Lição 7 - O povo especial de Deus (Miqueias)
11 a 18 de maio
Sábado à tarde Ano
Bíblico: 2Cr 5–7
VERSO PARA
MEMORIZAR:
“Ele te
declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques
a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq
6:8).
Leituras da Semana:
Pensamento-chave: Mesmo
em meio à pior apostasia, o Senhor estava disposto a perdoar e curar Seu povo.
O profeta Miqueias
ministrou em um dos mais obscuros períodos da história de Israel. Havia muito
tempo que o país tinha sido dividido em dois reinos. Finalmente, a Assíria pôs
fim ao reino do norte, e Miqueias notava o mal e a violência invadindo Judá, no
sul. Ele pregou contra os pecados mortais da desonestidade, injustiça, suborno
e desconfiança. Miqueias foi o primeiro profeta bíblico a prever a destruição
de Jerusalém (Mq 3:12).
No entanto, por inspiração divina, o profeta viu luz nesse tempo de escuridão.
Com a ajuda da perspectiva de Deus, ele olhou além do castigo iminente.
Miqueias proferiu palavras de encorajamento e declarou que o Líder ungido do
Senhor viria de Belém. O Messias seria o líder que salvaria Israel e falaria de
paz às nações, ensinando-as a converter “suas espadas em relhas de arado” (Mq
4:3). A repreensão divina seria o canal de restauração e bênçãos supremas.
A agonia do profeta
Em Miqueias
1:1-9, o profeta convida toda a Terra a testemunhar o juízo de Deus contra
os pecadores. As cidades capitais de Samaria e de Jerusalém são apontadas
porque seus líderes não foram exemplos do que significa seguir a Deus de todo o
coração. Essas duas cidades seriam as primeiras a sofrer a destruição.
O pensamento do juízo destrutivo produziu verdadeira tensão na vida de
Miqueias. Visto que seu chamado profético o uniu ao propósito de Deus, ele não
tinha escolha, senão anunciar o que estava por vir no futuro próximo. Mas o
profeta também amava o povo ao qual ele pertencia e a ideia de seu cativeiro o
levou a lamentar. Muitas vezes, uma notícia má tinha o efeito mais devastador
sobre a mente e o corpo do profeta do que sobre os destinatários.
1. O que os textos a seguir ensinam sobre a difícil condição dos
profetas? Nm
11:10-15; 1Rs
19:1-4; Jr
8:21–9:2; Ez
24:15-18; 2Co
11:23-27
Os profetas de Deus ficavam muito
envolvidos nas mensagens que anunciavam. Eles não gostavam de falar sobre as
coisas terríveis que aconteceriam. Muitas vezes, usavam lamentações para
expressar suas reações aos desastres iminentes. A dor deles era real. Para os
ouvintes, a mensagem estava contida tanto nas palavras proféticas quanto nos
sinais externos, que muitas vezes revelavam uma dor profunda que provinha do
coração. A reação de Miqueias ao juízo divino nos faz lembrar de Isaías, que
por três anos andou seminu e descalço, como sinal visível da vergonha que o
cativeiro traria. Podemos pesquisar também sobre o grande sofrimento que Ellen
G. White suportou em seu ministério. Isso nos ajudará a entender melhor o que
os servos de Deus tiveram que enfrentar.
Leia 1 Pedro 4:14-16. Depois considere
a si mesmo e as provas pelas quais está passando. Quanto sofrimento tem
ocorrido por causa de sua fidelidade a Deus? Você tem sofrido devido à
infidelidade?
Segunda Ano Bíblico: 2Cr 10–13
Aquele que trama
iniquidade
A ascensão de Acaz ao trono pôs Isaías
e seus associados face a face com circunstâncias mais aterradoras do que as que
até então tiveram lugar no reino de Judá. Muitos que anteriormente haviam
resistido às influências sedutoras de práticas idólatras estavam então sendo
persuadidos a tomar parte na adoração de divindades pagãs. Príncipes em Israel
se mostravam infiéis ao seu dever; falsos profetas se levantavam com mensagens
que levavam ao extravio, e até alguns dos sacerdotes estavam ensinando por
interesse. Mesmo assim os líderes em apostasia ainda conservavam as formas do
culto divino e presumiam ser contados entre o povo de Deus.
“O profeta Miqueias, que durante esses tempos conturbados deu seu testemunho,
declarou que os pecadores de Sião, ao mesmo tempo que afirmavam estar apoiados
no Senhor, e que em blasfêmia se vangloriavam dizendo: ‘Não está o Senhor no
meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá’, continuavam a edificar ‘a Sião com
sangue, e a Jerusalém, com perversidade’” (Mq 3:11, 10; Ellen G. White, Profetas
e Reis, p. 322).
Um dos problemas constantes que a nação hebraica enfrentava era o engano de que
seu status especial como povo de Deus – seu conhecimento do verdadeiro Deus, ao
contrário da tolice da idolatria pagã (Sl 115:4-9) – os tornava de alguma forma
imunes à retribuição divina. A terrível verdade, porém, é que precisamente
porque eles tinham um status especial diante de Deus, seriam considerados muito
mais culpados por seus pecados. Como no livro de Deuteronômio, repetidamente o
Senhor os advertiu de que todas as bênçãos, proteção e prosperidade que seriam
deles eram condicionais à obediência aos Seus mandamentos, como é visto nesta
advertência: “Tão somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te
não esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do
teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos
filhos de teus filhos” (Dt 4:9).
Tentamos enganar a nós mesmos quanto
ao perigo de cometer o mesmo erro de Israel no passado? Pelo fato de possuirmos
muita luz, pensamos que não podemos ser punidos?
Terça Ano Bíblico: 2Cr 14–16
O novo Rei de Belém
No livro de Miqueias, o humor muitas
vezes muda drasticamente da tristeza para a esperança sublime. Essa esperança é
vista em uma das mais famosas profecias messiânicas.
3. Quem foi mencionado em Miqueias
5:2? O que aprendemos sobre Ele nesse verso? Jo
1:1-3; 8:58; Cl
1:16, 17
De uma pequena cidade da Judeia viria
Alguém da eternidade para ser governante em Israel. Miqueias 5:2 é um dos mais
preciosos versos bíblicos, escrito para fortalecer a esperança do povo que
aguardava ansiosamente o Líder ideal prometido pelos profetas. Seu governo
conduziria a um tempo de força, justiça e paz (Mq
5:4-6).
Davi era natural de Belém, cidade também chamada de Efrata (Gn 35:19). A menção
dessa cidade destaca a origem humilde tanto de Davi quanto de seu futuro
sucessor, que seria o verdadeiro Pastor do povo (Mq 5:4). Na humilde cidade de
Belém o profeta Samuel ungiu o filho mais novo de Jessé, Davi, que devia ser
rei de Israel (1Sm 16:1-13; 17:12). Quando os sábios foram à procura do
recémnascido “Rei dos judeus”, o rei Herodes perguntou aos especialistas nas
Escrituras onde deveriam procurá-Lo (Mt 2:4-6). Eles mencionaram a ele essa
passagem, que predizia que o Messias viria da pequena cidade de Belém.
Tão incompreensível como isso seja para nossa mente finita e caída, esse bebê
era o Deus eterno, Criador dos céus e da Terra. “Desde os dias da eternidade o
Senhor Jesus Cristo era um com o Pai” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as
Nações, p. 19). Por mais incrível que seja a ideia, esta é uma das verdades
mais fundamentais do cristianismo: O Deus criador tomou sobre Si a humanidade e
nessa humanidade Se ofereceu como sacrifício pelos nossos pecados. Se tomarmos
tempo para pensar sobre o que isso nos ensina a respeito do valor de nossa vida
e do que significamos para Deus, podemos ter uma experiência que transforma a
vida. Quando tantas pessoas lutam para encontrar propósito e significado para
sua existência, temos o fundamento da cruz, que não apenas nos firma no
significado de nossa vida, mas também nos dá a esperança de algo maior do que
aquilo que este mundo pode oferecer.
Quarta Ano Bíblico: 2Cr 17–20
O que é bom
No início de Miqueias 6, Deus dialogou
com Seu povo, listando todas as coisas que tinha feito em seu favor. Em
resposta, o adorador que ia ao templo perguntava o que ele podia fazer para
agradar a Deus. O que constitui uma oferta aceitável: “bezerros de um ano”,
milhares de carneiros”, “dez mil ribeiros de azeite?”, ou até mesmo o filho
primogênito do adorador? Há uma constante progressão do tamanho e do valor das
ofertas especificadas no texto.
4. Leia Miqueias
6:1-8. A verdade é apenas doutrina correta e compreensão detalhada da
profecia, ou Deus espera algo mais? Mt
23:23
O profeta declarou que Deus já revelou
o que Ele quer. Por meio dos ensinamentos de Moisés, o povo sabia o que Deus
graciosamente tinha feito por ele (Dt 10:12, 13). A resposta de Miqueias não
era uma nova revelação que sinalizava uma mudança nos requisitos de Deus.
Sacrifícios e serviços sacerdotais não eram a primeira preocupação de Deus. O
supremo desejo do Senhor era ter um povo que fosse justo para com seus
semelhantes, com devoção constante e amor para com o Senhor. A oferta mais
extravagante que as pessoas podem dar a Deus é a obediência.
Miqueias 6:8 é a mais sucinta declaração da vontade de Deus para Seu povo. O
texto resume todos os ensinamentos proféticos sobre a verdadeira religião: uma
vida que revele a justiça, misericórdia e intimidade com Deus. Justiça é algo
que as pessoas fazem quando são movidas pelo Espírito Santo. Tem a ver com
retidão e igualdade para todos, especialmente os fracos e impotentes que são
explorados por outros. Bondade significa demonstrar amor, lealdade e fidelidade
aos outros de modo livre e espontâneo. Andar com Deus significa colocá-Lo em
primeiro lugar e viver em conformidade com Sua vontade.
Por que é mais fácil guardar o sábado
estritamente do que praticar a justiça, amar a misericórdia e andar
humildemente diante de Deus?
Quinta Ano
Bíblico: 2Cr 21–23
Nas profundezas do mar
O livro de Miqueias começa com uma
descrição dos juízos, mas termina com palavras de esperança. Há pessoas que
tentam minimizar ou negar a realidade dos juízos de Deus. Fazer isso é cair na
armadilha em que caíram os contemporâneos de Miqueias, que acreditavam que Deus
nunca mandaria juízos sobre a nação escolhida.
A justiça de Deus é o outro lado do Seu amor e preocupação. A boa notícia
apresentada por Miqueias é que a punição nunca é a última palavra de Deus. A
ação divina nas Escrituras se move constantemente do juízo para o perdão, da
punição para a graça e do sofrimento para a esperança.
5. Leia Miqueias
7:18-20. Como a esperança do evangelho é revelada nesses versos? Por que
precisamos dela desesperadamente?
Os versos finais de Miqueias apresentam
seu louvor cheio de esperança. A pergunta “Quem, ó Deus, é semelhante a
Ti[...]”? Corresponde ao nome de Miqueias, que significa “Quem é como o
Senhor?” Ela serve como lembrete da singularidade de Deus e afirma a verdade de
que não há ninguém igual a Ele. Como poderia haver? Afinal, somente Ele é o
Criador. Tudo o mais são criaturas. Ainda mais importante, nosso Criador é o
Deus da graça, do perdão, um Deus que foi aos extremos mais inimagináveis
possíveis a fim de nos salvar da destruição que seria, de modo justo, nossa
recompensa. Ele teria feito isso pela nação hebraica e também fará o mesmo por
nós.
É possível que sejamos rodeados por circunstâncias difíceis e experiências
dolorosas que nos deixem perguntando por que Deus permite que tudo isso aconteça.
Às vezes, é muito difícil entender as coisas. Em tais momentos, nossa esperança
repousa apenas no Senhor, que promete lançar nossos pecados nas profundezas do
mar. Há esperança para o futuro ao lembrar o que Deus fez no passado.
Considere sua vida com atenção. Por
que sua única esperança está na promessa de que Deus lançará seus pecados “nas
profundezas do mar”?
Sexta Ano
Bíblico: 2Cr 24, 25
Estudo adicional
Se Jerusalém tivesse conhecimento do
que era seu privilégio saber, e dado ouvidos à luz que o Céu lhe tinha enviado,
poderia ter se destacado na alegria de sua prosperidade, tendo sido rainha de
reinos, livre na força do poder dado por seu Deus. Não teria havido soldados
armados às suas portas [...] O glorioso destino que felicitaria Jerusalém,
houvesse ela aceitado o Redentor, surgiu aos olhos do Filho de Deus. Viu que,
por meio dEle, ela poderia ter sido curada de sua grave enfermidade, libertada
da escravidão e estabelecida como poderosa metrópole da Terra. De suas muralhas
partiria a pomba da paz, em direção de todas as nações. Ela seria o diadema de
glória do mundo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 577).
Perguntas para reflexão
1. Se você quer entender em um
contexto mais moderno o sofrimento que os profetas de Deus muitas vezes
experimentaram, leia o livro Vida e Ensinos, de Ellen G. White. O que esse
livro ensina sobre as lutas e provações que fiéis mensageiros de Deus podem
enfrentar?
2. É tão fácil se envolver com as formas religiosas, tradições e rituais, os
quais podem ser bons. Porém, o que acontece quando essas formas e rituais se
tornam fins em si mesmos, em vez de nos conduzir para o que realmente significa
ser um seguidor do Deus a quem adoramos com essas formas?
3. Pense mais na ideia da encarnação, o conceito de que o Deus criador tomou
sobre Si a natureza humana. Como um teólogo medieval escreveu: “Retendo tudo o
que Ele era, Cristo tomou sobre Si o que Ele não era”, isto é, a nossa
humanidade. Pense sobre o que essa surpreendente verdade revela acerca do amor
de Deus por nós. Por que essa verdade deve nos encher de esperança, gratidão e
louvor, independentemente das circunstâncias?
Respostas sugestivas: 1. Moisés sofreu por causa das muitas
reclamações de Israel no deserto; Elias foi ameaçado de morte por Jezabel;
Jeremias lamentou o sofrimento e os pecados do povo; Ezequiel perdeu a esposa
como sinal da tragédia que sobreviria a Israel; Paulo fez muitos sacrifícios
para pregar o evangelho. 2. Planejar e executar o mal; ganância, desonestidade
e violência; roubo; falsas profecias; odiar o bem e amar o mal; hipocrisia. 3.
O Messias, eterno Rei de Israel, que nasceria em Belém para salvar a
humanidade; Ele é o Criador e Redentor. 4. Deus espera que creiamos na
verdadeira religião; mas além das formalidades religiosas, Ele espera que
pratiquemos a justiça, amemos a misericórdia e andemos humildemente diante do
Senhor. A religião exterior deve caminhar com a espiritualidade interior. 5.
Deus perdoa nossos pecados e os esquece; em Sua misericórdia, Ele lançará
nossas iniquidades nas profundezas do mar e manterá a fidelidade ao Seu povo.
Sem o perdão de Deus, não temos esperança!
ESCOLA SABATINA
Texto-chave: Miqueias
6:8
O aluno deverá...
Conhecer: Que Deus revela o que é bom em Sua Palavra. Sua revelação nos dá a compreensão que não podemos obter de outra forma. Deus quer apenas o nosso melhor. Por isso, Ele nos dá instruções e leis.
Sentir: Desejo de estar perto do Senhor, de Seu caráter amoroso e desfrutar Sua presença.
Fazer: Passar tempo com Ele. Como resultado, Seu amor e bondade serão vistos em nosso caráter, enquanto agimos como o Senhor.
Esboço
I. Saber: Andar humildemente com o Senhor
A. Como você pode andar humildemente com o Senhor?
B. Por que é tão difícil exercer misericórdia?
C. O que significa praticar a justiça?
II. Sentir: Amar a misericórdia
A. Qual é a diferença entre demonstrar misericórdia e amar a manifestação da misericórdia?
B. Como você se sente ao perdoar alguém que não merece?
III. Fazer: Praticar a justiça
A. Por que é tão importante exortar o povo de Deus a praticar a justiça?
B. Como você pode harmonizar misericórdia e justiça nas decisões de sua igreja ao lidar com questões problemáticas?
C. Convide os alunos da classe a partilhar suas experiências pessoais de quando eles lutaram para decidir se mostrariam misericórdia ou justiça a uma pessoa culpada.
Resumo: O profeta Miqueias explicou quem é
Deus. Depois, exortou as pessoas a andar com Ele para que refletissem Seu
caráter, ou seja, amar a demonstração de misericórdia e fazer o que é justo.
Somente contemplando Deus iremos imitá-Lo e ser como Ele é.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando a Palavra: Miqueias 6:8
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus perdoa, mostra misericórdia
e age com justiça. Quando andamos humildemente com Ele, aprendemos a amar a
misericórdia e fazer o que é justo. Ao fazer isso, refletimos Seu caráter.
Só para o
professor: Um excelente resumo da mensagem de
Miqueias é encontrado no fim de seu livro (Mq 7:18-20). Essa passagem é um jogo
de palavras com o nome do profeta (Miqueias significa “Quem é como o Senhor?”),
porque ela também começa com a pergunta “Quem, ó Deus, é semelhante a Ti
[...]?” A resposta esperada para essa pergunta retórica é “ninguém”, porque
Deus é único. Ele perdoa o pecado, deleita-Se na compaixão e deseja demonstrar
misericórdia. Ele é sempre fiel, ama a misericórdia, e age com justiça.
Esse Deus de graça é o Deus do Antigo Testamento. Não há diferença entre o Deus
do Antigo Testamento e o do Novo Testamento. Isso está em oposição a Marcião,
que já no segundo século depois de Cristo, fez uma distinção incorreta entre o
que ele caracterizou como um Deus do Antigo Testamento, severo, justo, cruel e
irado, e Jesus Cristo, o Deus do Novo Testamento, amoroso, perdoador e bondoso.
A realidade é que o Deus que criou a humanidade e tirou Israel do Egito e o
levou para a Terra Prometida é exatamente o mesmo Deus que morreu por nós no
Calvário! “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb
13:8).
Discussão de abertura: As pessoas muitas vezes não entendem o
Antigo Testamento e imaginam o Deus do Antigo Testamento como um Deus de
guerra, sangue, punição e julgamento, enquanto ignoram as imagens ainda mais
severas de um Deus justo no Novo Testamento (veja, por exemplo, Mt 23:13-39;
24:51; At 5:1-11; Ap 14:9-11; 19:17-21). No entanto, há apenas um Deus bíblico,
que é amor (Êx 34:6, 7; 1Jo 4:16). É preciso corrigir nossa interpretação das
Escrituras, geralmente distorcida, e não o caráter de Deus. O Senhor é o Deus
de amor, verdade, justiça e liberdade.
Perguntas
para discussão:
1. Na lição desta semana, qual é o verso bíblico mais poderoso para encorajar o cristão na luta contra o mal?
2. Qual é o significado da vitória de Cristo na cruz? Que implicações isso tem para a compreensão de Deus como o Deus do amor e justiça?
Compreensão
Só para o professor: Miqueias foi um
profeta do oitavo século antes de Cristo (entre 750 a.C. e 686 a.C.),
contemporâneo de Isaías. Sua mensagem é dirigida à sua própria geração, mas
especialmente ao remanescente (esse termo aparece cinco vezes em seu livro: Mq
2:12; 4:7; 5:7, 8; 7:18).
A condição da sociedade em que ele vivia parece ser a que ele descreveria se
vivesse em nossa sociedade pós-moderna (leia especialmente Mq 7:2-6): Não havia
pessoas piedosas, a violência e o derramamento de sangue prevaleciam em todos
os lugares, amigos traíam-se, as melhores pessoas eram como espinheiros, os que
estavam no poder pediam subornos, os juízes estavam corrompidos, havia
conspiração em toda parte, não se podia confiar em vizinhos, amigos ou cônjuge,
filhos estavam em conflito com os pais, etc. Somente a mensagem de Deus tinha poder
para curar esses relacionamentos quebrados.
Comentário Bíblico
I. O que Deus pede
(Recapitule com a classe Mq 6:8.)
O livro não foi escrito apenas para informação. A Palavra de Deus tem poder
para transformar seus leitores. Miqueias levantou questões muito importantes.
Se Deus é amoroso, perdoador, misericordioso, compassivo, como podemos
agradá-Lo? Como podemos obter Seu favor? Sacrificando animais? Apresentando-Lhe
dádivas especiais? Sacrificando o filho primogênito? Absolutamente, não! Deus
não tem prazer em rituais nem na religião externa e formal. Ele quer mais. Como
devemos nos aproximar do Senhor? A resposta clara é apresentada em Miqueias
6:8: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti:
que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu
Deus.”
A versão bíblica The New Living Translation [Tradução Nova Vida] contém as
seguintes palavras: “Não, ó povo, o Senhor lhe disse o que é bom, e isso é o
que Ele pede de você: fazer o que é justo, amar a misericórdia e andar
humildemente com seu Deus.”
Miqueias 6:8 é o verso por excelência para a ética bíblica e descreve o
verdadeiro estilo de vida do cristão. Para entender melhor o que Deus está
dizendo por meio de Miqueias, precisamos nos familiarizar com uma
característica essencial do pensamento hebraico. Quando os autores bíblicos
queriam explicar uma sequência de ações diferentes, eles as descreviam
normalmente a partir do efeito para a causa. Esse princípio funciona do visível
para o invisível, do superficial para o real, do exterior para o interior.
Pensamos e falamos de forma diferente hoje. Explicamos as coisas da causa para
o efeito.
Em outras palavras, para entender o que Miqueias estava realmente dizendo, para
captar sua mensagem, é preciso inverter a sequência dos pensamentos. Precisamos
começar a estudar esse verso a partir do fim. Assim, a sequência correta para
nós hoje é:
Primeiro, “Andar humildemente com Deus”. Essa é a causa de todas as outras ações descritas.
Segundo, “Amar a misericórdia!” Esse é o primeiro resultado.
Finalmente, “Praticar a justiça!” Essa
é a consequência adicional.
Pense nisto: Como
podemos obter o favor de Deus? Quais são os efeitos de caminhar humildemente
com o Senhor?
II. Andar com o Senhor!
(Recapitule com a classe Gn 5:24.)
Em alguns países europeus, quando dois jovens estão profundamente apaixonados e
namorando, as pessoas descrevem esse relacionamento com a expressão idiomática
“eles andam juntos”. O significado dessa expressão é que o casal gosta de estar
junto, deseja conhecer um ao outro e está apaixonado.
Caminhar com o Senhor significa amá-Lo, conhecer mais e mais quem Ele é, como
Enoque, que andou com Deus, “e já não era, porque Deus o tomou para Si” (Gn
5:24).
Dessa forma, seremos semelhantes a Ele. Aquele a quem amamos, imitamos. A
pessoa que escolhemos para imitar faz a diferença. Tudo depende do nosso desejo
de ser como Deus: amorosos, bondosos, perdoadores, misericordiosos, servidores,
compassivos e altruístas.
É muito fácil ser espiritualmente orgulhoso, confiando em nossas realizações bem-sucedidas de curto prazo, mas é muito enganoso e perigoso se concentrar nelas. A decepção é amarga! Por isso, Miqueias salientou que precisamos andar humildemente com o Senhor.
Pense nisto: Como
você pode ter certeza de que a rotina diária e as preocupações da vida não o
afastam da caminhada com o Senhor? Como você pode andar com o Senhor enquanto
trabalha, fala, estuda ou se diverte?
III. Amar a misericórdia e praticar a justiça
(Recapitule com a classe Mq 6:8.)
Uma coisa é demonstrar misericórdia e outra é amar essa prática. Precisamos
amar a prática do perdão, não ser impelidos nem forçados a fazer isso. Devemos
amar de modo altruísta, como Deus ama. Agir de maneira abnegada, como Deus age,
é possível somente pelo Seu poder. Precisamos ser exemplos vivos da
extraordinária graça de Deus. Amar a demonstração da misericórdia traz
resultados surpreendentes.
Quando podemos saber como praticar a justiça? Somente quando andamos
humildemente com o Senhor e amamos a prática do perdão, da misericórdia e da
compaixão. Esse é o resultado de uma caminhada íntima com o Senhor. Quando
praticamos o amor, podemos saber como defender a verdade e a justiça e como ter
paixão pela justiça.
Pense nisto: O
que significa “amar” a misericórdia? Como podemos perdoar e demonstrar
misericórdia às pessoas quando elas repetidamente cometem os mesmos erros? O
que significa praticar a justiça?
Aplicação
Só para o professor: Deus
lança todas as nossas iniquidades nas profundezas do mar. Utilize a seguinte
história para ilustrar esse conceito e ajudar os alunos a perdoar livremente
como Deus nos perdoa.
COMENTARIOS
Luiz Gustavo S. Assis é
formado em teologia pelo Unasp Campus 2 e atualmente exerce a função de pastor
distrital no bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, RS.
Ampliação
Há alguns anos ouvi uma
pequena história de um homem que havia acabado de comprar um burro. O burro
empacou a alguns metros do local em que fora vendido. A paciência do comprador
se esgotou e nenhum sinal de mudança foi demonstrado pelo animal. Foi quando um
suposto “especialista” em burros que estava a certa distância sugeriu para o
homem que, em vez da agressividade, ele devia falar de maneira carinhosa com o
animal empacado. Alguns elogios e promessas de bons tratos foram ditos, mas sem
sucesso. O “especialista” riu e sem cerimônias pegou um pedaço de pau e o
acertou na cabeça do burro, sussurrou algo em seu ouvido e o burro o seguiu.
“Antes de falar com ele, você precisa despertar sua atenção”, justificou o
“especialista”.
Deus estava tentando de todas as formas obter a atenção de Israel! Enviou
Oseias e Amós. Agora estava enviando Miqueias (1:1). Os três viveram no mesmo
período e tinham mensagens parecidas, apesar da abordagem ser diferente em cada
um dos livros. Infelizmente, Israel continuava empacado e não havia nada que
despertasse sua atenção. Diferentemente da atitude do burro, o reino do norte
não se voltou para o Senhor. Será que estamos fazendo melhor? Em lugar de ser
apenas uma peça literária do 8º século a.C., a mensagem do profeta Miqueias
pode ser uma poderosa ferramenta para corrigirmos conceitos e práticas da nossa
vida religiosa.
I.
Conhecendo o livro
O nome Miqueias
significa “Quem é como o Senhor?”, praticamente o mesmo significado do nome
Miguel, “Quem é como Deus?” (Dn 10:13; 12:1), nome aplicado a Cristo em outras
partes da Bíblia. Curiosamente, em Miqueias 7:18 existe um trocadilho com o
nome do profeta e uma pergunta levantada por ele mesmo (“Quem, ó Deus, é semelhante
a Ti,...”). Miqueias era natural de um povoado chamado Moresete [ou
Moresete-Gate (1:14)], que ficava uns 40 km a sudoeste de Jerusalém. Sua
mensagem foi proclamada em toda aquela região.
Seu livro foi escrito durante um período tenso para o povo de Judá. Logo em 1:1
somos informados de que seu ministério profético ocorreu durante os reinados de
Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, o que deve ter ocorrido entre os anos
742–687 a.C. Durante todos esse anos, os assírios que mencionamos no comentário
do livro de Jonas, estavam se fortalecendo e se tornando uma ameaça cada vez
maior para todos os povos do Antigo Oriente Médio. Apresento abaixo três
eventos significativos desse período:
- Entre 734-732 a.C., o
rei assírio Tiglate Pileser III liderou uma campanha militar com Aram (Síria),
Filistia, e partes de Israel e Judá. O reino do Norte (Israel) perdeu muito do
seu território.
- Em 722 a.C., Samaria
foi destruída e Israel foi conquistado pelos assírios.
- Em 701 a.C., Judá se
rebelou contra a Assíria, que nessa época era governada pelo sanguinário
Senaqueribe. Diversas cidades do território de Judá foram destruídas e
conquistadas. Esse é o contexto do primeiro capítulo do livro de Miqueias.
Qual era o motivo por
detrás da mensagem do profeta? Bem, quando lemos as Escrituras, é importante
estarmos atentos a palavras que se repetem ao longo do texto. No caso de
Miqueias, as palavras “transgressão” e “pecado” aparecem juntas em diversos
textos (1:5, 13; 3:8; 6:7). É provável que nelas encontremos os motivos que
levaram Miqueias a proclamar sua mensagem.
Fazer uma diferença entre as duas não é algo muito simples em português. Já na
língua em que Miqueias escreveu a diferença entre esses dois vocábulos é mais
clara. “Transgressão” é a palavra hebraica pesha’, cujo significado
é rebelar-se. Outros significados poderiam incluir litígio e
pecado. Mesmo sabendo que algo é errado, o rebelde o faz. Israel tinha plena
consciência daquilo que era recomendado pelo Senhor, e ainda assim dirigia-se
de maneira deliberada para o mal. Pesha’ também é conhecido
como o “pecado da mão levantada” (Nm 15:30, 31). Já a palavra “pecado” é a
tradução da palavra hatta’, cujo principal significado é errar
o alvo. A prática de qualquer um desses pecados, por rebeldia ou por
descuido moral, resulta em ‘awon, traduzido em português como
iniquidade (Mq 7:19), a sentença sobre o pecador (em termos jurídicos) e
culpabilidade. Na última parte do nosso estudo veremos como essas três palavras
têm implicações claras para o que Cristo realizou por nós na cruz.
Mesmo diante de uma audiência rebelde e falha, o Deus de Israel queria ter os
ouvidos do Seu povo atentos às Suas palavras e expectativas. A seguir, veremos
quais eram os principais temas da pregação do profeta Miqueias.
II.
A mensagem de Miqueias
O livro de Miqueias
poderia ser esboçado da seguinte forma:
I. Julgamento contra
Israel e Judá (1–3)
II. Existe esperança
para Judá e Israel (4–5)
III. O caso do Senhor
contra Israel (6)
IV. A miséria se
transforma em triunfo (7)
a) Julgamento contra os opressores: Deus
chamou Miqueias para denunciar os pecados dos líderes políticos e religiosos. Eles
abusavam do poder a eles concedido e conspiravam para fazer o mal (2:1; 7:3),
cobiçavam e defraudavam outros nas suas propriedades (2:2; 6:10); roubavam e
saqueavam (2:8); odiavam o bem e amavam o mal (3:2); oprimiam o pobre (3:3);
desprezavam a justiça e distorciam a verdade (3:9); aceitavam suborno (3:11;
7:3); usavam suas posições religiosas para lucro (3:11); envolviam-se em
negócios e práticas desonestas (6:11); agiam com violência e engano (6:12); e
assassinavam pessoas do próprio povo (7:2). Por causa de tudo isso, Deus traria
destruição sobre Samaria (1:6, 7), Jerusalém (1:12; 3:12; 4:10), os gananciosos
proprietários de terra (2:3-5), líderes corruptos (3:4) e sobre os falsos
profetas (3:5-7). Nada de injusto passa de maneira despercebida diante de Deus.
b) Restauração: Miqueias também declarou que, após
esse julgamento, Deus perdoaria Seu povo (7:9), trazendo-os de volta do exílio
em Babilônia (4:10) e restaurando o domínio de Jerusalém (4:8, 13).
c) Justiça: Do que o Senhor se agrada? “Ele
te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que
pratiques a justiça, e ames a misericórdia e andes humildemente com o teu
Deus? (6:8). Os versos anteriores falam das intenções religiosas que os
contemporâneos do profeta apresentavam diante de Deus para agradá-Lo. Com isso
em mente, veja o que Ellen White escreveu: “Muitos se têm na conta de cristãos, simplesmente porque concordam com
certos dogmas teológicos. Não introduziram, porém, a verdade na vida prática.
Não creram nela nem a amaram; não receberam, portanto, o poder e a graça que
advêm mediante a santificação da verdade. Os homens podem professar fé na
verdade; mas, se ela não os torna sinceros, bondosos, pacientes, dominados,
tomando prazer nas coisas de cima, é uma maldição a seu possuidor e, por meio
de sua influência, uma maldição ao mundo” (O Desejado de Todas as Nações,
p. 309, 310). As inúmeras atividades religiosas do povo de Judá não produziram
uma mudança em seus corações
III.
A relevância da mensagem de Miqueias
a) A destruição de Laquis (1:13):Senaqueribe,
rei da Assíria, tinha em seu palácio diversos painéis com cenas da destruição
da cidade de Laquis. Esses painéis foram descobertos em 1820, no palácio desse
rei em Nínive, a capital do Império Assírio. Muitas atrocidades cometidas pelos
assírios naquele território de Judá podem ser vistas ao longo dos quase 25
metros de relevos decorativos! Imagine quão intimidador era para um rei
estrangeiro entrar nesse palácio para tratar de assuntos administrativos e contemplar
aquelas terríveis cenas.
(Os relevos da
destruição de Laquis podem ser visitados no Museu Britânico, em Londres. Foto:
blog.bibleplaces.com)
(Judeus de Laquis sendo levados como prisioneiros pelos soldados assírios)
O interessante é que nesses relevos podemos ter a explicação do porquê Laquis
foi destruída. Entre os despojos levados pelos soldados assírios, observam-se
dois queimadores de incenso. O único lugar em que se deveria queimar incenso
era no Templo, em Jerusalém. Pode ser que os habitantes de Laquis não tenham
apoiado Ezequias na sua reforma espiritual em Jerusalém alguns anos antes dessa
trágica destruição (cf. 2Cr 29–31), e como resultado, a bênção de Deus fora
retirada.
Para alguns, isso é tão insignificante quanto assistir a uma partida de futebol
no sábado à tarde, uma rápida olhada num site de conteúdo pornográfico ou fazer
uso de alimentos que Deus considera impuro. No entanto, Deus leva muito a sério
nosso compromisso como cristãos. Siegfried Schwantes uma vez disse: “Um Deus
santo e justo requer santidade e justiça dos Seus adoradores.”
b) O milagre da encarnação: Um
dos assuntos que aparecem de Gênesis a Malaquias é a promessa do Messias. Sem
dúvida, uma das melhores obras sobre esse assunto é “O Plano da Promessa de
Deus”, de Walter Kaiser Jr. (Vida Nova, 2011). É fascinante observar como desde
Gênesis 3:15 Deus foi oferecendo informações sobre Aquele que traria salvação à
humanidade. O profeta Miqueias não deixou esse assunto passar de modo
despercebido. Em 5:2, ele menciona alguém que sairia de Belém-Efrata, reinaria
em Israel e “cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade”. Essa passagem trata de um assunto bem conhecido no Novo
Testamento, a encarnação do Filho de Deus. Tanto Paulo (cf. Cl 1:12-23) quanto
João (cf. Jo 1:1-14) expandiram esse tópico e apresentaram o motivo desse ato
divino. É maravilhoso pensar em Deus, eterno e todo-poderoso, assumindo a forma
de uma frágil criança para pagar o preço dos nossos pecados e nos oferecer vida
eterna. A triste verdade da vida é que, títulos, posições, bens e fortunas não
constituem um fundamento confiável para uma autoestima saudável. Em
compensação, a manjedoura de Belém mostra nosso exato valor.
c) Como Deus lida com nossa rebelião
(pesha’) e com nosso pecado (hatta’)? Não havia entre os
sacrifícios descritos no livro de Levítico nenhum tipo de oferta que pudesse
perdoar aquele que cometesse pesha’. Quem sabe o motivo dessa
ausência era demonstrar a gravidade desse tipo de comportamento. Mas mesmo
assim, Deus era capaz de perdoar um rebelde. Gostaria de citar dois textos para
demonstrar esse ponto:
O primeiro é Êxodo 34:6
, 7, especialmente a parte em que lemos: “que perdoa a iniquidade [‘awon],
e a transgressão [pesha’] e o pecado [hatta’].” Onde o texto diz
“que perdoa”, a tradução literal é que Deus é Aquele que carrega algo.
Note bem, o texto diz que Deus carrega nossa rebelião.
Alguns séculos mais
tarde, Isaías descreveu com mais detalhes como isso poderia ocorrer no seu
famoso capítulo sobre o Servo Sofredor: “Certamente, Ele tomou sobre Si as
nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si; e nós O
reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas Ele foi traspassado
pelas nossas transgressões [pesha’] e moído pelas nossas iniquidades [‘awon];
o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas
pisaduras fomos sarados” (Is 53:4, 5). Setecentos anos depois dessas palavras
de Isaías terem sido escritas, Jesus Cristo, Aquele que é desde os tempos
eternos (cf. Mq 5:2), surgiu na história da humanidade carregando sobre
Sitodas as nossas ofensas, praticadas em rebeldia.
Através de Miqueias, Deus estava deixando bem claro que as “transgressões” (pesha’)
cometidas pelo povo de Judá, apesar de Lhe serem detestáveis, poderiam ser
removidas de seus corações. De uma maneira ilustrativa, o Senhor lançaria todos
os pecados do povo nas profundezas do mar (cf. Mq 7:19), onde homem algum é
capaz de alcançá-los. Uma vez perdoados por Deus, não precisamos viver como
pescadores tentando trazer novamente esses pecados que desapareceram no
profundo e vasto oceano do amor de Deus.
Miqueias. Quem é como Deus? Não há ninguém como Ele.
NIV Archaeological Study Bible, p. 1.477.
A foto dos soldados assírios retirando os queimadores de
incenso de Laquis foi obtida através do Dr. Michael Hasel, diretor do Instituto
de Arqueologia da Southern Adventist University, nos EUA. Digno de nota é que o
Dr. Michael Hasel e um grupo de alunos dessa universidade adventista
participarão de algumas escavações arqueológicas em Laquis a partir de 2014.
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