sexta-feira, 11 de outubro de 2013

ES - Lição 3 – Sacrifíciol – 4º Trim, 2013




Lição 3 – Sacrifício


12 a 19 de outubro






Sábado à tarde

Ano Bíblico: Mt 24–26

VERSO PARA MEMORIZAR:

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12:1).


Leituras da Semana:


O conceito de sacrifício é fundamental em todo o evangelho. Nas línguas bíblicas, as palavras para “sacrifício” frequentemente retratam a ideia de aproximar-se, e de trazer algo para Deus. O significado básico do hebraico para oferta ou sacrifício descreve o ato de se aproximar, o ato de trazer algo à presença de Deus. O equivalente grego significa “dádiva” e descreve a apresentação de um sacrifício.

Da mesma forma, a palavra oferta vem do latim offerre, a apresentação de uma dádiva. A palavra sacrifício é uma combinação do latim sacer (sagrado) e facere (fazer), e se refere ao ato de tornar algo sagrado.

Nesta semana, examinaremos alguns dos sacrifícios que os fiéis ofereceram a Deus. Descobriremos que Deus sempre pediu sacrifícios, e hoje Ele ainda pede.

Certamente, e acima de tudo, Deus proveu o principal sacrifício, de Si mesmo, na pessoa de Jesus Cristo.


Domingo

Ano Bíblico: Mt 27, 28 

O primeiro sacrifício

1. Qual foi a resposta de Deus a Adão e Eva depois que eles pecaram? Gn 3:9-21

Adão e Eva viviam em um mundo perfeito, em um jardim semelhante a um santuário, e o Criador mantinha comunhão face a face com eles. O primeiro pecado deles abriu um abismo quase intransponível em seu relacionamento com Deus. No entanto, Deus já havia planejado uma forma de superar essa quebra de confiança e, antes mesmo de qualquer julgamento contra eles, o Senhor lhes deu a esperança de um Salvador (Gn 3:15).

“Adão e Eva se achavam como criminosos diante de seu Deus, aguardando a sentença, que a transgressão havia atraído sobre eles. Antes, porém, de ouvirem falar nos cardos e espinhos, na dor e na angústia que lhes caberia em quinhão, e do pó a que deveriam voltar, escutaram palavras que lhes deviam inspirar esperança. Se bem que devessem sofrer [...], poderiam aguardar no futuro a vitória final” (Ellen G. White, Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 16).

O Senhor lhes mostrou o fundamento principal dessa vitória quando, imediatamente depois do pronunciamento de Seu julgamento, Ele fez para eles vestes de pele para cobrir sua nudez e vergonha. Embora não declarado, pode ser razoável supor que um animal inocente teve que morrer por isso, e talvez até mesmo que esse ato tenha sido entendido como uma espécie de sacrifício (Gn 3:21).

A provisão divina de vestes para os culpados se tornou um ato simbólico. Assim como os sacrifícios no santuário do deserto garantiam o relacionamento especial entre Deus e Seu povo, as vestes no Jardim asseguraram aos culpados a imutável boa vontade de Deus para com eles.

Portanto, desde os primeiros dias da história humana, os sacrifícios ensinaram que os seres humanos pecadores poderiam encontrar união com Deus, mas apenas mediante a morte de Jesus, prefigurada nesses sacrifícios.

Releia Gênesis 3:9-21. Mesmo antes de Deus proferir o juízo contra o casal culpado, Ele lhes deu a promessa da “vitória final”. O que isso diz sobre a atitude de Deus para conosco, mesmo em nossa condição de pecado?

Segunda

Ano Bíblico: Mc 1–3 

Tipos de ofertas

Nos tempos do Antigo Testamento, os fiéis podiam trazer ofertas em diferentes ocasiões e em diversas circunstâncias pessoais. As diferentes ofertas que eles eram autorizados a “apresentar” incluíam animais limpos, cereais, bebidas e outras coisas. O sacrifício de animais é o elemento mais antigo no serviço do santuário e, com o ministério sacerdotal, está no centro do culto israelita. Vida religiosa sem sacrifícios era inconcebível.

2. Quais tipos de ofertas são descritas nos textos a seguir? Êx 12:21-27; Lv 2:1-3; Êx 25:2-7; Lv 4:27-31

Deus estabeleceu o sistema de sacrifícios para que os fíeis pudessem entrar em íntimo relacionamento com Ele. Por isso, as ofertas poderiam ser trazidas em diferentes situações: ação de graças, expressão de alegria e celebração, dádiva, pedido de perdão, apelo penitencial, como símbolo de dedicação, ou para restituição.

Entre os mais importantes tipos de ofertas estavam o holocausto (Lv 1) e as ofertas de cereais (ofertas de manjares; Lv 2), bem como os sacrifícios pacíficos (ofertas de comunhão; Lv 3), ofertas de purificação (Lv 4), e a oferta de reparação (pela transgressão ou pela culpa; Lv 5:14–6:7). As três primeiras eram ofertas voluntárias, que deviam lembrar ao doador (e a nós) que, no fim, tudo o que somos e temos pertence a Deus. O holocausto simboliza a dedicação total de quem faz a oferta. A oferta de cereais simboliza a dedicação de nossos bens materiais a Deus, sejam eles alimentos, animais, ou qualquer outra coisa. Os sacrifícios pacíficos eram a única oferta da qual o participante recebia uma parte para consumo pessoal.

Os outros dois sacrifícios eram obrigatórios. Relembravam às pessoas que, embora as transgressões tenham consequências, elas podem ser “curadas”. A oferta de purificação, muitas vezes chamada de “oferta pelo pecado”, era oferecida após a contaminação ritual ou depois que uma pessoa se tornava consciente de uma contaminação moral pelo pecado.

A ampla função das ofertas mostra que cada aspecto de nossa vida deve estar sob o controle de Deus. Como você pode entregar completamente a Ele o que você tem e o que você é? O que acontece quando você não faz isso?


Terça

Ano Bíblico: Mc 4–6 

Sacrifício no Monte Moriá

3. Leia Gênesis 22:1-19. O que Abraão aprendeu sobre sacrifício?

Qual foi o propósito de Deus nesse incrível desafio à fé do patriarca? A vida de Abraão com Deus sempre foi acompanhada pelas promessas divinas: a promessa da terra, descendentes e bênçãos; a promessa de um filho e de que Deus cuidaria de Ismael. Abraão sacrificava, mas sempre à luz de alguma promessa. No entanto, na situação descrita em Gênesis 22, Abraão não recebeu nenhuma promessa divina. Em vez disso, ele foi instruído a sacrificar a promessa viva, seu filho. Prosseguindo conforme a ordem de Deus, Abraão mostrou que o Senhor era mais importante para ele do que qualquer outra coisa.

“Foi para impressionar Abraão com a realidade do evangelho, bem como para lhe provar a fé, que Deus o mandou matar seu filho. A angústia que ele sofreu durante os dias tenebrosos daquela terrível prova foi permitida para que ele compreendesse por sua própria experiência algo da grandeza do sacrifício feito pelo infinito Deus para a redenção do homem. Nenhuma outra prova poderia ter causado a Abraão tal tortura de alma, como fez a oferta de seu filho. Deus deu Seu Filho a uma morte de angústia e ignomínia” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 154).

Quanto ao sacrifício, Abraão compreendeu dois princípios essenciais. Primeiro, ninguém, senão o próprio Deus pode oferecer o verdadeiro sacrifício e o meio de salvação. Certamente o Senhor proverá. Abraão eternizou esse princípio ao chamar o lugar de “YHWH Jireh” [Jeová Jiré], que significa “O Senhor Proverá”. Segundo, o sacrifício real é de substituição, que salva a vida de Isaque. O carneiro foi oferecido “em lugar de” Isaque (Gn 22:13). Esse animal, que Deus proveu, prefigurou o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, sobre quem “o Senhor fez cair [...] a iniquidade de nós todos” (Is 53:6, 7; At 8:32).

Que impressionante entrega a Deus! Podemos imaginar como deve ter sido essa experiência para Abraão? Pense sobre a última vez que você teve de avançar pela fé pura e fazer algo que lhe causou muita angústia. O que você aprendeu com suas ações?


Quarta

Ano Bíblico: Mc 7–9 

Vida por vida

4. Leia Levítico 17:10, 11. Que função Deus deu ao sangue?

Numa passagem em que Deus instruiu os israelitas a não comer sangue, Ele proveu uma razão interessante para essa proibição: o sangue representa a vida, e Deus tornou o sangue sacrifical um resgate pela vida humana. Uma vida, representada pelo sangue, resgata outra vida. O princípio de substituição, que se tornou explícito no Monte Moriá, quando Abraão ofereceu o sangue do carneiro em lugar do sangue de seu filho, está firmemente ancorado nos requisitos legais de Deus para o antigo Israel.

Como em Gênesis 22, Deus mostra que Ele mesmo provê o meio para a expiação. Em hebraico, há uma ênfase na palavra “Eu”, na expressão “Eu o dei a vocês” (Lv 17:11, NVI). Não podemos prover nosso próprio resgate. Deus deve concedê-lo.

O conceito é diferente do de outras religiões que utilizam sacrifícios. Na Bíblia, não é o ser humano que se aproxima de Deus na tentativa de acalmá-Lo, mas é Deus que oferece o meio para que a pessoa entre em Sua santa presença. Em Cristo, o próprio Deus oferece o sangue para o resgate.

5. Leia 1 Samuel 15:22 e Miqueias 6:6-8. Quais são alguns dos perigos do sistema de sacrifícios?

Deus nunca pretendeu que o sistema de sacrifícios fosse um substituto para a atitude do coração. Ao contrário, os sacrifícios deviam abrir o coração do fiel para o Senhor. Se perdermos de vista o fato de que os sacrifícios expressam um relacionamento espiritual entre Deus e as pessoas, e que todos eles apontam para um sacrifício muito maior, Jesus Cristo, podemos facilmente confundir o ritual de sacrifícios com um aparelho automático para fazer expiação. Além do sacrifício, Deus deseja realmente que nosso coração esteja em paz com Ele (Sl 51:16, 17). Constantemente, os profetas de Israel acusaram o povo de falsa piedade e o exortaram a “[praticar] a justiça, e [amar] a misericórdia, e [andar] humildemente com o [seu] Deus” (Mq 6:6-8; Compare com Is 1:10-17).

De que forma enfrentamos o mesmo perigo apresentado acima? Por que é tão difícil perceber que podemos estar fazendo a mesma coisa que os antigos israelitas fizeram? Como podemos evitar esse erro?

Quinta

Ano Bíblico: Mc 10–12 

Sacrifícios hoje: o sacrifício vivo

A terminologia do sistema de sacrifícios funcionou muito bem ao descrever o conceito cristão primitivo do que significava ter uma vida totalmente consagrada a Deus. Na verdade, mesmo quando Paulo estava pensando em seu martírio, ele descreveu a si mesmo como uma libação (oferta de bebida; Fp 2:17; 2Tm 4:6).

7. Que mensagem específica encontramos em Romanos 12:1? De que forma devemos manifestar essa verdade em nossa vida?

“Sacrifício vivo” significa que toda a pessoa é consagrada a Deus. Inclui a dedicação do corpo (Rm 12:1), bem como a transformação do ser interior (v. 2). Devemos ser separados (“santos”) para o propósito único de servir ao Senhor. Os cristãos se apresentarão inteiramente ao Senhor por causa das “misericórdias de Deus”, descritas em Romanos 12:1-11, que apresentam Cristo como nosso sacrifício, o meio da nossa salvação.

Nesse contexto, o apelo de Paulo é que os cristãos imitem Cristo. A verdadeira compreensão da graça de Deus leva a uma vida consagrada a Ele e ao serviço de amor pelos outros. Submeter o próprio eu e os desejos pessoais à vontade de Deus é a única resposta razoável ao supremo sacrifício de Cristo por nós.

No fim, deve haver harmonia entre nossa compreensão da verdade espiritual e doutrinária e nosso serviço aos outros. Cada aspecto da vida deve expressar o genuíno compromisso do cristão com Deus. A verdadeira adoração nunca é apenas interior e espiritual, mas deve abranger atos exteriores de serviço altruísta. Afinal de contas, pense no que o Senhor fez por nós.

Sexta

Ano Bíblico: Mt 21–23 

Estudo adicional

“Tinha sido difícil, mesmo para os anjos, apreender o mistério da redenção, isto é, compreender que o Comandante do Céu, o Filho de Deus, devia morrer pelo homem culpado. Quando foi dada a Abraão a ordem para oferecer seu filho, isso atraiu o interesse de todos os entes celestiais. Com ânsia intensa, observavam cada passo no cumprimento daquela ordem. Quando à pergunta de Isaque: “Onde está o cordeiro para o holocausto?”, Abraão respondeu: “Deus proverá para Si o cordeiro” (Gn 22:7, 8, RC), e quando a mão do pai foi detida estando a ponto de matar seu filho, e foi oferecido o cordeiro que Deus provera em lugar de Isaque, derramou-se então luz sobre o mistério da redenção, e mesmo os anjos compreenderam mais claramente a maravilhosa provisão que Deus havia feito para a salvação do homem” (1Pe 1:12; Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 155).

Perguntas para reflexão

1. “Nossos pés andarão em Seus caminhos, nossos lábios falarão a verdade e espalharão o evangelho, nossa língua trará cura, nossas mãos levantarão os que caíram, e realizarão muitas tarefas comuns, como cozinhar, limpar, digitar e costurar. Nossos braços abraçarão os solitários e necessitados de amor, nossos ouvidos ouvirão o clamor dos aflitos, e os nossos olhos olharão com humildade e paciência para Deus” (John Stott, Romans [Romanos]; Downers Grove, Illinois; InterVarsity, 1994, p. 322). De que forma essa citação mostra o significado de ser um “sacrifício vivo”? Por que somente morrendo para o próprio eu podemos ser capazes de viver assim?

2. Um dos grandes problemas que o povo enfrentou foi considerar o sistema de sacrifícios como fim em si mesmo, e não como meio para alcançar uma vida consagrada a Deus, manifesta no serviço de amor aos outros. De que forma nós, adventistas do sétimo dia (que recebemos tanta luz), estamos em perigo de seguir pelo mesmo caminho, talvez ao pensarmos que as grandes verdades que possuímos sejam um fim em si mesmas, e não um meio para um fim?

3. Pense mais sobre a história de Abraão e Isaque no Monte Moriá. Por mais inquietante que seja essa história, pode-se argumentar que ela foi planejada para inquietar e causar consternação e angústia. Por que alguém diria que essa história foi planejada, entre outras coisas, para evocar essas emoções no leitor?

Respostas sugestivas: 1. Nas vestes de peles, Deus mostrou o perdão dos pecados. 2. Cordeiro pascal; oferta de manjares; ofertas voluntárias; sacrifício pelo pecado. 3. Sacrifícios humanos não podem resolver o problema do pecado; somente Deus pode oferecer o verdadeiro sacrifício salvífico; o cordeiro substituiu Isaque; Jesus nos substituiu na cruz. 4. O sangue representava vida e simbolizava a remissão dos pecados. 5. Separados da justiça, obediência e humildade, os sacrifícios não têm valor. 6. Consagração do nosso corpo, nossa mente e os recursos a Deus e ao próximo; sacrifícios de louvor e gratidão. 7. Ao contrário dos animais mortos, nosso sacrifício é nossa vida santa e agradável a Deus. Por isso, é preciso consagrar tudo que temos: corpo, mente e espírito.


ESCOLA SABATINA



Texto-chave: Gênesis 22:1-19

O aluno deverá...

Conhecer: A importância do sistema sacrifical do Antigo Testamento.

Sentir: Perceber, a partir dos sacrifícios do Antigo Testamento, a natureza terrível do pecado e o grande custo da nossa salvação.

Fazer: Contemplar regularmente o cumprimento do sistema de sacrifícios em Cristo, o “Cordeiro de Deus”.

Esboço

I. Conhecer: O sistema sacrifical do Antigo Testamento

A. O sistema sacrifical foi introduzido por Deus após a queda (Gn 3:15, 21). Como a primeira promessa evangélica (Gn 3:15) implica a expiação substitutiva do Messias?

B. O significado do sistema sacrifical foi compreendido por Abraão, especialmente em sua experiência no Monte Moriá. Quais características de Gênesis 22 revelam o amor do Pai em não negar que Seu Filho morresse por nós?

C. O ritual da Páscoa (Êx 12) provê uma das mais abrangentes prefigurações do sacrifício de Cristo. Que elementos básicos de Seu sacrifício são prenunciados nesse ritual?

II. Sentir: O horror do pecado e o alto custo da expiação retratados nos sacrifícios de animais

Como a visualização dos sacrifícios do Antigo Testamento nos ajuda a avaliar melhor a monstruosidade do pecado e o custo infinito da morte expiatória de Cristo?

III. Fazer: Contemplar Cristo nas sombras

Decidir passar tempo de qualidade na próxima semana contemplando a obra expiatória de Cristo, prefigurada no sistema sacrifical do Antigo Testamento.

Resumo: O sistema de sacrifícios do Antigo Testamento faz uma poderosa descrição do multifacetado significado da morte sacrifical de Cristo no Calvário.


Ciclo do Aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: João 1:29

Conceito-chave para o crescimento espiritual: O sistema sacrifical do Antigo Testamento proveu um retrato antecipado do profundo significado do sacrifício de Cristo. Ele também tipificou a experiência dos cristãos que se ofereceriam como “sacrifício vivo” (Rm 12:1).

Somente para o professor: 
Uma professora de seminário conta a experiência de quando, na ocasião da Páscoa, relutantemente acompanhou o marido pela região dilacerada pelo conflito na Terra Santa, em direção ao topo do Monte Gerizim. Ali, os poucos samaritanos remanescentes ainda sacrificam cordeiros pascais. Quando os cordeiros foram levados ao matadouro, ela desviou os olhos. Mas no último minuto, ela olhou. Quão terrível foi a morte deles. Enquanto via as criaturas inocentes lutando contra a faca, ela intimamente se revoltava contra a insensibilidade do sacerdote, que oferecia o sacrifício. Mas, ainda mais, ela considerou revoltante a ideia do sistema sacrifical. Por que animais inocentes tinham que morrer a fim de prefigurar a morte de Jesus? No caminho de volta naquela noite, à luz da lua cheia da Páscoa, ela derramou sua amargura contra Deus, pela crueldade dos sacrifícios de animais, até que subitamente a luz do Céu penetrou em sua mente obscurecida. Ela finalmente começou a entender o ponto: o pecado é tão terrível que custou a vida do inocente Cordeiro de Deus. Esse sacrifício foi a única maneira pela qual Deus poderia levar pessoas com o coração endurecido a ver como o pecado era terrível, como era alto o custo da nossa salvação.

Escola Sabatina Comentário Bíblico

I. O sistema sacrifical introduzido no Éden

(Recapitule com a classe Gn 3:9-21.)

Na primeira promessa evangélica, encontrada em Gênesis 3:15, o sacrifício substitutivo do Messias, Descendente da mulher, já foi poderosamente retratado. Imagine a cena: O Descendente, Cristo, tira a sandália, por assim dizer, desnuda o calcanhar, e pisa voluntariamente em uma víbora venenosa. Isso retrata o Descendente voluntariamente entregando a vida para matar a serpente. Mesmo sabendo que isso custaria Sua vida, Cristo Se ofereceu para conscientemente pisar na cabeça da víbora mais mortal no Universo: a serpente chamada Satanás.

Gênesis 3:21 indica que Deus vestiu Adão e Eva com peles, o que implica o sacrifício de animais. Como sabemos que esse ato de vesti-los se refere a algo mais do que apenas cobrir sua nudez física, a fim de mantê-los aquecidos na atmosfera fria após a queda? O texto deixa claro que sua nudez após o pecado era mais do que a nudez física. Depois que eles se haviam coberto com folhas de figueira, Adão confessou a Deus que ele ainda estava nu (v. 10). Assim, a nudez era também da alma, ou seja, a culpa, que precisava ser coberta por algo mais do que vestes físicas. Em vez de folhas de figueira de suas próprias obras, com as quais eles tentaram em vão cobrir sua nudez, Deus os cobriu com as vestes de um substituto. Em lugar de seu sangue, o sangue de uma vítima inocente foi derramado (em paralelo com a oferta pelo pecado de Levítico 4:29, os pecadores humanos provavelmente teriam matado o animal sacrifical). Ali foi anunciado o sacrifício substitutivo do Messias, em favor da humanidade. O próprio Deus instituiu, e instruiu Adão e Eva com relação ao sistema sacrifical.

Pense nisto: Ellen G. White escreveu: “No momento em que o ser humano se rendeu às tentações de Satanás, e fez precisamente o que Deus lhe havia dito que não fizesse, Cristo o Filho de Deus, Se pôs em pé entre os vivos e os mortos, dizendo: ‘Caia sobre Mim a penalidade. Ficarei no lugar do homem. Ele terá outra oportunidade’” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista, v. 1, p. 1193). Por que o aspecto substitutivo do sacrifício de Cristo é tão importante em nossa salvação?

II. Abraão e o sistema de sacrifícios

(Recapitule com a classe Gn 22:1-19.)

A narrativa de Gênesis 22 descreve a prova divina de Abraão, na qual Deus pediu que ele oferecesse seu filho Isaque no Monte Moriá. Essa prova pode ser o ápice das prefigurações do evangelho no Antigo Testamento, revelando com antecedência como o Pai e o Filho estariam envolvidos na angústia do sacrifício expiatório. Jesus disse: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o Meu dia, viu-o e regozijou-se” (Jo 8:56).

Quando Abraão viu o dia de Jesus? O apóstolo Paulo citou Gênesis 22 (v. 18) e, especificamente, indicou que as Escrituras “[preanunciaram] o evangelho a Abraão” (Gl 3:8). No hebraico de Gênesis 22:17, 18, como em Gênesis 3:15, a palavra para “Descendente” ou “Semente” (zera’) é usada primeiramente no sentido coletivo para se referir a numerosos descendentes. Em seguida, restringe-se a um significado singular (marcado por pronomes singulares, embora algumas traduções modernas não mostrem isso), para focalizar a única Semente Messiânica em quem “serão benditas todas as nações da Terra” (Gn 22:18). A experiência de Isaque no Monte Moriá estava, portanto, explicitamente ligada ao sacrifício do Messias vindouro. Paulo também aponta para o espírito de sacrifício do Pai, que “não poupou [não negou] Seu próprio Filho” (Rm 8:32), usando a mesma linguagem que Deus usou duas vezes acerca de Abraão no Monte Moriá (Gn 22:12, 16).

Pense nisto: Como Gênesis 22 e a narrativa do sacrifício de Abraão em Gênesis 15 (especialmente os versos 6-18) nos ajudam a compreender melhor o evangelho da justificação pela fé?

III. O sistema sacrifical levítico: a Páscoa

(Recapitule com a classe Êx 12:21-27.)

Entre os muitos sacrifícios do sistema levítico, talvez nenhum prefigure de modo tão abrangente o sacrifício de Cristo quanto o ritual multifacetado da Páscoa. Considere os seguintes pontos:

1. Importância fundamental: A Páscoa marca o “princípio dos meses” (Êx 12:2, RC).

2. Foco no cordeiro (símbolo de Jesus) (Êx 12:3; Jo 1:29).

3. Tempo exato (Êx 12:5; Jo 13:1; 18:28; 19:14): Jesus morreu às 3 horas da tarde do décimo quarto dia de Nisan, no momento em que os primeiros cordeiros pascais deviam ser mortos.

4. Um sacrifício completo e perfeito (Êx 12:5, 46; 1Pe 1:19; Jo 19:33, 36).

5. Um sacrifício amplo, de abrangência plena (Êx 12:4; Jo 3:16; Rm 3:23, 24; 5:6, 8, 18; 1Tm 4:10).

6. Apropriação pessoal do sacrifício (Êx 12:7, 8; Jo 6:53; 1Jo 1:7, 9).

7. Sacrifício propiciatório, substitutivo. O cordeiro devia ser assado no fogo (Êx 12:8). É possível ainda observar os cordeiros da Páscoa sendo assados sobre as fogueiras no cume do Monte Gerizim, enquanto os samaritanos continuam a observar esse ritual a cada primavera. As duas varas de madeira, colocadas transversalmente na carcaça do cordeiro a fim de mantê-lo aberto para assar, tomam a forma de cruz. Os fogos da ira divina (Sl 89:46; Sf 1:18; Hb 12:25, 29) foram derramados sobre Jesus, quando Ele tomou sobre Si os pecados do mundo e recebeu o castigo que nós merecíamos.

A palavra Páscoa em hebraico encerra o termo pelo qual a festa é chamada, pesach, que significa “passar ou saltar por cima”. Deus anunciou a Moisés: “Quando Eu vir o sangue, passarei por vós [pasach], e não haverá entre vós praga destruidora, quando Eu ferir a terra do Egito” (Êx 12:13; comparar com v. 23). Isso era uma prefiguração do sacrifício substitutivo de Jesus.

(Para mais detalhes, consulte “Ponder the Passover” [Considere a Páscoa], Shabat Shalom [Sábado de Paz] 53, no 1 [2006], p. 4-9, acessível em www.andrews.edu/~davidson/).

Pense nisto: O sacrifício do Messias vindouro segue como um “fio vermelho” em todo o Antigo Testamento. Cite outras passagens que apresentam esse tema fundamental do evangelho.

Aplicação

Somente para o professor: Ajude a classe a perceber o horror de tirar a vida de um animal inocente – a terrível visão da morte dos animais, o cheiro de sangue e das carcaças queimando – a fim de avaliar mais o custo da morte de Cristo pelo nosso pecado.

Atividades práticas

Somente para o professor: Na conhecida passagem de Ellen G. White, citada na semana passada, “Seria bom para nós passarmos diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Jesus” (O Desejado de Todas as Nações, p. 83), ela diz: “Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa confiança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais profundamente imbuídos de Seu espírito.”


COMENTÁRIO SEMANAL


Autor: João Antônio Rodrigues Alves, Mestre em Teologia pelo UNASP, e doutor em Teologia pela Universidad Adventista del Plata. Pastor distrital em Nova Venécia (ES). Casado com a
Profa. Me. Daisy Kiekow de Britto Rodrigues Alves, tem dois filhos, Emerson e Karina.
E-mail: rodriguesalves_ja@yahoo.com.br

Editoração: Pr. André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisão: Rosemara Santos

Ampliação

Introdução

“Misericórdia quero, e não sacrifício” (Os 6:6). Como harmonizar essas palavras de Deus com o sistema de sacrifícios do AT e com a afirmação de que mesmo hoje Deus pede sacrifícios de Seus filhos?

Na verdade, o sistema sacrifical foi usado por Deus para transmitir a preciosa verdade de que a cura para todos os males trazidos pelo pecado estava disponível. E isso por provisão divina, e não humana. Se o pecado separou a humanidade pecadora de Deus, o sacrifício supremo de Cristo, para quem apontava todo o sistema levítico, nos aproxima, nos leva de volta ao Pai.

DOMINGO
O primeiro sacrifício

Deus dissera a Adão e Eva que, no dia em que comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, certamente morreriam (Gn 2:17). Como sabemos, eles desobedeceram a Deus e comeram do fruto proibido. A morte os aguardava. Essa era a palavra de Deus. Por isso o medo invadiu seus corações. Descobriram que estavam nus. Embora trágica em suas consequências, a intervenção misericordiosa de Deus impediu que tal episódio se tornasse desesperador. É nesse contexto, da perda de seu estado de inocência e santidade, que nossos primeiros pais ouviram a promessa da expiação por meio de Cristo. Quando compreendemos o que foi perdido no Éden, o que éramos, o que poderíamos ter sido mediante a comunhão íntima com o Criador, e aquilo que somos hoje como consequência do pecado, entendemos um pouco de nossa total dependência da obra de Cristo em nosso favor. Nesse ponto, é possível apreciar a obra do calvário, e aceitar a oferta de salvação que o Céu nos oferece gratuitamente na pessoa de Jesus.

Como resolver o problema? “O salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). Alguém devia morrer. No capítulo 3 de Gênesis estão em contraste as roupas de folhas de figueira, preparadas pelo homem (v. 7), representando seu esforço pessoal para cobrir sua nudez (salvação pelas obras) e a vestimenta de pele, feita por Deus (v. 21), que é o dom do Céu para a humanidade caída, a justiça pela fé. No verso 15, Deus preanunciou a vinda do Salvador para esmagar a cabeça da serpente. Somente Deus pode resolver o problema do pecado, e isto a um preço inimaginável, incapaz de ser compreendido pelo pecador: a vida do Filho de Deus. O primeiro sacrifício, a primeira morte, apontava para o “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13:8).

SEGUNDA-FEIRA 
Tipos de ofertas

O sistema sacrifical foi ordenado por Deus e ocupava um lugar no centro da vida nacional do povo de Deus do passado. Havia um contínuo sacrifício sempre a queimar no altar do holocausto, acrescido de outros voluntários, e demais ofertas prescritas na lei mosaica. O fogo sempre a arder, a fumaça sempre subindo, naturalmente despertava no coração de todos uma consciência da malignidade do pecado, tanto nacional como pessoal. Por aproximadamente 1.400 anos as ofertas apresentadas no santuário serviram como uma representação vívida do Messias que um dia seria oferecido em sacrifício em favor de todo aquele que crer (Jo 3:16). Os sacrifícios apontavam para Ele e foram cumpridos nEle.

O sistema sacrifical do AT provia as bases para que o pecador pudesse ser restaurado às bênçãos do concerto. Aquele que se encontrava sob o peso da culpa podia trazer seu sacrifício. Uma vez realizado o sacrifício, o indivíduo recebia o perdão (Lv 4:26, 31). Encontra-se aqui a ideia de substituição: o pecador, que devia morrer, permanecia vivo, enquanto o animal sacrifical morria em seu lugar. Dessa forma, o pecador era reconciliado em seu relacionamento com Deus.

Os diferentes tipos de ofertas abrangiam todos os aspectos da vida do adorador: “ação de graças, expressão de alegria e celebração, dádiva, pedido de perdão, apelo penitencial, atitude de dedicação, ou restituição”.

Para reflexão: Temos aproveitado a oferta superior de Cristo para restaurar nosso relacionamento com o Pai? Temos entregado nossa vida no altar de Deus, como oferta ao Senhor?

TERÇA-FEIRA 
Sacrifício no Monte Moriá

A experiência de Abraão, ao se dispor a oferecer o próprio filho em sacrifício, obedecendo incondicionalmente à ordem de Deus, é uma lição de fé que desafia a mente secular. O que estaria envolvido nesse pedido tão inusitado? Que lições podemos aprender?
 
No caso de Abraão, ele foi provado – e aprovado – em sua lealdade a Deus, prestando perfeita obediência à ordem de Deus. Sua angústia durante aquela prova permitiu-lhe compreender, “por sua própria experiência algo da grandeza do sacrifício feito pelo infinito Deus para a redenção do homem” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 154).

O apóstolo Paulo declara que o Evangelho foi “preanunciado” a Abraão (Gl 3:8). Isso ocorreu quando Abraão foi detido pela voz urgente do anjo, que fez parar o sacrifício de Isaque. Ato contínuo, Abraão viu um carneiro, a provisão divina, o substituto, que morreria em lugar de Isaque. Mais uma vez encontramos a ideia de que alguém tem que morrer para salvar o pecador. É o próprio Deus quem provê o substituto. Nesse caso, um carneiro. No Novo Testamento Deus envia Seu próprio Filho e oferece o perfeito sacrifício em favor da humanidade.

Algumas lições: (1) Fé se manifesta em obediência completa à Palavra de Deus, mesmo quando parece um absurdo; (2) fé é entregar a Deus o melhor que temos, e nada reter; (3) fé é confiar que “o Senhor proverá”. No caso de Abraão, a provisão somente foi feita por Deus após Abraão demonstrar sua disposição em ir até o fim e sacrificar seu filho Isaque.

Para reflexão: Até onde estamos dispostos a permitir que nossa fé nos leve? Estamos prontos a subir o Monte Moriá, seja ele qual for em nossa experiência?

QUARTA-FEIRA
Vida por vida

Qual é o significado do sangue sacrifical? Deus explica: “A vida da carne está no sangue” (Lv 17:11-14). O sangue sacrifical representava a substituição: a vida do animal, que era entregue à morte, em lugar da vida daquele que apresentava a oferta. O próprio Deus concedeu esse poder ao sangue. O hebraico é enfático: Deus “deu”, “concedeu”, “atribuiu”. O sangue em si mesmo não efetua expiação, mas somente o sangue de um animal sacrificado diante de Deus, de acordo com o ritual prescrito. Embora existam outras formas prescritas para expiação, a manipulação do sangue da vítima oferecida em sacrifício é o meio primário de expiação dado por Deus ao Seu povo. Assim, Deus concedeu ao pecador uma forma visível para receber o perdão de seus pecados.

“Toda vítima moribunda era um símbolo de Cristo, lição que era gravada na mente e no coração na mais solene e sagrada cerimônia, e positivamente explicada pelos sacerdotes. Os sacrifícios foram explicitamente planejados pelo próprio Deus a fim de ensinar essa grande e importante verdade de que só pelo sangue de Cristo há perdão de pecados.” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 107).

Para reflexão: Jesus deu Sua própria vida, como o Cordeiro sacrifical, sofrendo a morte que era nosso salário, para que, por Sua morte, tenhamos a vida que Lhe pertence. O que estamos dispostos a oferecer a Deus, em gratidão pela expiação de nossos pecados mediante o sangue de Jesus?

QUINTA-FEIRA
Sacrifícios hoje: o sacrifício vivo

O sacrifício de Jesus na cruz do Calvário foi perfeito, único e completamente suficiente para a salvação de todo aquele que crê. Sendo assim, que sacrifícios são requeridos hoje do cristão? O Novo Testamento é claro. Dentre outras coisas, doações para os necessitados. Paulo utiliza a linguagem cultual – “aroma suave” – para descrever as dádivas que ele mesmo recebeu dos filipenses, equiparando-as a um “sacrifício” oferecido a Deus (Fp 4:18). Ainda que Paulo fosse o beneficiário imediato da generosidade deles, o beneficiário final era o próprio Deus. Aquilo que se faz pelo servo, Paulo, em verdade se faz pelo Mestre, Cristo.

Embora o termo “sacrifício” faça referência aos sacrifícios oferecidos a Deus no culto do santuário, com o passar o tempo, ainda nos tempos do Antigo Testamento, adquiriu significados que incluem “o espírito quebrantado” e o “coração compungido e contrito” (Sl 51:17). No Novo Testamento os sacrifícios oferecidos a Deus são identificados como “louvor” (cf. Sl 50:14 – “sacrifício de ações de graça”), a “prática do bem”, “mútua cooperação” e “generosidade” (Hb 13:15, 16). Paulo afirma que isso é “aceitável e aprazível a Deus” (Fp 4:18). Essa é a verdadeira adoração.

Além disso, em Romanos 12 Paulo “roga”, “apela”, “exorta”, “encoraja”, os cristãos para que expressem sua fé na vida diária. Como podemos fazer isso?
Pela apresentação de nossos corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (v. 1). Visto que Cristo já Se ofereceu como sacrifício final, os cristãos não são obrigados a sacrificar/matar animais, porém devem apresentar um “sacrifício vivo” de si mesmos. Não se oferecer para morte, mas para a vida. Mas esse “sacrifício vivo” é qualificado por Paulo como “santo”, ou seja, “separado”, “consagrado” a Deus. É viver como alguém nascido de novo, uma nova criatura. Andar em novidade de vida. Diferente da vida anterior, quando ainda não haviam recebido os benefícios da expiação do sangue de Cristo. No pensamento cristão se incorpora a ideia de pureza e libertação do pecado. “Assim, o corpo físico do crente, colocado à disposição de Deus, apresentado a Ele, é santo, tanto no sentido de ser separado para o Seu uso, como no sentido de ser utilizado para fins puros e justos, e assim, livre de práticas pecaminosas” (Wuest, K. S. [1997, c. 1984]. Wuest's Word Studies from the Greek New Testament [Rm 12:1]. Grand Rapids: Eerdmans). Por essa razão o cristão não se conforma com este mundo, isto é, não assume uma expressão exterior que não vem de seu interior, que não representa a vida interior de seu coração. O cristão não assume como seus os pensamentos, as filosofias, os valores, as opiniões, os comportamentos, etc, prevalecentes no mundo. Em vez de se conformar, o cristão se transforma (Gr. Metamorphoomai), ou seja, o seu exterior apresenta as características de uma pessoa renovada em seu ser interior, com aspirações, esperanças, valores, etc., diferentes dos encontrados no “mundo”.

Para reflexão: Que tipo de sacrifícios tenho apresentado a Deus em minha vida? Minha vida agrada a Deus? Se não, o que preciso fazer para mudar essa situação?

Conclusão

Se o pecado introduziu a alienação entre o homem pecador e o Deus santo, Cristo estabeleceu as bases para a reconciliação através de Seu todo-suficiente sacrifício na cruz. NEle os sacrifícios encontraram o seu fim, visto que não tinham valor em si mesmos, à parte da fé no Cordeiro que viria. Por outro lado, a aceitação do sacrifício expiatório de Cristo deve produzir na vida do cristão hoje alguns resultados que são identificados como “sacrifícios” oferecidos a Deus, que poderíamos resumir em consagração a Deus e a Seu serviço, verdadeiro louvor, praticar o bem, oferecer/partilhar nossas dádivas aos necessitados, sustentar valores consistentes com a Palavra de Deus e viver como cidadãos do reino dos céus, ainda que estejamos neste mundo.

Vídeos

Introdução - Esboço da Lição "O Santuário" (aqui).
Esboço da Lição - 3 Sacrifício (aqui). 



Fonte: CASA PUBLICADORA BRASILEIRA  http://www.cpb.com.br/



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