quarta-feira, 8 de maio de 2013

ES - Lição 6 - Ansioso para perdoar (Jonas) – 2º Trim, 2013





Lição 6 - Ansioso para perdoar (Jonas)

4 a 11 de maio






Sábado à tarde  Ano Bíblico: 1Cr 10–12 


VERSO PARA MEMORIZAR:

“Com a voz do agradecimento, eu Te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei. Ao Senhor pertence a salvação!” (Jn 2:9).


Leituras da Semana:


Pensamento-chave: O livro de Jonas revela, entre outras coisas, que Deus está mais disposto a perdoar do que nós geralmente estamos.

A história de Jonas é uma das mais conhecidas da Bíblia. O profeta havia sido enviado por Deus para advertir Nínive da iminente destruição. Ele suspeitava que esse povo não hebreu pudesse se arrepender de seus pecados e que Deus o perdoaria. Sendo profeta verdadeiro, Jonas sabia que o plano de Deus era salvar Nínive, não destruí-la. Talvez por isso ele, no início, tentou fugir. No entanto, devido a forças além de seu controle, Jonas mudou de ideia e obedeceu à ordem de Deus.


Em resposta à sua pregação, toda a cidade acreditou na mensagem e se arrependeu de uma forma que, infelizmente, não aconteceu com Israel e Judá. Jonas, entretanto, tinha uma série de lições importantes a aprender. A história mostra como Deus estava ensinando pacientemente ao Seu profeta mesquinho e teimoso o significado da graça, da misericórdia e do perdão.


Domingo  Ano Bíblico: 1Cr 13–16 

O profeta desobediente (Jonas 1)

Não se sabe muito sobre Jonas ou seus antecedentes familiares. Conforme 2 Reis 14:25, ele viveu no norte de Israel e ministrou durante o oitavo século antes de Cristo. O mesmo texto revela que Jonas previu uma expansão territorial do reino de Israel.


Historicamente, Nínive era uma das três grandes cidades da Assíria, um importante país situado junto ao rio Tigre. Visto que Deus é o Senhor de todas as nações e que todos os povos são responsáveis diante dEle (Am 1–2), Ele enviou Seu servo Jonas para que avisasse os ninivitas sobre a destruição iminente. A ordem divina de clamar contra Nínive (Jn 1:2) também pode ser traduzida como “pregar para ela”.


A cruealdade dos assírios era notória. Cerca de um século mais tarde, o profeta Naum chamou Nínive de “cidade sangrenta, toda cheia de mentiras e de roubo” (Na 3:1). Jonas foi enviado para anunciar a mensagem de Deus para essas pessoas. Entre outras coisas, talvez tenha sido o medo dos odiados assírios que motivou a atitude de Jonas. Quando instruído por Deus a fazer uma viagem para Nínive, no oriente, o profeta se recusou e tentou fugir de navio para Társis, no ocidente.


No começo, todas as coisas pareciam dar certo para Jonas, mas o Senhor enviou uma grande tempestade contra o navio, a fim de ensinar ao Seu servo a lição de que ninguém pode se esconder de Deus.


Jonas fugiu de Deus porque não queria cumprir a vontade dEle. Hoje, as pessoas fogem de Deus por muitas razões. Algumas, porque não O conhecem pessoalmente. Outras rejeitam até mesmo a ideia de Deus e Sua Palavra. Embora seus motivos variem, em muitos casos, elas fazem isso para escapar da culpa que sentem por sua maneira de viver. Afinal, se não há um poder superior a quem devamos responder, por que não fazer tudo que quisermos? Há até mesmo cristãos que evitam Deus quando Ele os chama a fazer algo que não querem fazer, algo contrário à sua natureza inerentemente egoísta e pecaminosa.

1. Por que não podemos fugir de Deus? Sl 139:1-12

Que sentimentos a verdade apresentada no Salmo 139 desperta em você? Considere assim: cremos que Deus não apenas vê tudo o que fazemos, mas conhece até mesmo nossos pensamentos. Mantemos essa compreensão, ou temos a tendência de questioná-la e apagá-la de nossa mente? Será que estamos tão acostumados com essa ideia, que simplesmente não damos muita atenção a ela? Independentemente das razões, haveria diferença em sua atitude se, em todos os momentos, você fosse sensível ao fato de que Deus conhece todos os seus pensamentos?

 Segunda   Ano Bíblico: 1Cr 17–20 

Testemunha relutante

Jonas 1 mostra que o Senhor desejou impedir a fuga do profeta. Por isso, Ele trouxe uma tempestade tão severa que ameaçou provocar um naufrágio. Os marinheiros invocaram seus deuses em busca de ajuda. Devido à força da tempestade, eles pensaram que alguém devia ter provocado a ira dos deuses. Tiraram a sorte para decidir quem seria a primeira pessoa que, dando informações sobre si mesma, pudesse explicar essa afronta. Para lançar a sorte, cada indivíduo trouxe uma pedra ou um pedaço de madeira identificado. Os objetos foram colocados num recipiente que foi agitado até que um deles foi sorteado. A sorte recaiu sobre Jonas, que confessou seus pecados e pediu que os marinheiros o atirassem no mar.


Essa história é notável porque os marinheiros não hebreus agiram positivamente, enquanto Jonas foi apresentado em uma visão negativa. Embora adorassem muitos deuses, os marinheiros mostraram grande respeito pelo Senhor a quem oraram. Eles também foram compassivos para com Jonas, o servo do Senhor, razão pela qual saíram de seu caminho para tentar remar de volta à terra. Finalmente, concordaram com a ideia de que Jonas devia ser jogado ao mar. Depois que fizeram isso, a tempestade parou e, em gratidão, os marinheiros ofereceram sacrifícios ao Senhor.

2. Como Jonas descreveu o Senhor a quem ele disse que temia? O que é significativo nessa descrição? Jn 1:9Ap 14:7Is 42:5Ap 10:6

A confissão de fé em Deus como Criador do mar e da terra ressalta a futilidade das tentativas do profeta de escapar da Sua presença. A cessação imediata da tempestade depois que os homens jogaram Jonas no mar mostrou-lhes que o Senhor, como Criador, tinha o controle do mar. Devido a isso, os marinheiros adoraram o Senhor ainda mais. A Bíblia não diz quanto tempo durou o recém-descoberto temor e respeito pelo Criador. Não há dúvida, porém, de que eles aprenderam alguma coisa sobre Deus com essa experiência.


Mal podemos compreender muitas das maravilhas do mundo em torno de nós, muito menos tudo o que está além do alcance dos nossos sentidos e até mesmo da nossa imaginação. Como o Criador fala com você por meio do que Ele fez?


Terça  Ano Bíblico: 1Cr 21–24 

O salmo de Jonas

Quando Jonas foi lançado ao mar, um grande peixe o engoliu por ordem de Deus. Jonas deve ter pensado que a morte realmente seria a única forma de escapar da missão de pregar em Nínive. Mas o grande peixe (não chamado de baleia no livro de Jonas) foi um instrumento de salvação para o profeta. Ao contrário de Jonas, essa criatura respondeu prontamente às ordens de Deus (Jn 1:17; 2:10).


A providência divina atuou de uma forma incrível e, por mais que algumas pessoas zombem da história, Jesus testemunhou de sua veracidade (Mt 12:40) e até mesmo a usou em referência à Sua própria morte e ressurreição.

3. Jonas 2 muitas vezes é chamado de salmo de Jonas. O que o profeta havia aprendido? Que princípios espirituais podemos tirar desse capítulo? Jn 2

O salmo de Jonas celebra a divina libertação das perigosas profundezas do mar. É a única parte poética do livro. Nela Jonas relembra sua oração em busca de ajuda enquanto estava afundando nas águas profundas e enfrentando a morte certa. Ao tomar plena consciência de sua salvação, ele agradeceu a Deus por isso. O hino indica que Jonas estava familiarizado com os salmos bíblicos de louvor e ação de graças.


O voto de Jonas provavelmente consistisse em um sacrifício de ação de graças. Ele estava agradecido porque, embora merecesse morrer, Deus mostrou-lhe extraordinária misericórdia. Apesar de sua desobediência, Jonas ainda se considerava fiel a Deus porque não tinha sucumbido à adoração de ídolos. Apesar de suas muitas falhas de caráter, ele estava determinado a ser fiel à sua vocação.

Às vezes, é preciso que enfrentemos uma experiência terrível para abrir o coração ao Senhor, para perceber que Ele é a nossa única esperança e salvação. Pense em uma experiência que você teve e em que viu claramente a mão do Senhor atuando em sua vida. Por que é tão fácil esquecer a maneira pela qual o Senhor nos guia, quando surgem provações?


Quarta Ano Bíblico: 1Cr 25–27 

Missão vitoriosa

Depois de um livramento tão miraculoso, quando Deus o mandou pela segunda vez a pregar em Nínive, Jonas obedeceu imediatamente. Em sua pregação (Jn 3:1-4), Jonas usou uma linguagem que lembrava a destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19). Mas, no original hebraico, a palavra para “subverter” ou “destruir” (Gn 19:21, 29; Jn 3:4), usada na pregação de Jonas, também pode ter o significado de “mudar a direção” ou “transformar” (Êx 7:17, 20; 1Sm 10:6). A pregação da mensagem divina não foi em vão.


A maior conquista da carreira profética de Jonas foi o arrependimento da cidade de Nínive. Depois dos marinheiros, os ninivitas foram o segundo grupo de não hebreus do livro de Jonas a se voltar para Deus, e tudo por causa da interação com o imperfeito mensageiro do Senhor. Os resultados foram surpreendentes! Para se humilhar diante de Deus, o povo de Nínive vestiu roupas de panos de saco, colocou cinzas sobre a cabeça e jejuou. Todos esses foram sinais exteriores de tristeza e arrependimento.

4. Leia Mateus 12:39-41 e 2 Crônicas 36:15-17. O que esses versos nos ensinam sobre a importância do arrependimento?

A imagem de um poderoso monarca assírio se humilhando em cinzas diante de Deus é uma forte censura a muitos dos orgulhosos governantes e do povo de Israel, pelo menos os que rejeitaram persistentemente o chamado profético ao arrependimento. Por causa da ênfase do livro de Jonas na graça e no perdão de Deus, o povo judeu o lia todos os anos, no ponto culminante do Dia da Expiação, que celebrava o perdão de Deus para seus pecados.


“Nosso Deus é um Deus de compaixão. Ele trata os transgressores da Sua lei com longanimidade e terna misericórdia. E ainda, em nossos dias, quando homens e mulheres têm tantas oportunidades de se familiarizar com a lei divina, revelada nas Sagradas Escrituras, o grande Governador do Universo não pode olhar com satisfação para as ímpias cidades, onde reina a violência e o crime. Se as pessoas dessas cidades se arrependessem, como fizeram os habitantes de Nínive, muito mais mensagens como a de Jonas seriam anunciadas” (Ellen G. White, The Advent Review e Sabbath Herald [A Revista do Advento e o Arauto do Sábado], 18 de outubro de 1906).

Leia Jonas 3:5-10. O que esses versos revelam sobre a natureza do verdadeiro arrependimento? Como podemos aplicar esses mesmos princípios à nossa vida?

Quinta  Ano Bíblico: 1Cr 28, 29 

Perdoado, mas incapaz de perdoar

5. Leia Jonas 4. Que lições importantes o profeta precisava aprender? Como sua hipocrisia foi revelada?

Jonas 4 revela algumas coisas surpreendentes sobre o profeta. Ele parecia preferir morrer em lugar de testemunhar sobre a graça e o perdão de Deus. Embora tivesse se alegrado em seu livramento da morte (Jn 2:7-9), visto que Nínive vivia, ele preferia morrer (Jn 4:2, 3).


Em contraste com Jonas, Deus é retratado na Bíblia como Alguém que não tem “prazer na morte do perverso” (Ez 33:11). Jonas e muitos de seus compatriotas se alegraram nas misericórdias especiais de Deus para com Israel, mas queriam Sua ira sobre seus inimigos. Essa dureza de coração é repreendida severamente pela mensagem do livro de Jonas.


Que lições podemos aprender com os erros de Jonas? Como o preconceito compromete nosso testemunho cristão?


Dizem, com razão, que o livro de Jonas é um manual sobre a maneira de não ser um profeta. Jonas era um profeta de espírito rebelde e prioridades equivocadas. Ele não podia controlar seu desejo de vingança. Era mesquinho e mal-humorado. Em vez de se alegrar na graça que Deus mostrou também aos ninivitas, Jonas permitiu que seu orgulho egoísta e pecaminoso o tornasse ressentido.


Em suas últimas palavras, Jonas pediu a morte (Jn 4:8, 9), enquanto as últimas palavras de Deus foram uma confirmação de Sua graça imensurável, uma afirmação da vida.


O livro de Jonas é deixado em aberto. Seus versos finais confrontam os leitores com uma questão importante que permanece sem resposta: Será que a mudança miraculosa no coração dos ninivitas resultou em mudança radical no coração de Jonas?


Há muita coisa na história de Jonas que é difícil de entender, especialmente sobre o próprio Jonas. Talvez, porém, a lição mais clara é a de que a graça e o perdão divinos vão muito além dos nossos. Como podemos aprender a ser mais bondosos e perdoadores com os que não merecem, como Deus foi com Jonas e com os ninivitas?


Sexta  Ano Bíblico: 2Cr 1–4

Estudo adicional

Sempre que estão em necessidade, os filhos de Deus têm o precioso privilégio de apelar a Ele em busca de ajuda. Não importa quão inadequado seja o lugar, o ouvido misericordioso de Deus está aberto ao seu clamor. Por mais desolado e escuro que seja o local, ele pode ser transformado em um verdadeiro templo pelo filho de Deus que ora” (Ellen G. White, Seventh Day Adventist Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 4, p. 1003).


“Confuso, humilhado e incapaz de compreender o propósito de Deus em poupar Nínive, ainda assim Jonas havia cumprido a comissão a ele concedida de advertir a grande cidade e, embora o acontecimento predito não se tivesse realizado, a mensagem de advertência era de Deus e ela cumpriu o propósito que Ele lhe havia designado. A glória de Sua graça foi revelada entre os pagãos” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 272, 273).


Como as citações acima nos ajudam a entender com mais clareza as mensagens do livro de Jonas?

Perguntas para reflexão

1. O livro de Jonas ensina que Deus tem pleno controle da natureza. Imagine que um de seus amigos perca um membro da família por causa de um desastre natural. Como você explicaria a ele que Deus ainda está no comando, apesar dos desastres que assolam partes do mundo e destroem muitas vidas?


2. Leia o último versículo do livro de Jonas. O que ele nos ensina sobre nossa responsabilidade pela missão de evangelizar todos os cantos da Terra?


3. Na parábola do servo incompassivo (Mt 18:21-35), Jesus comparou Deus a um rei irado que revogou seu perdão e lançou na prisão o servo que anteriormente havia sido perdoado. Deus revoga Seu perdão? Alguns cristãos argumentam que Ele não faz isso. Qual é a nossa posição sobre esse assunto?


4. Para muitas pessoas mergulhadas no secularismo, a ideia de um homem sendo engolido vivo e permanecendo dentro de um “grande peixe” não é algo para ser levado a sério. Como vimos anteriormente, no entanto, Jesus testemunhou claramente sobre a veracidade da história. Como a história de Jonas nos ajuda a perceber que uma visão antissobrenaturalista da realidade é realmente estreita e limitadora?

Respostas sugestivas: 1. Deus sabe tudo sobre minha vida e está em todos os lugares. Ele tem todo o poder. 2. Deus do Céu, criador do mar e da terra; Jonas declarou que o Senhor é o único Deus verdadeiro, pela capacidade de criar. 3. Deus responde à nossa oração; Deus permite que as ondas nos envolvam para que mudemos de atitude; Ele nos perdoa e nos dá uma nova oportunidade de servir; Deus salvou o profeta das profundezas do mar; é inútil confiar em ídolos. 4. O milagre mais importante é o arrependimento. Por isso, muitos ninivitas serão salvos, ao contrário de muitos israelitas. O povo de Deus foi levado em cativeiro porque não se arrependeu de seus pecados. 5. Embora Deus alerte a respeito das consequências do pecado, Ele deseja ajudar a todos; Deus ama os pecadores, mas odeia o pecado; o perdão divino alcança todas as etnias; Jonas reconheceu que precisava do perdão, mas não queria que os pagãos fossem perdoados. Jonas foi hipócrita porque teve compaixão de uma planta, mas não teve misericórdia dos habitantes de Nínive. 



ESCOLA SABATINA



Auxiliar – Resumo

Texto-chave: Jonas 2:9

O aluno deverá...


Conhecer: A compaixão de Deus como força motivadora para abordagem de pessoas que diferem dele em crença e estilo de vida.


Sentir: Que a verdadeira obediência deve ser uma submissão voluntária a Deus, que brota de um coração grato por conhecer o caráter do Senhor.


Fazer: Desejar cultivar, graças ao desejo de Deus de salvar a todos, uma atitude calorosa e amorosa para com os que precisam da sua ajuda.


Esboço


I. Conhecer: A salvação vem do Senhor


A. Observe que, na história de Jonas, Deus salva diferentes pessoas: profeta, marinheiros, ninivitas. O que isso diz sobre a vontade de Deus de salvar toda a humanidade?


B. Como Deus exerce compaixão sobre as pessoas ao lidar com seus pecados?

II. Sentir: Perdoado e perdoando


A. Por que Jonas foi tão implacável, embora tivesse experimentado o perdão de Deus?


B. Como você pode evitar o sentimento de forte preconceito para com seu público, enquanto prega, ensina ou compartilha Cristo?


C. Qual foi a atitude de Jonas, quando finalmente foi a Nínive, e o que isso revela sobre sua obediência a Deus?

III. Fazer: A compaixão de Deus


A. Como você pode cultivar o calor da compaixão divina, evitando a frieza de Jonas, ao se aproximar de pessoas diferentes de você?


B. Como você pode ajudar os outros a desenvolver atitudes adequadas em situações transculturais e em sociedades nas quais existem racismo?


C. Que diferença faria em nossas igrejas, lares e vizinhança se cada membro da igreja mostrasse verdadeira compaixão?

Resumo: Deus salvou marinheiros, ninivitas e também o Seu profeta desobediente. Sua compaixão é aberta a todos, alcança até mesmo os piores pecadores, transcende fronteiras, e vai além dos nossos limites e entendimento humanos. 


Ciclo do Aprendizado

Motivação

Focalizando a Palavra: Jonas 4

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Não há um grupo especial ou povo “escolhido” exclusivamente designado para receber a graça de Deus. Sendo assim, o perdão de Deus está disponível a todos.

Só para o professor: Tire algum tempo com sua classe para refletir sobre o que torna o perdão difícil ou fácil.

Pesquisa realizada na Universidade de Miami mostrou que as pessoas são mais propensas a perdoar quando os relacionamentos são caracterizados por duas qualidades: (a) proximidade e compromisso com o relacionamento e (b) alto grau de arrependimento e reparações feitas pelo culpado após o erro.

http://www.psy.miami.edu/faculty/mmccullough/papers/forgiveness_feeling_connected_pspb.pdf, p. 12.


Mas o que dizer de situações, como a que Jonas enfrentou, nas quais a demonstração do amor e perdão de Deus exige que olhemos para além das ações ofensivas do passado, cometidas por um grupo de pessoas com quem não temos nenhum relacionamento pessoal? Além disso, em muitas dessas situações não há manifestação pública de arrependimento, por iniciativa humana, com relação às ações passadas! Você já esteve em uma situação na qual o pensamento do perdão era tão insuportável que você sentiu ser melhor, usando as palavras de Jonas, “morrer do que viver”? (Jn 4:3).


Comente com a classe: O que torna o perdão fácil, e o que o torna difícil? Por que às vezes parece que o perdão é um erro da justiça? Jonas achou que realmente as pessoas más “ficavam impunes”? Por que isso não é verdade?

Compreensão

Só para o professor: Peça que os alunos partilhem seus sentimentos com relação aos que não fazem parte da nossa igreja. O que precisa melhorar em nossa maneira de lidar com eles?

 Comentário Bíblico

Perdoando o imperdoável


(Recapitule com a classe Jonas 4:1-3.)


Jonas, filho da sofredora nação israelita, foi enviado a um território hostil para ajudar uma nação a evitar um juízo que, em seu pensamento, ela merecia. Implícita na ira de Jonas estava sua falta de vontade para ver os ninivitas como dignos de perdão. Nínive era uma cidade muito voltada para a guerra e parte importante do Império Assírio, que tinha o maior exército já visto no Oriente Médio ou do Mediterrâneo


Provavelmente os ninivitas tivessem cometido tantas atrocidades que mereciam o juízo e, talvez, Jonas quisesse que eles recebessem a retribuição justa.


Diante da relutância de Jonas em ver o “inimigo” se arrepender, podemos perguntar: Onde está o amor, a terna preocupação e bondade no livro de Jonas? A palavra hebraica traduzida como “benignidade”, chesed, é central na ética judaica e é repetida em toda a Bíblia.
Alguns estudiosos judeus modernos afirmam que toda a Torá começa e termina com chesed (http://en.wikipedia.org/wiki/Chesed).


Como a lição de segunda-feira indica, vemos muito mais bondade e respeito por Deus nas ações dos marinheiros pagãos do que em Jonas. Vemos também abertura e arrependimento no coração dos ninivitas. Vemos preocupação na voz de Deus. Mas, e quanto a Jonas? Ele lutava com a ira. Ficou transtornado porque o povo de Nínive se arrependeu e porque Deus concedeu misericórdia a eles, como o profeta sabia que aconteceria, uma vez que o Senhor é “clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que [Se arrepende] do mal” (Jn 4:2).


A história de Jonas fala dos caminhos miraculosos de Deus e Sua capacidade de Se envolver em atos sobrenaturais. Ela ensina jovens e idosos a estar abertos ao milagre e a esperar mais do que nossos olhos e leis humanas da ciência dizem que é possível. Em níveis mais complexos, a história ensina uma das mais profundas lições espirituais que devemos aprender: nenhuma pessoa está além da cura efetuada pela misericórdia e graça de Deus. Porém, Jonas, pecador salvo pela graça divina, ficou extremamente infeliz porque o povo de Nínive também recebeu essa graça. Essa história mostra o ensino revolucionário de que a graça de Deus é para todos e desafia as noções e atitudes fanáticas, muitas vezes mantidas por “crentes” para com os “descrentes”.


A história de Jonas esclarece uma das verdades mais centrais e, ao mesmo tempo, mais difíceis de aceitar, na mensagem do evangelho: O perdão e redenção são para todos que abrem o coração a Deus. Origem étnica, crença e nacionalidade jamais serão fatores na equação divina. O amor de Deus e a comunhão em Sua família são universais. E o mais importante, as ações do passado (mesmo que tenham sido terríveis, injustas e lamentáveis) nunca serão intransponíveis para o coração arrependido. Não há obstáculo que um coração arrependido não possa cruzar. Não há passado que Deus não possa perdoar.


Pense nisto: Diante dessa boa notícia, por que nós, como Jonas, temos tanta dificuldade em perdoar? Em vez de julgar Jonas com severidade, incentive a classe a olhar para ele com simpatia. O profeta deu uma resposta muito humana ao Seu chamado. O que o perdão divino para os inimigos de Israel diz sobre Deus e sobre a maneira pela qual devemos perdoar os que nos ferem ou prejudicam?

Aplicação

Só para o professor: Todos nós temos algo para perdoar e alguma coisa da qual precisamos ser perdoados. Ore a Deus, seu conselheiro e melhor amigo, falando com Ele sobre o que você está sofrendo. Os que ainda enfrentam sofrimentos duradouros, recentes ou difíceis, talvez ainda estejam aprendendo a lidar com sua dor. Outros podem ter encontrado um modo de esquecer o assunto. Alguns podem estar experimentando o perdão em seu íntimo. A oração será um auxílio vital, não importa em que ponto da jornada estejamos. A atividade a seguir é planejada para ajudar você a entrar em uma conversa com Deus sobre o perdão.


COMENTÁRIOS


Luiz Gustavo S. Assis é formado em teologia pelo Unasp Campus 2 e atualmente exerce a função de pastor distrital no bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, RS.


Ampliação


Jonas é, sem dúvida, o mais conhecido de todos os profetas menores. Ainda não conheci nenhuma criança que soubesse a história de Oseias ou Amós, mas é difícil encontrar uma criança cristã que não esteja de alguma forma familiarizada com a história de Jonas. Mas isso não significa que o livro de Jonas seja uma história infantil. Na verdade, nós adultos podemos ter profundos momentos de meditação a partir das situações descritas ao longo dos quatro capítulos do livro. Tópicos como perdão, justiça, obediência, onisciência divina e arrependimento podem facilmente ser abordados a partir da história de Jonas. Como disse o autor e filósofo cristão Ravi Zacharias, “gastamos tempo demais tentando entender o que aconteceu dentro do grande peixe e nos esquemos de pensar no que estava acontecendo dentro do coração de Jonas”.

1. Conhecendo o livro

Existem aqueles que afirmam que o livro de Jonas não passa de uma alegoria ou uma simples lenda. No entanto, existem alguns elementos na própria narrativa que sugerem fortemente que se trata de uma história real. Vejamos alguns deles brevemente:

a) Personagem: Jonas é mencionado em 2 Reis 14:25, mostrando que ele era profeta no reino de Israel e exerceu seu ministério profético em meados do 8º século a.C., e foi contemporâneo de outros profetas como Oseias e Amós. Estamos diante de um personagem histórico. O curioso é que Jonas se tornou conhecido por ser um profeta de Deus para uma nação pagã, a Assíria.

b) Aspectos literários: A forma introdutória do livro: “Veio a Palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo” (v. 1) é importante indicativo da intenção do seu autor. Trata-se da mesma forma introdutória de livros como Oseias, Joel, Miqueias, Sofonias, Ageu e Zacarias. Além disso, a primeira palavra hebraica do livro “vayehi” (‘e aconteceu’ ou ‘e veio’) é a mesma do começo de outros livros históricos (cf. Js 1:1; Jz 1:1; Rt 1:1; 1Sm 1:1; 2Sm 1:1; Ed 1:1; Et 1:1). Como cristãos, aceitamos a historicidade de livros como Josué, Rute, 1 Samuel e 2 Samuel. Por que imaginar que o livro de Jonas seria diferente?

c) Ambiente histórico: O falecido especialista em documentos assírios Donald J. Wiseman, publicou um fascinante artigo em 1979 demonstrando como as informações sobre Nínive no livro de Jonas são compatíveis com as informações sobre seu tamanho, sua população e seus costumes nos tabletes cuneiformes e também nas escavações arqueológicas feitas ali desde a década de 1840.

Foi A. W. Tozer quem disse certa vez: “Dê-me Gênesis 1:1, e o restante da Bíblia não será nenhum problema para mim”. Se as primeiras frases das Escrituras são verdadeiras – e acredito que são – não deveríamos ficar incomodados com uma história em que um homem é engolido por um grande peixe e depois de passar três dias lá dentro, sai e cumpre sua missão profética! Permita-me mencionar algo mais sobre isso. Existe uma antiga e importante igreja em Chipre que abriga os ossos de um importante personagem bíblico. Nessa igreja pode-se ler uma inscrição: “Lazáro, duas vezes morto, amigo de Jesus”. Para Aquele que é capaz de ressuscitar uma pessoa morta há quatro dias, não vejo como problema manter alguém por três dias dentro de um animal marinho.

2. A mensagem de Jonas

Um esboço básico do livro de Jonas pode ser apresentado da seguinte forma:

Jonas foge de Deus (1–2)
a) O chamado de Jonas e a fuga (1:1-3)
b) A tempestade (1:4-6)
c) A desobediência de Jonas revelada (1:7-10)
d) A punição de Jonas e seu livramento (1:11–2:1; 2:10)
e) A oração de Jonas (2:2-9)

Jonas relutantemente cumpre sua missão (3-4)
a) A resposta de Jonas (3:1-4)
b) A resposta dos ninivitas (3:5-9)           
c) O arrependimento dos ninivitas (3:10–4:4)
d) O diálogo entre Deus e Jonas (4:5-11)

Ao longo desses quatro capítulos, três temas saltam imediatamente de suas páginas, dois dos quais relacionados diretamente com Deus e um relacionado conosco:

a) Soberania divina: Deus foi quem comandou tudo nessa história. Ele controla a vida, a natureza e todas as coisas (cf. 1:4, 9, 15, 17; 2:10; 4:6-8). Nesse livro, Deus Se mostra preocupado com todos: Jonas, os marinheiros, os ninivitas e até mesmo os animais (cf. 4:11). Longe de ser Alguém passivo, Seu plano estava em execução para os moradores daquela “grande cidade”.

b) Compaixão e misericórdia de Deus: Para aqueles que conhecem um pouco da história do povo assírio, ver Deus preocupado em oferecer a eles uma “segunda chance” chega a ser chocante. Veja, por exemplo, a parte de um documento do rei assírio Assurbanipal II, que reinou entre os anos 884-859 a.C.:

“Eu construí uma coluna contra a cidade deles, arranquei a pele de todos os chefes que se revoltaram contra [mim] e cobri a coluna com a pele deles. Emparedei alguns dentro da coluna, empalei alguns em estacas na coluna, e amarrei outros em estacas ao redor da coluna. [...] Cortei os braços e pernas dos oficiais, dos oficiais reais que se rebelaram. [...] Queimei muitos cativos de entre eles a fogo e levei muitos cativos. Cortei o nariz, as orelhas e os dedos de alguns; furei os olhos de muitos. Fiz uma coluna com os vivos e outra de cabeças, e amarrei suas cabeças aos troncos das árvores ao redor da cidade. Queimei no fogo seus jovens e servos. Capturei vinte homens vivos e os emparedei nas paredes de seu palácio.”


Esse não parece ser o tipo de pessoa que estaríamos dispostos a perdoar. No entanto, de maneira estranha para nós, o amor de Deus consegue ser revelado para homens como Ashurbanipal II e outros tantos! Diante dessa manifestação de amor, Deus esperava o arrependimento dos ninivitas (cf. 3:10; 4:2, 11). Como pode ser visto em 4:1, Jonas estava realmente indignado (em hebraico, esse verso tem uma força muito maior do que em português) por Deus ter essa característica de perdoador. Quem sabe também podemos ter o mesmo sentimento quando vemos alguém com um histórico tão negativo sendo batizado e sendo abençoado por Deus de maneira especial. Como seres humanos pecadores, podemos nos sentir como Jonas. Seria bom ter em mente a parábola do credor imcompassivo (cf. Mt 18:23-35). Nós somos aqueles que temos uma dívida impagável com o Rei, mas que foi perdoada por Ele. Ficar irritados com as “pequenas dívidas” dos outros é um tanto insensato. Longe de ser um ensinamento fácil, o amor de Deus é um dos tópicos mais profundos, senão o mais profundo de toda a Escritura.


Falando sobre isso, Ellen G. White escreveu:


“Todo o amor paternal que veio de geração em geração através do coração humano, toda fonte de ternura que se abriu na alma do homem, não passam de tênue riacho em comparação com o ilimitado oceano, quando postos ao lado do infinito e inesgotável amor de Deus. A língua não o pode expressar, nem a pena é capaz de o descrever. Podemos meditar nele todos os dias de nossa vida; podemos esquadrinhar diligentemente as Escrituras a fim de compreendê-lo; podemos reunir toda faculdade e poder a nós concedidos por Deus, no esforço de compreender o amor e a compaixão do Pai celestial; e todavia, existe ainda um infinito para além. Podemos estudar por séculos esse amor; não obstante jamais poderemos compreender plenamente a extensão e a largura, a profundidade e a altura do amor de Deus em dar Seu Filho para morrer pelo mundo. A própria eternidade nunca o poderá bem revelar” (Testemuhos Seletos, v. 2, p. 337)


Podemos apreciar algumas fagulhas desse amor na história de Jonas!

c) Missão: Se os dois primeiros assuntos tinham relação com Deus, este último tem a ver conosco. Deus aproveitou a fragilizada nação assíria durante a péssima administração do rei Ashur-Dan III (Cerca de 773-756 a.C.) para ofercer uma mensagem de salvação. Os assírios vinham de derrotas militares, problemas diplomáticos, períodos de fome, um eclipse ocorrido em 15 de junho de 763 a.C. – que era interpretado como um mal presságio – e outros problemas. A mensagem de Jonas era um convite para a restauração da nação. De certa forma, esse livro é uma antecipação da ordem de Cristo para pregar o evangelho para todas as nações (cf. Mt 28:18-20; Jn 1:1-2; 3:1-2), até mesmo para aqueles que se opõem a ela (4:11; Mt 5:44). No coração do evangelho há uma mensagem de reconciliação (cf. 2Co 5:20). A maldade trará punição (Jn 1–2; 3:4), mas “a salvação vem do Senhor” (Jn 2:9).

3. A relevância da mensagem de Jonas
Podemos extrair algumas lições práticas do livro de Jonas para aplicar à nossa vida:

a) Jonas e sua audiência: A responsabilidade de transmitir uma mensagem divina é algo grandioso. No entanto, Jonas tinha alguns motivos que o levaram a fugir. Particularmente, me identifico com esse ponto da história. Na minha primeira campanha de colportagem em São José dos Pinhais, PR, em 2002, lembro-me de ter passado na frente de uma residência repleta de pessoas. Era véspera de Natal e eu não desejava incomodá-las oferecendo alguns livros e uma oração no encerramento da visita. Em meu íntimo, a timidez falou mais alto e passei adiante. Dois dias depois, notei um grande movimento naquela mesma casa. Para minha triste surpresa, os cinco membros daquela família se haviam envolvido num acidente no dia anterior e todos perderam a vida [...] Ao olhar para trás, consigo discernir alguns pensamentos relacionados com aquele dia. Não creio que Deus permitiria que toda uma família morresse sem ter tido ao menos uma oportunidade de reconciliação com Ele. Mas, ao mesmo tempo, eu fugi de minha responsabilidade como Seu mensageiro. Hoje, minha timidez ainda incomoda, mas sabendo que outros tantos que estão sob minha responsabilidade podem morrer, esforço-me para honrar meu compromisso, como cristão, de proclamar a mensagem da cruz.

b) Jonas e sua mensagem: Jonas conhecia muito bem sua teologia. Em Jonas 4:2, ele cita uma conhecida passagem de Êxodo 34:6-7. Doutrina não era o problema do profeta. Mas, como disse alguém, a jornada mais longa para se fazer é aquela entre a mente e o coração. Conhecimento bíblico muitas vezes não é o suficiente. Precisamos nos identificar com a mensagem que portamos. Quando se avalia os motivos pelos quais os jovens abandonam a igreja, não se trata apenas de dificuldades intelectuais não respondidas pelo pastor ou outro líder da igreja. Muitas vezes, trata-se da hipocrisia notável em muitos membros da congregação. Homens e mulheres com um discurso, mas vivendo algo bem diferente. Alerte sua unidade da Escola Sabatina sobre esse perigo.

c) Jonas e seu conforto: Em vez de se dirigir a Nínive, no leste, Jonas foi para Társis, em direção oposta. É impossível determinar com certeza onde essa cidade ficava. As evidências disponíveis até o momento apontam Espanha, Cartago (no norte da África), e Sardenha como possíveis locais da antiga Társis. O falecido assiriólogo Cyrus Gordon defendia a identificação desse local como a Espanha. De acordo com ele, Társis era um paraíso terrestre. Em vez de Jonas exercer sua função profética, o que vemos aqui é o profeta fugindo da responsabilidade e buscando seu conforto. Não seria isso um forte alerta para nós hoje? É comum vermos um convite para o envolvimento missionário na igreja e alguns poucos se disponibilizando. É lógico que nem todos têm o mesmo dom de dar estudos bíblicos ou pregar, mas o que é tão importante a ponto de deixar nossos imãos e irmãs ocupados demais para se envolverem com a pregação do evangelho? Como Jonas, muitos podem estar em busca do conforto.
  
Para uma introdução às principais descobertas arqueológicas relacionadas com persongens, locais e eventos, ver Gerald A. Klingbeil, As pedras ainda clamam, disponível em: 



Jo Ann Davidson, “Jonas: Lições de um profeta para os últimos dias”, em “O Futuro: A visão adventista dos últimos acontecimentos”, Alberto Timm, Amin Rodor, Vanderlei Dorneles (eds.), (Unaspress, 2004), p. 29. Davidson oferece outros argumentos literários que endossam a ideia da historicidade do relato de Jonas. Mencionamos apenas esses por questões relacionadas a espaço. Na verdade, é importante lembrar que Jo Ann Davidson escreveu uma lição da Escola Sabatina sobre Jonas, em 2003.


Donald J. Wiseman, Jonah’s Nineveh, in Tyndale Bulletin 30 (1979), p. 29-52. Uma das grandes contribuições deste artigo, originalmente apresentado em forma de palestra em 1977, é a possibilidade do arrependimento nacional registrado no terceiro capítulo do livro de Jonas estar relacionada com um terremoto que ocorreu durante o governo do rei assírio Ashur-Dan, que foi contemporâneo de Jeroboão II, rei de Israel, isto é, na mesma época do ministério do profeta Jonas (cf. 2Rs 14:25).
Diversos documentos mesopotâmicos falam de como eventos como terremotos, eclipses e períodos de fome, eram interpretados como presságios negativos das divindades e, portanto, eram lembretes da débil condição espiritual da nação. Por que não imaginarmos Deus utilizando essa mentalidade e o terremoto referido anteriormente para despertar o interesse dos ninivitas?


Geoffrey T. Bull, The City and the Sigh: An Interpretation of the Book of Jonah, p. 109, 110.


NIV Archaeological Study Bible, p. 1469.






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