Lição 7 - Cristo, nosso sacrifício.
9 a 16 de
novembro
Sábado
à tarde
Ano
Bíblico: At 10–12
VERSO
PARA MEMORIZAR:
"Carregando Ele mesmo em Seu corpo,
sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados,
vivamos para a justiça; por Suas chagas, fostes sarados" (1Pe 2:24).
Leituras
da Semana:
O padre
católico Maximiliano Kolbe foi preso em Auschwitz por oferecer abrigo a
refugiados da Grande Polônia, incluindo 2.000 judeus. Quando desapareceu um
prisioneiro em seu quartel (talvez ele tenha fugido), em represália a SS
(organização paramilitar nazista) escolheu dez prisioneiros para que morressem
de fome. Um dos homens selecionados gritou: "Oh, minha pobre mulher, meus
pobres filhos! Eu nunca os verei novamente!" Nesse momento Kolbe se
ofereceu para assumir o lugar do homem. Ele pediu para ser um dos que morreriam
de fome, e não o angustiado homem de família. Surpreso, o oficial da SS
concordou e Kolbe se uniu aos condenados, enquanto o outro homem sobreviveu
(pelo menos até aquele momento).
Embora comovente, o sacrifício de Kolbe é apenas uma sombra dAquele que tomou voluntariamente nosso lugar, um ato simbolizado no ritual do santuário. O Novo Testamento identifica Jesus com os dois principais aspectos do sistema sacrificial do Antigo Testamento: Ele é o nosso sacrifício (Hb 9; 10) e Ele é o nosso Sumo Sacerdote (Hb 5–10).
Nesta semana, estudaremos diferentes aspectos do grande sacrifício de Cristo e veremos o que Jesus proveu para nós por meio de Sua morte ocorrida "uma vez para sempre" (Hb 9:28).
Domingo
Ano
Bíblico: At 13–15
Jesus
em Isaías 53
Isaías
52:13–53:12 é uma poderosa descrição da morte de Cristo pelos pecados do mundo.
Vários aspectos nessa passagem proveem inequívoca evidência de que a morte de
Jesus é a expiação na forma de substituição penal, o que significa que Ele
assumiu a punição que outros mereciam e, de fato, morreu como Substituto deles.
Aqui estão algumas das implicações dessa passagem para o ministério de Jesus
por nós:
1. Jesus sofreu pelos outros. "Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades", dores (v. 4), transgressões, iniquidades (v. 5, 6, 8, 11) e o pecado (v. 12).
2. Ele traz grandes benefícios àqueles por quem Ele sofreu: paz e cura (v. 5); justificação (v. 11).
3. Foi a vontade de Deus que Jesus sofresse e fosse moído (v. 10). Deus colocou nossa iniquidade sobre Ele (v. 6), porque era plano de Deus que Ele morresse em nosso lugar.
4. Jesus é justo (v. 11), nunca praticou violência nem engano (v. 9).
5. Ele foi uma oferta pela culpa, um sacrifício expiatório pelo pecado (v. 10).
2. Leia Lucas 22:37; Atos 8:32-35 e 1 Pedro 2:21-25. Como
esses autores do Novo Testamento interpretam Isaías 53?
As
alusões do Novo Testamento a Isaías 53 demonstram que Jesus Cristo cumpriu essa
profecia. Ele Mesmo Se identificou com a Pessoa representada ali (Lc 22:37).
Cristo tomou sobre Si os nossos pecados para que pudéssemos ser perdoados e
transformados.
Pense
no que Cristo fez por você, de acordo com Isaías 53. Não importa o que tenha
feito, a certeza encontrada nessa profecia é para você. Basta se entregar ao
Senhor com fé e submissão. Que tal fazer isso agora?
Segunda
Ano
Bíblico: At 16–18
Substituição
suficiente
3. Leia Hebreus 2:9. O que
significa dizer que Jesus "[provou] a morte por todo homem"? Leia
também Hb
2:17;9:26-28; 10:12
Jesus
morreu pelos pecadores. Ele viveu sem pecado (Hb 4:15) para que, quando
oferecesse Sua vida como sacrifício, não morresse por Seu próprio pecado. Ao
contrário, Ele devia "tirar os pecados de muitos" (Hb 9:28), para
"fazer propiciação pelos pecados do povo" (Hb 2:17), e para aniquilar
o pecado para sempre (Hb 9:26).
De acordo com Hebreus 2:9 (RC), Jesus foi feito "um pouco menor do que os anjos" com o propósito de que Ele pudesse sofrer a morte. A questão é explicar por que a morte de Jesus é um requisito indispensável para Sua exaltação. Em termos simples: para que a humanidade fosse salva, Jesus teve que morrer. Não havia outra maneira.
Nessa passagem, o objetivo da Encarnação é a morte do Filho. Somente por meio do sofrimento da morte Jesus poderia Se tornar o Autor da salvação (Hb 2:10).
Por que era apropriado que Deus permitisse Jesus sofrer? O contexto de Hebreus 2:14-18 sugere que a morte de Jesus foi necessária para resgatar os filhos de Deus da escravidão da morte, do diabo, do medo da morte, e para qualificar Jesus a Se tornar um "misericordioso e fiel Sumo Sacerdote" (Hb 2:17).
Em suma, a cruz devia preceder a coroa.
"Sobre Cristo, como nosso Substituto e Penhor, foi posta a iniquidade de nós todos. Foi contado como transgressor, a fim de que nos redimisse da condenação da lei. A culpa de todo descendente de Adão pesava-Lhe sobre o coração. A ira de Deus contra o pecado, a terrível manifestação de Seu desagrado por causa da iniquidade, encheram de consternação a alma de Seu Filho" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 753).
Cristo,
o Criador do Universo, morreu como um ser humano por nossos pecados. O que isso
significa? Pense nessa incrível boa notícia e na esperança que ela nos oferece.
Como você pode tornar essa maravilhosa verdade a motivação principal de tudo o
que faz?
Terça
Ano
Bíblico: At 19–21
O
sangue de Cristo
O
conceito do sangue redentor permeia toda a Bíblia. A partir dos primeiros
sacrifícios depois que Adão e Eva pecaram, o sangue sempre esteve presente
quando ocorriam sacrifícios de animais. Rituais de sangue caracterizavam o
sistema sacrifical israelita, a fim de ilustrar a verdade fundamental de que,
sem sangue, não teríamos nenhuma chance de ter nossos pecados perdoados e
entrar na presença de Deus. O sangue era o único meio de receber a misericórdia
de Deus e ter comunhão com Ele.
4. Leia
no livro de Hebreus as seguintes passagens sobre o sangue de Cristo e o sangue
dos sacrifícios do Antigo Testamento. O que elas nos ensinam sobre o sangue? Hb
9:12; 9:14; 9:18; 9:22; 10:19; 12:24; 13:12; 13:20
O
sangue de Cristo não se refere à Sua vida, mas é um símbolo de Sua morte
substitutiva e, como tal, descreve o aspecto funcional dessa morte. O sangue
derramado de Cristo é incrivelmente multifuncional. O sangue de Cristo obtém
eterna redenção, provê purificação do pecado, perdão, santificação, e é a razão
para a ressurreição.
Em Hebreus, há um contraste poderoso: o sangue de Cristo é melhor do que qualquer outro. Na verdade, nenhum outro sangue pode, realmente, oferecer perdão. A morte de Cristo é a única razão pela qual os pecados são perdoados, antes e depois da cruz (Hb 9:15). O derramamento do sangue de Cristo e seus efeitos são uma prova clara de que a morte de Cristo foi substitutiva, o que significa que Ele assumiu a penalidade que nós merecemos.
Como a
compreensão da morte de Cristo nos liberta da ideia de salvação pelas obras?
Quarta
Ano
Bíblico: At 22, 23
Sacrifício
imaculado
A
escolha de um animal para sacrifício exigia muito cuidado. Uma pessoa não podia
simplesmente pegar qualquer animal para uma oferta. O animal precisava cumprir
vários critérios, dependendo do tipo da oferta.
No entanto, havia um critério que todas as ofertas tinham que cumprir. Tinham que ser "sem defeito". A palavra hebraica tamim também poderia ser traduzida como "completo", "ileso", "sem defeito" ou "perfeito". Ela expressa a ideia de que algo cumpre o mais alto padrão possível. Somente o melhor era bom o suficiente.
A respeito do povo, a palavra é usada para caracterizar seu relacionamento com Deus como sendo "perfeito" (Gn 6:9; 17:1).
6. Como
os textos a seguir descrevem Jesus? Por que
era crucial que Ele fosse sem pecado? Hb
4:15; 7:26; 9:14;1Pe 1:18, 19
Jesus,
o "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1:29), cumpriu
perfeitamente o critério do Antigo Testamento de um sacrifício imaculado. Sua
vida pura demonstrou que Ele foi um sacrifício perfeito. Essa é a garantia da
nossa salvação, pois apenas Alguém sem pecado poderia carregar nossos pecados
em nosso favor, e é a Sua perfeita justiça que nos cobre, agora e no juízo.
Essa justiça é nossa esperança de salvação.
Assim como sua equivalente hebraica, a palavra grega para "imaculado" (amomos) é usada não somente para descrever Jesus e Seu sacrifício perfeito, mas também o caráter de Seus seguidores.
"Ao comparar sua vida com o caráter de Cristo, [as pessoas] serão capazes de discernir onde falharam em cumprir os requisitos da santa lei de Deus e procurarão se tornar perfeitas em sua esfera, como Deus é perfeito em Sua esfera" (Ellen G. White, The Paulson Letters [As Cartas de Paulson], p. 374).
Mediante a morte e ministério de Cristo, somos apresentados irrepreensíveis diante de Deus (Jd 24). Isso só é possível porque Alguém irrepreensível assumiu nosso lugar.
Por que
o conceito de ser "santos e irrepreensíveis" (Ef 1:4) causa inquietação?
Como o conhecimento de que Cristo é nosso Substituto pode ajudá-lo a aceitar
que você é "santo" também? Como nosso novo status diante de Deus deve
afetar nossa maneira de viver?
Quinta
Ano
Bíblico: At 4–6
Um
grande perigo
No
livro de Hebreus, Paulo não focaliza apenas a compreensão teológica do
sacrifício de Cristo, mas também explica algumas das suas implicações práticas.
Em vários lugares, ele mostra o que acontece se alguém ignora esse sacrifício.
7. Leia Hebreus 6:4-6 e 10:26-31. Sobre o
que Paulo está nos advertindo? Que tipos de atitudes ele descreve?
No
livro de Hebreus, Paulo demonstrou a magnificência da salvação, mostrou como
Deus Se revelou e o que Ele fez e está fazendo pelos fiéis. No entanto, Paulo
teve que lidar com pelo menos uma importante questão problemática: o perigo de
que o sacrifício de Cristo passasse gradualmente a ser tratado com indiferença.
Ele descreveu esse perigo como "se desviar" do alvo (Hb 2:1). A
imagem por trás das palavras de Paulo é a de um navio que se afasta do seu
curso e não chega ao porto de destino. A principal tarefa é permanecer no rumo.
Alguns dos que rejeitam a Deus o fazem deliberadamente, o que significa que sua vida depois de receber o evangelho é praticamente a mesma que tinham antes de recebê-lo. Essas pessoas, de fato, não têm nenhum sacrifício eficaz para seus pecados (Hb 10:26-31). Entretanto, parece que poucos cristãos rejeitariam abertamente o sacrifício de Cristo, ou mesmo pensariam em algo semelhante. Ainda assim, Paulo apresenta um aviso. O perigo real do desprezo e negligência é que, muitas vezes isso é um processo sutil e muito gradual. A transição pode ser imperceptível. Lentamente, a obra de Cristo não é apreciada o suficiente, semelhantemente à falha de Esaú em não mais apreciar seu direito de primogenitura (Hb 12:15-17). O sacrifício de Cristo nunca deveria se tornar tão familiar que o considerássemos banal.
Paulo não queria assustar seus leitores. No entanto, precisava mostrar a eles as consequências de se desviar de Deus. Ele não queria que isso acontecesse. No lado positivo, ele os encorajou vividamente a "guardar firmemente" todas as coisas boas da salvação (Hb 3:6, 14; 10:23) e fixar os olhos em Jesus (Hb 12:2).
Você
simplesmente "acostumou-se" com a verdade sobre a cruz e se tornou
indiferente? Por que essa é uma experiência perigosa? Como podemos nos proteger
do perigo sobre o qual Paulo nos adverte aqui?
Sexta
Ano
Bíblico: At 27, 28
Estudo
adicional
Leia em
SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 7A, Apêndice C, p.
661-680: "The Atonement, Part I – Atoning Sacrifice" [A Expiação,
Parte I – Sacrifício Expiatório].
O que Martinho Lutero frequentemente chamava de "troca maravilhosa" ou "troca feliz" da justiça de Cristo pelo pecado humano, Ellen G. White descreveu na seguinte declaração clássica: "Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia. 'Pelas Suas pisaduras fomos sarados'" (Is 53:5; O Desejado de Todas as Nações, p. 25).
"Nada menos que a morte de Cristo podia tornar eficaz Seu amor por nós. É unicamente por causa de Sua morte, que podemos esperar com alegria Sua segunda vinda. Seu sacrifício é o centro de nossa esperança. Nele nos cumpre fixar nossa fé" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 660).
Perguntas
para reflexão
1. Alguns
não gostam da ideia de Jesus como nosso sacrifício. Pensam que isso faz com que
Deus pareça sanguinário ou vingativo, como os deuses pagãos (Alguns argumentam
que a linguagem bíblica do sangue e sacrifício é simplesmente um reflexo desses
conceitos pagãos). O que está errado com essa percepção? Como os conceitos de
morte, sacrifício e sangue nos mostram a gravidade e as consequências do
pecado? A compreensão do custo do pecado nos ajuda a buscar o poder de Deus a
fim de afastar o pecado de nossa vida?
2. Ao pensar na morte substitutiva de Cristo, e o que Ele realizou por nós mediante essa morte, somos protegidos da armadilha da salvação pelas obras. O que nossas obras acrescentam ao que Cristo fez por nós ao morrer em nosso lugar?
3. Ellen G. White disse que seria bom passarmos uma hora a cada dia refletindo sobre a vida de Jesus, especialmente as cenas finais. Como tal exercício fortalece nosso relacionamento com Cristo, aumentando nossa apreciação pelo que Ele fez?
Respostas
sugestivas: 1. Cristo foi rejeitado, humilhado e ferido. Assumiu
nosso pecado, morreu em nosso lugar. Mediante nossa aceitação de tudo que Ele
fez por nós, somos justificados. 2. Lucas e Pedro, assim como o próprio Jesus
Cristo, identificam o Servo sofredor de Isaías 53 como sendo o Filho de Deus.
3. A morte de Cristo, como nosso substituto, era absolutamente necessária para
que nossa dívida pecaminosa fosse quitada diante de Deus. Ao aceitarmos tal
sacrifício feito por nós, recebemos perdão, salvação e libertação do pecado. 4.
O sangue de Cristo redime, purifica, confirma o concerto divino com Seu povo,
possibilita acesso a Deus, santifica e aperfeiçoa. 5. Entre outros critérios, o
animal a ser oferecido em sacrifício devia ser imaculado, sem defeito. 6.
Imaculado, sem defeito, sem pecado. Somente um Salvador imaculado e santo está
habilitado a nos atribuir a justiça que Deus requer. 7. Paulo adverte contra o
perigo de aceitar o evangelho e depois minimizá-lo, desconsiderá-lo e
rejeitá-lo deliberadamente. Esse ato significa profanar a aliança, ultrajar o
"Espírito da graça", crucificar novamente o Filho de Deus e lançá-Lo
à ignomínia. As consequências disso são eternamente trágicas.
ESCOLA SABATINA
Texto-chave:
1 Pedro 2:24; Isaías 53:5, 6
O aluno
deverá...
Conhecer: O sacrifício feito por Deus em nosso favor e Seu amor incondicional e altruísta para com as pessoas.
Sentir: Gratidão para com Deus pelo amor e sacrifício, a fim de nos dar a certeza da salvação.
Fazer: Aceitar o divino plano da salvação, louvá-Lo por Sua aceitação sem reservas e atenciosamente servir aos outros como Ele nos serve.
Esboço
I. Conhecer:
O incompreensível sacrifício de Deus pelos pecadores
A. Por que Jesus teve que assumir a natureza humana e morrer na cruz para salvar a humanidade? Leia Isaías 53.
B. Por que não é possível que Deus simplesmente perdoe nossos pecados a fim de resolver o problema do pecado?
II.
Sentir: O amor abnegado de Deus aquece o coração humano
A. Como você pode expressar sua gratidão a Deus por Seu amor e Condescendência com a humanidade?
B. Como você se sente ao saber que Jesus Se tornou um sacrifício expiatório por você, assumiu a condenação que você merecia e lhe deu a vida eterna?
III. Fazer: A
graça de Deus restaura e transforma os pecadores
A. Por que é tão importante proclamar ao mundo o perdão de Deus?
B. Como as ações da graça de Deus para com os pecadores o ajudam a lidar
com os
que erram?
C. Por que é tão trágico quando uma pessoa rejeita a morte de Cristo?
Resumo: Quando aceitamos o
amor de Deus e Seu sacrifício por nós, Ele perdoa nossos pecados, muda nosso
status, nos abençoa e nos leva a uma nova maneira de viver.
Ciclo
do Aprendizado
Motivação
Focalizando
as Escrituras: Isaías
53:4-6
Conceito-chave para o crescimento espiritual: De um modo poderoso, o profeta Isaías apresentou a missão do Messias, que é chamado de Servo do Senhor. Na Bíblia, essa é a melhor descrição do papel do Salvador em nosso favor. Esse Servo traz esperança, e Sua morte salva a humanidade de seus pecados.
Somente para o professor: A lição desta semana ajudará os membros de sua classe a entender o significado da morte sacrifical de Jesus Cristo, prevista na vida do Servo do Senhor de Isaías 53 e vista no contexto bíblico mais amplo. Esse Servo do Senhor era um "Homem de dores", uma "oferta pela culpa" e, por amor, Ele morreu voluntariamente pelos nossos pecados. Suas ações em nosso favor são cheias de humildade, compaixão e amor.
Discussão
de abertura:
Se lhe pedissem para descrever em um capítulo os aspectos mais importantes da missão do Messias, o que você escreveria sobre Ele? Quais pontos essenciais não deveriam ser omitidos?
Comentário
Bíblico
Nossa
vida eterna depende do cumprimento da missão do Servo do Senhor. Seu bondoso
sacrifício e sofrimento por nós é a fonte da nossa justificação e salvação.
Nesta semana, estudaremos essas passagens cuja compreensão é tão vital para
nossa vida espiritual. Daremos ênfase especial ao quarto cântico. Acompanhe os
principais pensamentos do material bíblico e envolva a classe no estudo bíblico
resumido nas seções abaixo.
I. Primeiro
e segundo cânticos do Servo do Senhor
(Recapitule com a classe Is 42:1-9; 49:1-7.)
Considere atentamente os textos de Isaías, que descrevem a missão universal de Cristo.
O primeiro cântico não revela a identidade do Servo do Senhor, mas retrata Sua tarefa gigantesca: Ele traria a justiça e o direito a todo o mundo e seria uma aliança e uma luz para o mundo. Embora fosse Rei, não agiria como conquistador, mas Sua maneira seria mansa e humilde. Sua força e poder estariam na Palavra e no Espírito de Deus.
O segundo cântico identifica o Servo como alguém que devia cumprir um papel primordial em levar Israel e seu remanescente de volta para Deus (por isso, o Servo não pode ser Israel nem o remanescente de Israel; leia Is 49:6). Ele não é apenas um agente comunicador da salvação, mas é, em Sua pessoa, a salvação para o mundo inteiro. Pela primeira vez, nesse cântico, encontramos uma alusão ao sofrimento mental e glorificação do Servo (Is 49:7).
Pense nisto: A tradução literal de Isaías 49:6 destaca o fato de que o Servo do Senhor é a salvação para o mundo: "Sim, [o Senhor disse ao Seu Servo]: Pouco é o seres Meu Servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também Te dei como luz para [as nações], para seres a Minha salvação até à extremidade da Terra". Compare com a classe traduções diferentes desde verso e comente a diferença entre a declaração de que Jesus Cristo é a salvação para o mundo inteiro e a afirmação de que o Servo traria ou anunciaria a salvação de Deus ao mundo inteiro.
II. O
terceiro cântico
(Recapitule com a classe Is 50:4-9.)
Esse cântico é chamado o "Getsêmani do Servo," porque o próprio Servo fala sobre Sua experiência, sofrimento intenso e confiança no Senhor. O profeta Isaías primeiramente pintou um quadro incrivelmente belo das atribuições do Servo e Seu íntimo relacionamento com Deus.
O Senhor O desperta todas as manhãs a fim de revelar Sua tarefa para o dia. O discipulado obediente do Servo é descrito nessa passagem.
Pela primeira vez o sofrimento físico desse Servo é mencionado. Ele seria açoitado, espancado, torturado e sofreria a grande humilhação de ser zombado e cuspido (v. 6). No entanto, em Sua angústia Ele acreditaria que o Senhor O ajudaria e justificaria.
Pergunta para discussão: O que prova que o Servo do Senhor sofreu voluntariamente? O que significa a declaração de que o Messias faria Seu "rosto como um seixo" (Is 50:7)?
Atividade: Peça que os membros da classe abram a Bíblia e compartilhem outros versos sobre o amor de Deus e Suas promessas de cuidado durante nossos momentos de angústia.
III. O
quarto e o quinto cânticos
(Recapitule com a classe Is 52:13–53:12; 61:1-3.)
O profeta Isaías chegou ao cerne da questão no quarto cântico. Em cinco estrofes, cada uma composta de três versos, encontramos a mais sublime passagem sobre a vida sacrifical do Servo. Essa magnífica obra-prima contém a mais gloriosa mensagem sobre a missão e realizações do Messias, e as descreve no seguinte cenário:
1. Paradoxo da vida do Servo – altamente exaltado e profundamente humilhado (Is 52:13-15). O enigma de Sua vida parece insolúvel. Mas, à medida que Isaías avança no poema, o mistério se torna mais claro: a jornada do Servo será em meio ao sofrimento e morte sacrifical até a glorificação.
2. Rejeição do Servo, homem de dores e sofrimentos (Is 53:1-3). As pessoas não acreditaram nEle, e por duas vezes nessa passagem é enfatizado que Ele foi desprezado. Essa descrição realista termina com a triste declaração de que Ele não foi respeitado.
3. Expiação do Servo do Senhor, que tomou sobre Si as nossas transgressões (Is 53:4-6). Esse núcleo do cântico explica por que o Servo teria que passar por todo o sofrimento e humilhação: "Certamente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades. [...] Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades". Isaías identificou claramente a nós e aos nossos pecados como a causa da morte do Servo. Você e eu somos responsáveis e culpados por Sua morte, e não podemos transferir para outros nossa culpa. Essa foi a solução divina para, finalmente, resolver o problema do pecado: "O Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos" (v. 6). Observe a voz passiva dos verbos no verso 5, que explica o que foi feito pelo Servo em nosso favor. Por causa da morte voluntária e substitutiva do Servo por nós, fomos sarados (salvação é cura), e podemos viver.
4. Sofrimento, julgamento, morte e sepultamento do Servo do Senhor (Is 53:7-9). Isaías descreveu a completa submissão do Servo à vontade de Deus e mostrou que Sua dor, tristeza e sofrimento não eram dEle (Ele era inocente e não havia nenhum engano nEle), mas ocorreram "por causa da transgressão do [...] povo".
5. Glorificação do Servo do Senhor (Is 53:10-12). Esta canção culmina com uma explicação dos muitos resultados maravilhosos da morte sacrifical do Servo: ressurreição, justificação de muitos, e o compartilhamento de Sua vitória e despojo com outros. O Messias continua Sua obra pelos pecadores por quem morreu: Ele intercede por eles.
O quinto e último cântico (Is 61:1-3) declara que o Servo é ungido pelo Senhor e habilitado pelo Espírito a proclamar as boas-novas e aplicar tudo o que tem realizado em Sua vida e morte aos pecadores, a fim de trazer liberdade e vitória a eles, para que possam servir aos outros e ser Seus servos fiéis (Is 61:4-6).
Perguntas
para discussão:
1. Por que a primeira leitura sobre o Servo do Senhor em Isaías 53 pode ser confusa? Leia a história do alto oficial etíope, em Atos 8:26-40.
2. Por que Deus levou Isaías a explicar com tantos detalhes os eventos relacionados à morte
do Servo do Senhor? Como Isaías interpretou o significado da morte do Servo e seus resultados maravilhosos?
Aplicação
Somente
para o professor: Jesus
aplicou a Si mesmo Isaías 61:1, 2, quando declarou: "Hoje, se cumpriu a
Escritura que acabais de ouvir" (Lc 4:16-21). Até que ponto você pode
aplicar essa passagem a si mesmo, quando Deus o chama a proclamar Sua boa
notícia ao mundo? Pergunte aos alunos como isso pode ser feito adequada e
sabiamente.
Atividades
práticas
Somente
para o professor: Nas cinco passagens que estudamos, Isaías usou ricas figuras
de linguagem para descrever a missão e as realizações do Servo do Senhor. Quais
são as vantagens de tal ensinamento ilustrativo?
COMENTÁRIO SEMANAL
Autor: João Antônio Rodrigues Alves, Mestre em Teologia pelo
UNASP, e doutor em Teologia pela Universidad Adventista del Plata. Pastor
distrital em Nova Venécia (ES). Casado com a Profa. Me. Daisy Kiekow de Britto
Rodrigues Alves, tem dois filhos, Emerson e Karina.
E-mail: rodriguesalves_ja@yahoo.com.br
Editoração: Pr. Márcio Nastrini e Pr. André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisão: Josiéli Nóbrega
Ampliação
INTRODUÇÃO
A obra da redenção não foi um pensamento posterior na mente de Deus, nem uma improvisação, um plano B, resultante de uma surpresa introduzida pelo pecado e suas consequências. Ao contrário, o plano divino para a salvação da humanidade foi formulado antes da fundação do mundo. O vidente de Patmos se refere ao “Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo” (Ap 13:8). Um aspecto central na obra da redenção é o sofrimento e morte de Jesus. Por essa razão, afirma-se que, no coração da religião cristã, encontra-se uma cruz. Sobre essa cruz, Deus lidou com o problema introduzido pelo pecado e realizou a salvação do pecador.
Historicamente,
a cruz se situa no tempo há uns dois mil anos. Entretanto, podemos dizer que
essa cruz, antes de ser erguida no Calvário, foi planejada no coração de Deus
desde a fundação do mundo.
Devido à sua importância, é extremamente perigoso o pensamento de que a morte de Jesus não seja substitutiva. Alguns consideram o pensamento da substituição como irrelevante, ou muito violento, ou mesmo insuficiente.
Mas qual é o conceito bíblico? Isto é o que estudaremos nesta semana.
Para
mais informações, ver Millard J. Erickson, Christian Theology, 2ª ed. (Grand Rapids, MI: Baker,
2004 [7ª impressão]), 818-840; Raoul Dederen, ed., Tratado de Teologia
Adventista do Sétimo Dia (Tatuí, SP: CPB, 2011), 193-205.
DOMINGO
Jesus em Isaías 53
Jesus em Isaías 53
Alguns
autores consideram o texto de Isaías 52:13-53:12 como o mais importante do
Antigo Testamento. Independentemente da importância que lhe é atribuída, ele é
o mais citado/aludido no Novo Testamento, visto ser uma das mais completas
descrições da obra redentora do Messias. Com ela se anunciava, sem margem para
dúvidas, que a única solução para o problema introduzido pelo pecado seria a
obra do Servo do Senhor.
Isaías 53 fala de rejeição: o Servo foi rejeitado enquanto viveu (53:1-3). E o clímax da rejeição ocorreu na morte do Servo (53:4-9). Por que morreu? Que significado tem Sua morte? Ele morreu em nosso lugar, como nosso Substituto. Sua obra foi em nosso favor. Não morreu por causa de Seus pecados, visto que não pecou, e sim, por causa dos nossos. Teologicamente, foi uma morte expiatória e uma expiação vicária.
A morte do Servo foi iniciativa divina, evidência de Sua graça, livremente estendida ao pecador. No verso 6 lemos que “o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós”, uma linguagem que nos remete a Levítico 16.
O verso 7 declara que o Servo foi levado como um Cordeiro ao matadouro. O cordeiro era o animal mais representativo do sistema sacrifical. Mas aqui estava o verdadeiro Cordeiro, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Ao ser sacrificado, o Messias cumpriu todo o simbolismo dos sacrifícios levíticos, tornando-os desnecessários.
Resumindo a obra realizada pelo Servo sofredor, Ele purificou, carregou as enfermidades, assumiu as dores, o castigo Lhe foi imposto, Seus ferimentos trouxeram a cura, Ele ofereceu a vida em expiação, Ele justificou, entregou-Se à morte e intercedeu pelos outros. Mas o Servo não permaneceria morto. Voltaria a viver. Seria exaltado (52:13) e ficaria satisfeito ao ver que não morrera em vão. Muitos seriam justificados em virtude de Seu sacrifício expiatório.
Essa descrição profética da morte sacrifical de Cristo foi oferecida por Isaías como a única forma eficaz para a expiação do pecado. Cristo Se tornou o que nós somos para que fôssemos restaurados à comunhão com Deus.
Para reflexão: Pense na grandeza da obra de Cristo realizada na cruz do Calvário em seu favor. A obra foi definitiva. Não é necessário repetir-se. Que resposta você tem dado a essa manifestação da graça infinita? Foi por você. Aceite a oferta! O caminho da salvação está aberto. O Messias o espera.
SEGUNDA-FEIRA
Substituição suficiente
Substituição suficiente
Todo o sistema de ofertas do Antigo Testamento apontava para a morte substitutiva de Jesus. Ele foi a oferta final pelos pecados da humanidade. Não havia outra saída. A salvação se fundamenta no sacrifício único de Jesus. O caminho para a glória passa pelo Calvário. A paixão precede a glória. Não existe glória sem paixão. A cruz precede a coroa. O clamor de Jesus no Getsêmani, pedindo ao Pai que, se possível, passasse o cálice adiante, revela de forma inequívoca que o caminho da cruz não podia ser evitado, caso o plano da salvação devesse ser concretizado.
Paulo desenvolveu essa ideia no capítulo 2 de Hebreus. De Seu exaltado status (Hb 1:5-14), recebendo a adoração e o serviço dos anjos, Jesus Se tornou temporariamente inferior a tais seres celestiais. De que forma? Tornando-Se homem e sendo posto à morte. Ele “provou” a morte por, em favor de, e em lugar de, todos os homens. A expressão “provar a morte” descreve graficamente “a realidade difícil e dolorosa de morrer que é experimentada pelo homem e que foi sofrida também por Jesus.” A amargura da morte experimentada “não foi a de um nobre mártir aspirando a um status de santidade, mas como o Salvador, sem pecado, que morreu para libertar os pecadores da maldição da morte espiritual”. O Calvário é o caminho para a reconciliação entre o homem pecador e o Deus santo. Assim, o Calvário, longe de ser uma derrota, é uma estrondosa vitória. Embora, historicamente, a cruz tenha sido o ponto mais baixo na carreira de Jesus, paradoxalmente foi também o mais elevado. Contextualmente, o sofrimento e a morte de Jesus pavimentam o caminho para a glória. Humilhação e exaltação funcionam como dois aspectos complementares de uma única obra. A expressão “coroado de glória e de honra” (v. 9) relembra a investidura de Aarão como sumo sacerdote (Êx 28:2, 40), o que antecipa o argumento posterior de que Jesus é nosso Sumo Sacerdote.
TERÇA-FEIRA
O sangue
de Cristo
O dilema humano presente na carta aos hebreus é a contaminação, e o agente para efetuar a purificação é o sangue. Porém, não o sangue de touros e bodes, que pode até realizar uma purificação exterior ou cerimonial, mas não tem o poder de purificar a consciência. O apóstolo apresenta um tipo de sangue superior, o sangue do próprio Cristo. Em muitas ocasiões, o autor destaca a superioridade do sangue de Cristo em relação ao sistema ritual do santuário, com seus repetidos sacrifícios de animais e consequente derramamento de sangue.
Enquanto o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo do santuário terrestre, com sangue de animais, apenas uma vez ao ano – acesso limitado –, Cristo entrou com Seu próprio sangue no santuário celestial para sempre – acesso ilimitado. A obra de Cristo em Hebreus é enfatizada por meio das repetidas referências a Seu sangue, que assegura o perdão a quem O aceitar. Seu sangue, sendo superior, foi derramado uma vez para sempre para purificar os pecados. Seu sangue nos aperfeiçoa e nos torna santos. Naturalmente, não se trata do sangue de Cristo em si, mas da ação de Se oferecer a Deus como um sacrifício sem mácula (9:14) e os resultados positivos para aqueles que se apropriam de Sua oferta de perdão e purificação.
Para reflexão: Temos permitido que o sangue salvífico de Cristo realize, com todo o seu poder, tudo aquilo que é capaz de fazer em nossa vida? Seu poder purificador tem atingido cada área de nossa vida, ou temos limitado seu acesso e assim conservado algum “pecado acariciado”?
QUARTA-FEIRA
Sacrifício imaculado
Sacrifício imaculado
A lei ordenava que o animal oferecido em sacrifício no santuário devia ser perfeito. A razão para isto é que ele simbolizava aCristo, a oferta sacrifical por excelência. O apóstolo Pedro deixou isso bem claro quando afirmou que fomos resgatados pelo “precioso sangue, como de Cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1Pe 1:18, 19). Não é possível ao homem oferecer alguma coisa por si mesmo, visto que é naturalmente imperfeito. Somente o Substituto celestial pode expiar os pecados da humanidade. Ao homem compete apenas aceitar a oferta graciosamente oferecida pelo Céu em seu favor.
Jesus Cristo é a oferta perfeita: “santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores” (Hb 7:26). Embora tenha sido tentado em todas as coisas, Jesus nunca cedeu à tentação. Era sem pecado e não cometeu pecado algum. A expressão “a Si mesmo Se ofereceu sem mácula a Deus” (9:14) indica porque o sacrifício de Cristo é “absoluto e final.” Ao qualificar Cristo como “sem mácula” (ámomon - ἄμωμον) o autor nos remete aos sacrifícios realizados no santuário. Esse termo denota a ausência de defeitos no animal sacrifical (Nm 6:14; 19:2). Com isso é enfatizada a perfeição do sacrifício de Cristo. Jesus é não apenas o Sumo Sacerdote sem pecado (4:15; 7:26), como também a vítima “sem mácula”. A oferta de Si mesmo a Deus, sem mácula, foi a culminação de uma vida de perfeita obediência (5:8-9; 10:5-10).
Para reflexão: Como professo seguidor de Cristo, entendo o chamado para ser santo e irrepreensível (Ef 1:4)? O que está faltando em minha vida para que se realize em mim o propósito de Deus?
QUINTA-FEIRA
Um grande perigo
Um grande perigo
Paulo demonstrou a superioridade de Jesus mediante diferentes comparações, exaltou a suficiência de Seu sacrifício, de Seu sangue que purifica nossa consciência, assegurando-nos uma santa ousadia para entrar à presença de Deus. Entretanto, em alguns pontos ele apresenta advertências que vão se tornando progressivamente mais sérias, e que merecem nossa profunda consideração.
Em primeiro lugar, ele advertiu contra o perigo de abandonar a verdade (Hb 2:1-4). A seguir, advertiu acerca do perigo de não entrar em Seu repouso por causa da dureza do coração (3:8-11). Depois, há o perigo de não alcançar a maturidade espiritual, caindo pelo caminho, após tudo o que alguém experimentou na vida cristã, e não mais ser levado ao arrependimento (6:4, 5). O resultado disto é uma expectativa aterradora de juízo e do fogo que consome os inimigos de Deus (10:27). Viver deliberadamente em pecado após alcançar o conhecimento da verdade é algo muito sério (10:26). Com isso é novamente crucificado o Filho de Deus e exposto à ignomínia (6:6). É calcar aos pés o Filho de Deus e profanar o sangue da aliança e ultrajar o Espírito da graça (10:29). Esse é um tipo de apostasia que pode levar a pessoa a rejeitar definitivamente a Cristo.
Como exposto na lição, “poucos cristãos rejeitariam abertamente o sacrifício de Cristo, ou mesmo pensariam em algo semelhante”. O perigo é que sutilmente podemos assumir uma posição com respeito às realidades espirituais que termine em completa apostasia. Por isso, é necessário que estejamos atentos a nós mesmos, à nossa vida espiritual, aos exercícios espirituais – comunhão, relacionamento e missão.
Para reflexão: De alguma forma sutil, estaríamos nós abandonando as verdades da salvação? A fé entregue aos santos? O que podemos fazer para renovar nossa fidelidade a Cristo?
Conclusão
Jesus morreu em meu lugar. Ele é meu Substituto. Pagou com sangue o preço da minha salvação. Por que, então, muitas vezes me encontro negociando com Deus o tipo de discipulado que desejo oferecer-Lhe? Não entendo que, agindo assim, estou amesquinhando a morte de Cristo? Por que é tão difícil para mim, pecador, entregar-me completamente a Cristo? O que posso fazer?
Para
mais informações, ver Millard J. Erickson, Christian Theology, 2ª ed. (Grand Rapids, MI: Baker,
2004 [7ª impressão]), 818-840; Raoul Dederen, ed., Tratado de Teologia
Adventista do Sétimo Dia (Tatuí, SP: CPB, 2011), 193-205.
Gerhard von Rad, Teologia do Antigo Testamento (São Paulo: ASTE, 1974), v.
2, p.
248.
Para uma análise do significado da preposição hyper, usada em Hebreus 2:9, ver Erickson, p. 831.
Johannes Behm, Theological Dictionary of the New Testament, v. 1, p. 677.
S. J. Kistemaker & W. Hendriksen, New Testament Commentary: Exposition of Hebrews (Grand Rapids: Baker Book House, 1953-2001), v. 15, p. 67.
W. L. Lane, Word Biblical Commentary: Hebrews 9-13 (Dallas: Word, Incorporated, 2002), v. 47B, p. 239.
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