, e as maneiras de evitar o fracasso". São elas:

A fase da lua-de-mel. Cheia de felicidade.

A fase da luta. A antiga natureza quer ressuscitar.

A fase da dúvida. E uma experiência similar à do recém casado que acreditava que tudo seria mel...

A fase do pânico. O novo membro passa a fazer um estudo mais profundo da verdade; uma investigação desesperada para certificar-se de que deu o passo correto.

A fase do "cristão silencioso". Aquele que guarda sua fé e não testemunha, passando a engrossar as fileiras dos "cristãos do serviço secreto".

Pois bem, nem todos passam exatamente pelas fases acima. Elas são fruto de estudos feitos já há algum tempo. Esse material está disponível para quem desejar na íntegra:

http://www.horatranquila.com.br/o_bom_pastor/livros/o_problema_da_apostasia.doc. O estudo indica, em resumo, o seguinte: quando um membro sai da igreja, a maior parte da culpa é da igreja e de sua liderança. E a maior causa da apostasia certamente ocorre por falta de ambiente social, não tanto por falta de conhecimento espiritual. Assim sendo, não parece difícil resolver as causas do problema. É uma mudança de cultura, do individualismo para uma convivência social mais prazerosa, espiritualmente bem fundamentada.

Quinta: A porta dos fundos

Então hoje comentaremos o tema de ontem. O que fazer para evitar que as pessoas saiam, e como trazer de volta as que saíram?

Do estudo de ontem, baseado no Pr. Rubén, podemos resumir em três pontos as razões da saída:

1º) A motivação do evangelista, ou seja, quem buscou as pessoas basicamente para batizar, não para salvar. Isso leva a um conhecimento superficial das doutrinas bem como a uma decisão precipitada pelo batismo. Depois que a pessoa descobre quais dificuldades vai enfrentar, não tem o preparo para a luta. É algo como mandar para a guerra um soldado, muito bem armado (no caso é a Bíblia), mas que não foi instruído sobre como manusear sua arma e munição. Quando estoura uma batalha, ele fica sem saber o que fazer, e faz tudo errado.

2º) Entrar na igreja sem experiência com CRISTO. Por isso, torna-se uma pessoa que olha mais para os outros membros que para CRISTO, para tentar saber como se deve proceder para ser cristão. E nessa tentativa, ele olha para os membros que têm as fraquezas que ele também tem.

3º) O ambiente não é caloroso, de alegria, de integração, de acolhimento, nem há apoio para as lutas que certamente deverá enfrentar. Batizou-se, agora se vire por conta própria. Quem o trouxe à igreja desapareceu, os demais membros nunca estiveram comprometidos, e veem essa pessoa como mais um estranho que um irmão. Não houve preparo da igreja para receber pessoas que foram resgatadas do inferno, local que elas muitas vezes amavam.

4º) Faltou edificação espiritual, isto é, a aquisição de mais conhecimento pós batismo. Um cristão nunca deve deixar de estudar e de crescer espiritualmente. E a igreja deve motivar a todos para seguirem esse caminho. Esse foi o caminho dos bereanos: estudar, pesquisar e se aprofundar. Eles conferiam se o que o pregador falava era mesmo assim. Eles desenvolverem o saudável espírito crítico, que é a capacidade de procurar erros em si mesmo e o cuidado para que outros não nos influenciem para caminhos errados.

Mais coisas interessantes poderiam ser acrescentadas. Por exemplo, a antiga “operação resgate”, da qual já não se fala mais. Programas esporádicos para os afastados são como uma brincadeira com eles, pois se faz esse programa, e depois mais nada. A nossa atitude para com vidas humanas precisa mudar muito. Resumindo tudo, em poucas palavras, necessitamos, todos, de mais fraternidade.

Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

Esses assuntos são importantes demais para esquecermos. Às vezes, coisas relevantes. Os conselhos do autor da lição para se manter o ministério contínuo são bons, mas faltou o principal: a busca do poder do ESPÍRITO SANTO, justamente Quem nos foi dado para essa finalidade. O ESPÍRITO SANTO nosso Senhor deixou para esses dias finais. Ele será concedido em grande medida para a finalização da obra de evangelização do mundo. Até se pode dizer: uma pessoa ou um grupo que confia no poder do ESPÍRITO SANTO pode até esquecer das 4 recomendações da lição, o seu trabalho correrá bem, e terá apoio.

Vamos a mais algumas recomendações que também são bem importantes:

1ª) Ser humilde, não querer destaque para si, trabalhar para a honra e glória de DEUS e para o bem do próximo, assim como JESUS;

2ª) Andar com DEUS, assim como Enoque;

3ª) Ser fiel a DEUS e Seus princípios de caráter, em tudo o que fizer, assim como Daniel;

4ª) Fazer tudo com esforço, fazer o melhor, e buscar o crescimento na capacidade necessária para o trabalho que desempenha e também buscar desenvolvimento espiritual, assim como José do Egito;

5ª) Ao cair em pecado, estar sempre disposto a se arrepender, e a mudar tudo o que descobrir de errado em sua vida, assim como Davi;

6ª) Ser capaz de distinguir o correto do errado, assim como Elias e João Batista;

7ª) Amar a todos e servir por amor, sempre dispostos a perdoar, mas também não fechando os olhos para os corruptores, assim como JESUS.

Essa lista de bons exemplos pode ser aumentada em muito. Temos Noé, os apóstolos, Moisés, Ester, Noemi e Rute, Dorcas, os patriarcas, e muitos outros. Cada um dos personagens bíblicos teve seus pontos fracos e pontos fortes. O conjunto dos pontos fortes de todos deles se aproxima do que foi JESUS, o perfeito. Se seguirmos apenas o modelo de JESUS, estaremos imitando o que havia de correto nos grandes homens e mulheres do passado e do presente que honraram a DEUS, e que fizeram relevantes trabalhos em favor de seus semelhantes.

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle, e o mais Ele fará” (Sal. 37:5).

 

Publicado em 22/06/2012 por LicoesdaBiblia "Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei? É como um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta. Ele cresceu e se tornou uma árvore, e as aves do céu fizeram ninhos em seus ramos" Lc13:18, 19 Com a participação do pastor Fernando Rios (Secretário da Associação Sul de Rondênia) e do pastor Nelson Silva (Presidente da Missão Oeste do Pará (MOPa)

 

Fontes:


Casa Publicadora Brasileira ( http://www.cpb.com.br/ )

Novo Tempo Lições da Bíblia ( http://novotempo.com/licoesdabiblia/ )

Nenhum comentário:

Postar um comentário