sexta-feira, 12 de abril de 2013

ES - Lição 3 - Um Deus santo e justo (Joel) – 2º Trim, 2013






Lição 3 - Um Deus santo e justo (Joel) 


13 a 20 de abril







Sábado à tarde
Ano Bíblico: 1Rs 7, 8 



VERSO PARA MEMORIZAR:

“O Senhor levanta a voz diante do Seu exército; porque muitíssimo grande é o Seu arraial; porque é poderoso quem executa as Suas ordens; sim, grande é o dia do Senhor e mui terrível! Quem o poderá suportar?” (Jl 2:11).



Leituras da Semana:


Pensamento-chave: Deus permite as crises para que Seu povo sinta dependência dEle e necessidade de reavivamento e reforma espirituais.

Na grande praga de gafanhotos e na severa seca que estava devastando o reino de Judá no sul, o profeta Joel, contemporâneo de Amós e Oseias, via o sinal de um “grande e terrível dia” de juízo (Jl 2:31). Confrontado com uma crise de tal intensidade e proporção, ele convidou todo o povo de Judá a abandonar o pecado e voltar-se para Deus. Ele descreveu os gafanhotos como exército do Senhor e viu na vinda desse exército o castigo divino sobre o Israel infiel.


Joel profetizou que as pragas de gafanhotos se tornariam insignificantes em comparação com os futuros juízos divinos. Mas esse mesmo juízo traria bênçãos sem paralelo para os fiéis ao Senhor, que obedecessem aos Seus ensinamentos. Portanto, apesar da sua severidade, o juízo podia conduzir à salvação e redenção daqueles cujo coração estivesse aberto à orientação do Senhor.

Ore por todos que receberão o livro “A Grande Esperança” ou o DVD “A Última Esperança” no dia 20 de abril.



Domingo
Ano Bíblico: 1Rs 9, 10 



Desastre nacional

1. Leia Joel 1:1-12. O que estava acontecendo com a terra de Judá?

O profeta, que vivia em uma sociedade agrícola, exorta os agricultores a ficar angustiados diante da perda dos cereais e da colheita de frutos. A destruição ecológica poderia enfraquecer a economia do país por muitos anos. Além da perda dos alimentos, sombra e madeira, existia o risco de erosão do solo. Algumas árvores frutíferas na Palestina levam vinte anos para crescer e se tornarem produtivas. Na verdade, a devastação agrícola e o desmatamento eram táticas típicas de exércitos invasores que buscavam punir os povos conquistados, tornando-lhes impossível qualquer perspectiva de recuperação a curto prazo.

2. Leia Deuteronômio 28:38. Como esse texto nos ajuda a entender o que estava acontecendo com Judá?

Joel usou quatro termos diferentes para mencionar gafanhotos (Jl 1:4), a fim de expressar a intensidade e totalidade da praga. A seca tornou ainda maior a destruição causada pelos gafanhotos. Todas as colheitas esperadas haviam secado e os agricultores se desesperaram porque não tinham nada para comer nem vender. Eles não tinham sequer sementes para plantar novamente. Uma calamidade dessa proporção jamais havia sido vista entre seus antepassados e devia ser contada às futuras gerações. O fato de que um desastre semelhante nunca houvesse acontecido antes aumenta a importância da situação.


O profeta anunciou também a destruição dos principais alimentos da terra de Israel, como uvas, cereais e óleo (Dt 14:23; 18:4). Trigo e cevada eram os grãos mais importantes na Palestina. Na Bíblia, videiras e figueiras simbolizam vida pacífica com abundância das bênçãos de Deus na Terra Prometida (1Rs 4:25; Mq 4:4, Zc 3:10). A encantadora imagem da paz e prosperidade é poder sentar-se sob a própria videira ou figueira. Tudo isso estava ameaçado pelo juízo divino que ocorreria por causa dos pecados de Israel.


A época de colheita era um tempo de alegria (Sl 4:7, Is 9:3). Embora a terra em Israel fosse um presente do Senhor, ela ainda pertencia a Deus. Israel devia ser um mordomo fiel da terra. Acima de tudo, as pessoas deviam adorar e obedecer a Deus porque Ele era Aquele que lhes tinha dado a terra.

Hoje é o dia de você contar ao seu(sua) amigo(a) que está orando por ele(a). Prepare-se para o Impacto Esperança!



Segunda
Ano Bíblico: 1Rs 11, 12 



Toque a trombeta!

Quando ocorrem catástrofes naturais, elas provocam muitas perguntas, como: “Por que Deus permitiu que isso acontecesse?”, “Por que algumas pessoas vivem, enquanto outras morrem?”, “Podemos aprender uma lição com essa experiência?”. Joel não tinha dúvida de que a praga dos gafanhotos podia levar a um conhecimento mais profundo do plano universal de Deus. Sob inspiração divina, o profeta relacionou no capítulo primeiro a crise nacional com a situação espiritual na terra. Os gafanhotos não haviam deixado nada que pudesse ser oferecido como sacrifício ao Senhor. A oferta de cereais e a oferta de libação faziam parte da oferta diária no templo, de acordo com as instruções registradas em Êxodo 29:40 e Números 28:5-8. A interrupção dos sacrifícios foi severa, mas deve ter servido como advertência para as pessoas quanto à sua grave condição. A perda da oportunidade até mesmo de oferecer sacrifícios simbolizava o rompimento da aliança entre Deus e Israel. Mas, ao contrário de muitos outros profetas, Joel não gastou muito tempo analisando as faltas do povo. Ele estava muito mais interessado em enfatizar a cura prescrita pelo divino Médico de Israel.

3. Leia Joel 1:13-20. O que Joel disse ao povo? Embora as circunstâncias fossem únicas, de que forma esse apelo é visto em toda a Bíblia?


O profeta exortou os líderes espirituais a proclamar um dia nacional de oração e jejum para que as pessoas examinassem profundamente o coração, renunciassem seus pecados e voltassem para Deus. Assim, elas sairiam dessa experiência com renovada confiança no amor e justiça de Deus. No fim, esse desastre podia levar os fiéis a um relacionamento mais profundo com seu Senhor.


Ao longo da Bíblia, Deus é descrito como o Senhor da natureza. Aquele que a criou, sustenta e também a usa para Seus propósitos divinos. Nesse desastre natural, em vez de rasgar as vestes, o profeta Joel disse que as pessoas deviam rasgar o coração e abri-lo para a graça e compaixão de Deus.

Desastres podem nos alcançar de muitas formas. Quando isso acontece, independentemente da nossa compreensão deles e de suas causas, a quais promessas bíblicas podemos nos apegar em busca de esperança e força? Que promessas são especialmente significativas para você?

Leia o livro “A Grande Esperança” antes de entregá-lo a alguém.


Terça
Ano Bíblico: 1Rs 13, 14 



O dom do Espírito de Deus

4. Leia Joel 2:28, 29 e Atos 2:1-21. Como Pedro interpretou essa profecia de Joel?

No dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro anunciou que o Senhor havia cumprido Sua promessa, dada por intermédio de Joel, sobre o derramamento do Espírito Santo. Acompanhando o derramamento do Espírito, e como sinal visível da intervenção sobrenatural de Deus na história da humanidade, Deus fará com que fenômenos extraordinários sejam vistos na natureza, na Terra e no céu.


“Em imediata relação com as cenas do grande dia de Deus, o Senhor, por meio do profeta Joel, prometeu uma manifestação especial de Seu Espírito (Jl 2:28). Essa profecia recebeu cumprimento parcial no derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Mas atingirá seu pleno cumprimento na manifestação da graça divina que acompanhará a obra final do Evangelho” (Ellen G. White, O Grande Conflito, edição de 1988, p. 11).


No contexto imediato de Joel, o arrependimento seria seguido por um grande derramamento do Espírito de Deus. Isso traria uma maravilhosa renovação. Em vez de destruição, se seguiria a dádiva das bênçãos divinas. O Senhor reafirma a Seu povo que Sua criação será restaurada e a nação será libertada dos opressores.


O Espírito é derramado sobre o povo de Deus, assim como o óleo da unção era derramado sobre a cabeça dos que eram eleitos por Deus para um ministério especial. O Espírito é também um dom concedido aos que O recebem para que eles façam uma obra específica para Deus (Êx 31:2-5; Jz 6:34). Só que desta vez a manifestação do Espírito assumirá proporções amplas. Nesse grande ponto da História, a salvação estará disponível a todos que buscarem a Deus. O Espírito de Deus cairá sobre todos os fiéis, independentemente de idade, gênero ou condição social, em cumprimento do desejo de Moisés no sentido de que todos os filhos de Deus se tornassem profetas e de que o Senhor colocasse Seu Espírito sobre eles (Nm 11:29).

O que você pode fazer para se tornar mais receptivo ao derramamento do Espírito Santo?

Assista ao DVD “A Última Esperança”. Ele o motivará para a distribuição que será feita no sábado.



Quarta
Ano Bíblico: 1Rs 15, 16 



Proclamando o nome de Deus

“O Sol se converterá em trevas, e a Lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o Senhor prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar” (Jl 2:31, 32).

O escurecimento do Sol e a transformação da Lua em sangue não devem ser compreendidos como desastres naturais, mas como sinais sobrenaturais do iminente dia do Senhor. Nos tempos bíblicos, muitas nações pagãs adoravam corpos celestes como deuses, algo que, de acordo com Moisés, os israelitas nunca deviam fazer (Dt 4:19). Nesse sentido, a profecia de Joel predisse que os ídolos das nações começariam a desaparecer quando o Senhor viesse em juízo. Joel 3:15 acrescenta que até mesmo o exército celeste perderia seu poder e não mais daria sua luz, porque a presença da glória do Senhor ofuscaria tudo.

5. Embora a aparência de Cristo aterrorize os impenitentes, como os justos receberão o Senhor? Qual é a diferença crucial? Is 25:9; Jl 2:32; At 2:21; Rm 10:13

Nas Escrituras, a expressão “invocar o nome do Senhor” não significa apenas alguém dizer que é seguidor do Senhor e reivindicar Suas promessas. Pode significar também proclamar o nome de Deus, isto é, ser uma testemunha para as outras pessoas sobre o Senhor e o que Ele tem feito pelo mundo. Abraão edificava altares e proclamava o nome de Deus na terra de Canaã (Gn 12:8). A Moisés no Monte Sinai, Deus proclamou Sua bondade e graça (Êx 33:19; 34:5). O salmista convida os fiéis a dar graças a Deus e invocar Seu nome, tornando conhecido entre as nações o que Ele tem feito (Sl 105:1). As mesmas palavras são encontradas em um cântico de salvação composto pelo profeta Isaías (Is 12:4).


Assim, proclamar o nome do Senhor significa ser mensageiro das boas-novas de que Deus ainda governa o mundo e também chamar os povos para que vejam todas as coisas no contexto das ações de Deus e Seu caráter. Significa também contar a todos sobre o generoso dom divino da salvação oferecida a todo ser humano.

O que significa para você “invocar o nome do Senhor”? Como você faz isso, e o que acontece quando você faz?

Lembre-se: Hoje é dia de perseverar em oração! Deus está impressionando a mente das pessoas que serão visitadas.


Quinta
Ano Bíblico: 1Rs 17–19 



Refúgio em tempos de provas (Joel 3)

Profetas bíblicos comparam o futuro julgamento divino ao rugido de um leão, um som que faz com que todos tremam (Jl 3:16; Am 1:2; 3:8). Na Bíblia, Sião indica o local do trono terrestre de Deus em Jerusalém. A partir desse lugar, Deus castigará o inimigo, mas ao mesmo tempo defenderá Seu povo que, pacientemente, espera Sua vitória. Eles participarão de Seu triunfo quando Ele renovar a criação.


Para algumas pessoas, as descrições bíblicas do juízo final de Deus são difíceis de compreender. É bom ter em mente que o mal e o pecado são muito reais, e eles exercem grande força na tentativa de se opor a Deus e destruir toda forma de vida. Deus é um inimigo do mal. É por isso que as palavras de Joel nos convidam a examinar nossa vida a fim de ter certeza de que estamos do lado de Deus, para que sejamos protegidos no dia do juízo.

6. Leia Mateus 10:28-31. Como esses versos nos ajudam a entender, mesmo durante tempos de calamidade, o que Jesus nos oferece?

O Senhor sustenta os que perseveram na fé. Ele pode devastar a Terra (Jl 3:1-15). No entanto, Seus filhos não devem temer Seus atos soberanos de juízo porque Ele prometeu protegê-los (v. 16). Ele lhes deu Sua palavra de certeza. Seus atos soberanos e bondosos demonstram que Ele é o fiel Deus da aliança, que jamais permitirá que o justo seja novamente envergonhado


O livro de Joel termina com a visão de um mundo transformado, em que um rio flui no meio da Nova Jerusalém e a própria presença do Deus eterno entre um povo perdoado (Jl 3:18-21).


Essa mensagem profética nos desafia a andar no Espírito, a prosseguir a vida cristã de todo o coração e alcançar os que ainda não invocam o nome de Cristo. Ao fazermos isso, reivindicamos a promessa divina da presença permanente de Cristo, por meio do Espírito Santo que habita no coração de Seu povo fiel.


“Precisamos conhecer nossa verdadeira condição, do contrário não sentiremos nossa carência do auxílio de Cristo. Necessitamos compreender nosso perigo, do contrário não correremos para o refúgio. Precisamos sentir a dor de nossas feridas, ou não desejaremos cura” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 158). 

Qual é a sua “verdadeira condição”? Que dores você está sentindo? Você experimentou o “refúgio” prometido em Cristo?

Está chegando o dia! No próximo sábado sairemos às ruas para levar esperança. Envolva-se!



Sexta
Ano Bíblico: 1Rs 20, 21 



Estudo adicional

O nome do profeta, Joel, era comum nos tempos bíblicos, e significa “O Senhor é Deus”. Esse nome é apropriado ao tema geral do livro: Somente Deus é totalmente santo e justo, e Sua obra é soberana na Terra. A história de Seu povo e das outras nações está em Suas mãos. O mesmo vale para a vida de cada ser humano.


“As tremendas questões da eternidade demandam de nossa parte algo mais que uma religião de pensamento, de palavras e formas, na qual a verdade é mantida no recinto exterior da existência. Deus pede um reavivamento e uma reforma. As palavras da Bíblia, e a Bíblia somente, deviam ser ouvidas do púlpito. Mas a Bíblia tem sido roubada em seu poder, e o resultado é visto no rebaixamento do vigor da vida espiritual. Em muitos sermões de hoje não existe aquela divina manifestação que desperta a consciência e leva vida ao coração. Os ouvintes não podem dizer: “Porventura, não nos ardia o coração, quando Ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? (Lc 24:32). Há muitos que estão clamando pelo Deus vivo, ansiando pela divina presença. Permitam que a Palavra de Deus lhes fale ao coração. Deixem que os que têm ouvido apenas sobre tradição, teorias e máximas humanas ouçam a voz dAquele que pode renovar o coração para a vida eterna” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 626).

Perguntas para reflexão

1. Por que a mensagem de Joel é especialmente importante para nós no fim do tempo, quando nos esperam eventos sérios e preocupantes?

2. Com base no livro de Joel, responda à seguinte pergunta: Até que ponto a mensagem de Joel, se aplica à sua geração e até que ponto tinha aplicação futura?


3. Joel descreveu vários tipos de bênçãos divinas derramadas sobre o povo de Deus. Será que sua profecia faz distinção entre bênçãos materiais e espirituais?

De que maneira?


4. Como nossa visão do grande conflito nos ajuda a compreender as terríveis provações e calamidades que o mundo enfrenta?


5. O que significa uma “religião do pensamento”? (veja citação acima) Como podemos saber se nossa religião é verdadeira ou apenas de pensamento?

Respostas sugestivas: 1. A terra estava sendo arruinada pela invasão de gafanhotos, pelas nações inimigas e pela crise na produção agrícola. Essa crise devia despertar o povo de sua embriaguez espiritual. 2. O povo estava sofrendo o castigo pela desobediência aos termos da aliança com Deus. 3. Os líderes e o povo deviam se humilhar e clamar a Deus diante daquela grande crise espiritual e econômica. Sempre que as pessoas sofriam por causa de seus pecados, Deus as chamava ao arrependimento e à renovação da aliança com Ele. 4. Pedro viu o cumprimento da profecia de Joel no derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, quando os apóstolos falaram em línguas, profetizaram e milhares de pessoas se converteram. 5. Com alegria e emoção, porque foram chamados por Cristo, eles invocaram Seu nome e se tornaram servos do Senhor. A diferença estará na salvação dos justos pela Sua graça. 6. Ele nos oferece segurança. Não precisamos temer o homem. Deus ama Seus servos e cuida deles.

Amanhã será o dia do Impacto Esperança. Participe desse momento. Você foi chamado por Deus!




ESCOLA SABATINA






Lição 3 - Um Deus santo e justo (Joel)


13 a 20 de abril



Texto-chave: Joel 2:11



O aluno deverá...


Conhecer: O significado do Dia do Senhor, como dia de juízo. Ele pode ser um dia de condenação ou de salvação.


Sentir: Incentivar as pessoas a encontrar no Dia do Senhor a felicidade e a libertação.


Fazer: Ajudar os outros a estar cientes da segunda vinda de Cristo, levando-os a andar com Ele, ser cheios do Espírito Santo e, assim, conduzi-los na preparação para esse dia.


Esboço


I. Conhecer: O dia está próximo


A. Em que se fundamenta seu conhecimento de que Cristo virá?


B. Por que você pode afirmar que a segunda vinda de Cristo está próxima?


C. Por que os cristãos não devem ter medo desse dia?

II. Sentir: O terror desse Dia


A. Qual é seu primeiro pensamento quando ouve que Deus nos julgará?


B. Por que Joel é tão solene ao anunciar o Dia do Senhor?


C. Que emoções e comportamentos surgem do reconhecimento de que aqueles que invocam o Senhor serão salvos?

III. Fazer: Dia de libertação


A. Entender que, por nós mesmos, não temos capacidade de nos prepararmos para a vinda do Senhor.


B. Como o Senhor nos prepara?


C. No centro do livro de Joel está o chamado para voltar a Deus de todo o coração e a promessa do derramamento do Espírito Santo. Por que isso é suficiente para nos capacitar a suportar esse Dia?

Resumo: O Dia do Senhor escatológico está se aproximando. Esse grande dia histórico será um dia de libertação para os que invocam o Senhor e são guiados por Seu Espírito.


Ciclo do Aprendizado


Motivação

Focalizando a Palavra: Joel 2:11-17

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus quer ajudar Seu povo a sair da crise espiritual chamando-o a um genuíno arrependimento. Os filhos do Senhor precisam estar cientes de que o juízo de Deus não é parcial e eliminará todos os ímpios. Contudo, Deus será um refúgio para os que invocam Seu nome com fé e confiança. Ele é a sua fortaleza e os capacitará a permanecer firmes durante os eventos finais do mundo.

Só para o professor: A lição desta semana focaliza a mensagem de Joel, que viveu em um tempo no qual toda a comunidade de crentes estava em crise de adoração. Em vez de adorar o Deus Criador, as pessoas se curvavam diante de Baal. Joel pregava o reavivamento, e reformou a vida espiritual das pessoas, chamando sua atenção para o único verdadeiro Senhor.

Discussão de abertura: No centro do livro de Joel há um chamado ao arrependimento: “Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto” (Jl 2:12). Como podemos ter certeza de que nosso arrependimento é genuíno? Qual é a diferença entre o arrependimento verdadeiro e o falso? Por que e do que precisamos nos arrepender?

Perguntas para discussão:

1. Como as catástrofes e desastres naturais – por exemplo, uma praga de gafanhotos (como no tempo de Joel), terremotos, incêndios, inundações, tsunamis, etc. – podem levar o povo ao arrependimento?

2. Como as crises da vida podem produzir fé ou revelá-la?


3. O que o apóstolo Paulo quis dizer quando perguntou “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?” (Rm 8:35). Algumas pessoas se tornam muito amargas ao tomar conhecimento das coisas que Paulo menciona nesse texto. Por que há diferenças tão grandes nas reações das pessoas a problemas semelhantes?

Compreensão

Só para o professor: Os estudiosos estão divididos a respeito do tempo em que o profeta Joel realizou seu ministério, porque o livro não contém nenhuma data. O contexto histórico que melhor se adapta à situação é a grande apostasia no tempo do rei Acabe em Israel, quando a adoração a Baal era muito dominante e os profetas Elias e Eliseu tiveram que intervir. O significado do nome Joel (“O Senhor é Deus”) é muito semelhante ao de Elias (“O Senhor é o meu Deus”). A situação era muito dramática, porque a comunidade da fé estava corrompida e em estado de confusão mental. Havia muito sincretismo religioso – mistura de rituais pagãos com o culto a Deus. Em resumo, eles precisavam de uma completa reorientação.


Comentário Bíblico


A principal expressão do livro é “o Dia do Senhor”, que ocorre cinco vezes no livro (Jl 1:15; 2:1, 11, 31; 3:14). Esse dia está próximo e é descrito em termos negativos e sombrios, como um dia de condenação. Naturalmente, essa condenação é para os ímpios de todas as nações, incluindo Israel.

I. Deus age e chama ao arrependimento genuíno

(Recapitule com a classe Jl 1:15; 2:1, 11, 31; 3:14.)


A praga dos gafanhotos devia fazer o povo de Deus se lembrar da advertência de Joel sobre o dia do juízo. O desastre seria como a destruição associada ao Dia do Senhor. Esse juízo local era destinado a dirigir a atenção deles para o dia do juízo escatológico, quando todos seriam julgados com justiça e nenhuma pessoa teria vantagem sobre as outras.


O apelo divino é claro: “Convertei-vos a Mim”. É um chamado pessoal à ação com o objetivo de ajudar os crentes a se aproximarem de Deus e entrar em relacionamento pessoal com Ele. É importante não apenas aceitar Seus ensinos, leis, verdade e estilo de vida, mas entrar em comunhão estreita e íntima com Ele.


Além disso, Deus convidou: “Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes” (Jl 2:13). Era costume nos tempos bíblicos rasgar as roupas em momentos de luto. No entanto, Deus mostra que o verdadeiro luto não é apenas uma demonstração exterior de lamentação feita por meio do ato de rasgar as vestes, mas é, ao contrário, o ato de rasgar o coração. É como se Deus estivesse dizendo: “Eu quero que vocês lamentem, mas não apenas por meio da aparência exterior de lágrimas ou dos sinais de luto esperados e requeridos, mas com o coração. Quero que seu luto seja real e que venha de dentro.”


Pense nisto: O que está errado com a ideia distorcida de que devemos pecar mais a fim de receber mais graça? Por que é importante que o juízo de Deus seja imparcial?


Perguntas para discussão:


1. Como Deus pode Se tornar uma fortaleza em sua vida, especialmente quando desmorona toda a segurança externa?


2. Como você pode “rasgar o seu coração”?

II. Deus envia Seu Espírito antes do dia do juízo


(Recapitule com a classe Joel 2:28, 29.)


Antes do terrível dia do Senhor, Ele enviará Seu Espírito (Jl 2:28, 29) e realizará grandes sinais na natureza (Jl 2:30, 31), a fim de preparar as pessoas para os eventos finais. Joel assegura que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 2:32). Então, não precisamos temer os eventos finais, porque a libertação está intimamente associada com nosso poderoso Deus. Quando você andar com Deus, estará voltado para a esperança, porque os que amam a Deus não são pessoas medrosas, mas pessoas orientadas em Deus (Is 35:4; Dn 7:22; Jo 5:24; Rm 8:28; 1Jo 2:28; 4:17, 18). Deus deve ser sempre o ponto focal de todos os nossos pensamentos e comportamento (Sl 1:1, 2; Cl 3:1-4).


O Espírito de Deus e a chuva têm um papel dominante entre as imagens de Joel, principalmente na segunda parte do capítulo 2. Quando a terra está seca, a chuva é necessária. Como a água traz vida à terra, também o Espírito de Deus torna vibrante a vida espiritual. O Espírito do Senhor precisa ser derramado sobre as pessoas para que a aridez seja transformada em abundância das bênçãos de Deus (Jo 7:37-39; 10:10).


Há também um trocadilho no texto hebraico com a expressão “as chuvas de outono em justiça [em justa medida a chuva, RA]”, o que também pode ser traduzido como “ensinador de justiça” (Jl 2:23, RC). A seita de Qumran esperava, com base nesse verso, a vinda do “Ensinador de justiça” como o cumprimento dessa profecia. Somente a aceitação dos ensinos do Mestre Jesus Cristo, e o Espírito Santo, irão nos preparar para adorar a Deus em verdade e em espírito, a fim de ser livrados no dia do juízo.


Pense nisto: Por que o Espírito Santo é tão importante em nossa vida? O que significa o derramamento do Espírito sobre o povo de Deus a fim de que eles tenham a plenitude do Senhor? (Ez 36:26-28; Jo 16:7-15; Rm 8:13-17).

III. Deus julgará todas as nações no vale da decisão


(Recapitule com a classe Jl 2:32.)


O livro de Joel fala sobre o último julgamento no vale da decisão. O mesmo vale é chamado vale de Josafá. O nome Josafá significa “O Senhor julga.” Não se trata de um vale geográfico literal em algum lugar na Palestina (nenhum vale é grande o suficiente para conter todas as nações do mundo). É um lugar simbólico, mas com um julgamento real, no qual Deus julgará o mundo inteiro. É possível ver claramente essa verdade a partir do nome simbólico do vale. Ocorrerão as decisões executivas finais de Deus, e o julgamento divino revelará as decisões que as pessoas fizeram (Dn 7:9, 10, 22, 25, 26; Mt 16:27). O julgamento de Deus não é inventado nem caprichoso.

Pense nisto: A questão fundamental é: Quem pode suportar o juízo de Deus e como? Explique aos membros de sua classe o que significa invocar o nome do Senhor (Jl 2:32).

Aplicação

Só para o professor: Explique aos alunos como eles podem receber o batismo do Espírito Santo a cada dia.


Todo cristão sincero deseja ter com Deus um relacionamento significativo, íntimo e verdadeiro. No entanto, esse relacionamento não pode ser sentimental, mas deve ser bíblico, no sentido de que toda a personalidade humana esteja envolvida: intelecto, sentimentos e vontade. Como o cristianismo envolve toda a personalidade dessa forma? Como as religiões orientais se comparam com o cristianismo, e o que o cristianismo oferece que as religiões orientais não oferecem?


Aplicação prática: Joel apela a todos – adultos, crianças, velhos, jovens, recém-casados – para que realmente se convertam ao Senhor com jejuns e com pranto. Como os pastores e líderes da igreja podem ajudar os membros da igreja a convidar todos para que experimentem o verdadeiro arrependimento? Que papéis o jejum e o estudo das Sagradas Escrituras devem ter no verdadeiro reavivamento? O que o jejum e o estudo da Bíblia têm a ver com o arrependimento?


COMENTÁRIOS








é formado em teologia pelo Unasp Campus 2 e atualmente exerce a função de pastor distrital no bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, RS.






Como devemos reagir diante de uma tragédia? Essa pergunta é fundamental para que entendamos a mensagem do livro de Joel. Na verdade, os problemas dos dias do profeta deveriam ser vistos como juízos sobre uma nação desobediente à aliança com seu Deus. Essa foi uma das motivações para a composição dessa obra. Além disso, o escritor bíblico estava preocupado com a postura do povo diante de tamanha calamidade. Olhando dessa forma, não se trata apenas de um livro antigo sem relevância para nós. Vivemos numa época em que desastres naturais e calamidades fazem parte do nosso cotidiano. Sendo assim, como reagir diante de tais eventos?








Assim como ocorre com o profeta Oseias, dispomos de pouquíssimas informações sobre quem foi Joel. Assim como a maioria dos nomes bíblicos, Joel é composto por duas palavras: Yo (uma das formas para se abreviar o nome sagrado de Deus) e o substantivo hebraico ‘el, que significa Deus. Seu nome, portanto, seria algo como “o Senhor é Deus”. Já o nome do seu pai, que aparece no verso 1, pode ser tanto Betuel como Petuel, já que existe uma ligeira diferença na versão hebraica e grega do presente livro. Porém, a autoria do livro não é o propósito deste comentário.


O mesmo pode ser dito sobre a data da composição da obra. Joel não menciona nenhuma data ou nome de um governante israelita que nos ajude a datar o livro. Alguns estudiosos afirmam que o profeta pode ter escrito sua mensagem por volta do 5º século a.C., ou seja, após o período de cativeiro que os judeus tiveram em Babilônia. Outros já defendem uma data anterior, por volta do 7º século a.C., quando os assírios já haviam destruído o reino do Norte (Israel) e representavam uma ameaça para o reino de Judá. Não há necessidade de sermos dogmáticos nesse assunto já que nem o autor da obra considerou isso uma questão importante. No entanto, quero apresentar três motivos pelos quais creio que a segunda opção (7º século a.C.) seja a época em que o profeta Joel desempenhou seu ministério:


1º) Joel não faz nenhum menção ao reino de Israel, nem sua capital Samaria, sugerindo assim que eles já haviam sido destruídos, evento ocorrido em 722 a.C. O livro, portanto, pode ter sido escrito após esse incidente.


2º) Os muros de Jerusalém são mencionados em 2:7-9, o que nos deve indicar que essa descrição foi feita antes da destruição dessa cidade, em 586 a.C., quando Nabucodonosor, rei de Babilônia, a destruiu completamente.


3º) Os serviços de adoração eram realizados no templo (2:15-17), o que também sugere que isso ocorreu antes da destruição da cidade, como mencionado anteriormente.


Essa época foi marcada por uma grande inconstância espiritual dos líderes da nação. Se nossa recontrução do período histórico estiver correta, era mais do que necessária a mensagem de um profeta para conduzir a nação de volta aos caminhos de Yahweh, o Deus de Israel, mesmo que sua mensagem envolvesse uma calamidade.


I. A mensagem de Joel

Apresento a seguir uma estrutura sugestiva da obra de Joel:

I. A invasão de gafanhotos e o chamado para o arrependimento (1:1 – 2:17)


a. Um chamado para oração e contrição (1:1-14)


b. O anúncio do Dia do Senhor (1:15 – 2:11)


c. Um chamado para arrependimento e oração (2:12-17)

II. Salvação no Dia do Senhor (2:18 – 3:21)


a. A restauração de Judá (2:18-27)


b. A renovação do povo (2:28-32)


c. A vinda do Dia do Senhor (3)

Como se vê, o “Dia do Senhor” é uma expressão-chave no livro de Joel, e também para outros profetas que serão estudados ao longo do trimestre. Esse “dia”, foi apresentado por Joel de duas formas, que são justamente os principais assuntos do livro:


Julgamento: No capítulo inicial do livro é descrita uma calamidade assolando a vida dos moradores do reino de Judá. Um “exército” de gafanhotos estava destruindo a nação. É interessante notarmos que esse tipo de “exército” aparece em diversas passagens do Antigo Testamento (Jz 6:5; Jr 46:23; 51:14, 27; Na 3:15). Não somente na Bíblia hebraica, mas também nos tabletes cuneiformes encontrados nas ruínas de Ugarite, atual Ras Shamra, na Síria, existem menções de gafanhotos marchando como um exército para destruir.


Tal situação trazia diversos problemas para a economia e para a subsistência da nação. Em 1:4, são mencionadas quatro palavras para “gafanhoto”. É bem provável que seja uma referência aos quatro estágios do crescimento desse inseto. Nada foi deixado pelos gafanhotos (1:16-18). Como a lição de domingo menciona, para uma sociedade agrícola em que tudo o que se plantava era para a subsistência da família, uma praga como essa deve ter causado um estado de desespero para Judá. Desespero porque, além de toda uma colheita ter sido destruída, a economia não poderia permanecer estável. Além disso, seria necessário aguardar todo o período de semeadura e colheita até conseguir usufruir daquilo que foi plantado. Estamos falando de um período de aproximadamente um ano. Durante esse tempo, muitas famílias judias devem ter vivido à margem da pobreza.


Joel aproveitou essa calamidade e chamou a atenção do povo para seu estado espiritual deplorável. Para ele, a destruição causada pelos gafanhotos era um anúncio divino de algo bem pior que viria como consequência do afastamento de Deus por parte dos líderes religiosos e do restante da nação. É nesse sentido que a expressão “Dia do Senhor” é empregada. Ela se refere à praga dos gafanhotos (cap. 1), ao exército invasor (2:1-10); à batalha final no último julgamento (cap. 3) e ao derramamento do Espírito Santo (2:28). Joel descreve esse “dia” como estando “perto” e vindo “como assolação do Todo-poderoso” (1:15), “dia de escuridão e densas trevas, dia de nuvens e negridão” (2:2), “mui terrível”. Ele faz uma pergunta retórica: “Quem o poderá suportar?” (2:11).


Ao mesmo tempo em que é necessário apresentar essa faceta de punição divina, o Dia do Senhor, é preciso balancearmos com outro lado da justiça divina. Alguns sinais anunciariam esse dia: “... os céus se abalam; o sol e a lua se escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor” (2:10). Esses mesmos sinais são mencionados mais tarde no verso 31: “O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor.” Os mesmos eventos podem ser vistos em 3:15 também. Esses textos foram mencionados mais tarde pelo próprio Jesus (Mt 24:29), e por João (Ap 6:12, 13), referindo-se a eventos que teriam lugar antes da segunda vinda de Cristo. No entanto, é interessante lembrar que tais sinais ocorreram por ocasião da morte do próprio Jesus. Houve um terremoto, uma escuridão e até mesmo algumas pessoas ressuscitaram. Os eventos que atribuímos à segunda vinda de Cristo ocorreram no momento de Sua morte. E todos esses eventos apontavam para um dia de juízo, o Dia do Senhor. Em outras palavras, naquela sexta feira, às 15 horas, houve um juízo sobre o Filho de Deus pendurado na cruz. Ele, como representante de toda a raça humana, estava recebendo a punição pelo pecado da humanidade. Os expectadores daquela dramática cena do sacrifício de Jesus, que conheciam as profecias do Antigo Testameto relacionadas ao “Dia do Senhor”, perceberam que algo muito maior estava acontecendo naquele local chamado Gólgota, ou Calvário. O “Dia do Senhor” estava acontecendo exatamente ali. Como Paulo escreveu, “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). O próprio Deus recebeu o juízo pelos nossos pecados para que pudéssemos ter vida em abundância.

Com isso, não pretendo sugerir que a tradicional interpretação adventista do dia escuro e da lua se mostrando vermelha como sangue, ambos ocorridos em 1780, nem a queda das estrelas de 1833, não tenham validade. William H. Shea, um dos principais nomes da erudição adventista no século passado, apresenta essa possibilidade do “Dia do Senhor” ter acontecido nos dias de Joel, na era apostólica, e os eventos naturais relacionados com a vinda de Cristo nesses mesmos anos. William H. Shea, A Marcha dos Sinais, Revista Ministério (maio/junho 1999), p. 12-13.


II. Arrependimento e salvação

A partir de 2:12-17, a expressão-chave é “convertei-vos a Mim de todo o vosso coração”. Já mencionamos no segundo comentário da lição de Oseias que o verbo para converter em hebraico é shub, que também significa voltar. Esse verbo aparece duas vezes nesse texto (v. 12, 13). Tal arrependimento deveria ser mostrado de maneira íntima, na vida de oração, em tristeza pelos atos pecaminosos, jejum e reunião solene. Todos deveriam fazer parte desse reavivamento nacional (v. 16). Todos deveriam ter o propósito de suplicar o perdão divino pelos pecados da nação. A crise abriu os olhos do povo para que percebesse sua degradação no relacionamento com Deus. 


Na aliança entre Deus e Israel, as promessas de bênçãos poderiam se tornar maldições e vice-versa, de acordo com a obediência dos israelitas (Dt 28; Jr 18:1-10). É exatamente isso que podemos ver em Joel. Quando o povo se arrependeu (shub) dos seus maus caminhos, as mensagens de juízo se tornaram mensagens de salvação e restauração (v. 18-32). Aquilo que foi destruído pelos gafanhotos, seria restaurado a um estágio ainda melhor. Tal restauração transporia os limites daquilo que é material e coroaria a nação com a melhor das dádivas: o Espírito de Deus. 


Muitos séculos antes de Joel, Moisés havia expressado seu desejo de que todo o povo de Israel recebesse o Espírito de Deus (Nm 11:29). Joel mostra o desejo divino de cumprir esse sonho do maior líder que Israel já conheceu. O Espírito de Deus seria derramado “sobre toda a carne”. Homens, mulheres, crianças, velhos, servos e servas receberiam o Espírito de Deus sobre si e estariam aptos para profetizar, isto é, seriam porta-vozes de Deus para tornar Seu nome conhecido (Jo 2:28-29). Até mesmo a natureza se uniria nessa tarefa de anunciar o “dia do Senhor” (v. 31). 


É neste ponto do livro que temos um importante verso para compreensão de um tópico intrigante no livro do Apocalipse. “E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar” (v. 32). Acerca dos 144 mil, João escreveu: “Olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com Ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai” (Ap 14:1). A melhor forma de se entender o Apocalipse é conhecer bem o Antigo Testamento. Praticamente em todas as passagens do livro existe algum tipo de menção ou eco de uma passagem ou evento da Bíblia hebraica. Repare que, ao descrever os 144 mil, a linguagem de João é muito semelhante à de Joel. Ambos falam do nome do Senhor (frases destacadas), do monte Sião (frases em itálico), e aquilo que Joel chama de “sobreviventes” (ou remanescentes como no original hebraico), João chama de 144 mil (frases em negrito). Não se trata de um número literal, mas sim de um grupo incontável de pessoas descrito em outras partes do livro como “grande multidão” (Ap 7; 19). Eles “lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7:14). Em outras palavras, foram salvos pelo sacrifício de Cristo.


“E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (v. 32). Os juízos preditos por Joel tinham por objetivo mostrar aos seus ouvintes o grande desejo de Deus em salvar Suas criaturas.

Em 2:14 é mencionado um possível arrependimento divino. Apesar de arrependimento ser a mesma palavra utilizada tanto para a ação humana (v. 12), como para a ação divina (v. 14), não se trata da mesma palavra em hebraico. O termo hebraico utililizado para se referir ao arrependimento divino é naham, que carrega consigo a ideia de uma tristeza profunda, exaustão. Essa mesma raiz verbal (nhm) era utilizada em arábe antigo para se referir à exaustão de um cavalo após uma corrida. Com isso em mente, quando algumas passagens mencionam que Deus Se arrependeu (p. ex. Gn 6:6), imaginemos Deus cansado de tamanha rebelião humana, porém não sendo instável como seres humanos.
  
A relevância da mensagem de Joel

O que vimos até agora relaciona-se ao ambiente histórico e à teologia da mensagem do profeta. Como posso aplicar esse conteúdo à minha vida devocional e transmitir isso para minha unidade da Escola Sabatina?


Deus e as tragédias naturais: Em 2012 foi lançado o filme “O Impossível”, descrevendo os esforços de uma família mexicana para se encontrar após o Tsunami que varreu o sul da Ásia, no dia 26 de dezembro de 2004. Enquanto assistia, meu coração ficava pesado em saber que não se tratava de mais uma bem elaborada produção de Hollywood. Quase trezentas mil pessoas perderam a vida nessa tragédia. É interessante como aqueles que cultuam a “mãe natureza” costumam culpar o Pai (Deus) por tragédias como essa! Para um ateu, tal tragédia foi um acaso, sem nenhum propósito. Para um budista e hindu, foi o karma daquelas vítimas. Elas estavam recebendo o que mereciam. E para um cristão que afirma que seu Deus é Criador, Mantenedor, Todo-poderoso e Amoroso?


É algo extremamente delicado tentar explicar uma situação como essa, mas creio que podemos aprender algo com uma doença rara chamada CIPA (Congenital Insensitivity to Pain with Anhidrosis [Insensibilidade congênita à dor com anidrose]). Trata-se de uma desordem no sistema nervoso que leva à insensibilidade à dor. Uma criança que nasce com esse problema pode queimar a mão no fogo e não sentir nada. Pode cair do 2º andar de um prédio, quebrar alguns ossos e não sentir nada. É surpreendente que a mãe de uma dessas crianças disse certa vez que a oração diária dela era para que sua filhinha pudesse sentir dor algum dia. Parece estranho, mas o sofrimento e a dor acabam tendo funções essenciais para a vida humana. A dor, por exemplo, nos mostra que algo está errado com o corpo. Quem sabe, Deus trabalhe da mesma forma conosco. Sofrimento e dor são formas de Deus atrair nossa atenção para algo errado que existe em nosso mundo. Podemos não ter todas as respostas, mas o fato é que existe algo muito errado com os seres humanos e com o mundo. E o Deus bíblico deseja Se apresentar como Alguém capaz de nos guiar diante de momentos obscuros da nossa existência. Como diz o hino cristão:


“Mais perto quero estar, 

Meu Deus, de Ti, 

Inda que seja a dor Que me una a Ti”

A poderosa atuação do Espírito de Deus: Joel menciona o derramamento do Espírito Santo sobre toda carne. Mas o que isso significa? Seria apenas uma capacidade para desempenharmos nossas funções eclesiásticas? Na verdade, existe uma obra a ser realizada em cada coração. Em Tito 3:5, Paulo fala a respeito do “lavar regenerador e renovado do Espírito Santo”. Assim como as plantações dos dias de Joel foram destruídas pelos gafanhotos, nossa espiritualidade é devastada pela ação perniciosa do pecado e só pode ser restaurada pela terceira pessoa da Divindade. Somente Ele tem o poder de regenerar e renovar. Numa época em que se fala tanto de reavivamento e reforma dentro do adventismo, é necessário tornar isso nossa prioridade pessoal, não apenas de nossas congregações. Há mais de 20 anos ouvi pela primeira vez um hino do quarteto Arautos do Rei e, desde então, é uma das minhas canções favoritas. Concluo com as palavras do hino Habita em mim:

Habita em mim ó Senhor

Conforme prometeste, ó Pai!


Tenho ouvido sempre o Teu chamar


Te peço, ó Deus, habita em mim!


Habita em mim, pelo Teu poder,


Preciso tantas decisões fazer.


Dá-me esta tão preciosa luz,

Divina luz, habita em mim,


Pois me encontro em duras provas


Tão difícil é vencer.


Necessito um guia


Dizendo aonde ir.


Habita em mim, ó Senhor


Pelo Espírito do Teu amor.


Dize como devo caminhar.


Vem, pois, guiar e habita em mim!


O meu viver, dou-te, Pai.


Faze dele um feliz lugar


Onde possas com prazer morar.


Eu te amo, ó Deus! 


Habita em mim.


Que seja essa a nossa oração diária e recebamos o derramamento do Espírito de Deus em nossa vida!

  
Com isso, não pretendo sugerir que a tradicional interpretação adventista do dia escuro e da lua se mostrando vermelha como sangue, ambos ocorridos em 1780, nem a queda das estrelas de 1833, não tenham validade. William H. Shea, um dos principais nomes da erudição adventista no século passado, apresenta essa possibilidade do “Dia do Senhor” ter acontecido nos dias de Joel, na era apostólica, e os eventos naturais relacionados com a vinda de Cristo nesses mesmos anos. William H. Shea, A Marcha dos Sinais, Revista Ministério (maio/junho 1999), p. 12-13.

Em 2:14 é mencionado um possível arrependimento divino. Apesar de arrependimento ser a mesma palavra utilizada tanto para a ação humana (v. 12), como para a ação divina (v. 14), não se trata da mesma palavra em hebraico. O termo hebraico utililizado para se referir ao arrependimento divino é naham, que carrega consigo a ideia de uma tristeza profunda, exaustão. Essa mesma raiz verbal (nhm) era utilizada em arábe antigo para se referir à exaustão de um cavalo após uma corrida. Com isso em mente, quando algumas passagens mencionam que Deus Se arrependeu (p. ex. Gn 6:6), imaginemos Deus cansado de tamanha rebelião humana, porém não sendo instável como seres humanos.


Introdução - Esboço da Lição “Busque ao Senhor e Viva” (aqui).

Esboço da Lição 3 - Um Deus santo e justo (Joel) (aqui). 




Verso para memorizar: “O Senhor levanta a voz diante do Seu exército; porque muitíssimo grande é o Seu arraial; porque é poderoso quem executa as Suas ordens; sim, grande é o dia do Senhor e muito terrível! Quem o poderá suportar?” (Joel 2:11).

Introdução de sábado à tarde

Nos tempos de Joel DEUS estava empenhado por levar Seu povo ao arrependimento. Israel se desviara outra vez para a idolatria dos povos vizinhos. Conquanto DEUS houvesse dado a eles progresso e fartura, quando nestas condições chegavam buscavam diversão com os atrativos de fora do país. Ainda hoje nós, povo de DEUS, somos tão atraídos pelas mesquinharias de fora. E julgamos como eram maus naqueles tempos, mas não é diferente hoje! Porque será que vai haver forte sacudidura?

Joel foi chamado por DEUS. Ele havia enviado uma seca e um exército de gafanhotos. Raciocine bem: o que é melhor, gafanhotos ou um exército de algum país vizinho, de onde poderiam vir homens armados, que além de destruírem as plantas, também matariam as pessoas e tomariam o poder político sobre o reino? Pois os gafanhotos vieram antes para alertar que depois, se não se arrependessem, viriam os homens, e se com os gafanhotos foi terrível, com os homens seria bem pior. E infelizmente foi assim, sob o exército assírio. Eles não ouviram a voz de DEUS por meio do profeta Joel.

“Será bom considerarmos o que está prestes a sobrevir à Terra. Não é este o tempo para frivolidades ou para o egoísmo. Se o tempo em que vivemos deixar de nos impressionar seriamente o espírito, que nos poderá atingir então? Não requerem as Escrituras trabalho mais puro e santo do que o que até aqui se tem visto? … Fiquei profundamente impressionada pelas cenas que recentemente passaram diante de mim, à noite. Parecia existir um grande movimento – um trabalho de reavivamento – em ação em vários lugares. Nosso povo movia-se em linha e respondia ao apelo de Deus. Meus irmãos, o Senhor está falando a cada um de nós. Não ouviremos Sua voz?” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 514 e 515).

1. Primeiro dia: Desastre nacional

Hordas e horadas de gafanhotos vinham sobre Israel (Joel 1:4). Primeiro o gafanhoto cortador, depois o migrador, depois o devorador e por fim veio o gafanhoto destruidor.  O que sobrava de um, o outro devorava. São poderosos destruidores, como um povo com dentes de leão e queixos de leoa. Dos gafanhotos não sobrou nada com folha.

Mas a situação piorou muito mais. As árvores sem folhas pelo menos poderiam, em curto tempo, se restabelecer. Mas então veio uma seca que matou as árvores. Agora passou a não haver perspectiva, a curto prazo, de produzir frutos. O cereal fora dizimado pelos gafanhotos, as folhas das árvores também, agora as próprias árvores morreram. Os rios secaram e o fogo devorava a lenha seca. A situação requeria plantio imediato das árvores e mesmo assim teriam que esperar por vários anos para colher os primeiros frutos. Teriam que recomeçar do zero, se a seca passasse logo.

Aí vem a recomendação de Joel: um jejum, uma reunião de todos os moradores da terra para clamar ao Senhor. Era o temível dia do Senhor. Eles haviam se afastado de DEUS e agora, para retornar, deveriam arrepender-se e mudar de vida.

“DEUS não pode abençoar os homens em suas terras e rebanhos quando eles não usam as bênçãos recebidas para glorificá-Lo. Ele não pode confiar Seus tesouros àqueles que os empregam mal” (Comentário de EGW sobre a Lição da Escola Sabatina, p. 18).

2. Segunda: Toque de trombeta

O que Joel recomendou que fizessem? Deveriam proclamar um dia de jejum e oração, e toda a nação deveria participar. Assim eles fariam meia volta; estavam indo para a idolatria, agora deveriam voltar e ir para DEUS.

“O jejum recomendado pela Palavra de Deus é alguma coisa mais que uma forma. Não consiste meramente em nos privarmos da comida, em usarmos saco, em lançarmos cinza sobre a cabeça. Aquele que jejua com verdadeira tristeza pelo pecado, jamais buscará exibir-se.

“O objetivo do jejum que Deus nos convida a fazer, não é afligirmos o corpo pelo pecado do coração, mas o ajudar-nos a perceber o caráter ofensivo do pecado, a humilharmos o coração diante de Deus e recebermos Sua graça perdoadora. Sua ordem a Israel, foi: “Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus.” Joel 2:13” (O Maior Discurso de CRISTO, 87).

“Nosso Pai celestial não aflige ou entristece de bom grado os filhos dos homens. Tem Ele um propósito no redemoinho e na tempestade, no fogo e nas inundações. O Senhor permite que calamidades sobrevenham a Seus filhos a fim de salvá-los de perigos, maiores. Deseja que cada um examine íntima e cuidadosamente o próprio coração, e então se aproxime de Deus, para que Deus dele Se aproxime” (Nos Lugares Celestiais, MM 1968, 265).

“Examine cada qual seu próprio procedimento. Pergunte cada qual, de si para si, se está à altura da norma que Deus colocou a sua frente. Podemos nós dizer, de coração: “Ponho de lado minha própria vontade? ‘Deleito-me em fazer a Tua vontade, ó Deus meu; sim, a Tua lei está dentro do meu coração’? Sal. 40:8.” Perguntamos diariamente: “Senhor, qual é Tua vontade a meu respeito?” (Nos Lugares Celestiais, MM 1968, 265).

O que o profeta Joel estava requerendo dos Israelitas do Reino do Norte era que fizessem um grande ato nacional de retorno a seu DEUS. Era algo como dizemos hoje “dar a volta por cima”, isto é, mudar totalmente o estilo de vida.

Eles, naquele tempo, deveriam livrar-se da idolatria dos povos vizinhos. Mas nós hoje também devemos nos libertar de uma certa idolatria. É uma idolatria de caráter moderno – todas aquelas coisas que nos prendem ao mundo e que ajudam na separação de DEUS. “Posto que de forma diversa, existe hoje a idolatria no mundo cristão tão verdadeiramente como existiu entre o antigo Israel nos dias de Elias. O deus de muitos homens que se professam sábios, de filósofos, poetas, políticos, jornalistas; o deus dos seletos centros da moda, de muitos colégios e universidades, mesmo de algumas instituições teológicas, pouco melhor é do que Baal, o deus-sol da Fenícia” (O Grande Conflito, 583).

3. Terça: O dom do ESPÍRITO de DEUS

A profecia de Joel 2:27 a 29 diz o seguinte: “E vós sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o SENHOR vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado. E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Joel 2:27-29).

Essa passagem bíblia é uma poderosa profecia que devemos atentar bastante. Ela já se cumpriu uma vez, e se cumprirá outra vez, e está começando a se cumprir pela segunda vez. Da primeira vez, foi logo após JESUS estar entre os seres humanos. JESUS foi crucificado e após a ressurreição, permaneceu entre os humanos mais 40 dias. Então, diante dos discípulos, subiu ao Céu, e naquele momento foi reforçada a promessa de Sua segunda vinda (Atos 1:11). JESUS recomendou que eles ficassem unidos, reunidos num lugar, até que recebessem o poder do ESPÍRITO SANTO. “”E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.” Atos 2:1 e 2. O Espírito veio sobre os discípulos, que expectantes oravam, com uma plenitude que alcançou cada coração. O Ser infinito revelou-Se em poder a Sua igreja. Era como se por séculos esta influência estivesse sendo reprimida, e agora o Céu se regozijasse em poder derramar sobre a igreja as riquezas da graça do Espírito. E sob a influência do Espírito, palavras de penitência e confissão misturavam-se com cânticos de louvor por pecados perdoados. Eram ouvidas palavras de gratidão e de profecia. Todo o Céu se inclinou na contemplação da sabedoria do incomparável e incompreensível amor. Absortos em admiração, os apóstolos exclamaram: “Nisto está a caridade!” I João 4:10. Eles se apossaram do dom que lhes era repartido. E que se seguiu? A espada do Espírito, de novo afiada com poder e banhada nos relâmpagos do Céu, abriu caminho através da incredulidade. Milhares se converteram num dia” (Atos dos Apóstolos, 37 e 38).

Mas para receberem este poder sobrenatural, tiveram que buscar a harmonia entre eles. “Os primeiros discípulos saíram pregando a Palavra. Eles revelaram Cristo em sua vida. E o Senhor andava com eles, “confirmando a Palavra com os sinais que se seguiram”. Mar. 16:20. Estes discípulos se prepararam para a obra. Antes do dia de Pentecoste se reuniram e tiraram dentre eles todas as desinteligências. Estavam de um mesmo sentimento. Acreditavam na promessa de Cristo, de que a bênção seria dada, e oravam com fé. Não pediam a bênção apenas para si; estavam preocupados com a responsabilidade quanto à salvação de almas. O evangelho devia ser levado até aos confins da Terra, e eles reclamavam a doação do poder que Cristo prometera” (O Desejado de Todas as Nações, 827).

Nesse momento, nesses dias de hoje, a igreja está sendo preparada para a repetição dessa profecia. O reavivamento e a reforma já estão em andamento. É evidente que isto ocorrerá em uma minoria na igreja, por isso muitos não estão vendo nada. Mas quem nada vê, é porque não está participando, ainda dorme. A maioria dos membros, diga-se isto com sofrimento, vai pelo caminho do joio, e muitos se revoltarão contra a igreja. Uma proporção pequena se reavivará, como hoje já se pode ver, mas na igreja mais da metade deverão estar reavivados para que DEUS derrame o poder. Esta proporção será alcançada mediante a sacudidura, que também já está em andamento. O atual e último reavivamento resultará outra vez no derramamento do ESPÍRITO SANTO. É a repetição da profecia de Joel. “O grande derramamento do Espírito de Deus, que ilumina toda a Terra com a Sua glória, não virá enquanto não tivermos um povo iluminado, que conheça por experiência própria o que significa ser colaboradores de Deus. Quando tivermos uma consagração plena, de todo coração, ao serviço de Cristo, Deus reconhecerá esse fato derramando Seu Espírito sem medida; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte da igreja não se transformar em coobreiros de Deus. Deus não pode derramar Seu Espírito quando o egoísmo e a condescendência própria são tão manifestos; quando prevalece um espírito que, traduzido em palavras, exprimiria a resposta de Caim: “Sou eu guardador do meu irmão?” Gên. 4:9” (Conselhos Sobre Mordomia, 52).

O povo sobre o qual será derramado o poder do ESPÍRITO SANTO será antes aperfeiçoado a tal ponto que darão um bom testemunho. Não serão pessoas contraditórias, que dizem uma coisa mas fazem outra. Serão convertidos por inteiro, e embora ainda pecadores, estarão como Enoque, como Elias, como Moisés, e muitos outros do passado, ligados a DEUS, dirigidos por Ele desde seus pensamentos mais íntimos até seus atos. Veja e reflita sobre as citações que se seguem (os grifos foram acrescentados).

“Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus. Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, comotambém de apressá-la. Se todos os que professam Seu nome produzissem fruto para Sua glória, quão depressa não estaria o mundo todo semeado com a semente do evangelho! Rapidamente amadureceria a última grande seara e Cristo viria recolher o precioso grão” (Parábolas de Jesus, 69). “Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de nosso Senhor. Não nos cabe apenas aguardar, mas apressar o dia de Deus. II Ped. 3:12” (O Desejado de Todas as Nações, 633 e 634) “O Senhor terá um povo tão verdadeiro como o aço, de fé tão firme como o granito. Eles devem ser-Lhe testemunhas no mundo, instrumentos Seus para realizar uma obra especial, gloriosa, nos dias de Sua preparação” (Testemunhos Seletos, I, 590).

4. Quarta: Proclamando o nome de DEUS

O tempo de espera para a volta de JESUS é em torno de seis mil anos. Adão e Eva não sabiam que levaria tanto tempo. A tristeza deles seria maior se soubessem. Os apóstolos e primeiros cristãos também não imaginavam que ainda faltariam em torno de dois mil anos. Profecia atrás de profecia ia se cumprindo, e o final, aos poucos, se aproximava. Hoje, não temos dúvidas, estamos pertinho do fim do sofrimento, e ao mesmo tempo, pertinho do início de uma nova vida há muito anunciada. Somos povo da última geração, o povo que já está dando início à proclamação da última mensagem. Muitos dentre nós, infelizmente não todos, participarão do privilégio do recebimento do ESPÍRITO SANTO para a finalização da pregação da novidade da segunda vinda a todo o mundo. “…estamos vivendo nos últimos dias da história deste mundo. Cumpre traçar uma linha divisória entre os que servem a Deus e os que servem a si próprios” (Conselhos Sobre Saúde, 132).
A proclamação da obra de JESUS se avolumará até chegar ao alto clamor. Alcançará o mundo inteiro. Todos saberão que existe DEUS e que JESUS voltará bem logo. E todos tomarão uma decisão em relação a sua vida que os incluirá na vida eterna ou os excluirá dela.

“Estamos vivendo nos últimos dias. Aproxima-se o fim de todas as coisas. Cumprem-se rapidamente os sinais preditos por Cristo. Esperam-nos tempos tormentosos; não pronunciemos, porém, palavra alguma de desalento ou descrença. Aquele que compreende as necessidades da situação dispõe as coisas de maneira tal que os obreiros colocados nos diferentes lugares possam desfrutar das vantagens que lhes permitam despertar com mais eficácia a atenção do público. Ele conhece as necessidades dos mais débeis membros do Seu rebanho, e envia Sua mensagem tanto pelos caminhos como pelos atalhos. Ele nos ama com amor eterno. Lembremo-nos de que anunciamos uma mensagem de cura a um mundo repleto de almas enfermas de pecado. Ajude-nos o Senhor a aumentar a nossa fé e fazer-nos compreender que Ele quer que todos conheçamos Seu ministério de curar e Sua obra de propiciação! Ele quer que a luz de Sua graça resplandeça de muitos lugares” (Conselhos Sobre Saúde, 392).

Repetindo o alerta de ontem, devemos nos achegar a JESUS CRISTO para sermos cada vez mais semelhantes a Ele e nos separarmos da banda podre do mundo. Isso é urgente, pois o tempo está esgotando. “Os que se tornaram novas criaturas em Cristo Jesus, produzirão os frutos do Espírito – “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio“. Gál. 5:22 e 23. … refletir-Lhe-ão o caráter e se purificarão, assim como Ele é puro. As coisas que outrora aborreciam, agora amam; e aquilo que outrora amavam, aborrecem agora. O orgulhoso e presunçoso torna-se manso e humilde de coração. O vanglorioso e arrogante torna-se circunspecto e moderado. O bêbado torna-se sóbrio e o viciado, puro. Os vãos costumes e modas do mundo são renunciados” (Caminho a CRISTO, p. 58, grifos acrescentados).

5. Quinta: Refúgio em tempos de provas (Joel 3)

O pecado tem duas forças contra nós. A primeira é a nossa própria natureza. Ela foi modificada, sofreu degeneração, e passamos a gostar do mal. Isso é contraditório, mas é real. Basta ver o quanto fazem sucesso os filmes de ação, com terror, imoralidade, baixo humor, e assim por diante. Tente produzir um filme sobre a vida de uma família bem estruturada e feliz. Poucos se interessarão. Mas um que mostra violência, sangue, mortes, traições, super-heróis fictícios, quanto mais disso, mais atrairá o grande público.

A outra força do pecado são seres espirituais maus, que nada mais perdem em atrair as pessoas para a prática da injustiça, geralmente valendo-se de seres humanos para seus intentos. É, portanto, bem mais fácil cativar pessoas para o mal do que para o bem. Nesse caso, há a necessidade do poder de DEUS para proceder um processo de transformação na pessoa para que ela perca a atração para o que é ruim.

DEUS disse, por meio do profeta, que não devemos temer aqueles que matam o corpo, mas não podem tirar de nós a vida eterna. Estes são os assassinos, que por pouca coisa ou por muita, tiram a vida das pessoas. Destes não devemos ter medo, se bem que, obviamente, devemos nos precaver deles. Porém, aqueles que são capazes de tirar nossa vida eterna, aqueles que matam o corpo e também a alma, desses devemos temer e nos refugiar em DEUS, único capaz de nos libertar deles. Quem são eles? São os maus espíritos, e também seres humanos. Podemos lembrar alguns seres humanos nessa categoria: os produtores de filmes e vídeos de má índole, os produtores de novelas, os que mentem a respeito da Bíblia e ensinam falsas doutrinas, os que inventam alternativas de adoração falsa, os que levam pelos caminhos largos e cheios de atrativos do mundo, os que emitem propaganda na televisão para assistir programas inconvenientes, e assim por diante. A lista é enorme. Cuidado com eles, afastemo-nos deles e de suas ciladas, eles trabalham com satanás e para ele. São inimigos geralmente bem disfarçados de bons cidadãos. Muitos deles podem ser colegas de fé, mas são agentes de satanás. Todos aqueles que de alguma forma, simples ou mais complexa, são capazes de nos desviar da vida eterna estão nessa categoria: agentes de satanás.

Como prevenir-se deles? Oração, estudo da Bíblia, comunhão com DEUS, é o caminho. Todos os dias momentos de ligação com quem pode nos defender. “Em uma das mais belas e confortadoras passagens da profecia de Isaías, faz-se referência à coluna de nuvem e de fogo para representar o cuidado de Deus pelo Seu povo, na grande luta final com os poderes do mal: “E criará o Senhor sobre toda a habitação do Monte de Sião, e sobre as suas congregações, uma nuvem de dia, e uma fumaça, e um resplandor de fogo chamejante de noite; porque sobre toda a glória haverá proteção. E haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia; e para refúgio e esconderijo contra a tempestade, e contra a chuva.” Isa. 4:5 e 6” (Patriarcas e Profetas, 282 e 283).

6. Aplicação do estudo  Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

Vamos refletir um pouco. Nós estamos bem próximos do fim. Talvez mais que imaginemos. Ainda estamos numa espécie de normalidade, como nos tempos de Noé e de Ló. Todos trabalhavam normalmente, parecia que nada fora da rotina aconteceria, até o dia em que Noé entrou na Arca ou que Ló saiu da cidade. Aí, repentinamente, da normalidade a situação passou para a tragédia. Era uma tragédia anunciada: Noé pregou 120 anos, o testemunho de Ló durou vários anos.

Hoje também parece tudo normal. A ciência pesquisa e num intervalo pequeno de tempo anuncia novas soluções. A fabricação de bens e o comércio estão em atividade frenética. As comunicações nunca foram tão intensas. As viagens lotam aviões e os aeroportos estão congestionados. As atividades de ganhar dinheiro, comprando e vendendo, são as mais intensas em toda a história da humanidade. Tudo parece absolutamente normal.

Mas cuidado, a normalidade vai passar de um dia para outro. 

Assim foi no dilúvio e na destruição de Sodoma e Gomorra e mais outras duas cidades menores. Há sinais proféticos apontando que uma outra situação, diferente de tudo que já foi visto, se tornará realidade, bem logo. Que dia não sabemos, mas será logo. Dentre os sinais, destacamos alguns: reavivamento e reforma na IASD; aumento da pregação sobre o sábado, a lei e a segunda vinda de JESUS CRISTO por parte da IASD; união das igrejas comandada pela ICAR, apoiada pela ONU e diversos países, inclusive não cristãos; defesa do sábado por parte de líderes religiosos não adventistas, assim como ataques; o debate sobre a paz e segurança que é global, e assim por diante. São muitas profecias que se cumprem ao mesmo tempo.

Mas a principal se cumpre na IASD, que é o início e aceleração crescente da última advertência ao mundo. Por essa razão, a todos nós, que já participamos do povo de DEUS, compete nos mantermos fiéis à igreja nesta hora tenebrosa, para sermos ungidos pelo ESPÍRITO SANTO em grande intensidade e concluirmos juntos a obra de JESUS CRISTO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário